Buscar

Biblioteca 901349 (6 files merged)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 154 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 154 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 154 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Aula 06: Medicamentos isentos de prescrição - 
nas manifestações ginecológicas e obstetrícias 
 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
Distúrbios associados a menstruação; 
Condições ginecológicas; 
1.Problemas associados à atividade sexual; 
Dispensação de MIP nestas manifestações. 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
Distúrbios associados a menstruação 
• Síndrome pré-menstrual (SPM); 
• Dismenorreia. 
Epidemiologia: 
• SPM – mais comum entre 25 a 34 anos; 
• Dismenorreia – mais comum em adolescentes; 
• Fatores associados: 
• Obesidade, fumo, tempo de menstruação mais de 6 dias, menarca antes dos 12 anos. 
CONDIÇÕES-CHAVE 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
• SPM: 
• Causa exata desconhecida; 
• Associada à flutuação hormonal mensal: eventos bioquímicos anômalos no SNC e 
outros tecidos, causando desequilíbrio. 
• Dismenorreia: 
• Dismenorreia primária (dor sem nenhuma doença pélvica presente): liberação de 
prostagladinas pelo endométrio, induzindo fortes contrações uterinas. 
ETIOLOGIA 
Distúrbios associados a menstruação 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
• SPM: 
• Cólica abdominal, sensibilidade nas mamas, cefaleia, fadiga, alterações no humor, fissura por 
alimentos, retenção de líquidos, ganho de peso, até sintomas mais graves (comportamento 
psicótico e violência); 
• Início antes da menstruação e melhora com o início. 
• Dismenorreia: 
• Espasmos e cólicas uterinas: início com a menstruação e termina, geralmente, entre 48 e 72 horas; 
• Outros sintomas: cefaleia, náuseas, vertigem, irritabilidade, ansiedade 
SINAIS E SINTOMAS 
Distúrbios associados a menstruação 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
• Repouso (alívio do estresse); 
• Exercício para SPM (liberação de endorfinas); 
• Evitar alguns alimentos e substâncias: 
• Alimentos salgados ou com muito açúcar, nicotina, cafeína, proteínas, produtos lácteos, 
gorduras e bebidas alcoólicas. 
• Dismenorreia – calor local. 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO 
Distúrbios associados a menstruação 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
• Início da 1ª menstruação ocorre em idade inapropriada; 
• Desaparecimento de fluxo menstrual após uma série de períodos normais; 
• Excessivo sangramento menstrual; 
• Hemorragia entre os períodos de menstruação; 
• Dor pélvica que ocorre em período diferente da menstruação, como durante a defecação ou 
durante as relações sexuais; 
• Dismenorreia que surge com o início do primeiro ou segundo ciclo: pode indicar obstrução do 
fluxo congênita; 
• Sintomas não melhoram com a utilização de MIP. 
SITUAÇÕES QUE DEVEM SER ENCAMINHADAS AO MÉDICO 
Distúrbios associados a menstruação 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
• Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) 
• Principais exemplos: ácido acetilsalicílico, paracetamol, ibuprofeno. 
• Cafeína 
• Efeito diurético e alívio da fadiga. 
• Antiespasmódicos 
• Anticolinérgicos; 
• Atropina (Atropa belladona), escopolamina (hioscina); 
• Efeitos adversos associados aos efeitos anticolinérgicos. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Distúrbios associados a menstruação 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
• Dismenorreia devem ser avaliadas por médico quando ocorrerem a primeira vez para 
descartar causa secundária; 
• MIP – alívio dos sintomas leves a moderados; 
• Uso de AINES – irritação gástrica; 
• Síndrome do choque tóxico – associado ao uso de absorventes internos: 
• Orientar paciente quanto a sua utilização; 
• Devem ser imediatamente encaminhadas para hospitalização. 
ASPECTOS IMPORTANTES NA DISPENSAÇÃO DE MIP 
Distúrbios associados a menstruação 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
• Infecção fúngica vaginal; 
• Irritação e prurido vaginal. 
Epidemiologia 
• Mais comum após a menarca; 
• Fatores predisponentes: 
• Antibióticos, baixa imunidade, ingestão de hormônios, atividade sexual, 
higiene, hiperglicemia, uso de ducha vaginal. 
• A irritação e o prurido vaginal podem ocorrer em qualquer idade, sendo mais 
comum em mulheres que iniciaram a vida sexual precocemente. 
CONDIÇÕES-CHAVE 
Condições ginecológicas 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
• Infecção fúngica vaginal: 
• Agente causador mais comum da infecção fúngica – Candida albicans; 
• Desequilíbrio da flora vaginal – infecção oportunista. 
• Irritação e prurido vaginal: 
• Em geral desconhecidos, podendo incluir falta de higiene, alergia a produtos tópicos 
(desodorantes, antifúngicos, higienizadores) e a irritantes ambientais (ácaros); 
• Associados a uso frequente de ducha vaginal. 
ETIOLOGIA 
Condições ginecológicas 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
• Coceira; 
• Sensação de queimação e dor; 
• Corrimento vaginal: 
• No caso da infecção fúngica, inodoro com aspecto a coalho espesso. 
• Dispareunia; 
• Eritema e inflamação; 
• Na infecção fúngica, algumas mulheres são assintomáticas. 
SINAIS E SINTOMAS 
Condições ginecológicas 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
• Medidas de higiene: processo de limpeza; 
• Evitar usar roupas muito apertadas, de tecido sintético e roupas de banho molhadas; 
• Evitar longa exposição à umidade; 
• Evitar banhos frequentes em banheiras, ofurôs e banheiras de hidromassagem: 
• Agua excessivamente clorada pode levar à irritação e ao prurido vaginal. 
• Complicações da utilização de ducha vaginal durante a gravidez – embolia pulmonar fatal, 
descolamento de placenta, infecção intrauterina, dano químico ao feto, entre outras. 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO 
Condições ginecológicas 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
• Pacientes que apresentam sintomas de infecção vaginal pela primeira vez; 
• Pacientes que apresentam infecção fúngica vaginal recorrente (possibilidade de diabetes mellitus, 
alergia, gravidez); 
• Pacientes cujos sintomas não melhoram com uso de antifúngicos em 7 dias; 
• Pacientes menores de 12 anos; 
• Gestantes; 
• Pacientes com febre, calafrio, náuseas, vômitos, alergia, dor nas costas ou corrimento fétido; 
• Pacientes com diabetes melitus, HIV, em uso de corticoides sistêmicos, antineoplásicos. 
SITUAÇÕES QUE DEVEM SER ENCAMINHADAS AO MÉDICO 
Condições ginecológicas 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
• Atuam na permeabilidade da membrana dos fungos; 
• Principais exemplos: miconazol, tioconazol, clotrimazol, nistatina; 
• Uso de 7 a 14 dias: 
• Na persistência dos sintomas: encaminhar ao médico. 
• Durante o tratamento, é contraindicado o uso de preservativos de látex: indicar método 
contraceptivo adicional;• Cuidados durante a administração dos medicamentos; 
• Interações: miconazol pode aumentar o risco de sangramento em paciente em uso de 
anticoagulantes. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Condições ginecológicas 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
• Aspecto cultural do uso de duchas vaginais deve ser considerado; 
• Encaminhar ao médico quando se desconhece a causa: 
• Infecção vaginal bacteriana; 
• Importante o paciente já ter tido um diagnóstico anteriormente e estar certa da causa. 
• Importância da adesão ao tratamento e da orientação quanto à administração dos medicamentos: 
• Uso mesmo com a melhora dos sintomas; 
• Uso de roupas íntimas de algodão. 
ASPECTOS IMPORTANTES NA DISPENSAÇÃO DE MIP 
Condições ginecológicas 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
• Gravidez indesejada; 
• Doenças sexualmente transmissíveis (DST): 
• Gonorreia; 
• Sífilis; 
• Clamídia; 
• Herpes genital; 
• Verrugas genitais; 
• AIDS. 
CONDIÇÕES-CHAVE 
Problemas associados à atividade sexual 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
• Mais comum em indivíduos entre 10 e 21 anos; 
• Mulheres – maior risco de herpes, gonorreia e AIDS; 
• Transmissão sexual e vertical; 
• Exposição a vírus (HIV, HPV, hepatite) e bactérias (clamídia, sífilis, gonorreia). 
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA 
Problemas associados à atividade sexual 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
• Vaginite e cervicite; 
• Infertilidade; 
• Maior risco de parto pré-termo; 
• Clamídia – homens: irritação na uretra e secreção purulenta; 
• Sífilis – estágio primário: lesões (cancro); 
• Gonorreia – dor, queimação e secreção purulenta; 
• Herpes genital – lesões bolhosas; 
• HPV – desenvolvimento de câncer cervical. 
