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* Condicionamento Respondente * Conceito de reflexo Na psicologia da aprendizagem, o conceito de reflexo tem um papel historicamente importante Foi a partir desse conceito que se deu início aos primeiros estudo sobre aprendizagem – condicionamento reflexo ou respondente * Reflexo Reflexo: relação em que um evento ambiental (estímulo) produz fidedignamente (confiavelmente) uma resposta específica – SR Ex: alimento na boca produz salivação; poeira atinge os olhos e lacrimejamos; tocamos numa panela quente e retiramos a mão rapidamente, etc. Reflexo inato Reflexo - Não é o estímulo nem a resposta, é a relação ente ambos Por exemplo, não poderíamos falar do reflexo se colocássemos alimento na boca (S) e não observássemos a resposta (R) de salivação e vice-versa. * Exemplos de reflexos * * Há sempre uma alteração no ambiente que produz uma alteração no organismo Reflexos sobrevivência Para dizer que ocorre um reflexo não basta simplesmente notar que uma resposta segue regularmente um estímulo, precisamos saber o quanto a resposta é provável sem o estímulo Por exemplo: Um rato que passa a maior parte de seu tempo correndo numa roda de atividade e corre tanto na presença quanto na ausência de ruído, não podemos dizer que o ruído elicia o correr * Probabilidade condicional Para falar em relação reflexa precisamos saber qual a probabilidade da resposta tanto na presença quanto na ausência do estímulo – Probabilidade condicional Reflexo (Notação da Prob. Condicional) P(R/S) = 1 P(R/Não estímulo) = 0 * Comportamento Respondente “Involuntário” Resposta eliciada pelo estímulo, em vez de emitida (condicionamento operante) O estímulo elicia – no sentido de forçar a resposta e a resposta é eliciada – no sentido de ser forçada * Propriedades do reflexo Limiar: Valor mínimo necessário para que o estímulo elicie uma resposta. Ex: o ácido na língua elicia fidedignamente a salivação, mas com uma concentração muito baixa ou uma quantidade muito pequena, ela pode não ocorrer Latência: tempo decorrido entre a apresentação do estímulo e a ocorrência da resposta. Quanto mais intenso um estímulo mais rapidamente o organismo responde Magnitude: Quanto mais forte um estímulo, mais longa e intensa é a resposta eliciada * Limiar * Latência * Magnitude * Efeitos de eliciações sucessivas da resposta: habituação e potenciação Habituação: quando um estímulo é apresentado várias vezes em curtos intervalos de tempo – decréscimo na magnitude da resposta Potenciação: oposto da habituação – aumento na magnitude da resposta * Os reflexos e as emoções Emoções – aspecto extremamente relevante do comportamento humano Medo, alegria, raiva, tristeza, excitação sexual, etc Muitas das emoções que sentimos são respostas reflexas a estímulos ambientais Por esse motivo é tão difícil “controlar” as emoções Tão difícil quanto não “querer chutar” quando o o médico dá uma martelada no seu joelho * De acordo com suas espécies, os organismos de alguma forma nascem preparados para interagir com seu ambiente Nascemos preparados para lacrimejar quando poeira atinge nos olho, por exemplo E para ter certas respostas emocionais quando determinados estímulos surgem no ambiente Não sentimos raiva, alegria, medo sem motivo Emoções – reações fisiológicas * * Emoções – valor de sobrevivência (reflexo) Remédios psiquiátricos – afetam a fisiologia do organismo (não, a mente humana) * Condicionamento Respondente/Clássico/Pavloviano Você começa a suar e tremer ao ouvir o barulho dos aparelhos do dentista? Seu coração dispara ao ver um cão? Você sente náuseas ao sentir o cheiro de determinadas comidas? Você tem algum tipo de fobia? Sempre foi assim? * Condicionamento Respondente/Clássico/Pavloviano Reflexos incondicionais (inato): relação S-R de