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TEORIAS E SISTEMAS – NP1 A psicologia é uma ciência que estuda a subjetividade do homem. Filogênese: Estudo da espécie Ontológico: Estudo da vida do homem quanto indivíduo. Epistemológico: Estudo/busca da origem do conhecimento. Wundt, considerado o pai da psicologia, foi quem organizou o conhecimento psicológico. Criou um laboratório para estudar a subjetividade/a consciência, observando, medindo e comparando, através do método da introspecção. James, aluno de Wundt, se denominava funcionalista. Este buscava estudar a função da consciência, no final do séc. XIX, influenciado pela teoria de Darwin. Titchener, também aluno de Wundt, se denominava estruturalista. Este buscava entender as partes que compõe a consciência (qual a estrutura), seguindo e reforçando os estudos de Wundt. Thorndike propôs o estudo do funcionamento da mente não-humana (animal), por ser semelhante a do ser humano. Seu experimento mais famoso foi o Puzzle Box (gato dentro de uma caixa, deveria puxar uma corda para abrir a porta e chegar no alimento desejado). Foi o primeiro a explicar sobre a aprendizagem do comportamento (quando gera-se satisfação, o comportamento se repete.) Porém, não era possível medir a satisfação. Esta torna-se a Lei do Efeito. Behavorismo Metodológico Em 1913, Watson inicia o “Manifesto behavorista”, sendo o marco inicial do Behavorismo. Ele deixa de lado a mente como causadora de comportamentos (triste -> chora). Passa a estudar o que pode se observar, criando assim o Behavorismo Metodológico. O experimento mais famoso de Watson foi o “Experimento do pequeno Albert”. Este mostra o comportamento incondicionado, ou seja, inato, e o comportamento condicionado, ou seja, aprendido. Neste experimento, Watson mostrava inúmeros animais ao pequeno Albert, afim de compreender qual seria o comportamento dele diante daquela situação, porém, Albert não apresentava uma reação de medo. Então, Watson faz um barulho bem alto para assustar o pequeno Albert, este que começa a chorar. Após identificar o comportamento do choro, Watson passa a mostrar um rato ao pequeno Albert, junto com o barulho alto, despertando novamente o choro. Após várias situações de barulhos associados a imagem do rato, Watson mostra ao pequeno Albert somente o rato, despertando o choro na criança. Com isso, Watson chega à conclusão de que nossos comportamentos são condicionados, ou seja, estimulados pelo ambiente (ambiente = tudo o que. Comportamento: Interação do organismo com o ambiente. Estímulo: parte que estou analisando do ambiente No caso do pequeno Albert, o barulho era o estímulo que levava a um comportamento especifico. Dessensibilização sistemática: expor ao estímulo que gera respostas físicas por um determinado tempo, até que o estímulo se torna neutro. ESTÍMULO RESPOSTA (AMBIENTE) (ORGANISMO) Ambiente: tudo aquilo que não sou eu Condicionamento respondente/reflexo: São comportamentos que garantem a nossa sobrevivência. Já nascemos com eles. Pavlov fez um experimento muito parecido com o de Watson, porém com animais. Comportamento condicionado: O que eu faço diante de um estímulo, sendo estímulo + resposta = comportamento. Behavorismo Radical O behaviorismo radical, criado por Skinner em 1975, diz que há a probabilidade de ter 2 respostas ao estímulo: o reforço e a punição. Seu experimento mais famoso foi “A Caixa de Skinner”, no qual identificou o Comportamento operante. Skinner propõe um sistema no qual as explicações para o comportamento do organismo em termos de causa e efeito são substituídas por descrições de relações funcionais entre as alterações ambientais e o comportamento. Esse sistema englobava dois tipos de condicionamento: o que chamo de tipo S, ou condicionamento reflexo (já estudado por Pavlov e Watson), e o que chamou de tipo R, no qual se torna uma consequência contingente a uma resposta já estudado por Thorndike). Segundo Skinner, grande arte do comportamento seria influenciada por suas consequências, e não somente pelas alterações ambientais, como proposto pela psicologia estímulo- resposta. Um organismo, ao comporta-se, produz modificações no ambiente que, por sua vez, alteram a forma como o indivíduo se comporta. É nesse sentido que, na perspectiva Skinneriana, pode-se dizer que o organismo produz o meio que o determina. Respondente: Comportamento reflexo, não voluntário, Segundo Myers (2010) são ações que consistem em respostas automáticas a um estímulo. Operante: Comportamento voluntário, Conforme Myers (2010), é a interação