SINAIS E SINTOMAS 
Problemas associados à atividade sexual 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
• Uso de preservativos: 
• Preservativos de látex e poliuretano: únicos a prevenirem contra DST (preservativos de 
membrana de cordeiro são contraindicadas); 
• Lesões abertas e não cobertas podem permitir a transmissão de DST; 
• Orientar a não utilização caso perceba modificações na cor e aparência (cuidados no 
armazenamento) e caso esteja fora da validade; 
• Uso de lubrificantes lipossolúveis pode levar à ruptura do preservativo – indicar 
lubrificantes a base de água, glicerina, derivados de celulose, parabenos e glicóis; 
• Risco de alergia ao látex e a espermicidas: uso de preservativos livres de espermicida e 
de poliuretano. 
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE 
Problemas associados à atividade sexual 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
FINKEL, R.; PRAY, W. S. Guia de Dispensação de 
produtos terapêuticos que não exigem 
prescrição. Porto Alegre: Artmed, 2007. 728p. 
Saiba mais 
AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
Atenção Farmacêutica 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
 
Principais manifestações 
dermatológicas na farmácia; 
A dispensação de MIP nas 
manifestações neurológicas. 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Aula 05: Medicamentos isentos de prescrição - 
nas manifestações dermatológicas 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
Condições dermatológicas mais comuns; 
Pediculose; 
1.Infecções fúngicas da pele; 
Dermatites; 
Dispensação de MIP nestas manifestações. 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
Pediculose 
Epidemiologia e etiologia 
• Pediculose capilar: maior risco de infestação na fase pré-escolar; 
• Epidemia mais comum no período letivo; 
• Infestação pubiana mais comuns entre jovens sexualmente ativos; 
• Agente causador: 
• Pediculus humanus (var. capitis ou corporis); 
• Phtirus púbis. 
• Transmissão por contato direto, compartilhamento de objetos ou relação sexual. 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Frequentemente assintomática, mas pode haver coceira; 
• Confirmação através de visualização com auxílio de pente de detecção: 
• Ovos (lêndeas) mais fáceis de visualizar. 
• Aparecimento de lesões pequenas e vermelhas; 
• Mais comum encontrar em áreas mais quentes do couro cabeludo; 
• A coceira pode causar uma lesão levando a infecções secundárias; 
• Infestação pode ocasionar reação alérgica generalizada:Na região pubiana: surgimento de máculas 
azuis dolorosas no abdômen, coxa e tórax (resultado da proteína salivar do piolho). 
SINAIS E SINTOMAS 
Pediculose 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Capilar: não dividir objetos, evitar contato de crianças cabeça com cabeça, lavar frequentemente o cabelo; 
• Evitar o uso de pesticida ambiental e de produtos caseiros (querosene, vinagre) – couro cabeludo 
altamente vascularizada; 
• Catação manual: matar com fogo ou frascos com álcool; 
• Óleos e cremes podem facilitar a escovação; 
• Lavar roupas e lençóis em água quente e secar em ar quente. Caso não possa ser lavado, deixar em saco 
plástico lavado por 2 semanas; 
• Informar a escola na observação de infestação na criança; 
• Púbico: não dividir objetos íntimos e evitar banheiro público. 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO: 
Pediculose 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Menores de 2 anos ou com alguma enfermidade neurológica ou de imunodeficiência; 
• Infestação de piolhos nas sobrancelhas e cílios; 
• Existência de feridas. 
Tratamento farmacológico 
• Benzoato de benzila: desaconselhado no caso de infecções secundárias e em crianças menores; 
• Organoclorados: em desuso e proibidos: 
• Lindano. 
SITUAÇÕES QUE DEVEM SER ENCAMINHADAS AO MÉDICO 
Pediculose 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Piretroides sintéticos (permetrina e deltametrina): 
• Atuam no SNC dos insetos causando paralisia geral; 
• Permetrina: 
• Solução a 1%: toxicidade nula mas pode causar reações alérgicas (evitar contato 
com olhos e mucosas); 
• Solução a 5%: em infestação aguda: uso sob prescrição médica. 
• Loção: forma farmacêutica mais efetiva; 
• Outras formas: xampu e creme. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Pediculose 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Saber realizar o diagnóstico diferencial: 
• Dermatite seborreia e caspa: parecem estar ligados a oleosidade local e presença de fungo; 
• Tratamento: coaltar, piritionato de zinco, sulfeto de selênio, ácido salicílico, enxofre; 
• Micoses: geram muito prurido e irritação; 
• Impetigo: inflamação provocada por infecção. 
• Quanto mais antigo o tratamento farmacológico, maior a chance de resistência. 
ASPECTOS IMPORTANTES NA DISPENSAÇÃO DE MIP 
Pediculose 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Tinhas (dos pés, do corpo e crural): dermatofitoses; 
• Pitiríase versicolor. 
Epidemiologiadas dermatofitoses 
• Mais comum em períodos quentes; 
• Maior prevalência em adultos e homens; 
• Comum em indivíduos usuários de banhos comunitários; 
• Pé de atleta (tinha dos pés): esportes que causam traumas nos pés predispõem a infecção; 
• Do corpo: muito comum em crianças e altamente contagiosa. 
CONDIÇÕES-CHAVE 
Infecções fúngicas da pele 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Causada por dermatófitos: Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton; 
• Crescem nas células mortas do estrato córneo da pele (digestão de queratina); 
• A transmissão ocorre de acordo com o tipo de fungo: 
• Antropofílicos: de pessoa a pessoa; 
• Zoofílicos: de animais; 
• Geofílicos: do solo. 
• Zoofílicos e geofílicos tendem a causar inflamação aguda; 
• Antropofílicos tendem a causar pouca inflamação. 
ETIOLOGIA DAS DERMATOFITOSES 
Infecções fúngicas da pele 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Pé de atleta (tinha dos pés): 
• Descamação muito discreta sem qualquer outro sintoma 
ou descamação mais intensa acompanhada por uma 
erupção cutânea pruriginosa, dolorosa; 
• Pode ocorrer entre os dedos ou na parte inferior e lateral 
dos pés; 
• As fissuras e inflamações podem causar infecções 
bacterianas. 
SINAIS E SINTOMAS DA DERMATOFITOSES 
Infecções fúngicas da pele 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Do corpo: 
• Lesões com formato arredondado ou oval, descamativa 
com bordas avermelhadas e com áreas claras nos 
centros; 
• As lesões podem se sobrepor formando uma única e 
grande lesão. 
SINAIS E SINTOMAS DA DERMATOFITOSES 
Infecções fúngicas da pele 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Do corpo: 
• Lesões com formato arredondado ou oval, descamativa 
com bordas avermelhadas e com áreas claras nos 
centros; 
• As lesões podem se sobrepor formando uma única e 
grande lesão. 
SINAIS E SINTOMAS DA DERMATOFITOSES 
Infecções fúngicas da pele 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Crural: 
• Surgimento de áreas vermelhas, anulares, com pequenas 
bolhas sobre a pele em torno da virilha e na parte 
superior da face interna das coxas; 
• Alta recorrência mesmo com tratamento adequado. 
• Pitiríase versicolor: 
• Diagnóstico diferencial: encaminhar ao médico. 
SINAIS E SINTOMAS DA DERMATOFITOSES 
Infecções fúngicas da pele 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
Dos pés: 
• Manter pés limpos e secos, usar sapatos abertos, trocar diariamente meias e sapatos; 
• Uso de antiperspirante. 
Do corpo: 
• Uso de toalha diferente para o corpo e para o pé, secar-se cuidadosamente, evitar o 
uso excessivo de sabões, sabões inadequados ou outros procedimentos agressivos à 
pele, evitar contato com animais desconhecidos. 
Crural: 
• Perda de peso, uso de roupas íntimas que não permitam acúmulo de umidade. 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO 
Infecções fúngicas da pele 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Antifúngicos tópicos: 
• Butenafina: tratamento das candidíases cutâneas, dermatofitoses e micoses superficiais. 
• Interfere na síntese do ergosterol: componente da membrana celular dos fungos. 
• Terbinafina: indicado para tratamento de tinhas do pé, corpo e crural: 
• Mesmo mecanismo de ação da butenafina; 
• Rápido início de ação e pode ser eficaz em um curto período de tratamento. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Infecções fúngicas da pele 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
Antifúngicos tópicos: 
• Imidazólicos: tratamento das candidíases cutâneas, dermatofitoses e micoses superficiais: 
• Principais exemplos: clotrimazol, miconazol; 
• Podem causar eritema, ardência (miconazol), descamação, edema, prurido e formação de 
vesículas: descontinuar o uso. 
• Tolnaftato 
• Tratamento de tinha do pé, do corpo e crural; 
• Mecanismo de ação: inibição da formação de hifas. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Infecções fúngicas da pele 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Tempo de tratamento: 
• Terbinafina e butenafina: 
• Uma semana de uso ou duas semanas, no caso de tinha do pé na superfície plantar. 
