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AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica ATENÇÃO FARMACÊUTICA Aula 06: Medicamentos isentos de prescrição - nas manifestações ginecológicas e obstetrícias AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica Distúrbios associados a menstruação; Condições ginecológicas; 1.Problemas associados à atividade sexual; Dispensação de MIP nestas manifestações. AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica Distúrbios associados a menstruação • Síndrome pré-menstrual (SPM); • Dismenorreia. Epidemiologia: • SPM – mais comum entre 25 a 34 anos; • Dismenorreia – mais comum em adolescentes; • Fatores associados: • Obesidade, fumo, tempo de menstruação mais de 6 dias, menarca antes dos 12 anos. CONDIÇÕES-CHAVE AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica • SPM: • Causa exata desconhecida; • Associada à flutuação hormonal mensal: eventos bioquímicos anômalos no SNC e outros tecidos, causando desequilíbrio. • Dismenorreia: • Dismenorreia primária (dor sem nenhuma doença pélvica presente): liberação de prostagladinas pelo endométrio, induzindo fortes contrações uterinas. ETIOLOGIA Distúrbios associados a menstruação AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica • SPM: • Cólica abdominal, sensibilidade nas mamas, cefaleia, fadiga, alterações no humor, fissura por alimentos, retenção de líquidos, ganho de peso, até sintomas mais graves (comportamento psicótico e violência); • Início antes da menstruação e melhora com o início. • Dismenorreia: • Espasmos e cólicas uterinas: início com a menstruação e termina, geralmente, entre 48 e 72 horas; • Outros sintomas: cefaleia, náuseas, vertigem, irritabilidade, ansiedade SINAIS E SINTOMAS Distúrbios associados a menstruação AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica • Repouso (alívio do estresse); • Exercício para SPM (liberação de endorfinas); • Evitar alguns alimentos e substâncias: • Alimentos salgados ou com muito açúcar, nicotina, cafeína, proteínas, produtos lácteos, gorduras e bebidas alcoólicas. • Dismenorreia – calor local. PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO Distúrbios associados a menstruação AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica • Início da 1ª menstruação ocorre em idade inapropriada; • Desaparecimento de fluxo menstrual após uma série de períodos normais; • Excessivo sangramento menstrual; • Hemorragia entre os períodos de menstruação; • Dor pélvica que ocorre em período diferente da menstruação, como durante a defecação ou durante as relações sexuais; • Dismenorreia que surge com o início do primeiro ou segundo ciclo: pode indicar obstrução do fluxo congênita; • Sintomas não melhoram com a utilização de MIP. SITUAÇÕES QUE DEVEM SER ENCAMINHADAS AO MÉDICO Distúrbios associados a menstruação AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica • Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) • Principais exemplos: ácido acetilsalicílico, paracetamol, ibuprofeno. • Cafeína • Efeito diurético e alívio da fadiga. • Antiespasmódicos • Anticolinérgicos; • Atropina (Atropa belladona), escopolamina (hioscina); • Efeitos adversos associados aos efeitos anticolinérgicos. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Distúrbios associados a menstruação AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica • Dismenorreia devem ser avaliadas por médico quando ocorrerem a primeira vez para descartar causa secundária; • MIP – alívio dos sintomas leves a moderados; • Uso de AINES – irritação gástrica; • Síndrome do choque tóxico – associado ao uso de absorventes internos: • Orientar paciente quanto a sua utilização; • Devem ser imediatamente encaminhadas para hospitalização. ASPECTOS IMPORTANTES NA DISPENSAÇÃO DE MIP Distúrbios associados a menstruação AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica • Infecção fúngica vaginal; • Irritação e prurido vaginal. Epidemiologia • Mais comum após a menarca; • Fatores predisponentes: • Antibióticos, baixa imunidade, ingestão de hormônios, atividade sexual, higiene, hiperglicemia, uso de ducha vaginal. • A irritação e o prurido vaginal podem ocorrer em qualquer idade, sendo mais comum em mulheres que iniciaram a vida sexual precocemente. CONDIÇÕES-CHAVE Condições ginecológicas AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica • Infecção fúngica vaginal: • Agente causador mais comum da infecção fúngica – Candida albicans; • Desequilíbrio da flora vaginal – infecção oportunista. • Irritação e prurido vaginal: • Em geral desconhecidos, podendo incluir falta de higiene, alergia a produtos tópicos (desodorantes, antifúngicos, higienizadores) e a irritantes ambientais (ácaros); • Associados a uso frequente de ducha vaginal. ETIOLOGIA Condições ginecológicas AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica • Coceira; • Sensação de queimação e dor; • Corrimento vaginal: • No caso da infecção fúngica, inodoro com aspecto a coalho espesso. • Dispareunia; • Eritema e inflamação; • Na infecção fúngica, algumas mulheres são assintomáticas. SINAIS E SINTOMAS Condições ginecológicas AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica • Medidas de higiene: processo de limpeza; • Evitar usar roupas muito apertadas, de tecido sintético e roupas de banho molhadas; • Evitar longa exposição à umidade; • Evitar banhos frequentes em banheiras, ofurôs e banheiras de hidromassagem: • Agua excessivamente clorada pode levar à irritação e ao prurido vaginal. • Complicações da utilização de ducha vaginal durante a gravidez – embolia pulmonar fatal, descolamento de placenta, infecção intrauterina, dano químico ao feto, entre outras. PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO Condições ginecológicas AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica • Pacientes que apresentam sintomas de infecção vaginal pela primeira vez; • Pacientes que apresentam infecção fúngica vaginal recorrente (possibilidade de diabetes mellitus, alergia, gravidez); • Pacientes cujos sintomas não melhoram com uso de antifúngicos em 7 dias; • Pacientes menores de 12 anos; • Gestantes; • Pacientes com febre, calafrio, náuseas, vômitos, alergia, dor nas costas ou corrimento fétido; • Pacientes com diabetes melitus, HIV, em uso de corticoides sistêmicos, antineoplásicos. SITUAÇÕES QUE DEVEM SER ENCAMINHADAS AO MÉDICO Condições ginecológicas AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica • Atuam na permeabilidade da membrana dos fungos; • Principais exemplos: miconazol, tioconazol, clotrimazol, nistatina; • Uso de 7 a 14 dias: • Na persistência dos sintomas: encaminhar ao médico. • Durante o tratamento, é contraindicado o uso de preservativos de látex: indicar método contraceptivo adicional;• Cuidados durante a administração dos medicamentos; • Interações: miconazol pode aumentar o risco de sangramento em paciente em uso de anticoagulantes. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Condições ginecológicas AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica • Aspecto cultural do uso de duchas vaginais deve ser considerado; • Encaminhar ao médico quando se desconhece a causa: • Infecção vaginal bacteriana; • Importante o paciente já ter tido um diagnóstico anteriormente e estar certa da causa. • Importância da adesão ao tratamento e da orientação quanto à administração dos medicamentos: • Uso mesmo com a melhora dos sintomas; • Uso de roupas íntimas de algodão. ASPECTOS IMPORTANTES NA DISPENSAÇÃO DE MIP Condições ginecológicas AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica • Gravidez indesejada; • Doenças sexualmente transmissíveis (DST): • Gonorreia; • Sífilis; • Clamídia; • Herpes genital; • Verrugas genitais; • AIDS. CONDIÇÕES-CHAVE Problemas associados à atividade sexual AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica • Mais comum em indivíduos entre 10 e 21 anos; • Mulheres – maior risco de herpes, gonorreia e AIDS; • Transmissão sexual e vertical; • Exposição a vírus (HIV, HPV, hepatite) e bactérias (clamídia, sífilis, gonorreia). EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA Problemas associados à atividade sexual AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica • Vaginite e cervicite; • Infertilidade; • Maior risco de parto pré-termo; • Clamídia – homens: irritação na uretra e secreção purulenta; • Sífilis – estágio primário: lesões (cancro); • Gonorreia – dor, queimação e secreção purulenta; • Herpes genital – lesões bolhosas; • HPV – desenvolvimento de câncer cervical. SINAIS E SINTOMAS Problemas associados à atividade sexual AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica • Uso de preservativos: • Preservativos de látex e poliuretano: únicos a prevenirem contra DST (preservativos de membrana de cordeiro são contraindicadas); • Lesões abertas e não cobertas podem permitir a transmissão de DST; • Orientar a não utilização caso perceba modificações na cor e aparência (cuidados no armazenamento) e caso esteja fora da validade; • Uso de lubrificantes lipossolúveis pode levar à ruptura do preservativo – indicar lubrificantes a base de água, glicerina, derivados de celulose, parabenos e glicóis; • Risco de alergia ao látex e a espermicidas: uso de preservativos livres de espermicida e de poliuretano. PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE Problemas associados à atividade sexual AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica FINKEL, R.; PRAY, W. S. Guia de Dispensação de produtos terapêuticos que não exigem prescrição. Porto Alegre: Artmed, 2007. 