origem filogenética Reflexos ou respondentes condicionais (aprendido) Descoberto por Ivan Pavlov – Fisiólogo russo Estudou inicialmente reflexos (inatos) Condicionamento Respondente/Clássico/Pavloviano * Experimento com cães de Pavlov S1 (som) R1 (levantar orelhas) S2 (comida na boca) R2 (salivação) Depois de pareamentos S1 S2: S1 (som) salivação (condicionada) Neutro - NS UR/RI US/SI UR/RI CS/SC CR/RC * * SI = US RI = UR SC = CS RC = CR Pareamento ou emparelhamento – apresentação sistemática de S após outro S – contingência Contingência X contigüidade Contigüidade: ocorrência de eventos temporalmente próximos Contingência: relações comportamentais que apresentam relação de dependência entre si. Relação “se, então”. Termos * Condicionamento Respondente e o estudo das emoções Os organismos aprendem novos reflexos Novos reflexos Novas emoções (aprendizagem) emoções que não são inatas * Condicionamento Respondente - Medo Condicionamento da resposta fóbica (medo) – Watson Caso Alberto, 11 meses de idade Objetivo: Verificar se o Condicionamento Respondente teria utilidade para o estudo das emoções Acredita-se que maior parte dos comportamentos emocionais seja adquirida por meio do Condicionamento Respondente * Condicionamento de Resposta de Medo * Condicionamento Respondente O pareamento repetido de objetos naturalmente desagradáveis ou estímulos produtores de medo, com objetos ou estímulos que originalmente não produziam reações de medo, podem levar tais objetos a eliciar respostas emocionais de medo Ex: Crianças que tiveram doenças sérias muito cedo medo de médico (repostas emocionais condicionadas) Fobia – emparelhamentos acidentais * Não adianta falar para a pessoa para ela não ter medo de penas de ave, de barata, de rato – medo (resposta reflexa condicionada) Respondemos de formas diferentes diante de estímulos iguais – História de Condicionamento * Condicionamento de 1a Ordem NS (música clássica) US (comida) UR (salivação) CS1 (música clássica) CR (salivação) Condicionamento de 2a Ordem NS (luz amarela) Pareamentos CS1 (música clássica) CR (salivação) CS2 (luz amarela) CR (salivação) Pareamentos * Generalização Respondente Estímulos que se assemelham fisicamente ao estímulo condicionado podem passar a eliciar a resposta condicionada em questão Ex: Uma pessoa que passou por uma situação aversiva com uma galinha passando a ter medo de galinha (resposta reflexa condicionada), poderá ter medo de outras aves, de penas, do pé, do bico, etc. – Generalização Respondente * * Magnitude da resposta eliciada depende do grau de semelhança entre os estímulos Variação ma magnitude da resposta em função das semelhanças físicas entre os estímulos – Gradiente de generalização * Gradiente de Generalização * Extinção Respondente Quando o CS é apresentado repetidas vezes sem o US a CR pode, gradualmente, desaparecer Exemplo: Uma pessoa que passou a ter medo de andar de carro após um acidente, esse medo só deixará de ocorrer se a pessoa se expor ao estímulo condicionado (carro) sem a presença de estímulos incondicionados (dor, impacto abrupto, som estridente, etc) que estavam presentes no momento do acidente Medo de altura – trabalhar em lugares altos com segurança * Contracondicionamento e Dessensibilização Sistemática Técnicas que produzem extinção do reflexo condicionado – menor sofrimento (normas éticas) Contracondicionamento: condicionar uma resposta contrária àquela produzida pelo estímulo condicionado Um determinado CS elicia resposta de ansiedade – emparelhar o CS (rato) com outro S (música, massagem) que elicie resposta de relaxamento * * Dessensibilizaçãosistemática: expõe-se o indivíduo gradualmente a estímulos que eliciam respostas de menor magnitude até o estímulo condicionado original
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