• Imidazólicos e tolnaftato: 
• Duas semanas de uso ou quatro semanas, no caso de tinha do pé. 
• Na persistência dos sintomas, encaminhar ao médico. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Infecções fúngicas da pele 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Encaminhar ao médico pacientes com tinhas do couro cabeludo e das unhas: 
• Antifúngicos tópicos não são eficazes para estes tipos. 
• Segurança quanto a origem fúngica das lesões; 
• Pomadas tendem a ser mais efetivas (tempo de contato e melhora do aspecto da pele); 
• Pós e aerossóis são boas opções; 
• Importância de cumprir todo o tratamento; 
• Limpeza da pele antes da aplicação do medicamento. 
ASPECTOS IMPORTANTES NA DISPENSAÇÃO DE MIP 
Infecções fúngicas da pele 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Dermatite de contato irritante ou alérgica; 
• Dermatite de fraldas; 
 
• Ocorre em idade mais avançada (pele mais seca); 
• Fatores associados: atopia, exposição ocupacional, climas frios, água muito quente e 
uso extensivo de sabonete, mulheres em período pós-parto; 
• Dermatite de fraldas: mais comum em crianças entre 3 a 6 meses de idade. 
• Fatores associados: diarreia (principal), fraldas de pano, fatores nutricionais. 
CONDIÇÕES-CHAVE 
Dermatites 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Etiologia: 
• Trauma mecânico (espinhos); 
• Toxicidade direta de alguns produtos químicos (plantas medicamentos, 
perfumes, cosméticos e outros). 
• Sinais e sintomas: 
• Coceira, vermelhidão, lesões em forma de bolhas, pústula ou vesículas. 
DERMATITE IRRITANTE 
Dermatites 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Etiologia: 
• Indivíduo sensibilizado pelo contato com substância » novo contato » reação alérgica 
desencadeada; 
• Comum em plantas como hera venenosa, carvalho venenoso, erva-daninha, camomila, 
chicória, girassol, entre outras. 
• Sinais e sintomas: 
• Sintomas ocorrem após a primeira exposição entre 24 e 72 horas do contato; 
• Coceira, vermelhidão, lesões em forma de vesículas, podendo se tornar exsudativas, 
crostosas e edemaciadas; 
• Coceira pode espalhar a reação e levar a infecções secundárias. 
DERMATITE DE CONTATO 
Dermatites 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Evitar exposição a agentes irritantes e alérgenos; 
• Água e sabão em até 15 minutos pode prevenir reações à hera venenosa; 
• Hidratação e umedecimento da pele; 
• Dermatite de fraldas: mudar fraldas com frequência, uso de fraldas descartáveis 
de alta absorção, evitar lenços umedecidos; 
• Cuidados ao indicar medicamentos para dermatite de fraldas em crianças: 
absorção transcutânea de medicamento; 
• Caso os sintomas persistam por mais de 7 dias após uso dos produtos, deve-se 
encaminhar ao médico. 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO 
Dermatites 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOSDE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Protetores de pele: 
• Previnem o ressecamento e exposição a substâncias irritantes (únicos produtos 
eficazes e seguros para dermatite de fraldas); 
• Alantoína, calamina, dimeticona, lanolina, óleo mineral, oxido de zinco; 
• Não usar acetato de zinco em crianças menores de 2 anos. 
• Anestésicos: agem nos receptores da dor 
• Lidocaína e tetracaína: toxicidade em grandes quantidades (principalmente em 
áreas lesadas); 
• Benzocaína e álcool benzílico: menos tóxicos. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Dermatites 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
Picadas e mordidas de artrópodes: 
• Anestésicos e anti-histamínicos tópicos e orais, adstringente e protetores da pele. 
Queimaduras: 
• Anestésicos, analgésicos, antipruriginosos, antissépticos e antibióticos tópicos. 
Acne: 
• Peróxido de benzoíla, enxofre, ácido salicílico. 
Queda de cabelo: 
• Minoxidil. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Outras condições dermatológicas 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
• Não deve ser indicado MIP – postergação da terapia adequada e risco de efeitos 
cardíacos. 
• Papel do farmacêutico: 
• Conscientização do paciente sobre a importância do tratamento adequado; 
• Adesão dos medicamentos prescritos; 
• Orientação sobre a correta administração dos medicamentos; 
• Investigação da existência de outras condições médicas e o uso de MIP para o 
tratamento da asma; 
• Identificação dos fatores desencadeantes. 
PRECAUÇÕES E ASPECTOS IMPORTANTES 
Asma 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
BRASIL. Conselho Regional de Farmácia do Estado 
de São Paulo. Organização Pan-Americana da 
Saúde. Fascículo II - Medicamentos Isentos de 
Prescrição (Projeto Farmácia Estabelecimento de 
Saúde). CRF-SP: Conselho Regional de Farmácia 
do Estado de São Paulo; Organização Pan-
Americana de Saúde - Brasília, 2010. 
FINKEL, R.; PRAY, W. S. Guia de Dispensação de 
produtos terapêuticos que não exigem 
prescrição. Porto Alegre: Artmed; 2007. 728p. 
Saiba mais 
AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS 
Atenção Farmacêutica 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
 
Principais manifestações 
dermatológicas na farmácia; 
A dispensação de MIP nas 
manifestações ginecológicas e 
obstetrícias. 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Aula 01: Introdução à atenção farmacêutica 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Explicar o que é o plano de ensino e como ele está organizado; 
Identificar os objetivos e a importância da disciplina; 
Analisar o contexto atual da atenção farmacêutica, seus 
conceitos e histórico. 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Apresentação da disciplina 
• RDC ANVISA nº 44/2009 
• Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da 
dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços 
farmacêuticos em farmácias e drogarias. 
• Lei nº 13021/2014 
• Farmácia como unidade de prestação de serviços destinada a prestar assistência 
farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva; 
• Mudanças que incorporam a Atenção Farmacêutica na legislação do setor e a 
consolidam como campo de atuação profissional. 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Apresentação da disciplina 
• Importância do aluno estar preparado para essas mudanças e incorporarem a Atenção 
Farmacêutica como modelo de prática farmacêutica; 
• Aprendizado do diálogo e do respeito aos usuários considerando suas 
particularidades; 
• Ensino das boas práticas de farmácia; 
• Desenvolvimento de competências de comunicação e interação com o usuário a 
fim de lidar com os medicamentos e seus problemas de saúde. 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Apresentação da disciplina 
• Ao término da disciplina, o aluno deve ser capaz de: 
• Conhecer os fundamentos, princípios e práticas da atenção farmacêutica; 
• Desenvolver conhecimentos e habilidades para o trabalho farmacêutico na atenção 
primária à saúde; 
• Desenvolver consciência e postura comprometidas com a atenção integral ao indivíduo 
que procura o farmacêutico enquanto profissional de saúde; 
• Conhecer e interpretar as principais situações clínicas que se apresentam na farmácia; 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Apresentação da disciplina 
 Ao término da disciplina, o aluno deve ser capaz de: 
 Identificar e resolver os principais problemas relacionados a medicamentos que se 
apresentam na farmácia; 
 Utilizar algumas ferramentas para o uso sistemático na prática da atenção 
farmacêutica; 
 Analisar e avaliar criticamente diferentes fontes de informação sobre medicamentos. 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Plano de ensino 
• Explicar a Atenção Farmacêutica no contexto da legislação brasileira e internacional e 
contribuir para a reorientação de foco da atuação profissional no paciente tendo o 
medicamento como insumo à saúde. O aluno, futuro profissional farmacêutico, deve 
visualizar a farmácia como estabelecimento de saúde e inserida no contexto do Sistema 
Único de Saúde. 
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Plano de ensino 
• Explicar as bases teóricas e conceituais da atenção e assistência farmacêutica, enquanto 
prática profissional; 
• Identificar as principais condições/situações clínicas que se apresentam na farmácia 
comunitária; 
• Descrever a orientação farmacêutica na dispensação de medicamentos de prescrição e/ou 
isentos de prescrição; 
• Reconhecer e selecionar experiências exitosas em atenção farmacêutica; 
• Identificar causas e consequências de erros de medicação; 
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Plano de ensino 
• Descrever uma notificação de queixa técnica e/ou reação adversa a medicamentos, com 
relato do caso e estudo de causalidade; 
• Classificar e priorizar Problemas Relacionados a Medicamentos (PRM) e elaborar um plano de 
intervenção; 
• Construir um projeto de prestação de serviços farmacêuticos – atenção farmacêutica 
(Atividade Estruturada). 
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Revisão de conceitos 
Períodos da atividade farmacêutica (HEPLER; STRAND, 1990) 
• Período tradicional (início do sec. XX): 
• Figura do farmacêutico associada ao boticário que preparava e comercializava 
seus produtos. 
