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17/10/2016 1 Disfunções Hemodinâmicas Parte 2 e Trombose Sangue nos vasos no estado líquido (livre de coágulo) Indução do tampão plaquetário OPOSTO PATOLÓGICO À HEMOSTASIA Ativação inapropriada dos processos hemostáticos normais Formação do trombo Oclusão trombótica de um vaso Hemostasia Regulação: parede vascular, plaquetas e cascata da coagulação Vasoconstrição arteriolar: Efeito transitório - Endotelina (vasoconstritor potente derivado do endotélio) redução da perda de sangue Hemostasia normal 17/10/2016 2 Lesão endotelial: exposição da MEC altamente trombogênica Plaquetas ativadas - mudança forma, produtos secretados recrutam plaquetas adicionais (agregação) – formação tampão hemostático (plaquetário). Fator de von Willebrand - Co-fator da ligação plaquetária ao colágeno da MEC. Hemostasia normal Formação do tampão plaquetário Fator tecidual (tromboplastina) - sintetizado pelo endotélio ativa cascata da coagulação – ativação trombina – Converte fibrinogênio em fibrina. Hemostasia normal Cascata da coagulação forma fibrina Protrombina Trombina Fibrinogênio Fibrina (malha que irá prender as células e plaquetas) Lesão Endotelial Tromboplastina Via Extrínseca 17/10/2016 3 Protrombina Trombina Fibrinogênio Fibrina (malha que irá prender as células e plaquetas) Lesão Endotelial Fator de Hageman Via Intrínseca Protrombina Fator de Hageman Tromboplastina + Calicreína Trombina Efeitos plaquetários: Lesão endotelial leva à adesão plaquetária para a MEC subjacente Fator de von Willebrand: liga plaquetas ao colágeno (é produzido pelo endotélio normal e não especificamente após a lesão) Efeitos pró-coagulantes: Células endoteliais sintetizam o fator tecidual para ativar a cascata da coagulação Propriedades trombóticas Efeitos ant-fibrinolíticos: PAIs: inibidores do ativador do plasminogênio: diminuem a fibrinólise 17/10/2016 4 Tampão hemostático permanente e sólido: atividades combinadas: células endoteliais, plaquetas e sequência de coagulação. Mecanismos contra-regulatórios: limitam o processo hemostático ao local da lesão Hemostasia normal Efeitos anti-plaquetários: Endotélio intacto: plaquetas e fatores da coagulação não encontram com a MEC Plaquetas não ativadas não se aderem ao endotélio Plaquetas ativadas são inibidas pela prostaciclina endotelial (PGI2) e NO após a lesão endotelial (vasodilatadores e inibidores da agregação plaquetária). Efeitos anti-coagulantes: Moléculas semelhantes à heparina: inativam a trombina e fatores da coagulação Propriedades anti-trombóticas Efeitos fibrinolíticos: t-PA: ativador do plasminogênio Atividade fibrinolítica: eliminação de depósitos de fibrina (limita o tamanho do coágulo final) Solidificação do sangue dentro dos vasos sanguíneos ou do coração no indivíduo vivo Trombo: massa sólida formada pela trombose Alta mortalidade Trombose 17/10/2016 5 Patogenia da trombose: Tríade de Virchow Alterações no endotélio (lesão endotelial) Alterações do fluxo sanguíneo (estase ou turbulência) Alterações da composição do sangue (hipercoagulabilidade sanguínea) Disfunção endotelial pode ser provocada por: Estresse hemodinâmico associado a hipertensão arterial Fluxo turbulento sobre valvas cicatrizadas Endotoxinas bacterianas Hipercolesterolemia Fumaça de cigarro Radiação Lesão endotelial Resultando em: Exposição ao colágeno subendotelial Ativação de outros ativadores plaquetários Aderência de plaquetas Depleção local de prostaciclinas Trombo Fluxo sanguíneo anormal - O fluxo sanguíneo normal é laminar - Estase e turbulência causam: Alteração do fluxo trazendo as plaquetas para terem contato com o endotélio. Impede a diluição dos fatores da coagulação Retardam o influxo de inibidores de fatores de coagulação Promovem a ativação das células endoteliais Fluxo laminar Fluxo turbulento N o rm al A n o rm al 17/10/2016 6 Situações clínicas: Placas ateroscleróticas. Dilatações aórtica e arterial anormais (Aneurismas). Infartos de miocárdio. Fibrilação atrial. Anemia falciforme. Fluxo sanguíneo anormal Hipercoagulabilidade Qualquer alteração das vias de coagulação que predispõem a trombose Distúrbios primários (genéticos): Mutações do fator V – 60 % em portadores de trombose venosa profunda. Mutação da protrombina – risco aumentado 3 x para as tromboses venosas. Destino dos trombos Propagação Embolização Dissolução (t-PA) Organização e recanalização 17/10/2016 7 Embolia Êmbolo: massa intravascular solta, sólida, líquida ou gasosa, carregada pelo sangue a um local distante do ponto de origem. Obstrução ocorre após ramificações com a redução da luz do vaso. Placa ateromatosa Trombo Êmbolo Obstrução vascular parcial ou completa, provocadas por êmbolos. 