728p. Saiba mais AULA 06: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS Atenção Farmacêutica AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Principais manifestações dermatológicas na farmácia; A dispensação de MIP nas manifestações neurológicas. AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica ATENÇÃO FARMACÊUTICA Aula 05: Medicamentos isentos de prescrição - nas manifestações dermatológicas AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica Condições dermatológicas mais comuns; Pediculose; 1.Infecções fúngicas da pele; Dermatites; Dispensação de MIP nestas manifestações. AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica Pediculose Epidemiologia e etiologia • Pediculose capilar: maior risco de infestação na fase pré-escolar; • Epidemia mais comum no período letivo; • Infestação pubiana mais comuns entre jovens sexualmente ativos; • Agente causador: • Pediculus humanus (var. capitis ou corporis); • Phtirus púbis. • Transmissão por contato direto, compartilhamento de objetos ou relação sexual. AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Frequentemente assintomática, mas pode haver coceira; • Confirmação através de visualização com auxílio de pente de detecção: • Ovos (lêndeas) mais fáceis de visualizar. • Aparecimento de lesões pequenas e vermelhas; • Mais comum encontrar em áreas mais quentes do couro cabeludo; • A coceira pode causar uma lesão levando a infecções secundárias; • Infestação pode ocasionar reação alérgica generalizada:Na região pubiana: surgimento de máculas azuis dolorosas no abdômen, coxa e tórax (resultado da proteína salivar do piolho). SINAIS E SINTOMAS Pediculose AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Capilar: não dividir objetos, evitar contato de crianças cabeça com cabeça, lavar frequentemente o cabelo; • Evitar o uso de pesticida ambiental e de produtos caseiros (querosene, vinagre) – couro cabeludo altamente vascularizada; • Catação manual: matar com fogo ou frascos com álcool; • Óleos e cremes podem facilitar a escovação; • Lavar roupas e lençóis em água quente e secar em ar quente. Caso não possa ser lavado, deixar em saco plástico lavado por 2 semanas; • Informar a escola na observação de infestação na criança; • Púbico: não dividir objetos íntimos e evitar banheiro público. PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO: Pediculose AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Menores de 2 anos ou com alguma enfermidade neurológica ou de imunodeficiência; • Infestação de piolhos nas sobrancelhas e cílios; • Existência de feridas. Tratamento farmacológico • Benzoato de benzila: desaconselhado no caso de infecções secundárias e em crianças menores; • Organoclorados: em desuso e proibidos: • Lindano. SITUAÇÕES QUE DEVEM SER ENCAMINHADAS AO MÉDICO Pediculose AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Piretroides sintéticos (permetrina e deltametrina): • Atuam no SNC dos insetos causando paralisia geral; • Permetrina: • Solução a 1%: toxicidade nula mas pode causar reações alérgicas (evitar contato com olhos e mucosas); • Solução a 5%: em infestação aguda: uso sob prescrição médica. • Loção: forma farmacêutica mais efetiva; • Outras formas: xampu e creme. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Pediculose AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Saber realizar o diagnóstico diferencial: • Dermatite seborreia e caspa: parecem estar ligados a oleosidade local e presença de fungo; • Tratamento: coaltar, piritionato de zinco, sulfeto de selênio, ácido salicílico, enxofre; • Micoses: geram muito prurido e irritação; • Impetigo: inflamação provocada por infecção. • Quanto mais antigo o tratamento farmacológico, maior a chance de resistência. ASPECTOS IMPORTANTES NA DISPENSAÇÃO DE MIP Pediculose AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Tinhas (dos pés, do corpo e crural): dermatofitoses; • Pitiríase versicolor. Epidemiologiadas dermatofitoses • Mais comum em períodos quentes; • Maior prevalência em adultos e homens; • Comum em indivíduos usuários de banhos comunitários; • Pé de atleta (tinha dos pés): esportes que causam traumas nos pés predispõem a infecção; • Do corpo: muito comum em crianças e altamente contagiosa. CONDIÇÕES-CHAVE Infecções fúngicas da pele AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Causada por dermatófitos: Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton; • Crescem nas células mortas do estrato córneo da pele (digestão de queratina); • A transmissão ocorre de acordo com o tipo de fungo: • Antropofílicos: de pessoa a pessoa; • Zoofílicos: de animais; • Geofílicos: do solo. • Zoofílicos e geofílicos tendem a causar inflamação aguda; • Antropofílicos tendem a causar pouca inflamação. ETIOLOGIA DAS DERMATOFITOSES Infecções fúngicas da pele AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Pé de atleta (tinha dos pés): • Descamação muito discreta sem qualquer outro sintoma ou descamação mais intensa acompanhada por uma erupção cutânea pruriginosa, dolorosa; • Pode ocorrer entre os dedos ou na parte inferior e lateral dos pés; • As fissuras e inflamações podem causar infecções bacterianas. SINAIS E SINTOMAS DA DERMATOFITOSES Infecções fúngicas da pele AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Do corpo: • Lesões com formato arredondado ou oval, descamativa com bordas avermelhadas e com áreas claras nos centros; • As lesões podem se sobrepor formando uma única e grande lesão. SINAIS E SINTOMAS DA DERMATOFITOSES Infecções fúngicas da pele AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Do corpo: • Lesões com formato arredondado ou oval, descamativa com bordas avermelhadas e com áreas claras nos centros; • As lesões podem se sobrepor formando uma única e grande lesão. SINAIS E SINTOMAS DA DERMATOFITOSES Infecções fúngicas da pele AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Crural: • Surgimento de áreas vermelhas, anulares, com pequenas bolhas sobre a pele em torno da virilha e na parte superior da face interna das coxas; • Alta recorrência mesmo com tratamento adequado. • Pitiríase versicolor: • Diagnóstico diferencial: encaminhar ao médico. SINAIS E SINTOMAS DA DERMATOFITOSES Infecções fúngicas da pele AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica Dos pés: • Manter pés limpos e secos, usar sapatos abertos, trocar diariamente meias e sapatos; • Uso de antiperspirante. Do corpo: • Uso de toalha diferente para o corpo e para o pé, secar-se cuidadosamente, evitar o uso excessivo de sabões, sabões inadequados ou outros procedimentos agressivos à pele, evitar contato com animais desconhecidos. Crural: • Perda de peso, uso de roupas íntimas que não permitam acúmulo de umidade. PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO Infecções fúngicas da pele AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Antifúngicos tópicos: • Butenafina: tratamento das candidíases cutâneas, dermatofitoses e micoses superficiais. • Interfere na síntese do ergosterol: componente da membrana celular dos fungos. • Terbinafina: indicado para tratamento de tinhas do pé, corpo e crural: • Mesmo mecanismo de ação da butenafina; • Rápido início de ação e pode ser eficaz em um curto período de tratamento. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Infecções fúngicas da pele AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica Antifúngicos tópicos: • Imidazólicos: tratamento das candidíases cutâneas, dermatofitoses e micoses superficiais: • Principais exemplos: clotrimazol, miconazol; • Podem causar eritema, ardência (miconazol), descamação, edema, prurido e formação de vesículas: descontinuar o uso. • Tolnaftato • Tratamento de tinha do pé, do corpo e crural; • Mecanismo de ação: inibição da formação de hifas. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Infecções fúngicas da pele AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Tempo de tratamento: • Terbinafina e butenafina: • Uma semana de uso ou duas semanas, no caso de tinha do pé na superfície plantar. • Imidazólicos e tolnaftato: • Duas semanas de uso ou quatro semanas, no caso de tinha do pé. • Na persistência dos sintomas, encaminhar ao médico. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Infecções fúngicas da pele AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Encaminhar ao médico pacientes com tinhas do couro cabeludo e das unhas: • Antifúngicos tópicos não são eficazes para estes tipos. • Segurança quanto a origem fúngica das lesões; • Pomadas tendem a ser mais efetivas (tempo de contato e melhora do aspecto da pele); • Pós e aerossóis são boas opções; • Importância de cumprir todo o tratamento; • Limpeza da pele antes da aplicação do medicamento. ASPECTOS IMPORTANTES NA DISPENSAÇÃO DE MIP Infecções fúngicas da pele AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Dermatite de contato irritante ou alérgica; • Dermatite de fraldas; • Ocorre em idade mais avançada (pele mais seca); • Fatores associados: atopia, exposição ocupacional, climas frios, água muito quente e uso extensivo de sabonete, mulheres em período pós-parto; • Dermatite de fraldas: mais comum em crianças entre 3 a 6 meses de idade. • Fatores associados: diarreia (principal), fraldas de pano, fatores nutricionais. CONDIÇÕES-CHAVE Dermatites AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Etiologia: • Trauma mecânico (espinhos); • Toxicidade direta de alguns produtos químicos (plantas medicamentos, perfumes, cosméticos e outros). • Sinais e sintomas: • Coceira, vermelhidão, lesões em forma de bolhas, pústula ou vesículas. DERMATITE IRRITANTE Dermatites AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Etiologia: • Indivíduo sensibilizado pelo contato com substância » novo contato » reação alérgica desencadeada; • Comum em plantas como hera venenosa, carvalho venenoso, erva-daninha, camomila, chicória, girassol, entre outras. • Sinais e sintomas: • Sintomas ocorrem após a primeira exposição entre 24 e 72 horas do contato; • Coceira, vermelhidão, lesões em forma de vesículas, podendo se tornar exsudativas, crostosas e edemaciadas; • Coceira pode espalhar a reação e levar a infecções secundárias. DERMATITE DE CONTATO Dermatites AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Evitar exposição a agentes irritantes e alérgenos; • Água e sabão em até 15 minutos pode prevenir reações à hera venenosa; • Hidratação e umedecimento da pele; • Dermatite de fraldas: mudar fraldas com frequência, uso de fraldas descartáveis de alta absorção, evitar lenços umedecidos; • Cuidados ao indicar medicamentos para dermatite de fraldas em crianças: absorção transcutânea de medicamento; • Caso os sintomas persistam por mais de 7 dias após uso dos produtos, deve-se encaminhar ao médico. PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO Dermatites AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOSDE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Protetores de pele: • Previnem o ressecamento e exposição a substâncias irritantes (únicos produtos eficazes e seguros para dermatite de fraldas); • Alantoína, calamina, dimeticona, lanolina, óleo mineral, oxido de zinco; • Não usar acetato de zinco em crianças menores de 2 anos. • Anestésicos: agem nos receptores da dor • Lidocaína e tetracaína: toxicidade em grandes quantidades (principalmente em áreas lesadas); • Benzocaína e álcool benzílico: menos tóxicos. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Dermatites AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica Picadas e mordidas de artrópodes: • Anestésicos e anti-histamínicos tópicos e orais, adstringente e protetores da pele. Queimaduras: • Anestésicos, analgésicos, antipruriginosos, antissépticos e antibióticos tópicos. Acne: • Peróxido de benzoíla, enxofre, ácido salicílico. Queda de cabelo: • Minoxidil. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Outras condições dermatológicas AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica • Não deve ser indicado MIP – postergação da terapia adequada e risco de efeitos cardíacos. • Papel do farmacêutico: • Conscientização do paciente sobre a importância do tratamento adequado; • Adesão dos medicamentos prescritos; • Orientação sobre a correta administração dos medicamentos; • Investigação da existência de outras condições médicas e o uso de MIP para o tratamento da asma; • Identificação dos fatores desencadeantes. PRECAUÇÕES E ASPECTOS IMPORTANTES Asma AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica BRASIL. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Organização Pan-Americana da Saúde. Fascículo II - Medicamentos Isentos de Prescrição (Projeto Farmácia Estabelecimento de Saúde). CRF-SP: Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo; Organização Pan- Americana de Saúde - Brasília, 2010. FINKEL, R.; PRAY, W. S. Guia de Dispensação de produtos terapêuticos que não exigem prescrição. Porto Alegre: Artmed; 2007. 728p. Saiba mais AULA 05: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS Atenção Farmacêutica AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Principais manifestações dermatológicas na farmácia; A dispensação de MIP nas manifestações ginecológicas e obstetrícias. AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica ATENÇÃO FARMACÊUTICA Aula 01: Introdução à atenção farmacêutica AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Explicar o que é o plano de ensino e como ele está organizado; Identificar os objetivos e a importância da disciplina; Analisar o contexto atual da atenção farmacêutica, seus conceitos e histórico. AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Apresentação da disciplina • RDC ANVISA nº 44/2009 • Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias. • Lei nº 13021/2014 • Farmácia como unidade de prestação de serviços destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva; • Mudanças que incorporam a Atenção Farmacêutica na legislação do setor e a consolidam como campo de atuação profissional. CONTEXTUALIZAÇÃO AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Apresentação da disciplina • Importância do aluno estar preparado para essas mudanças e incorporarem a Atenção Farmacêutica como modelo de prática farmacêutica; • Aprendizado do diálogo e do respeito aos usuários considerando suas particularidades; • Ensino das boas práticas de farmácia; • Desenvolvimento de competências de comunicação e interação com o usuário a fim de lidar com os medicamentos e seus problemas de saúde. CONTEXTUALIZAÇÃO AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Apresentação da disciplina • Ao término da disciplina, o aluno deve ser capaz de: • Conhecer os fundamentos, princípios e práticas da atenção farmacêutica; • Desenvolver conhecimentos e habilidades para o trabalho farmacêutico na atenção primária à saúde; • Desenvolver consciência e postura comprometidas com a atenção integral ao indivíduo que procura o farmacêutico enquanto profissional de saúde; • Conhecer e interpretar as principais situações clínicas que se apresentam na farmácia; CONTEXTUALIZAÇÃO AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Apresentação da disciplina Ao término da disciplina, o aluno deve ser capaz de: Identificar e resolver os principais problemas relacionados a medicamentos que se apresentam na farmácia; Utilizar algumas ferramentas para o uso sistemático na prática da atenção farmacêutica; Analisar e avaliar criticamente diferentes fontes de informação sobre medicamentos. CONTEXTUALIZAÇÃO AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Plano de ensino • Explicar a Atenção Farmacêutica no contexto da legislação brasileira e internacional e contribuir para a reorientação de foco da atuação profissional no paciente tendo o medicamento como insumo à saúde. O aluno, futuro profissional farmacêutico, deve visualizar a farmácia como estabelecimento de saúde e inserida no contexto do Sistema Único de Saúde. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Plano de ensino • Explicar as bases teóricas e conceituais da atenção e assistência farmacêutica, enquanto prática profissional; • Identificar as principais condições/situações clínicas que se apresentam na farmácia comunitária; • Descrever a orientação farmacêutica na dispensação de medicamentos de prescrição e/ou isentos de prescrição; • Reconhecer e selecionar experiências exitosas em atenção farmacêutica; • Identificar causas e consequências de erros de medicação; OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Plano de ensino • Descrever uma notificação de queixa técnica e/ou reação adversa a medicamentos, com relato do caso e estudo de causalidade; • Classificar e priorizar Problemas Relacionados a Medicamentos (PRM) e elaborar um plano de intervenção; • Construir um projeto de prestação de serviços farmacêuticos – atenção farmacêutica (Atividade Estruturada). OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Revisão de conceitos Períodos da atividade farmacêutica (HEPLER; STRAND, 1990) • Período tradicional (início do sec. XX): • Figura do farmacêutico associada ao boticário que preparava e comercializava seus produtos. • A partir da década de 1950: • Crescimento da indústria farmacêutica desloca este papel; • Farmacêutico distancia-se do paciente e da equipe de saúde. Panorama histórico da profissão farmacêutica AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Revisão de conceitos Períodos da atividade farmacêutica (HEPLER; STRAND, 1990) • Período de transição (Final da década de 1960): • Inquietude profissional e busca pela reaproximação ao paciente e à equipe de saúde. • Surgimento da Farmácia Clínica: • ͞Áƌea deŶtƌo do curriculum de farmácia que trata da atenção ao paciente, com ênfase no tratamento medicamentoso. A farmáciaclínica busca o desenvolvimento de uŵa atitude oƌieŶtada ao paĐieŶte.͟ ;SOCIEDAD AMARICANA DE FARMACÉUTICOS DE HOSPITAL, 1991) • Desenvolvimento da Farmácia Clínica no Brasil – década de 1980 Panorama histórico da profissão farmacêutica AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Revisão de conceitos Períodos da atividade farmacêutica (HEPLER; STRAND, 1990) • Período de cuidado do paciente (década de 1980): • Crítica à fragmentação da profissão e a algumas propostas de desenvolvimento da Farmácia Clínica – foco ainda no medicamento; • A proposta da atenção farmacêutica. • Hepler e Strand, 1990 – ͞OpoƌtuŶidades y ƌespoŶsaďilidades eŶ la AteŶĐióŶ FaƌŵaĐĠutiĐa͟: • Mudança do foco da atuação do profissional; • Resgate da relação farmacêutico-paciente. Panorama histórico da profissão farmacêutica AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Revisão de conceitos • Hepler e Strand, 1990: • ͞A pƌovisão ƌespoŶsĄvel do tƌataŵeŶto faƌŵaĐológiĐo Đoŵ o oďjetivo de alĐaŶçaƌ ƌesultados defiŶidos Ƌue ŵelhoƌeŵ a Ƌualidade de vida do paĐieŶte .͟ • Organização Mundial da Saúde – Declaração de Tóquio, 1993: • ͞CoŶĐeito de prática profissional na qual o paciente é o principal beneficiário das ações do farmacêutico. É o compêndio de atitudes, comportamentos valores éticos, funções, conhecimentos, responsabilidades e destrezas do farmacêutico na prestação da farmacoterapia, com objetivo de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paĐieŶte .͟ O CONCEITO DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Revisão de conceitos • Pharmaceutical Care España • Atenção farmacêutica = seguimento farmacoterapêutico; • Farmacêutico se responsabiliza pelas necessidade do paciente em relação aos medicamentos através da prevenção, detecção e resolução dos problemas relacionados ao medicamentos. • Organização Mundial da Saúde • Introduzem outras atividades em nível individual e coletivo, como a promoção da saúde e prevenção de enfermidades; • Considera qualquer técnica ou método que tenha objetivo de assegurar a efetividade e segurança do tratamento farmacológico ao paciente. MODELOS DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Revisão de conceitos • Incidência e custos: • São as maiores causas de morte em pacientes hospitalizados (SALVIA, et al., 1999); • Custos elevados: estimativa de US$177,4 bilhões nos EUA em 2000 (ERNST; GLIZZLE, 2001); • Os custos resultantes do uso inapropriado excedem os custos iniciais com a farmacoterapia; • Grande parte desses eventos pode ser evitada; • A Atenção Farmacêutica busca solucionar e prevenir esse importante problema assistencial através da identificação, resolução e prevenção dos problemas relacionados com medicamentos (PRM). MORBIDADE E MORTALIDADE RELACIONADA A MEDICAMENTOS AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Revisão de conceitos • Definição: • ͞É uŵ pƌoďleŵa de saúde, ƌelaĐioŶado ou suspeito de estaƌ ƌelaĐioŶado ă farmacoterapia, que interfere ou pode interferir nos resultados terapêuticos e na qualidade de vida do usuĄƌio͟ ;IVAMA, et al., 2002). • Requisitos da farmacoterapia: • Necessidade; • Efetividade; • Segurança; • Os PRM são identificados e classificados a partir destes requisitos. PROBLEMAS RELACIONADOS COM MEDICAMENTOS (PRM) AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Revisão de conceitos PROBLEMAS RELACIONADOS COM MEDICAMENTOS (PRM) AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica • 2007 - III Consenso de Granada sobre PRM e RNM: • Evolução e ƌevisão do teƌŵo ͞Pƌoďleŵa RelaĐioŶado Đoŵ MediĐaŵeŶto͟ ;PRMͿ; • Pƌoposta do teƌŵo ͞Resultados ClíŶiĐos Negativo AssoĐiado a MediĐaŵeŶtos͟ ;RNMͿ; • ͞Alteƌações Ŷão desejadas Ŷo estado de saúde do doente atribuíveis ao uso (ou desusoͿ dos ŵediĐaŵeŶtos͟ (HERNANDÉZ, et al., 2010). PROBLEMAS RELACIONADOS COM MEDICAMENTOS (PRM) AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Revisão de conceitos 1998 – Política Nacional de Medicamentos – PNM (Port. nº 3916/98): • Reorientação da Assistência Farmacêutica. 2002 – Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica: • DefiŶição dos teƌŵos ͞AssistġŶĐia FaƌŵaĐġutiĐa͟ e ͞AteŶção FaƌŵaĐġutiĐa .͟ 2004 – Política Nacional de Assistência Farmacêutica – PNAF (Res. CNS nº 338/04): • Atenção farmacêutica como componente da assistência farmacêutica. 2009 – Boas Práticas Farmacêuticas (RDC ANVISA nº 44/2009): • Prestação de serviço de atenção farmacêutica nas farmácias e drogarias. Atenção Farmacêutica no Brasil AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Revisão de conceitos • De acordo com a Política Nacional de Assistência Farmacêutica: • Assistência farmacêutica (AF) • ͞Conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da Ƌualidade de vida da população͟ ;BRASIL, 2004Ϳ. ATENÇÃO FARMACÊUTICA X ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica • Assistência farmacêutica (AF) • Campo multidisciplinar, interdisciplinar e intersetorial; • Envolve ações gerenciais e assistenciais; • Sistematização através do Ciclo da Assistência Farmacêutica; • Etapas com equivalente grau de importância e interdependência. ATENÇÃO FARMACÊUTICA X ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Revisão de conceitos • De acordo com a Política Nacional de Assistência Farmacêutica : • Atenção farmacêutica (AtenFar) • ͞É uŵ modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e corresponsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de ƌesultados defiŶidos e ŵeŶsuƌĄveis, voltados paƌa a ŵelhoƌia da Ƌualidade de vida.͟ (BRASIL, 2004) ATENÇÃO FARMACÊUTICA X ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Revisão de conceitos • Atenção Farmacêutica (AtenFar): • Definida pelo Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica; • Incluída como componente da Assistência Farmacêutica na Política Nacional de Assistência Farmacêutica; • Atividade privativa do farmacêutico; • Segue o modelo proposto pela OMS ; • Inclusão de atividades individuais e coletivas. ATENÇÃO FARMACÊUTICA X ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica Revisão de conceitos • Componentes da Atenção Farmacêutica (IVAMA, et al., 2002): • Educação em saúde (incluindo promoção do uso racional de medicamentos); • Orientação farmacêutica; • Dispensação; • Atendimento Farmacêutico; • Acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico; • Registro sistemático das atividades, mensuração e avaliação dos resultados. ATENÇÃO FARMACÊUTICA X ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA AtençãoFarmacêutica IVAMA, A. M. et al. Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica. Brasília: OPAS, 2002. PEREIRA, L. R. L.; FREITAS, O. A evolução da Atenção Farmacêutica e a perspectiva para o Brasil. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences. v. 44, n. 4, out./dez., p. 601-612, 2008. WITZEL, M. D. R. F. Capítulo 34 - Aspectos Conceituais e Filosóficos da Assistência Farmacêutica, Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. In: STORPIRTIS, S; et al. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 489 p. AULA 01: INTRODUÇÃO À ATENÇÃO FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica ATENÇÃO FARMACÊUTICA Aula 02: Medicamentos isentos de prescrição AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica Medicamentos isentos de prescrição (MIP); Conceitos dos MIP; Condições clínicas mais comuns; Papel do farmacêutico na dispensação; Legislação dos MIP. AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica Medicamentos isentos de prescrição (MIP) • Segundo o Ministério da Saúde, são medicamentos cuja dispensação não requer autorização, ou seja, receita expedida por profissional; • Internacionalmente, são também conhecidos como medicamentos OTC (Over-the- counter); • De acordo com pesquisa realizada pela empresa de consultoria em saúde IMS Health e pela Associação Brasileira de Medicamentos Isentos de Prescrição (ABIMIP), os MIP estão entre os campeões de venda da farmácia, no ano de 2011 e 2012, sendo os principais os analgésicos e descongestionantes; • Mas será que ser isento de prescrição é ser isento de risco? CONCEITO AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica • Indicados para doenças com alta morbidade e baixa gravidade; • Considerados de elevada segurança de uso, eficácia comprovada cientificamente ou de uso tradicional reconhecido, de fácil utilização e baixo risco de abuso, mas NÃO são isentos de risco; • O fácil acesso aos MIP, torna-os diretamente atrelados à automedicação; • Necessidade do farmacêutico assumir essa responsabilidade; • Intervenção farmacêutica é o principal fator para o sucesso e a segurança da terapia. PRINCIPAIS ASPECTOS DOS MIP Medicamentos isentos de prescrição (MIP) AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica • Concepção errônea de medicamento como simples mercadoria, isenta de risco, principalmente se tratamento de MIP; • Propaganda abusiva de medicamentos; • Disponibilidade facilitada dos medicamentos ao consumidor (autoatendimento); • Não solicitação do usuário pela orientação do profissional farmacêutico quando vai à farmácia ou drogaria; • Dificuldade de acesso aos serviços de saúde; • 80% dos medicamentos são comercializados sem prescrição médica e/ou orientação farmacêutica. CAUSAS DA AUTOMEDICAÇÃO Automedicação AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica Prática reconhecida pela OMS em que os indivíduos tratam seus próprios sintomas e males menores com medicamentos aprovados e disponíveis sem a prescrição médica e que são seguros quando usados segundo as instruções. Vantagens da automedicação responsável: • Diminuição substancial de custos para o sistema de saúde e para os usuários; • Redução do número de consultas; • Conforto para a população pela facilidade de acesso à farmácia; • Melhor qualidade de vida; • Direito de atuar sobre a própria saúde. DEFINIÇÃO Automedicação responsável AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica Manifestações gastrointestinais: • Refluxo, azia, constipação e diarreia. Manifestações respiratórias: • Rinite alérgica, tosse, gripe e resfriado. Manifestações dermatológicas: • Pediculose, infecções fúngicas de pele (micoses), dermatites. Manifestações ginecológicas e obstetrícias: • Dismenorreia, TPM, infecção fúngica vaginal e DST. Manifestações de dor e febre CONDIÇÕES CLÍNICAS MAIS COMUNS Automedicação responsável AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica 1. O farmacêutico deve verificar: • Quais medicamentos estão sendo solicitados e a razão pela qual estão sendo solicitados; • Idade do paciente e duração dos sintomas; • Situações que poderiam contraindicar determinados MIP; • Uso concomitante de outros medicamentos e uso de álcool; • Uso prévio de outros medicamentos para o mesmo sintoma apresentado; • Histórico médico. PASSOS PARA A DISPENSAÇÃO O papel do farmacêutico na dispensação de MIP AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica 2. O farmacêutico deve avaliar se: • É necessário encaminhamento ao médico: • Ex.: Grupos de risco (gestantes, lactantes, recém-nascidos, crianças, idosos); se o problema relatado não puder ser tratado pelo farmacêutico com a utilização de MIP; se estiver ocorrendo reação adversa a outro medicamento que o paciente utiliza; se os sintomas estiverem associados a outra patologia. • É necessário indicar medidas não farmacológicas: • Ex.: Mudanças comportamentais e na dieta, prática de exercício físico. • É necessário indicar tratamento farmacológico (MIP). PASSOS PARA A DISPENSAÇÃO O papel do farmacêutico na dispensação de MIP AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica 3. No caso de indicação de MIP, de acordo com a RDC 44/2009, o farmacêutico deve orientar sobre: • Ênfase no cumprimento da posologia; • Administração (como, quando, quanto) e duração do tratamento; • Influência dos alimentos; • Interação com outros medicamentos; • Reconhecimento de reações adversas potenciais; • Condições de conservação do produto. PASSOS PARA A DISPENSAÇÃO O papel do farmacêutico na dispensação de MIP AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica 4. O farmacêutico deve também orientar procurar atendimento médico, caso: • Os sintomas persistirem, piorarem ou se o paciente tiver uma recaída; • O paciente tiver dores agudas; • O paciente tiver tentado um ou mais medicamentos sem sucesso; • Surgirem efeitos não desejados; • O paciente estiver convencido da gravidade dos seus sintomas; • O paciente tiver problemas psicológicos, tais como ansiedade, inquietação, depressão, letargia, agitação ou hiperexcitabilidade. PASSOS PARA A DISPENSAÇÃO O papel do farmacêutico na dispensação de MIP AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica • Dispõe sobre o enquadramento na categoria de venda de medicamento; • Definição da Lista de Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas (GITE); • Medicamentos enquadrados nesta lista são considerados MIP; • Respeitadas as restrições textuais e outras normas legais pertinentes e a exceção de medicamentos por via parenteral; • Alguns grupos terapêuticos da GITE: anti-histamínicos, analgésicos e antipiréticos (exceto narcóticos), descongestionantes nasais tópicos. REVOGADA PELA RDC Nº 98/2016 RESOLUÇÃO ANVISA Nº 138/2003 Legislação dos MIP AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica • Dispõe sobre os critérios e procedimentos para o enquadramento de medicamentos como isentos de prescrição e o reenquadramento como medicamentos sob prescrição; • A relação dos medicamentos enquadrados como MIP será disponibilizada pela ANVISA, por meio da LMIP; • Critérios para enquadramento de um medicamento como MIP: I. Tempo mínimo de comercialização do princípio ativo ou da associação de princípios ativos: • 10 (Dez) anos sendo, no mínimo, 5 (cinco) anos Brasil como medicamento sob prescrição ou; 5 (cinco) anos no exterior como medicamento isento de prescriçãocujos critérios para seu enquadramento sejam compatíveis com os estabelecidos nesta Resolução. RESOLUÇÃO ANVISA Nº 98/2016 Legislação dos MIP AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica Critérios para enquadramento de um medicamento como MIP: II. Segurança, segundo avaliação da causalidade, gravidade e frequência de eventos adversos e intoxicação, baixo potencial de causar dano à saúde quando obtido sem orientação de um prescritor: • Reações adversas com causalidades conhecidas e reversíveis após suspensão de uso do medicamento; • Baixo potencial de toxicidade, quando reações graves ocorrem apenas com a administração de grande quantidade do produto, além de apresentar janela terapêutica segura; • Baixo potencial de interação medicamentosa e alimentar. RESOLUÇÃO ANVISA Nº 98/2016 Legislação dos MIP AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica Critérios para enquadramento de um medicamento como MIP: III. Indicação para manifestações não graves e com evolução inexistente ou muito lenta, sendo que sinais e sintomas devem ser facilmente detectáveis pelo paciente, sem necessidade de monitoramento com o prescritor; IV. Utilização por curto período de tempo ou por tempo previsto em bula, exceto para os de uso preventivo, bem como para os medicamentos específicos e fitoterápicos indicados para doenças de baixa gravidade; V. Ser manejável pelo paciente, seu cuidador, ou mediante orientação pelo farmacêutico. RESOLUÇÃO ANVISA Nº 98/2016 Legislação dos MIP AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica Critérios para enquadramento de um medicamento como MIP: VI. Baixo potencial de risco ao paciente, nas seguintes condições: • Mau uso com a utilização do medicamento para finalidade diferente da preconizada em bula; • Abuso com a utilização do medicamento em quantidade superior ao preconizado ou por período superior ao recomendado; • Intoxicação. VI. Não apresentar potencial dependência, ainda que seja utilizado conforme preconizado em bula. RESOLUÇÃO ANVISA Nº 98/2016 Legislação dos MIP AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica Regula a prescrição farmacêutica e dá outras providências; O farmacêutico poderá realizar a prescrição de medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica; Lei nº 13021/2014 Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas; Considera a farmácia uma unidade de prestação de serviços destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva. RESOLUÇÃO CFF Nº 586/2013 Outras legislações importantes AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica BRASIL. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Organização Pan-Americana da Saúde. Fascículo II - Medicamentos Isentos de Prescrição (Projeto Farmácia Estabelecimento de Saúde). CRF-SP: Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo; Organização Pan- Americana de Saúde - Brasília, 2010. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução nº 98, de 01 de agosto de 2016. Dispõe sobre os critérios e procedimentos para o enquadramento de medicamentos como isentos de prescrição e o reenquadramento como medicamentos sob prescrição, e dá outras providências. Diário Oficial (da) União, DF, 03 ago. 2016. Seção 1, p. 32. Saiba mais AULA 02: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Atenção farmacêutica AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Principais manifestações gastrintestinais na farmácia; A dispensação de MIP nas manifestações gastrointestinais. AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica ATENÇÃO FARMACÊUTICA Aula 04: Medicamentos isentos de prescrição - Nas manifestações respiratórias AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica Condições respiratórias mais comuns; Rinite alérgica; Resfriado e outras condições relacionadas; Asma; Dispensação de MIP nestas manifestações. AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica Rinite alérgica • Rinite alérgica sazonal ou perene. Epidemiologia e etiologia: • Sintomas geralmente iniciam antes dos 21 anos; • Influência genética; • Condição mediada pelo sistema imunológico; • Partículas alergênicas » alérgenos » ativação de IgE em mastócitos » ligação antígeno- anticorpo » liberação de mediadores (histamina) » vasodilatação, edema de mucosa e aumento da secreção de muco. CONDIÇÕES-CHAVE AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Sintomas clássicos: • Episódios súbitos e repetitivos de espirros, prurido nasal, corrimento nasal (rinorreia), obstrução nasal parcial ou total, respiração bucal. • Outros: • Cefaleia, lacrimejamento associado com prurido e muitas vezes edema das pálpebras devido ao esfregar constante dos olhos, dor sobre os seios paranasais, garganta seca ou tosse repetitiva. SINAIS E SINTOMAS Rinite alérgica AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Descoberta do alérgeno específico; • Controle ambiental (evitar a exposição a substâncias alergênicas); • Utilização de tiras nasais. • Situações que devem ser encaminhadas ao médico: • Pessoas com sintomas que não respondem ao tratamento com MIP; • Alguns pacientes podem se beneficiar da avaliação por um alergologista para determinar a exata causa da reação alérgica. PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO: Rinite alérgica AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Medicamentos que atuam contra os efeitos farmacológicos dos mediadores liberados pelo mastócito após união antígeno-anticorpo (adrenérgicos); • Medicamentos que impedem a liberação de mediadores de mastócitos/basófilos (cromoglicato dissódico e cetotifeno); • Medicamentos que atuam por competição com a histamina (anti-histamínicos): • São mais eficazes quando usados precocemente no quadro da rinite alérgica e têm maior dificuldade de controlar a obstrução nasal já estabelecida. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: Rinite alérgica AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Não previnem a liberação de histamina; • Primeira geração – ligação não seletiva ao receptores periféricos e centrais (sedação): • Bromofeniramina, Clorfeniramina (opções mais adequadas para uso diurno), Carboxamina, Dexclorfeniramina, Difenidramina. • Segunda geração – ligação seletiva (menos sedativos): • Loratadina. • Efeitos sedativos podem ser potencializados por álcool e depressores centrais; • Em crianças: podem causar excitabilidade ou sedação; • Formulações associadas a descongestionantes – podem compensar o efeito sedativo. ANTI-HISTAMÍNICOS (ANTAGONISTAS H1): Rinite alérgica AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Resfriado comum; • Gripe; • Tosse. • Epidemiologia do resfriado: • Doença de curso autolimitado; • Três períodos anuais de maior incidência: início do outono, meados do inverno e primavera; • Maior prevalência entre crianças que frequentam o jardim de infância. Resfriado e outras condições relacionadas CONDIÇÕES-CHAVE AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIASAtenção farmacêutica • Causado por mais de 200 vírus; • População de risco: idosos, grávidas e lactantes, pessoas debilitadas ou enfermas (asmáticos, cardíacos, diabéticos, imunodeprimidos) e crianças; • Transmissão por contato direto de pessoa para pessoa e autoinoculação; • Sintomas nasais (obstrução e corrimento) causados pela liberação de mediadores químicos inflamatórios; • Ar seco pode predispor o resfriado comum; • Fadiga excessiva, estresse emocional ou alterações rinofaríngeas prévias podem facilitar o contágio. ETIOLOGIA DO RESFRIADO: Resfriado e outras condições relacionadas AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Ocorre em âmbito mundial - surtos localizado ou regional, epidemias e pandemias; • Atinge quase todas as faixas etárias num curto espaço de tempo; • Causada pelo vírus Influenza (família dos Ortomixovirus) tipos A, B e C: • Vírus influenza A, são altamente transmissíveis e mutáveis (maior morbidade e mortalidade) – classificação de acordo com glicoproteínas de superfície: hemaglutinina (H) e neuraminidase (N). • Transmissão: • Semelhante a do resfriado; • Pode ocorrer transmissão por aves e suínos e disseminação aérea por gotículas em aerossol. EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA DA GRIPE Resfriado e outras condições relacionadas AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Centro da tosse - bulbo raquídeo; • Classificação: • Duração; • Presença de secreção. • Causas: • Infecções bacterianas e virais, exposição a alérgenos ou irritantes, mudanças de estação ou temperatura, patologias respiratórias ou gastrintestinais, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), uso de medicamentos (captopril, enalapril). ETIOLOGIA DA TOSSE Resfriado e outras condições relacionadas AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Cerca de 1 a 2 dias: dor ou sensação de arranhamento da garganta; • O próximo sintoma é o espirro, seguido de rinorreia; • A secreção nasal passa de clara a purulenta (contém pus); • Dificuldade de respirar pelo nariz (obstrução nasal); • Pode ocorrer febre, mal-estar (sensação de desconforto geral e fadiga), dor muscular, cansaço, tremedeiras; • O pico dos sintomas ocorre geralmente dentro de 2 a 4 dias e então começa a remissão; • Tosse não produtiva (fina e seca) no terceiro ou quarto dia, gradualmente se torna frequente e produtiva (expele para fora o muco acumulado) e então diminui. SINAIS E SINTOMAS DO RESFRIADO Resfriado e outras condições relacionadas AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica Semelhantes a de resfriado comum; Duração de 1 a 2 semanas; Instalação abrupta - febre alta (sintoma mais importante), mialgia, dor de garganta, prostração, calafrios, dor de cabeça e tosse seca; Complicações - sinusite, otite média, descompensação do diabetes mellitus, agravamento de doenças pulmonares crônicas, da insuficiência e/ou arritmia cardíaca; Importância de diferenciar da faringite estreptocócica – encaminhar ao médico. SINAIS E SINTOMAS DA GRIPE: Resfriado e outras condições relacionadas AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Evitar lugares fechados; • Lavar as mãos constantemente; • Evitar o contato direto com pessoas com resfriado; • Repouso; • Ingestão aumentada de líquidos e dieta balanceada; • Utilizar umidificador ou vaporizador para aumentar a umidade do ar; • Uso de tiras adesivas; • Vacinação para a gripe: evita as formas mais graves da doença, especialmente entre os idosos ou portadores de doenças crônicas. PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO DO RESFRIADO E DA GRIPE: Resfriado e outras condições relacionadas AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Controle ambiental (evitar a exposição a substâncias