• A partir da década de 1950: 
• Crescimento da indústria farmacêutica desloca este papel; 
• Farmacêutico distancia-se do paciente e da equipe de saúde. 
Panorama histórico da profissão farmacêutica 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Revisão de conceitos 
Períodos da atividade farmacêutica (HEPLER; STRAND, 1990) 
• Período de transição (Final da década de 1960): 
• Inquietude profissional e busca pela reaproximação ao paciente e à equipe de saúde. 
• Surgimento da Farmácia Clínica: 
• ͞Áƌea deŶtƌo do curriculum de farmácia que trata da atenção ao paciente, com 
ênfase no tratamento medicamentoso. A farmáciaclínica busca o desenvolvimento 
de uŵa atitude oƌieŶtada ao paĐieŶte.͟ ;SOCIEDAD AMARICANA DE 
FARMACÉUTICOS DE HOSPITAL, 1991) 
• Desenvolvimento da Farmácia Clínica no Brasil – década de 1980 
Panorama histórico da profissão farmacêutica 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Revisão de conceitos 
Períodos da atividade farmacêutica (HEPLER; STRAND, 1990) 
• Período de cuidado do paciente (década de 1980): 
• Crítica à fragmentação da profissão e a algumas propostas de desenvolvimento da 
Farmácia Clínica – foco ainda no medicamento; 
• A proposta da atenção farmacêutica. 
• Hepler e Strand, 1990 – ͞OpoƌtuŶidades y ƌespoŶsaďilidades eŶ la AteŶĐióŶ FaƌŵaĐĠutiĐa͟: 
• Mudança do foco da atuação do profissional; 
• Resgate da relação farmacêutico-paciente. 
Panorama histórico da profissão farmacêutica 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Revisão de conceitos 
• Hepler e Strand, 1990: 
• ͞A pƌovisão ƌespoŶsĄvel do tƌataŵeŶto faƌŵaĐológiĐo Đoŵ o oďjetivo de alĐaŶçaƌ 
ƌesultados defiŶidos Ƌue ŵelhoƌeŵ a Ƌualidade de vida do paĐieŶte .͟ 
• Organização Mundial da Saúde – Declaração de Tóquio, 1993: 
• ͞CoŶĐeito de prática profissional na qual o paciente é o principal beneficiário das ações do 
farmacêutico. É o compêndio de atitudes, comportamentos valores éticos, funções, 
conhecimentos, responsabilidades e destrezas do farmacêutico na prestação da 
farmacoterapia, com objetivo de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e na 
qualidade de vida do paĐieŶte .͟ 
O CONCEITO DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Revisão de conceitos 
• Pharmaceutical Care España 
• Atenção farmacêutica = seguimento farmacoterapêutico; 
• Farmacêutico se responsabiliza pelas necessidade do paciente em relação aos 
medicamentos através da prevenção, detecção e resolução dos problemas 
relacionados ao medicamentos. 
• Organização Mundial da Saúde 
• Introduzem outras atividades em nível individual e coletivo, como a promoção da saúde e 
prevenção de enfermidades; 
• Considera qualquer técnica ou método que tenha objetivo de assegurar a efetividade e 
segurança do tratamento farmacológico ao paciente. 
MODELOS DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Revisão de conceitos 
• Incidência e custos: 
• São as maiores causas de morte em pacientes hospitalizados (SALVIA, et al., 1999); 
• Custos elevados: estimativa de US$177,4 bilhões nos EUA em 2000 (ERNST; GLIZZLE, 2001); 
• Os custos resultantes do uso inapropriado excedem os custos iniciais com a farmacoterapia; 
• Grande parte desses eventos pode ser evitada; 
• A Atenção Farmacêutica busca solucionar e prevenir esse importante problema assistencial através 
da identificação, resolução e prevenção dos problemas relacionados com medicamentos (PRM). 
MORBIDADE E MORTALIDADE RELACIONADA A MEDICAMENTOS 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Revisão de conceitos 
• Definição: 
• ͞É uŵ pƌoďleŵa de saúde, ƌelaĐioŶado ou suspeito de estaƌ ƌelaĐioŶado ă farmacoterapia, 
que interfere ou pode interferir nos resultados terapêuticos e na qualidade de vida do 
usuĄƌio͟ ;IVAMA, et al., 2002). 
• Requisitos da farmacoterapia: 
• Necessidade; 
• Efetividade; 
• Segurança; 
• Os PRM são identificados e classificados a partir destes requisitos. 
PROBLEMAS RELACIONADOS COM MEDICAMENTOS (PRM) 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Revisão de conceitos 
PROBLEMAS RELACIONADOS COM MEDICAMENTOS (PRM) 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
• 2007 - III Consenso de Granada sobre PRM e RNM: 
• Evolução e ƌevisão do teƌŵo ͞Pƌoďleŵa 
RelaĐioŶado Đoŵ MediĐaŵeŶto͟ ;PRMͿ; 
• Pƌoposta do teƌŵo ͞Resultados ClíŶiĐos 
Negativo AssoĐiado a MediĐaŵeŶtos͟ ;RNMͿ; 
• ͞Alteƌações Ŷão desejadas Ŷo estado de 
saúde do doente atribuíveis ao uso (ou 
desusoͿ dos ŵediĐaŵeŶtos͟ 
(HERNANDÉZ, et al., 2010). 
 
PROBLEMAS RELACIONADOS COM MEDICAMENTOS (PRM) 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Revisão de conceitos 
1998 – Política Nacional de Medicamentos – PNM (Port. nº 3916/98): 
• Reorientação da Assistência Farmacêutica. 
2002 – Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica: 
• DefiŶição dos teƌŵos ͞AssistġŶĐia FaƌŵaĐġutiĐa͟ e ͞AteŶção FaƌŵaĐġutiĐa .͟ 
2004 – Política Nacional de Assistência Farmacêutica – PNAF (Res. CNS nº 338/04): 
• Atenção farmacêutica como componente da assistência farmacêutica. 
2009 – Boas Práticas Farmacêuticas (RDC ANVISA nº 44/2009): 
• Prestação de serviço de atenção farmacêutica nas farmácias e drogarias. 
Atenção Farmacêutica no Brasil 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Revisão de conceitos 
• De acordo com a Política Nacional de Assistência Farmacêutica: 
• Assistência farmacêutica (AF) 
• ͞Conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da 
saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como 
insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional. Este 
conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de 
medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, 
aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos 
produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, 
na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da 
Ƌualidade de vida da população͟ ;BRASIL, 2004Ϳ. 
ATENÇÃO FARMACÊUTICA X ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
• Assistência farmacêutica (AF) 
• Campo multidisciplinar, interdisciplinar e 
intersetorial; 
• Envolve ações gerenciais e assistenciais; 
• Sistematização através do Ciclo da 
Assistência Farmacêutica; 
• Etapas com equivalente grau de 
importância e interdependência. 
ATENÇÃO FARMACÊUTICA X ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Revisão de conceitos 
• De acordo com a Política Nacional de Assistência Farmacêutica : 
• Atenção farmacêutica (AtenFar) 
• ͞É uŵ modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência 
Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, 
compromissos e corresponsabilidades na prevenção de doenças, promoção e 
recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do 
farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de 
ƌesultados defiŶidos e ŵeŶsuƌĄveis, voltados paƌa a ŵelhoƌia da Ƌualidade de vida.͟ 
(BRASIL, 2004) 
ATENÇÃO FARMACÊUTICA X ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Revisão de conceitos 
• Atenção Farmacêutica (AtenFar): 
• Definida pelo Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica; 
• Incluída como componente da Assistência Farmacêutica na Política Nacional de Assistência 
Farmacêutica; 
• Atividade privativa do farmacêutico; 
• Segue o modelo proposto pela OMS ; 
• Inclusão de atividades individuais e coletivas. 
ATENÇÃO FARMACÊUTICA X ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
Revisão de conceitos 
• Componentes da Atenção Farmacêutica (IVAMA, et al., 2002): 
• Educação em saúde (incluindo promoção do uso racional de medicamentos); 
• Orientação farmacêutica; 
• Dispensação; 
• Atendimento Farmacêutico; 
• Acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico; 
• Registro sistemático das atividades, mensuração e avaliação dos resultados. 
ATENÇÃO FARMACÊUTICA X ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
AtençãoFarmacêutica 
IVAMA, A. M. et al. Consenso Brasileiro de 
Atenção Farmacêutica. Brasília: OPAS, 2002. 
PEREIRA, L. R. L.; FREITAS, O. A evolução da 
Atenção Farmacêutica e a perspectiva para o 
Brasil. Brazilian Journal of Pharmaceutical 
Sciences. v. 44, n. 4, out./dez., p. 601-612, 2008. 