99% dos êmbolos têm origem de um trombo desalojado = tromboembolia. 1% formas mais raras : fragmentos ósseos ou de medula hematopoética, gotículas de gorduras, fragmentos de tumor, corpos estranhos, bolhas de ar ou nitrogênio. Consequência potencial: necrose isquêmica de tecido distal (infarto) Embolia 17/10/2016 8 Embolia pulmonar (tromboembolismo pulmonar) Embolia sistêmica (tromboembolismo sistêmico) Embolia gordurosa Embolia gasosa Embolia por líquido amniótico Tipos de embolia Tromboembolia Pulmonar - Incidência alta: causa morte - 95% dos casos: originam-se de trombos venosos da perna acima dos joelhos – artérias femoral e ilíaca. De acordo tamanho, o trombo pode: ocluir a artéria pulmonar principal. emperrar na bifurcação. seguir para ramos menores. Êmbolo na artéria pulmonar direita Êmbolo derivado de uma trombose venosa profunda do membro inferior e agora emperrado num ramo da artéria pulmonar 17/10/2016 9 Tromboembolia Sistêmica Êmbolos oriundos de artérias (ou do lado esquerdo do coração) segue para a circulação arterial sistêmica, na direção dos capilares 80% originam-se de trombos intracardíacos, pós-infarto no miocárdio. 10 a 15% origem desconhecida Consequências: dependem da vulnerabilidade tecidual à isquemia e do calibre do vaso ocluído, causando infarto dos tecidos. Embolia Gordurosa Glóbulos gordurosos: fraturas de ossos longos (medula gordurosa) Menos 10% dos pacientes tem achados clínicos Síndrome caracterizada por insuficiência pulmonar, sintomas neurológicos, anemia e trombocitopenia. Embolia Gasosa Ar na circulação: procedimentos invasivos. Mergulhadores: gás (nitrogênio). Embolia do Líquido Amniótico (incomum – 1 em 50.000 partos) Infusão do líquido amniótico ou tecido fetal na circulação: rasgo na membranas placentárias ou ruptura da veias uterinas. 17/10/2016 10 Consequências da embolia Isquemia e consequências variam, de acordo com: - Tipo de circulação do órgão atingido - Existência de circulação colateral - Vulnerabilidade do tecido à hipóxia - Estado geral e eficiência do sistema circulatório Infarto Corresponde à uma área de necrose causada por oclusão do suprimento arterialou da drenagem venosa (isquemia) prolongada. Tipos de infarto Infarto vermelho (hemorrágico) Órgãos frouxos e com irrigação dupla/colateral, fazendo intensa hemorragia no local Oclusão venosa: Torção ovariana Tecidos frouxos (pulmão) – artéria brônquica e pulmonar Tecidos com circulação dupla (pulmão e intestino delgado) Vasos congestionados pelo fluxo venoso lento Êmbolo oclusivo Infarto hemorrágico - Pulmonar 17/10/2016 11 Tipos de infarto Infarto branco (anêmico) Oclusão arterial em órgãos sólidos (preenchido) com circulação arterial terminal (única) Infarto em formato de cunha Ex.: coração, pâncreas, rim, baço Infarto branco - Baço Infarto branco no baço Área cuneiforme Cápsula do órgão Tipos de infarto Infarto branco (anêmico) Infarto Antigo Renal Substituído por uma grande cicatriz fibrótica 17/10/2016 12 Choque Colapso cardiovascular. Ocorre quando o corpo não consegue fazer com que o sangue chegue aos órgãos e tecidos. Resultando em hipotensão, perfusão tecidual deficiente e hipóxia celular. Inicialmente: – lesão celular reversível Persistência do choque: lesão tecidual irreversível , levando a morte do paciente. Categorias de choque Choque cardiogênico Falência da bomba miocárdica: infarto do miocárdio, arritmias ventriculares, compressão extrínseca, obstrução ao fluxo externo (ex.: embolia pulmonar) Choque hipovolêmico Perda sanguínea ou volume plasmático: hemorragia, perda líquida por queimadura grave ou trauma Choque séptico Infecção microbiana sistêmica: gram-negativas (choque endotóxico - LPS), gram- positivas e fúngicas Categorias de choque - (menos comum) Choque neurogênico Acidente anestésico ou lesão da medula espinhal: perda do tônus vascular e acumulo periférico de sangue Choque anafilático Resposta generalizada de hipersensibilidade: mediada pela IgE, associada à vasodilatação sistêmica e aumento de permeabilidade vascular Aumento súbito da capacidade do leito vascular Hipotensão, hipoperfusão tecidual e anóxia celular
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