sujeito- ambiente, organismos associam suas próprias ações as consequências. Ações seguidas de um reforçador aumentam; já as seguidas de punição diminuem. ESTÍMULO ANTECEDENTE RESPOSTA ESTÍMULO CONSEQUÊNCIA S R S Comportamentos Públicos: Todos os comportamentos que podem ser observados Comportamentos Privados: Sentimentos e Pensamentos Skinner não nega a subjetividade, mas explica que não sentimos para nos comportarmos. Nossos comportamentos geram nossos sentimentos. Um comportamento pode entrar em extinção, uma vez que todos os seus reforços são retirados. Gestalt Separa o comportamento público do privado (como mental). Alemães que migraram pros EUA na época em que o Behavorismo Metodológico estava no auge, criaram uma teoria focada na mente – consciência – subjetividade. Estudam a Psicologia Social. A psicologia Gestalt não é considerada mais uma teoria. O objeto de estudo da Gestalt é o comportamento. Um dos experimentos mais famosos é o Fenômeno de Phi, um estudo experimental de percepção do movimento (ilusão de ótica). Este apresenta duas lâmpadas, uma ao lado da outra, ao participante do experimento. Estas lâmpadas acendem alternadamente, com um certo tempo de diferença. Ao decorrer do tempo, essa diferença passa a diminuir, tornando mais rápida a mudança de uma para a outra. Com isso, alguns participantes deixam de enxergar que as lâmpadas alteram, e passam a enxergar um feixe de luz, como se ambas estivessem ligadas ao mesmo tempo e tornassem uma só. Porém, nem todos os participantes tinham a mesma resposta a este estímulo. Com isso, chegou-se à conclusão de que a nossa percepção é diferente do que existe realmente no ambiente. “O todo é maior do que a soma das partes” – Considerasse as coisas como um todo em sua complexidade. Para a Gestalt, o comportamento era o seguinte: S Consciência Perceptiva R Você percebe o estímulo dentro de um contexto (ambiente), por exemplo: Meio geográfico: meio físico (ex. luzes piscando) Meio comportamental: interpretação do meio, “realidade” subjetiva, particular e criada por nossa mente (ex. movimento + feixe de luz) Insight: compreensão ou percepção imediata, entendimento interno baseado na reestruturação do ambiente psicológico do indivíduo (ex. via as coisas de uma maneira e enxergava por outra perspectiva) Teoria de Campo de Kurt Lewin (complementa a Gestalt) Acontecimentos passados, presentes e futuro nos afetam – alteração na percepção. Exemplo em sala de aula: Feriado de 7 de setembro – Quero muito ir para Ubatuba e nada vai me impedir. Porem há previsão de chuva, meus amigos vão ficar em SJC e eu preciso fazer trabalho da faculdade. Pequenas vontades somadas, superam a vontade maior de ir para Ubatuba. Mudança de percepção. Psicanálise A psicanálise iniciou-se na Áustria, no séc. XIX. Esta buscava o estudo da consciência. Apartir de uma perspectiva do Romantismo, chegou-se ao Consciente e ao Inconsciente (lado tenso, de conflito, obscuro do indivíduo). Para os românticos, somos formados por um “eu complexo” (privado) + um “eu público”. Freud, criador da Psicanálise, era formado em medicina. Por isso, seus estudos consideravam as ciências naturais, o positivismo no qual o conhecimento produzido da realidade deve ser o mais neutro possível. Freud busca a ajuda de Charcot e Breuer, afim de estudarem a histeria, causa que determina consequências no corpo e sintomas. O caso mais famoso foi o de Anna O., o qual descobriram através da hipnose, que não havia uma causa orgânica e sim psíquica (traço mnêmico). Porém, a hipnose não funcionava com todos. Foi então criado o método de Catarse, associação livre (expurgação). Em um estado confortável, o paciente diminui a censura da consciência através da fala. 1ª tópica – Aparelho Psíquico Consciente: Nele estão os raciocínios, os pensamentos e as percepções que a pessoa é capaz de voluntariamente evocar e controlar segundo as suas necessidades ou desejos e conveniências do meio social. Pré-consciente: Faz a ligação entre o consciente e o inconsciente, o qual corresponde, no iceberg, a uma zona flutuante de passagem entre a parte visível e a oculta. É constituído por conteúdos psíquicos (memórias, conhecimentos armazenados) que podem ser recuperados de forma relativamente fácil. A sua função é impedir a manifestação de pulsões socialmente inaceitáveis, ocorrendo o recalcamento. O recalcamento é um processo normal e indispensável ao equilíbrio psicológico e social do indivíduo; porém, há limites para além dos quais pode ocasionar o aparecimento de comportamentos neuróticos. É