WITZEL, M. D. R. F. Capítulo 34 - Aspectos 
Conceituais e Filosóficos da Assistência 
Farmacêutica, Farmácia Clínica e Atenção 
Farmacêutica. In: STORPIRTIS, S; et al. Farmácia 
Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2008. 489 p. 
AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Atenção Farmacêutica 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Aula 02: Medicamentos isentos de prescrição 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
Medicamentos isentos de prescrição (MIP); 
Conceitos dos MIP; 
Condições clínicas mais comuns; 
Papel do farmacêutico na dispensação; 
Legislação dos MIP. 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
Medicamentos isentos de prescrição (MIP) 
• Segundo o Ministério da Saúde, são medicamentos cuja dispensação não requer 
autorização, ou seja, receita expedida por profissional; 
• Internacionalmente, são também conhecidos como medicamentos OTC (Over-the-
counter); 
• De acordo com pesquisa realizada pela empresa de consultoria em saúde IMS Health e 
pela Associação Brasileira de Medicamentos Isentos de Prescrição (ABIMIP), os MIP 
estão entre os campeões de venda da farmácia, no ano de 2011 e 2012, sendo os 
principais os analgésicos e descongestionantes; 
• Mas será que ser isento de prescrição é ser isento de risco? 
CONCEITO 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
• Indicados para doenças com alta morbidade e baixa gravidade; 
• Considerados de elevada segurança de uso, eficácia comprovada cientificamente ou de 
uso tradicional reconhecido, de fácil utilização e baixo risco de abuso, mas NÃO são 
isentos de risco; 
• O fácil acesso aos MIP, torna-os diretamente atrelados à automedicação; 
• Necessidade do farmacêutico assumir essa responsabilidade; 
• Intervenção farmacêutica é o principal fator para o sucesso e a segurança da terapia. 
PRINCIPAIS ASPECTOS DOS MIP 
Medicamentos isentos de prescrição (MIP) 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
• Concepção errônea de medicamento como simples mercadoria, isenta de risco, principalmente se 
tratamento de MIP; 
• Propaganda abusiva de medicamentos; 
• Disponibilidade facilitada dos medicamentos ao consumidor (autoatendimento); 
• Não solicitação do usuário pela orientação do profissional farmacêutico quando vai à farmácia ou 
drogaria; 
• Dificuldade de acesso aos serviços de saúde; 
• 80% dos medicamentos são comercializados sem prescrição médica e/ou orientação farmacêutica. 
CAUSAS DA AUTOMEDICAÇÃO 
Automedicação 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
Prática reconhecida pela OMS em que os indivíduos tratam seus próprios sintomas e males menores 
com medicamentos aprovados e disponíveis sem a prescrição médica e que são seguros quando usados 
segundo as instruções. 
Vantagens da automedicação responsável: 
• Diminuição substancial de custos para o sistema de saúde e para os usuários; 
• Redução do número de consultas; 
• Conforto para a população pela facilidade de acesso à farmácia; 
• Melhor qualidade de vida; 
• Direito de atuar sobre a própria saúde. 
DEFINIÇÃO 
Automedicação responsável 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
Manifestações gastrointestinais: 
• Refluxo, azia, constipação e diarreia. 
Manifestações respiratórias: 
• Rinite alérgica, tosse, gripe e resfriado. 
Manifestações dermatológicas: 
• Pediculose, infecções fúngicas de pele (micoses), dermatites. 
Manifestações ginecológicas e obstetrícias: 
• Dismenorreia, TPM, infecção fúngica vaginal e DST. 
Manifestações de dor e febre 
CONDIÇÕES CLÍNICAS MAIS COMUNS 
Automedicação responsável 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
1. O farmacêutico deve verificar: 
• Quais medicamentos estão sendo solicitados e a razão pela qual estão sendo solicitados; 
• Idade do paciente e duração dos sintomas; 
• Situações que poderiam contraindicar determinados MIP; 
• Uso concomitante de outros medicamentos e uso de álcool; 
• Uso prévio de outros medicamentos para o mesmo sintoma apresentado; 
• Histórico médico. 
PASSOS PARA A DISPENSAÇÃO 
O papel do farmacêutico na dispensação de MIP 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
2. O farmacêutico deve avaliar se: 
• É necessário encaminhamento ao médico: 
• Ex.: Grupos de risco (gestantes, lactantes, recém-nascidos, crianças, idosos); se o 
problema relatado não puder ser tratado pelo farmacêutico com a utilização de 
MIP; se estiver ocorrendo reação adversa a outro medicamento que o paciente 
utiliza; se os sintomas estiverem associados a outra patologia. 
• É necessário indicar medidas não farmacológicas: 
• Ex.: Mudanças comportamentais e na dieta, prática de exercício físico. 
• É necessário indicar tratamento farmacológico (MIP). 
PASSOS PARA A DISPENSAÇÃO 
O papel do farmacêutico na dispensação de MIP 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
3. No caso de indicação de MIP, de acordo com a RDC 44/2009, o farmacêutico deve orientar sobre: 
• Ênfase no cumprimento da posologia; 
• Administração (como, quando, quanto) e duração do tratamento; 
• Influência dos alimentos; 
• Interação com outros medicamentos; 
• Reconhecimento de reações adversas potenciais; 
• Condições de conservação do produto. 
PASSOS PARA A DISPENSAÇÃO 
O papel do farmacêutico na dispensação de MIP 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
4. O farmacêutico deve também orientar procurar atendimento médico, caso: 
• Os sintomas persistirem, piorarem ou se o paciente tiver uma recaída; 
• O paciente tiver dores agudas; 
• O paciente tiver tentado um ou mais medicamentos sem sucesso; 
• Surgirem efeitos não desejados; 
• O paciente estiver convencido da gravidade dos seus sintomas; 
• O paciente tiver problemas psicológicos, tais como ansiedade, inquietação, depressão, 
letargia, agitação ou hiperexcitabilidade. 
PASSOS PARA A DISPENSAÇÃO 
O papel do farmacêutico na dispensação de MIP 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
• Dispõe sobre o enquadramento na categoria de venda de medicamento; 
• Definição da Lista de Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas (GITE); 
• Medicamentos enquadrados nesta lista são considerados MIP; 
• Respeitadas as restrições textuais e outras normas legais pertinentes e a exceção de 
medicamentos por via parenteral; 
• Alguns grupos terapêuticos da GITE: anti-histamínicos, analgésicos e antipiréticos (exceto 
narcóticos), descongestionantes nasais tópicos. 
REVOGADA PELA RDC Nº 98/2016 
RESOLUÇÃO ANVISA Nº 138/2003 
Legislação dos MIP 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
• Dispõe sobre os critérios e procedimentos para o enquadramento de medicamentos como isentos 
de prescrição e o reenquadramento como medicamentos sob prescrição; 
• A relação dos medicamentos enquadrados como MIP será disponibilizada pela ANVISA, por meio 
da LMIP; 
• Critérios para enquadramento de um medicamento como MIP: 
I. Tempo mínimo de comercialização do princípio ativo ou da associação de princípios ativos: 
• 10 (Dez) anos sendo, no mínimo, 5 (cinco) anos Brasil como medicamento sob prescrição ou; 
5 (cinco) anos no exterior como medicamento isento de prescriçãocujos critérios para seu 
enquadramento sejam compatíveis com os estabelecidos nesta Resolução. 
RESOLUÇÃO ANVISA Nº 98/2016 
Legislação dos MIP 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
Critérios para enquadramento de um medicamento como MIP: 
II. Segurança, segundo avaliação da causalidade, gravidade e frequência de eventos adversos 
e intoxicação, baixo potencial de causar dano à saúde quando obtido sem orientação de 
um prescritor: 
• Reações adversas com causalidades conhecidas e reversíveis após suspensão de uso do 
medicamento; 
• Baixo potencial de toxicidade, quando reações graves ocorrem apenas com a administração 
de grande quantidade do produto, além de apresentar janela terapêutica segura; 
• Baixo potencial de interação medicamentosa e alimentar. 
RESOLUÇÃO ANVISA Nº 98/2016 
Legislação dos MIP 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
Critérios para enquadramento de um medicamento como MIP: 
III. Indicação para manifestações não graves e com evolução inexistente ou muito lenta, sendo 
que sinais e sintomas devem ser facilmente detectáveis pelo paciente, sem necessidade de 
monitoramento com o prescritor; 
IV. Utilização por curto período de tempo ou por tempo previsto em bula, exceto para os de 
uso preventivo, bem como para os medicamentos específicos e fitoterápicos indicados para 
doenças de baixa gravidade; 
V. Ser manejável pelo paciente, seu cuidador, ou mediante orientação pelo farmacêutico. 
RESOLUÇÃO ANVISA Nº 98/2016 
Legislação dos MIP 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
Critérios para enquadramento de um medicamento como MIP: 
VI. Baixo potencial de risco ao paciente, nas seguintes condições: 
• Mau uso com a utilização do medicamento para finalidade diferente da preconizada em bula; 
• Abuso com a utilização do medicamento em quantidade superior ao preconizado ou por período 
superior ao recomendado; 
• Intoxicação. 
