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CÂNCER DE OVÁRIO

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CâNCER DE OVÁRIO 
UFRJ- MACAÉ
LIGA ACADÊMICA DE ONCOLOGIA
Mirella Palaoro e Nazaré P. Donato
ANATOMIA DO OVÁRIO
 Os ovários são as glândulas reprodutivas das mulheres e a principal fonte produtora dos hormônios femininos (estrogênio e progesterona).
Localizado no interior da pelve, em número de dois, e lateralmente, ao útero. Estando recoberto, na maioria das vezes, pela prega peritoneal, que se estende até a pelve.
HISTOLOGIA DO OVÁRIO
 É recoberto por um epitélio simples que varia de pavimentoso a cúbico baixo (epitélio germinativo) e por uma camada de tecido conjuntivo, a túnica albugínea.
É dividido em duas regiões: o córtex e a medula.
•O córtex apresenta tecido conjuntivo(estroma ovariano) e folículos ovarianos (oócitos primários + células foliculares – epiteliais) em diferentes estágios de proliferação.
•A medula é constituída por tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e linfáticos e nervos.
TUMORES OVARIANOS
 Tumores epiteliais (85% a 90% são carcinomas epiteliais do ovário)
Tumores Ovarianos Epiteliais Benignos 
Tumores de Baixo Potencial de Malignidade (10 a 15% de todos tumores epiteliais) 
Tumores Ovarianos Epiteliais Malignos
Tumores de células germinativas
Teratoma
Disgerminoma
Tumor do Saco Vitelino e Coriocarcinoma
Tumores estromais
Tumores de células granulosas (70% dos casos) 1-2 %
Tumores da teca 
Tumores de células de Sertoli-Leydig
maioria é benigna
> 2% dos cânceres de ovário são tumores de células germinativas
5 a 10% das neoplasias ovarianas
CARCINOMA EPITELIAL DO OVÁRIO
O tipo seroso é o mais comum
Os carcinomas ovarianos epiteliais indiferenciados tendem a crescer e se disseminar mais rapidamente do que os outros tipos
 Tendem a se disseminar primeiramente para o revestimento interno e órgãos da pelve e abdome ascite
Estágio avançado pulmão e fígado, ou, raramente, para o cérebro, ossos ou pele
Obs.: Carcinoma Peritoneal Primário
disgerminoma
Raro, porém é o câncer de células germinativas de ovário mais comum
Geralmente afeta adolescentes e mulheres jovens
Limitado ao ovário ≈ 75% de cura com a remoção cirúrgica dos ovários
Tumor se dissemina ou recidiva, a cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia são eficazes no controle da doença em cerca de 90% das pacientes
EC com áreas anecoicas por hemorragia ou necrose
Tumor estromal maligno
O sintoma mais comum é a hemorragia vaginal anormal (inclusive na menopausa) geralmente acompanhada de uma dor abdominal súbita 
Em jovens períodos menstruais e o desenvolvimento da mama antes da puberdade
Frequentemente diagnosticados em estágio inicial e têm um bom prognóstico, mais de 75% das pacientes sobrevivem a longo prazo
CâNCER NO OVÁRIO E EPIDEMIOLOGIA
Pouco frequente. elevada letalidade 85% nos estágios avançados
 
2ª maior causa de morte ginecológica (segundo o INCA)
 
O câncer de ovário pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas acomete principalmente as mulheres acima de 40 anos
 