em especial destes casos que a psicanálise se ocupa. Inconsciente: O inconsciente é formado a partir dos desejos, memórias, percepções subliminares e sensações reprimidos pelo consciente, sendo os desejos a energia que dá vida ao psiquismo. Essa energia reprimida sai do inconsciente “mascarada” e vai para o consciente em forma de sintomas, sonhos, atos falhos. Sonhos também são expressões do inconsciente, porém, são confusos pois o consciente não é capaz de ler o inconsciente. Como um Iceberg: Consciente Pré Consciente Inconsciente Desejos: energia que dá vida ao psiquismo Quando se para de desejar = impulso de morte Libido: impulso instintivo Desejos que vão ao consciente, mas não são realizados, vão para o inconsciente e ficam presos lá. Essa energia reprimida, sai do inconsciente “mascarada” e vai para o consciente em forma de sintomas, sonhos e atos falhos. Neurose: maneira da pessoa ser, associada à traços de sua personalidade. Essa maneira de ser neurótica significa que a pessoa reage à vida através de reações vivenciais não normais; seja no sentido dessas reações serem desproporcionais, seja pelo fato de serem muito duradouras, seja pelo fato delas existirem mesmo sem que exista uma causa vivencial aparente. É viver de acordo com essa estrutura de aparelho psíquico, com o consciente, pré-consciente e inconsciente. A organização o aparelho psíquico define nossos traços, nossa personalidade, quem somos. Não há a existência física da consciência, pré-consciência e inconsciência. É apenas uma metáfora para explicar um processo metafisico. Sonhos: liberação de energia psíquica. Os sonhos são confusos, porque o consciente não lê o inconsciente. 2ª tópica - Desenvolvimento da Sexualidade Qual a natureza dos desejos e da libido? Os comportamentos são motivados pela energia sexual. A sexualidade tem início no nascimento. Tendências sexuais inatas, chamadas de pulsações ou instintos, conduzem o indivíduo a atividades que gerem prazer. A Sexualidade, segundo Freud, é toda e qualquer forma de se conseguir uma sensação satisfatória, desde de chupar o dedo, até a realização sexual em si. ID: estrutura psíquica constituída por conteúdos inconscientes. ID significa “isso”, ou seja, a pessoa ainda não tem o seu “eu” formado. O ID refere-se ao processo primitivo dos nossos pensamentos. São os desejos mais profundos, o impulso instintivo, pulsões de vida e morte. Regido pelo princípio do prazer. EGO: quando “isso” começa a olhar para a realidade, experimentando o controle que tem do mundo, torna-se “eu”. Sabe controlar o mundo para satisfazer os próprios desejos. Alterna nossas necessidades primitivas e nossas crenças éticas e morais. Nossa consciência. O ego serve como mediador, um facilitador da interação entre o id e as circunstâncias do mundo externo. Estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as ordens do superego. SUPEREGO: reconhece a internaliza a realidade e a cultura (vida em sociedade). É a parte do inconsciente que age contra o ID, nossos pensamentos morais e éticos internalizados. O superego representa a moralidade. É a internalização das proibições, dos limites e da autoridade. (É algo além do ego que fica sempre te censurando e dizendo: Isso não está certo, não faça aquilo, não faça isso, ou seja, aquela que dói quando prejudicamos alguém, é o nosso “freio”.) Complexo de Édipo: representa um importante passo na formação do superego e na socialização dos meninos, uma vez que o menino aprende a seguir os valores dos pais. Essa solução de compromisso permite que tanto o Ego (através da diminuição do medo) quanto o Id sejam parcialmente satisfeitos. O conflito vivenciado pelas meninas é parecido, porém, menos intenso. A menina deseja o próprio pai, em parte devido à inveja que sente por não ter um pênis – ela sente-se castrada e dá a culpa à própria mãe. Por outro lado, a mãe representa uma ameaça menos séria, uma vez que uma castração não é possível. Devido a essa situação diferente, a identificação da menina com a própria mãe é menos forte do que a do menino com seu pai e, por isso, as meninas teriam uma consciência menos desenvolvida. Destaco que Freud usou o termo “complexo de Édipo” para ambos os sexos; autores posteriores limitaram o uso da expressão aos meninos, reservando para as meninas o termo “complexo de Electra”. Fases do desenvolvimento psicossexual Fase oral: Estende-se desde o nascimento até aproximadamente um ano de vida. Nessa fase a criança vivencia prazer e dor através da satisfação (ou frustação) de pulsões orais, ou