VI. Não apresentar potencial dependência, ainda que seja utilizado conforme preconizado em bula. 
RESOLUÇÃO ANVISA Nº 98/2016 
Legislação dos MIP 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
 Regula a prescrição farmacêutica e dá outras providências; 
 O farmacêutico poderá realizar a prescrição de medicamentos e outros produtos com finalidade 
terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica; 
Lei nº 13021/2014 
 Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas; 
 Considera a farmácia uma unidade de prestação de serviços destinada a prestar assistência 
farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva. 
RESOLUÇÃO CFF Nº 586/2013 
Outras legislações importantes 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
BRASIL. Conselho Regional de Farmácia do Estado 
de São Paulo. Organização Pan-Americana da 
Saúde. Fascículo II - Medicamentos Isentos de 
Prescrição (Projeto Farmácia Estabelecimento de 
Saúde). CRF-SP: Conselho Regional de Farmácia 
do Estado de São Paulo; Organização Pan-
Americana de Saúde - Brasília, 2010. 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. 
Resolução nº 98, de 01 de agosto de 2016. 
Dispõe sobre os critérios e procedimentos para o 
enquadramento de medicamentos como isentos 
de prescrição e o reenquadramento como 
medicamentos sob prescrição, e dá outras 
providências. Diário Oficial (da) União, DF, 03 ago. 
2016. Seção 1, p. 32. 
Saiba mais 
AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
Atenção farmacêutica 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
 
Principais manifestações 
gastrintestinais na farmácia; 
A dispensação de MIP nas 
manifestações 
gastrointestinais. 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Aula 04: Medicamentos isentos de prescrição - 
Nas manifestações respiratórias 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
Condições respiratórias mais comuns; 
Rinite alérgica; 
Resfriado e outras condições relacionadas; 
Asma; 
Dispensação de MIP nestas manifestações. 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
Rinite alérgica 
• Rinite alérgica sazonal ou perene. 
Epidemiologia e etiologia: 
• Sintomas geralmente iniciam antes dos 21 anos; 
• Influência genética; 
• Condição mediada pelo sistema imunológico; 
• Partículas alergênicas » alérgenos » ativação de IgE em mastócitos » ligação antígeno-
anticorpo » liberação de mediadores (histamina) » vasodilatação, edema de mucosa e 
aumento da secreção de muco. 
CONDIÇÕES-CHAVE 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Sintomas clássicos: 
• Episódios súbitos e repetitivos de espirros, prurido nasal, corrimento nasal 
(rinorreia), obstrução nasal parcial ou total, respiração bucal. 
• Outros: 
• Cefaleia, lacrimejamento associado com prurido e muitas vezes edema das 
pálpebras devido ao esfregar constante dos olhos, dor sobre os seios paranasais, 
garganta seca ou tosse repetitiva. 
SINAIS E SINTOMAS 
Rinite alérgica 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Descoberta do alérgeno específico; 
• Controle ambiental (evitar a exposição a substâncias alergênicas); 
• Utilização de tiras nasais. 
• Situações que devem ser encaminhadas ao médico: 
• Pessoas com sintomas que não respondem ao tratamento com MIP; 
• Alguns pacientes podem se beneficiar da avaliação por um alergologista para 
determinar a exata causa da reação alérgica. 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO: 
Rinite alérgica 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Medicamentos que atuam contra os efeitos farmacológicos dos mediadores liberados pelo 
mastócito após união antígeno-anticorpo (adrenérgicos); 
• Medicamentos que impedem a liberação de mediadores de mastócitos/basófilos (cromoglicato 
dissódico e cetotifeno); 
• Medicamentos que atuam por competição com a histamina (anti-histamínicos): 
• São mais eficazes quando usados precocemente no quadro da rinite alérgica e têm maior 
dificuldade de controlar a obstrução nasal já estabelecida. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: 
Rinite alérgica 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Não previnem a liberação de histamina; 
• Primeira geração – ligação não seletiva ao receptores periféricos e centrais (sedação): 
• Bromofeniramina, Clorfeniramina (opções mais adequadas para uso diurno), Carboxamina, 
Dexclorfeniramina, Difenidramina. 
• Segunda geração – ligação seletiva (menos sedativos): 
• Loratadina. 
• Efeitos sedativos podem ser potencializados por álcool e depressores centrais; 
• Em crianças: podem causar excitabilidade ou sedação; 
• Formulações associadas a descongestionantes – podem compensar o efeito sedativo. 
ANTI-HISTAMÍNICOS (ANTAGONISTAS H1): 
Rinite alérgica 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Resfriado comum; 
• Gripe; 
• Tosse. 
• Epidemiologia do resfriado: 
• Doença de curso autolimitado; 
• Três períodos anuais de maior incidência: início do outono, meados do inverno e primavera; 
• Maior prevalência entre crianças que frequentam o jardim de infância. 
Resfriado e outras condições relacionadas 
CONDIÇÕES-CHAVE 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIASAtenção farmacêutica 
• Causado por mais de 200 vírus; 
• População de risco: idosos, grávidas e lactantes, pessoas debilitadas ou enfermas (asmáticos, 
cardíacos, diabéticos, imunodeprimidos) e crianças; 
• Transmissão por contato direto de pessoa para pessoa e autoinoculação; 
• Sintomas nasais (obstrução e corrimento) causados pela liberação de mediadores químicos 
inflamatórios; 
• Ar seco pode predispor o resfriado comum; 
• Fadiga excessiva, estresse emocional ou alterações rinofaríngeas prévias podem facilitar o contágio. 
ETIOLOGIA DO RESFRIADO: 
Resfriado e outras condições relacionadas 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Ocorre em âmbito mundial - surtos localizado ou regional, epidemias e pandemias; 
• Atinge quase todas as faixas etárias num curto espaço de tempo; 
• Causada pelo vírus Influenza (família dos Ortomixovirus) tipos A, B e C: 
• Vírus influenza A, são altamente transmissíveis e mutáveis (maior morbidade e mortalidade) 
– classificação de acordo com glicoproteínas de superfície: hemaglutinina (H) e 
neuraminidase (N). 
• Transmissão: 
• Semelhante a do resfriado; 
• Pode ocorrer transmissão por aves e suínos e disseminação aérea por gotículas em aerossol. 
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA DA GRIPE 
Resfriado e outras condições relacionadas 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Centro da tosse - bulbo raquídeo; 
• Classificação: 
• Duração; 
• Presença de secreção. 
• Causas: 
• Infecções bacterianas e virais, exposição a alérgenos ou irritantes, mudanças de estação ou 
temperatura, patologias respiratórias ou gastrintestinais, doença pulmonar obstrutiva crônica 
(DPOC), uso de medicamentos (captopril, enalapril). 
ETIOLOGIA DA TOSSE 
Resfriado e outras condições relacionadas 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Cerca de 1 a 2 dias: dor ou sensação de arranhamento da garganta; 
• O próximo sintoma é o espirro, seguido de rinorreia; 
• A secreção nasal passa de clara a purulenta (contém pus); 
• Dificuldade de respirar pelo nariz (obstrução nasal); 
• Pode ocorrer febre, mal-estar (sensação de desconforto geral e fadiga), dor muscular, cansaço, 
tremedeiras; 
• O pico dos sintomas ocorre geralmente dentro de 2 a 4 dias e então começa a remissão; 
• Tosse não produtiva (fina e seca) no terceiro ou quarto dia, gradualmente se torna frequente e 
produtiva (expele para fora o muco acumulado) e então diminui. 
SINAIS E SINTOMAS DO RESFRIADO 
Resfriado e outras condições relacionadas 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
 Semelhantes a de resfriado comum; 
 Duração de 1 a 2 semanas; 
 Instalação abrupta - febre alta (sintoma mais importante), mialgia, dor de garganta, 
prostração, calafrios, dor de cabeça e tosse seca; 
 Complicações - sinusite, otite média, descompensação do diabetes mellitus, agravamento 
de doenças pulmonares crônicas, da insuficiência e/ou arritmia cardíaca; 
 Importância de diferenciar da faringite estreptocócica – encaminhar ao médico. 