alergênicas); • Evitar lugares fechados; • Evitar mudanças bruscas de temperatura; • Não fumar; • Hidratação (bebidas quentes); • Mel; • Elevar a cabeceira da cama e boa ventilação no quarto; • Supressão inadequada da tosse pode resultar em pneumonia. PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO DA TOSSE Resfriado e outras condições relacionadas AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Pacientes grávidas ou amamentando; • Crianças com menos de 2 anos; • Pacientes com febre acima de 37,7oC por mais de 24 horas, ou com alergia e dor de cabeça persistente; • Quando os sintomas do resfriado não melhoram em 7 dias; • Quando há suspeita de infecção de garganta estreptocócica; • Em caso de dor de garganta grave por mais de 2 dias ou com dificuldade respiratória; SITUAÇÕES QUE DEVEM SER ENCAMINHADAS AO MÉDICO Resfriado e outras condições relacionadas AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Tosse persistente por mais de uma semana ou tosse recorrente; • Tosse crônica em pacientes que fumam, tem asma, enfisema ou tosse acompanhada por catarro excessivo (purulento); • Pacientes que solicitam descongestionante oral ou descongestionante nasal tópico e também tem doença cardíaca, hipertensão, doença da tireoide, diabetes ou problemas para urinar devido a aumento da próstata; • Pacientes que não toleram descongestionante oral, por apresentarem nervosismo, vertigem e insônia. SITUAÇÕES QUE DEVEM SER ENCAMINHADAS AO MÉDICO Resfriado e outras condições relacionadas AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Alívio dos sintomas; • Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): • Exemplos: Acido acetilsalicílico, dipirona, paracetamol, ibuprofeno. • Anti-histamínicos: • Ação anticolinérgica, reduzindo a secreção de muco; • Exemplos: Difenidramina, clorfeniramina. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Resfriado e outras condições relacionadas AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Antitussígenos, expectorantes e mucolíticos: • Mecanismos de ação: • Antitussígenos – usados na tosse seca e improdutiva; • Expectorantes – estimulam os mecanismos de eliminação do muco e podem aumentar a atividade das glândulas secretoras; • Mucolíticos – atuam promovendo a liquefação do muco, de forma a torná-lo mais fluido e facilitar sua expulsão. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Resfriado e outras condições relacionadas AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Antitussígenos, expectorantes e mucolíticos: • Principais exemplos: • Acetilcisteína – mucolítico: • Interações – antibióticos (uso intercalado); • Precauções – Asmáticos, idosos, pacientes com úlcera péptica. • Carbocisteína – mucolítico; • Ambroxol – expectorante e mucolítico. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Resfriado e outras condições relacionadas AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Antitussígenos, expectorantes e mucolíticos: • Principais exemplos: • Guaifenesina – expectorante e mucolítico: • Ingestão de água para auxiliar a fluidificação e expulsão. • Iodeto de potássio – mucolítico: • Precauções – uso concomitante com diuréticos poupadores de potássio ou produtos que contêm potássio – hipercalemia pode resultar em arritmias ou parada cardíaca. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Resfriado e outras condições relacionadas AULA04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Antitussígenos, expectorantes e mucolíticos: • Principais exemplos: • Cloperastina – antitussígeno: • Ação também periférica – antiedemígena, relaxante da musculatura brônquica e anti-irritante; • Pode aumentar o efeito sedativo dos depressores do SNC. • Dropropizina – antitussígeno: • Precauções – idosos e pacientes com insuficiência renal ou hepática, sonolência. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Resfriado e outras condições relacionadas AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Descongestionantes nasais: • Solução hipertônica: • Solução salina 3%: hipertônica; • Cuidados na administração: não direcionar o jato para o septo nasal. • Vasoconstritores tópicos (receptores α-adrenérgicos): • Não podem ser indicados (tarjados); • Pode causar rinite medicamentosa; • Exemplo: nafazolina . TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Resfriado e outras condições relacionadas AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Descongestionantes nasais • Vasoconstritores (receptores α-adrenérgicos) – diminuem a congestão nasal: • Sistêmicos – maior duração de ação e menos irritantes, ação mais lenta: • Podem ser indicados; • Contraindicados em hipertensos, diabéticos, enfermos cardíacos e hipertireóideos; • Exemplo: Fenilefrina (estimulação indireta dos receptores α- adrenérgicos no pulmão pode facilitar a respiração). TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Resfriado e outras condições relacionadas AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Outras classes de MIP: • Solução salina 0,9%: • Irrigação, limpeza e umidificação da membrana nasal; • Útil para tratamento da rinite medicamentosa; • Anestésicos locais em formulações em spray: benzocaína, fenol, mentol, óleo de cânfora (dois últimos também utilizados em inalação). • Formulações combinadas: • Analgésico e antipirético, descongestionante e anti-histamínico; • Expõem o paciente a maior risco de reações adversas. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Resfriado e outras condições relacionadas AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Pode ocorre em qualquer idade, sendo mais comum em negros; • Processo inflamatório – mastócitos, eosinófilos, linfócitos T, neutrófilos e células epiteliais; • Piora do quadro pela manhã e noite; • Hiperresponsividade brônquica a vários estímulos; • Fatores que agravam o quadro: • Infecções respiratórias, alérgenos, mudanças de ambiente e temperatura, exercício físico, medicamentos, alimentos, entre outros. • Manifestação extraesofágica do DRGE. EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA Asma AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica Tosse, sibilos, dificuldade para respirar, secreção purulenta; Obstrução aguda – cianose e hipóxia; Classificação de acordo com frequência e gravidade. Prevenção e tratamento não farmacológico: Controle ambiental (evitar a exposição a substâncias alergênicas); Cuidados na prática de exercícios. SINAIS E SINTOMAS Asma AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica • Não deve ser indicado MIP – postergação da terapia adequada e risco de efeitos cardíacos. • Papel do farmacêutico: • Conscientização do paciente sobre a importância do tratamento adequado; • Adesão dos medicamentos prescritos; • Orientação sobre a correta administração dos medicamentos; • Investigação da existência de outras condições médicas e o uso de MIP para o tratamento da asma; • Identificação dos fatores desencadeantes. PRECAUÇÕES E ASPECTOS IMPORTANTES Asma AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica BRASIL. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Organização Pan-Americana da Saúde. Fascículo II - Medicamentos Isentos de Prescrição (Projeto Farmácia Estabelecimento de Saúde). CRF-SP: Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo; Organização Pan- Americana de Saúde - Brasília, 2010. FINKEL, R.; PRAY, W. S. Guia de Dispensação de produtos terapêuticos que não exigem prescrição. Porto Alegre: Artmed; 2007. 