seja, pela boca. Essa satisfação se dá independente da satisfação da fome. Assim, para a criança sugar, mastigar, comer, morder, cuspir etc. têm uma função ligada ao prazer, além de servirem à alimentação. Ao ser confrontada com frustrações a criança é obrigada a desenvolver mecanismos para lidar com tais frustrações. Esses mecanismos são a base da futura personalidade da pessoa. O principal processo na fase oral é a criação da ligação entre mãe e filho. A pulsão básica é fome e a sede. A fixação nessa fase causa a depressão e/ou a dependência dos outros. Ela é entendida como patológica quando a pessoa for excessivamente dependente de hábitos orais para aliviar a ansiedade. É nessa fase que o ego se forma. Fase anal: Vai aproximadamente do primeiro ao terceiro ano de vida (alguns autores falam que vai até o quarto ano de vida). Nessa fase a satisfação das pulsões se dirige ao ânus, ao controle da tensão intestinal. A criança temde aprender a controlar sua defecação e, dessa forma, deve aprender a lidar com a frustração do desejo de satisfazer suas necessidades imediatamente. Assim como na fase oral, os mecanismos desenvolvidos nesta fase influenciam o desenvolvimento da personalidade. A fixação nessa fase ocasiona a neurose obsessivo-compulsiva. Quanto mais controle dos esfíncteres, mais atenção e elogio dos pais. É uma fase de interiorização de normas sociais. Fase fálica: Vai dos três aos cinco anos de vida e se caracteriza, segundo Freud, pela importância da presença (ou, nas meninas, da ausência) do falo ou pênis; nessa fase o prazer e o desprazer estão centrados na região genital. A criança luta pela intimidade que os pais compartilham entre si, assim os pais se tornam ameaça parcial à satisfação das necessidades. A criança quer e teme os pais. As dificuldades dessa fase estão ligadas ao direcionamento da pulsão sexual ou libidinosa ao genitor do sexo oposto e aos problemas resultantes. A resolução desse conflito está relacionada ao complexo de Édipo e à identificação com o genitor de mesmo sexo. Latência: Vai dos 5 anos até o início da puberdade (não tem como dar uma idade certa para esse fim). É uma fase mais tranquila que se estende até a puberdade. Nessa fase as fantasias e impulsos sexuais são reprimidos, tornando-se secundários, e o desenvolvimento cognitivo e a assimilação de valores e normas sociais se tornam a atividade principal da criança, continuando o desenvolvimento do ego e do superego. Os desejos sexuais não resolvidos e não são atendidos pelo ego serão cobrados posteriormente. É a fase de desenvolvimento de amizades e laços sociais. Desenvolvimento Genital: É a última fase do desenvolvimento psicossocial e ocorre, não por acaso, durante a adolescência. Nessa fase as pulsões sexuais, depois da longa fase de latência e acompanhando as mudanças corporais, despertam-se novamente, mas desta vez se dirigem a uma pessoa, geralmente, do sexo oposto. Há um retorno da energia libidinal aos órgãos sexuais. A escolha do parceiro não se dá independente dos processos de desenvolvimento anteriores (as fases anteriores influenciam em nossas escolhas até o final de nossa vida). Os conflitos internos típicos das fases anteriores atingem aqui uma relativa estabilidade conduzindo a pessoa a uma estrutura do ego que lhe permite enfrentar os desafios da idade adulta. Diferenciação das Teorias Behavorismo: Estados Unidos – Estudo do comportamento Gestalt: Alemanha – Estudo do comportamento e da consciência (percepção) Psicanálise: Áustria – estudo da consciência (consciente e inconsciente) Trabalhos da NP1 Diferencie as propostas do Behavorismo Metodológico e do Behavorismo Radical. Behavorismo Metodológico: Criado por Watson, não considerava a mente como causadora de comportamentos. Trabalhava com o comportamento respondente/reflexo, este que era estímulo -> resposta (S -> R). Behavorismo Radical: Criado por Skinner, não negava a subjetividade, acreditando em comportamentos públicos (observáveis) e comportamentos privados (sentimentos e pensamentos). Este trabalhava com o comportamento respondente/reflexo e o comportamento operante (seguido de consequências que podem reforçar ou punir). Explique a frase “O todo é maior do que a soma das partes” A nossa percepção é algo extremamente subjetivo. Primeiro enxergamos um todo. Porém, quando separamos esse todo em partes, sujeitamos estas a novas percepções. Ao somarmos novamente, o todo tende a ser um entendimento maior. O que é o inconsciente para a Psicanalise?
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