SINAIS E SINTOMAS DA GRIPE: 
Resfriado e outras condições relacionadas 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Evitar lugares fechados; 
• Lavar as mãos constantemente; 
• Evitar o contato direto com pessoas com resfriado; 
• Repouso; 
• Ingestão aumentada de líquidos e dieta balanceada; 
• Utilizar umidificador ou vaporizador para aumentar a umidade do ar; 
• Uso de tiras adesivas; 
• Vacinação para a gripe: evita as formas mais graves da doença, especialmente entre os idosos 
ou portadores de doenças crônicas. 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO DO RESFRIADO E DA GRIPE: 
Resfriado e outras condições relacionadas 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Controle ambiental (evitar a exposição a substâncias alergênicas); 
• Evitar lugares fechados; 
• Evitar mudanças bruscas de temperatura; 
• Não fumar; 
• Hidratação (bebidas quentes); 
• Mel; 
• Elevar a cabeceira da cama e boa ventilação no quarto; 
• Supressão inadequada da tosse pode resultar em pneumonia. 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO DA TOSSE 
Resfriado e outras condições relacionadas 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Pacientes grávidas ou amamentando; 
• Crianças com menos de 2 anos; 
• Pacientes com febre acima de 37,7oC por mais de 24 horas, ou com alergia e dor de cabeça 
persistente; 
• Quando os sintomas do resfriado não melhoram em 7 dias; 
• Quando há suspeita de infecção de garganta estreptocócica; 
• Em caso de dor de garganta grave por mais de 2 dias ou com dificuldade respiratória; 
SITUAÇÕES QUE DEVEM SER ENCAMINHADAS AO MÉDICO 
Resfriado e outras condições relacionadas 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Tosse persistente por mais de uma semana ou tosse recorrente; 
• Tosse crônica em pacientes que fumam, tem asma, enfisema ou tosse acompanhada por catarro 
excessivo (purulento); 
• Pacientes que solicitam descongestionante oral ou descongestionante nasal tópico e também tem 
doença cardíaca, hipertensão, doença da tireoide, diabetes ou problemas para urinar devido a 
aumento da próstata; 
• Pacientes que não toleram descongestionante oral, por apresentarem nervosismo, vertigem e insônia. 
SITUAÇÕES QUE DEVEM SER ENCAMINHADAS AO MÉDICO 
Resfriado e outras condições relacionadas 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Alívio dos sintomas; 
• Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): 
• Exemplos: Acido acetilsalicílico, dipirona, paracetamol, ibuprofeno. 
• Anti-histamínicos: 
• Ação anticolinérgica, reduzindo a secreção de muco; 
• Exemplos: Difenidramina, clorfeniramina. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Resfriado e outras condições relacionadas 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Antitussígenos, expectorantes e mucolíticos: 
• Mecanismos de ação: 
• Antitussígenos – usados na tosse seca e improdutiva; 
• Expectorantes – estimulam os mecanismos de eliminação 
do muco e podem aumentar a atividade das glândulas 
secretoras; 
• Mucolíticos – atuam promovendo a liquefação do muco, de 
forma a torná-lo mais fluido e facilitar sua expulsão. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Resfriado e outras condições relacionadas 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Antitussígenos, expectorantes e mucolíticos: 
• Principais exemplos: 
• Acetilcisteína – mucolítico: 
• Interações – antibióticos (uso intercalado); 
• Precauções – Asmáticos, idosos, pacientes com úlcera péptica. 
• Carbocisteína – mucolítico; 
• Ambroxol – expectorante e mucolítico. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Resfriado e outras condições relacionadas 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Antitussígenos, expectorantes e mucolíticos: 
• Principais exemplos: 
• Guaifenesina – expectorante e mucolítico: 
• Ingestão de água para auxiliar a fluidificação e expulsão. 
• Iodeto de potássio – mucolítico: 
• Precauções – uso concomitante com diuréticos poupadores de 
potássio ou produtos que contêm potássio – hipercalemia 
pode resultar em arritmias ou parada cardíaca. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Resfriado e outras condições relacionadas 
AULA04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Antitussígenos, expectorantes e mucolíticos: 
• Principais exemplos: 
• Cloperastina – antitussígeno: 
• Ação também periférica – antiedemígena, relaxante da 
musculatura brônquica e anti-irritante; 
• Pode aumentar o efeito sedativo dos depressores do SNC. 
• Dropropizina – antitussígeno: 
• Precauções – idosos e pacientes com insuficiência renal ou 
hepática, sonolência. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Resfriado e outras condições relacionadas 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Descongestionantes nasais: 
• Solução hipertônica: 
• Solução salina 3%: hipertônica; 
• Cuidados na administração: não direcionar o jato para o septo nasal. 
• Vasoconstritores tópicos (receptores α-adrenérgicos): 
• Não podem ser indicados (tarjados); 
• Pode causar rinite medicamentosa; 
• Exemplo: nafazolina . 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Resfriado e outras condições relacionadas 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Descongestionantes nasais 
• Vasoconstritores (receptores α-adrenérgicos) – diminuem a congestão nasal: 
• Sistêmicos – maior duração de ação e menos irritantes, ação mais lenta: 
• Podem ser indicados; 
• Contraindicados em hipertensos, diabéticos, enfermos cardíacos e 
hipertireóideos; 
• Exemplo: Fenilefrina (estimulação indireta dos receptores α-
adrenérgicos no pulmão pode facilitar a respiração). 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Resfriado e outras condições relacionadas 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Outras classes de MIP: 
• Solução salina 0,9%: 
• Irrigação, limpeza e umidificação da membrana nasal; 
• Útil para tratamento da rinite medicamentosa; 
• Anestésicos locais em formulações em spray: benzocaína, fenol, mentol, óleo de cânfora 
(dois últimos também utilizados em inalação). 
• Formulações combinadas: 
• Analgésico e antipirético, descongestionante e anti-histamínico; 
• Expõem o paciente a maior risco de reações adversas. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
Resfriado e outras condições relacionadas 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Pode ocorre em qualquer idade, sendo mais comum em negros; 
• Processo inflamatório – mastócitos, eosinófilos, linfócitos T, neutrófilos e células epiteliais; 
• Piora do quadro pela manhã e noite; 
• Hiperresponsividade brônquica a vários estímulos; 
• Fatores que agravam o quadro: 
• Infecções respiratórias, alérgenos, mudanças de ambiente e temperatura, exercício físico, 
medicamentos, alimentos, entre outros. 
• Manifestação extraesofágica do DRGE. 
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA 
Asma 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
 Tosse, sibilos, dificuldade para respirar, secreção purulenta; 
 Obstrução aguda – cianose e hipóxia; 
 Classificação de acordo com frequência e gravidade. 
Prevenção e tratamento não farmacológico: 
 Controle ambiental (evitar a exposição a substâncias alergênicas); 
 Cuidados na prática de exercícios. 
SINAIS E SINTOMAS 
Asma 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
• Não deve ser indicado MIP – postergação da terapia adequada e risco de efeitos 
cardíacos. 
• Papel do farmacêutico: 
• Conscientização do paciente sobre a importância do tratamento adequado; 
• Adesão dos medicamentos prescritos; 
• Orientação sobre a correta administração dos medicamentos; 
• Investigação da existência de outras condições médicas e o uso de MIP para o 
tratamento da asma; 
• Identificação dos fatores desencadeantes. 
PRECAUÇÕES E ASPECTOS IMPORTANTES 
Asma 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
BRASIL. Conselho Regional de Farmácia do Estado 
de São Paulo. Organização Pan-Americana da 
Saúde. Fascículo II - Medicamentos Isentos de 
Prescrição (Projeto Farmácia Estabelecimento de 
Saúde). CRF-SP: Conselho Regional de Farmácia 
do Estado de São Paulo; Organização Pan-
Americana de Saúde - Brasília, 2010. 
FINKEL, R.; PRAY, W. S. Guia de Dispensação de 
produtos terapêuticos que não exigem 
prescrição. Porto Alegre: Artmed; 2007. 728p. 
Saiba mais 
AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
Atenção farmacêutica 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
 
Principais manifestações 
dermatológicas na farmácia; 
A dispensação de MIP nas 
manifestações dermatológicas. 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
Aula 03: Medicamentos isentos de prescrição - 
Nas manifestações gastrintestinais 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
Condições gastrintestinais mais comuns; 
Doenças gástricas; 
Constipação; 
Diarreia; 
Dispensação de MIP nestas manifestações. 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
Doenças gástricas 
 Dispepsia; 
 Pirose; 
 Doença do refluxo gastresofágico – DRGE; 
 Esofagite; 
 Gastrite; 
 Úlcera: duodenal, gástrica e péptica. 
CONDIÇÕES-CHAVE 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
• Incidência aumenta com a idade, sendo mais comum em mulheres idosas; 
• Condições predisponentes: 
Obesidade, gravidez, hérnia de hiato 
• Uso de medicamentos: 
AINES, vitaminas e suplementos minerais, narcóticos, alendronato. 
• Desequilíbrio entre as forças protetoras e agressivas do estômago: 
Muco, bicarbonato e prostaglandinas. 