728p. Saiba mais AULA 04: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Atenção farmacêutica AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Principais manifestações dermatológicas na farmácia; A dispensação de MIP nas manifestações dermatológicas. AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica ATENÇÃO FARMACÊUTICA Aula 03: Medicamentos isentos de prescrição - Nas manifestações gastrintestinais AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica Condições gastrintestinais mais comuns; Doenças gástricas; Constipação; Diarreia; Dispensação de MIP nestas manifestações. AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica Doenças gástricas Dispepsia; Pirose; Doença do refluxo gastresofágico – DRGE; Esofagite; Gastrite; Úlcera: duodenal, gástrica e péptica. CONDIÇÕES-CHAVE AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica • Incidência aumenta com a idade, sendo mais comum em mulheres idosas; • Condições predisponentes: Obesidade, gravidez, hérnia de hiato • Uso de medicamentos: AINES, vitaminas e suplementos minerais, narcóticos, alendronato. • Desequilíbrio entre as forças protetoras e agressivas do estômago: Muco, bicarbonato e prostaglandinas. • Movimento retrógrado anormal do estômago para o esôfago EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA DA DRGE Doenças gástricas AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica • São mais comuns à noite e/ou ao deitar; • Pirose e regurgitação; • Dor no peito; • Disfagia e odinofagia; • Aperto, dor na garganta e rouquidão crônica; • Sangramento (ulceração gástrica); • Sintomas pulmonares decorrentes de broncoaspiração; • Erosão dental. SINAIS E SINTOMAS DA DRGE Doenças gástricas AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica • Modificação da dieta: • Evitar determinados alimentos (gordurosos, quentes, cítricos, carminativos, cafeína, álcool); • Diminuir volume das refeições com menor espaço entre elas; • Horário das refeições (não se deitar pelo menos 2 horas após qualquer refeição). • Tabaco; • Intervenções posturais: • Levantar cabeceira da cama. PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO DA DRGE Doenças gástricas AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica • MIP não indicado para tratamento de úlcera péptica; • Dor no peito pode ser sugestiva de envolvimento cardíaco; • Sangramentos; • Sintomas da esofagite crônica; • Produtos contendo ácido acetilsalicílico: não indicar para gestantes no último trimestre de gravidez; • Bloqueadores H2: evitar uso em idosos. PRECAUÇÕES NAS DOENÇAS GÁSTRICAS Doenças gástricas AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica • Sintomas por mais de 2 semanas; • Paciente menor de 2 anos; • Pirose por mais de 3meses ou acompanhada por leve dor de cabeça, sudorese, dor no peito, no ombro, dificuldade de respirar, sibilação, perda de peso, vômito, entre outros; • Disfagia e odinofagia; • Fezes escuras; • Sangue no vômito. SITUAÇÕES QUE DEVEM SER ENCAMINHADAS AO MÉDICO: Doenças gástricas AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica • Neutraliza a acidez gástrica e reduz o número e a quantidade de refluxo; • Alcalinização também aumenta o tônus do esfíncter esofágico inferior; • Pode aumentar a liberação de prostaglandinas. Principais exemplos: • Bicarbonato de sódio (ação rápida): cuidado com a dose máxima diária de sódio (5mEq) e com pacientes hipertensos, com ICC, edema e insuficiência renal; • Hidróxido de magnésio (ação rápida): pode causar diarreia (dose-dependente); • Hidróxido de alumínio (ação neutralizante baixa): forma de gel protetor e pode causar constipação (cuidado com pacientes idosos). ANTIÁCIDOS: Doenças gástricas AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica • Bloqueia a produção e secreção gástrica a partir da inibição dos receptores de histamina do tipo H2 das células parietais; • São eficazes para o tratamento dos sintomas ativos; • Antiácidos podem diminuir a absorção desses medicamentos. Principais exemplos: • Cimetidina: muitas interações medicamentosas (inibidor das enzimas Citocromo P-450); • Ranitidina. BLOQUEADORES H2: Doenças gástricas AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica • Bloqueiam a produção de ácido gástrico pela inibição da bomba de prótons das células parietais; • Indicados para o tratamento da pirose frequente; • Omeprazol: • Não promove alívio imediato e deve ser utilizado por um período de 14 dias; • Interações medicamentosas (varfarina, antifúngicos, digoxina e benzodiazepínicos). • Outros medicamentos: • Subsalicilato de bismuto: efeito tópico na mucosa gástrica. INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS E OUTROS Doenças gástricas AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica • Tempo dos sintomas; • Existência de fatores predisponentes; • Ingestão de álcool; • Presença de H. pylori; • Orientações importantes na dispensação de antiácidos: • Forma farmacêutica (comodidade e tempo de ação); • Interação com alimento (neutralização prolongada); • Interações medicamentosas (antifúngicos, medicamentos com revestimento entérico, carbonato de cálcio). ASPECTOS IMPORTANTES NA DISPENSAÇÃO DE MIP Doenças gástricas AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica • Importante problema nos idosos; • Procura maior entre as mulheres; • Alto risco em pacientes de raça não branca; • Influência genética; • Fatores envolvidos: • Mudanças de rotina, dieta, sedentarismo, perda do reflexo natural para defecar; • Uso de medicamentos (narcóticos e uso crônico abusivo de laxativos). • Condições médicas específicas (gestação, danos neurais, dor, hemorroidas, entre outros). EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA Constipação AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica • Fezes duras ou em pequena quantidade; • Ausência de urgência ao defecar; • Impactação fecal; • Diarreia paradoxal e incontinência; • Desconforto, inchaço e gás abdominal; • Defecação irregular, esforço e dor ao defecar; • Outros sintomas: falta de apetite, dor de cabeça, letargia, estado mental alterado no paciente idoso. SINAIS E SINTOMAS Constipação AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica • Estabelecimento de rotina; • Adequação da dieta: • Aumentar ingestão de líquidos e de fibras e limitar o consumo de ovos e queijo; • Rotina moderada de exercícios; • Evitar laxantes que causam dependência. PREVENÇÃO E TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO Constipação AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica • Pacientes menor de 2 anos; • Pacientes apresentando dor abdominal, náuseas e vômitos (risco de apendicite); • Pacientes em uso de laxantes por mais de sete dias; • Pacientes com colostomia ou ileostomia; • Pacientes com condições médicas predisponentes (diabetes, falência renal); • Pacientes em uso de medicamentos que causam constipação; • Pacientes com alteração súbita na rotina de defecção e sangramento retal por duas semanas (risco de câncer); • Gestantes e idosos com saúde frágil e constipação prolongada. SITUAÇÕES QUE DEVEM SER ENCAMINHADAS AO MÉDICO Constipação AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica • É o tipo mais fisiológico; • Formação de gel emoliente e retenção de água nas fezes para aumentar o volume; • Estimulação mecânica e aumento do peristaltismo; • Devem ser tomados com grande quantidade de água; • Início da ação mais lento (12 a 72 horas); • Intervalo de administração com outros medicamentos; • Cuidados especiais com pacientes acamados (risco de obstrução fecal); • Exemplos: Plantago ovata (psyllium), metilcelulose, policarbofila de cálcio. LAXATIVOS FORMADORES DE BOLO FECAL Constipação AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica • Amolecem as fezes ao facilitar a mistura com água e gorduras (agentes de superfície); • Início da ação mais lento (12 a 72 horas); • Útil para fezes duras e secas; • Adequado para gestantes, pacientes pós-cirúrgicos, pacientes com hérnia; • Interações medicamentosas (óleo mineral, digoxina e varfarina); • Exemplo: sais de docusato; • Óleo mineral: mesmo mecanismo de ação. • Evitar uso na gestação e em pacientes acamados (risco de broncoaspiração). LAXATIVOS EMOLIENTES DE FEZES Constipação AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica • Estimulação direta dos nervos da mucosa intestinal; • Aumenta a secreção de água e eletrólitos para o intestino; • Tempo de uso (máximo de 7 dias); • Pode causar dependência, irritação e dano permanente na mucosa intestinal; • Início de ação mais rápido (2 a 10 horas por via oral); • Eficaz para constipação induzida por narcótico; • Exemplos: bisacodil (revestimento entérico), senosídeos, óleo de rícino (utilizado em protocolos de preparo do intestino). LAXATIVOS ESTIMULANTES Constipação AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica • Captam água para o intestino e promovem aumento da pressão e estimulação mecânica da motilidade intestinal; • Podem alterar o equilíbrio eletrolítico (cuidado com pacientes renais); • Início de ação rápido (3 a 6 horas por via oral e minutos por via retal); • Pode causar diarreia; • Utilizado no preparo de pacientes para colonoscopia; • Exemplos: sais de magnésio e sódio e glicerina. SOLUÇÕES SALINAS E AGENTES HIPEROSMÓTICOS Constipação AULA 03: MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - NAS MANIFESTAÇÕES GASTRINTESTINAIS Atenção farmacêutica • Afeta todas as idades, porém apresenta alto risco em pessoais com mais de 55 anos e menos de 5 anos; • Diarreia aguda: • Infecção: viral, bacteriana, parasitária; • Fármacos: antibióticos, antiácidos, anti-hipertensivos, entre outros; • Outros fatores: dieta, síndrome de Reye, apendicite, estresse, ressaca alcoólica. • Diarreia crônica: • AIDS, doença celíaca, doenças inflamatórias intestinais,
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