Estimativa de novos casos: 6.150 (2016 – INCA) e Número de mortes: 3.283 (2013 – SIM)
Sinais e sintomas
 O quadro clínico não é muito específico acompanhado inicialmente de sinais sintomas prodrômicos
 Dor abdominal difusa, constipação, aumento de volume do abdome e desconforto digestivo ou dispepsia
À medida que o tumor cresce, pode causar pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou pernas, náusea, indigestão, gases, prisão de ventre ou diarreia e cansaço constante
diagnóstico
O câncer de ovário é o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o de menor chance de cura. 
Cerca de 3/4 dos cânceres desse órgão apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico.
 29% dos casos apresentam-se com tumor restrito aos ovários, 6% com tumores disseminados regionalmente e 59% com disseminação à distância
 Exame físico pode muitas vezes demonstrar aumento de volume abdominal (por ascite) e/ou massa pélvica.
DIAGNÓSTICO: Exames de imagem 
Ecografia abdominal ou pélvica e tomografias computadorizadas de abdômen, pelve e tórax e ultrassonografia (baixo custo e menos invasivo).
Na ecografia, a presença de massa pélvica fixa é muito sugestiva de carcinoma ovariano, especialmente, se acompanhada de ascite
Ultrassonografia nas massas anexiais: aspectos de imagem* Francisco Andrade NetoI; Ricardo Palma-DiasII; Fabrício da Silva CostaIII
USTV CARCINOMA EPITELIAL DO OVÁRIO 
FONTE: Ultrassonografia nas massas anexiais: aspectos de imagem* Francisco Andrade NetoI; Ricardo Palma-DiasII; Fabrício da Silva CostaIII
USTV DE TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS
DIGERMIOMA
FONTE: Ultrassonografia nas massas anexiais: aspectos de imagem* Francisco Andrade NetoI; Ricardo Palma-DiasII; Fabrício da Silva CostaIII
Resumindo...
DIAGNÓSTICO: MARCADORES TUMORAIS
CA 125, a Alfafetoproteína e o beta-HCG → baixa especificidade e falsos positivos
A sensibilidade varia entre 24 e 97% e depende principalmente do estádio e do tipo histológico do tumor. 
estádio I 27 e 66%, 
estádio II 65 e 100%
estádio III 87 e 90% 
estádio IV em torno de 94%.
Diagnóstico: outros métodos
Fonte 1: "classificação de câncer de ovário através de padrão proteômico e análise de componentes independentes" - Simone Cristina Ferreira Neves
ESTADIAMENTO
A avaliação da extensão tumoral (estadiamento) é basicamente cirúrgica 	Laparatomia
Tratamento cirúrgico
A intervenção cirúrgica é recomendada nos casos de pacientes com história de câncer de ovário, mama ou cólon em parentes de primeiro grau, avaliação ultra-sonográfica no qual se encontrou "massa complexa" ou que apresentem CA 125 com níveis superiores a 35 U/mL.
Entre quatro e seis massas anexiais em cada 1000 casos com aparência intra-operatória totalmente benigna, são na verdade tumores malignos
a ruptura intra-operatória de tumores malignos tem efeito negativo sobre o seu prognóstico
Tratamento quimioterápico
Praticamente toda paciente com câncer de ovário é submetida a tratamento com quimioterapia após a cirurgia (LIMA et al, 2009).
A abordagem padrão é a combinação de um composto de platina, como cisplatina ou carboplatina e um taxano, como o paclitaxel ou o docetaxel.
Quimioterapia Intraperitoneal
Quimioterapia neoadjuvante paciente não tolera cirurgia extensa ou a doença é considerada irresecável
Obs.: O tratamento paliativo em pacientes com tumor epitelial de ovário recorrente pode também incluir a radioterapia. A radioterapia isolada ou combinada com a cirurgia, com a quimioterapia
Perda de sobrevida
prognóstico
Fatores de risco
Fatores de risco
Andrógenos? Tabagismo? Álcool? Terapias para fertilidade? 
Prevenção
Atenção aos fatores de risco e consultar regularmente o seu médico.
Existem várias maneiras para reduzir o risco de carcinoma epitelial de ovário, mas muito pouco se sabe sobre como reduzir o risco do carcinoma de células germinativas e tumores estromais do ovár
FATORES PROTETORES: 
História Reprodutiva.
Pírulas Anticoncepcionais
Cirurgia Ginecológica
Bibliografia
 Rastreamento e diagnóstico das neoplasias de ovário - papel dos marcadores tumorais - Francisco José Candido dos Reis
 Manual de Ginecologia Oncologica Novo 2_v3
 14-TCC CANCER DE OVARIO.pdf

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