• Movimento retrógrado anormal do estômago para o esôfago 
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA DA DRGE 
Doenças gástricas 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
• São mais comuns à noite e/ou ao deitar; 
• Pirose e regurgitação; 
• Dor no peito; 
• Disfagia e odinofagia; 
• Aperto, dor na garganta e rouquidão crônica; 
• Sangramento (ulceração gástrica); 
• Sintomas pulmonares decorrentes de broncoaspiração; 
• Erosão dental. 
SINAIS E SINTOMAS DA DRGE 
Doenças gástricas 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
• Modificação da dieta: 
• Evitar determinados alimentos (gordurosos, quentes, cítricos, carminativos, cafeína, álcool); 
• Diminuir volume das refeições com menor espaço entre elas; 
• Horário das refeições (não se deitar pelo menos 2 horas após qualquer refeição). 
• Tabaco; 
• Intervenções posturais: 
• Levantar cabeceira da cama. 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO DA DRGE 
Doenças gástricas 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
• MIP não indicado para tratamento de úlcera péptica; 
• Dor no peito pode ser sugestiva de envolvimento cardíaco; 
• Sangramentos; 
• Sintomas da esofagite crônica; 
• Produtos contendo ácido acetilsalicílico: não indicar para gestantes no último trimestre de gravidez; 
• Bloqueadores H2: evitar uso em idosos. 
PRECAUÇÕES NAS DOENÇAS GÁSTRICAS 
Doenças gástricas 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
• Sintomas por mais de 2 semanas; 
• Paciente menor de 2 anos; 
• Pirose por mais de 3meses ou acompanhada por leve dor de cabeça, sudorese, dor no peito, no 
ombro, dificuldade de respirar, sibilação, perda de peso, vômito, entre outros; 
• Disfagia e odinofagia; 
• Fezes escuras; 
• Sangue no vômito. 
SITUAÇÕES QUE DEVEM SER ENCAMINHADAS AO MÉDICO: 
Doenças gástricas 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
• Neutraliza a acidez gástrica e reduz o número e a quantidade de refluxo; 
• Alcalinização também aumenta o tônus do esfíncter esofágico inferior; 
• Pode aumentar a liberação de prostaglandinas. 
Principais exemplos: 
• Bicarbonato de sódio (ação rápida): cuidado com a dose máxima diária de sódio (5mEq) e 
com pacientes hipertensos, com ICC, edema e insuficiência renal; 
• Hidróxido de magnésio (ação rápida): pode causar diarreia (dose-dependente); 
• Hidróxido de alumínio (ação neutralizante baixa): forma de gel protetor e pode causar 
constipação (cuidado com pacientes idosos). 
ANTIÁCIDOS: 
Doenças gástricas 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
• Bloqueia a produção e secreção gástrica a partir da inibição dos receptores de histamina do tipo H2 
das células parietais; 
• São eficazes para o tratamento dos sintomas ativos; 
• Antiácidos podem diminuir a absorção desses medicamentos. 
Principais exemplos: 
• Cimetidina: muitas interações medicamentosas (inibidor das enzimas Citocromo P-450); 
• Ranitidina. 
BLOQUEADORES H2: 
Doenças gástricas 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
• Bloqueiam a produção de ácido gástrico pela inibição da bomba de prótons das células parietais; 
• Indicados para o tratamento da pirose frequente; 
• Omeprazol: 
• Não promove alívio imediato e deve ser utilizado por um período de 14 dias; 
• Interações medicamentosas (varfarina, antifúngicos, digoxina e benzodiazepínicos). 
• Outros medicamentos: 
• Subsalicilato de bismuto: efeito tópico na mucosa gástrica. 
INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS E OUTROS 
Doenças gástricas 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
• Tempo dos sintomas; 
• Existência de fatores predisponentes; 
• Ingestão de álcool; 
• Presença de H. pylori; 
• Orientações importantes na dispensação de antiácidos: 
• Forma farmacêutica (comodidade e tempo de ação); 
• Interação com alimento (neutralização prolongada); 
• Interações medicamentosas (antifúngicos, medicamentos com revestimento entérico, 
carbonato de cálcio). 
ASPECTOS IMPORTANTES NA DISPENSAÇÃO DE MIP 
Doenças gástricas 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
• Importante problema nos idosos; 
• Procura maior entre as mulheres; 
• Alto risco em pacientes de raça não branca; 
• Influência genética; 
• Fatores envolvidos: 
• Mudanças de rotina, dieta, sedentarismo, perda do reflexo natural para defecar; 
• Uso de medicamentos (narcóticos e uso crônico abusivo de laxativos). 
• Condições médicas específicas (gestação, danos neurais, dor, hemorroidas, entre outros). 
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA 
Constipação 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
• Fezes duras ou em pequena quantidade; 
• Ausência de urgência ao defecar; 
• Impactação fecal; 
• Diarreia paradoxal e incontinência; 
• Desconforto, inchaço e gás abdominal; 
• Defecação irregular, esforço e dor ao defecar; 
• Outros sintomas: falta de apetite, dor de cabeça, letargia, estado mental alterado no 
paciente idoso. 
SINAIS E SINTOMAS 
Constipação 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
• Estabelecimento de rotina; 
• Adequação da dieta: 
• Aumentar ingestão de líquidos e de fibras e limitar o consumo de ovos e queijo; 
• Rotina moderada de exercícios; 
• Evitar laxantes que causam dependência. 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO 
Constipação 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
• Pacientes menor de 2 anos; 
• Pacientes apresentando dor abdominal, náuseas e vômitos (risco de apendicite); 
• Pacientes em uso de laxantes por mais de sete dias; 
• Pacientes com colostomia ou ileostomia; 
• Pacientes com condições médicas predisponentes (diabetes, falência renal); 
• Pacientes em uso de medicamentos que causam constipação; 
• Pacientes com alteração súbita na rotina de defecção e sangramento retal por duas semanas (risco 
de câncer); 
• Gestantes e idosos com saúde frágil e constipação prolongada. 
SITUAÇÕES QUE DEVEM SER ENCAMINHADAS AO MÉDICO 
Constipação 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
• É o tipo mais fisiológico; 
• Formação de gel emoliente e retenção de água nas fezes para aumentar o volume; 
• Estimulação mecânica e aumento do peristaltismo; 
• Devem ser tomados com grande quantidade de água; 
• Início da ação mais lento (12 a 72 horas); 
• Intervalo de administração com outros medicamentos; 
• Cuidados especiais com pacientes acamados (risco de obstrução fecal); 
• Exemplos: Plantago ovata (psyllium), metilcelulose, policarbofila de cálcio. 
LAXATIVOS FORMADORES DE BOLO FECAL 
Constipação 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
• Amolecem as fezes ao facilitar a mistura com água e gorduras (agentes de superfície); 
• Início da ação mais lento (12 a 72 horas); 
• Útil para fezes duras e secas; 
• Adequado para gestantes, pacientes pós-cirúrgicos, pacientes com hérnia; 
• Interações medicamentosas (óleo mineral, digoxina e varfarina); 
• Exemplo: sais de docusato; 
• Óleo mineral: mesmo mecanismo de ação. 
• Evitar uso na gestação e em pacientes acamados (risco de broncoaspiração). 
LAXATIVOS EMOLIENTES DE FEZES 
Constipação 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
• Estimulação direta dos nervos da mucosa intestinal; 
• Aumenta a secreção de água e eletrólitos para o intestino; 
• Tempo de uso (máximo de 7 dias); 
• Pode causar dependência, irritação e dano permanente na mucosa intestinal; 
• Início de ação mais rápido (2 a 10 horas por via oral); 
• Eficaz para constipação induzida por narcótico; 
• Exemplos: bisacodil (revestimento entérico), senosídeos, óleo de rícino (utilizado em protocolos 
de preparo do intestino). 
LAXATIVOS ESTIMULANTES 
Constipação 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
• Captam água para o intestino e promovem aumento da pressão e estimulação mecânica da 
motilidade intestinal; 
• Podem alterar o equilíbrio eletrolítico (cuidado com pacientes renais); 
• Início de ação rápido (3 a 6 horas por via oral e minutos por via retal); 
• Pode causar diarreia; 
• Utilizado no preparo de pacientes para colonoscopia; 
• Exemplos: sais de magnésio e sódio e glicerina. 
SOLUÇÕES SALINAS E AGENTES HIPEROSMÓTICOS 
Constipação 
AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS 
Atenção farmacêutica 
• Afeta todas as idades, porém apresenta alto risco em pessoais com mais de 55 anos e menos de 5 anos; 
• Diarreia aguda: 
• Infecção: viral, bacteriana, parasitária; 
• Fármacos: antibióticos, antiácidos, anti-hipertensivos, entre outros; 
• Outros fatores: dieta, síndrome de Reye, apendicite, estresse, ressaca alcoólica. 
• Diarreia crônica: 
• AIDS, doença celíaca, doenças inflamatórias intestinais,

Outros materiais