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Sabemos que o Direito Penal Econômico também está fundamentado na própria lei e depende do princípio da legalidade e da anterioridade, só podendo a lei alcançar aquele que praticou a conduta incriminada antes da entrada da lei em vigor. Assim podemos dizer que o Direito Penal Econômico: Não se rege pelos princípios do Direito Penal tradicional. É formado pelo Código Penal e por leis penais especiais. É ramo autônomo do Direito Penal, previsto na parte especial do Código Penal. É formado pela incriminação através das leis e dos costumes. Tutela direitos supraindividuais, protegendo uma pluralidade de bens jurídicos, ligados às relações econômicas. No que tange aos princípio de Direito Penal, especificamente à legalidade, assinale a assertiva que se encontra de acordo com o Direito Penal Econômico: O referido princípio é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico, desde que haja previsão expressa O referido princípio é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico, desde que a nova lei seja maléfica O referido princípio nunca é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico O referido princípio é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico O referido princípio não é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico, em virtude da autonomia deste ramo do Direito A regulação jurídica das atividades econômicas fez surgirem normas penais que protegessem esta atuação estatal. Tal intervencionismo estatal fez aparecer a crise do liberalismo e, constatando mais, o fenômeno da globalização tirou desta especialidade do Direito Penal o caráter meramente nacional. O mundo globalizado trouxe novas formatações para a atividade ilícita: criminalidade supranacional e crime organizado. Assim, pode-se afirmar que a microcriminalidade representa: A criminalidade ligada ao aspecto de agressão aos bens jurídicos supraindividuais. A nova criminalidade, objeto do Direito Penal Econômico. Sinônimo de macrocriminalidade. A criminalidade clássica, que não é tratada pelo Direito Penal Econômico. A criminalidade violenta, também tratada pelo Direito Penal Econômico. O Direito Penal Econômico é um ramo do Direito Penal que surge de uma macrocriminalidade. Esta lei diferencia-se da microcriminalidade, em que há lesão a bens jurídicos individuais. A microcriminalidade, ou criminalidade clássica, caracteriza-se pelo fato de: I - identificarmos de um lado o agressor e de outro lado a vítima, como nos casos dos homicídios, roubos, furtos, invasões de domicílio. II - Tais tipos de manifestações que também são previstas na lei penal afetam a sociedade diariamente, podendo acarretar efeitos físicos, psicológicos (como no caso do crime de ameaça) ou econômicos (nos crimes patrimoniais). III - Existência de ofensa a bens jurídicos supraindividuais, com tutela difusa e coletiva IV - A existência de ofensa a bens jurídicos de caráter econômico e supreaindividual Assinale a assertiva correta: São corretas as assertivas III e IV São corretas as assertivas II e III São corretas as assertivas I e II Todas as opções são incorretas Todas as opções são corretas O Direito Penal Econômico é um ramo do Direito Penal que surge de uma macrocriminalidade. Esta lei diferencia-se da microcriminalidade, em que há lesão a bens jurídicos individuais. A microcriminalidade, ou criminalidade clássica, caracteriza-se pelo fato de: identificarmos uma grande diversidade de bens jurídicos, como principalmente os de cunho econômico, a exemplo dos que atingem o Sistema Financeiro Nacional Nem sempre exigir a tipicidade formal da conduta identificarmos de um lado o agressor e de outro lado a vítima Identificarmos a supraindividualidade dos bens jurídicos identificarmos crimes de grande proporção,como os de colarinho branco Dentre os vários bens jurídicos tutelados pelo Direito Penal Econômico, quando mencionamos as Relações Econômicas, não podemos citar: Mercado de capitais e Sistema Financeiro Nacional. Mercado de capitais e Ordem Econômica. Relações de Consumo e Ordem privada. Ordem Tributária e Ordem Econômica. Relações de Consumo e Sistema Financeiro Nacional. A regulação jurídica das atividades econômicas fez surgirem normas penais que protegessem esta atuação estatal. Tal intervencionismo estatal fez aparecer a crise do liberalismo e, constatando mais, o fenômeno da globalização tirou desta especialidade do Direito Penal o caráter meramente nacional. O mundo globalizado trouxe novas formatações para a atividade ilícita: microcriminalidade e penas privativas de liberdade criminalidade supranacional e crime organizado criminalidade organizada e microcriminalidade criminalidade individual e bens supraindividuais supraindividualidade e penas restritivas de direito São conceitos inerentes ao Direito Penal Econômico: Macrocriminalidade e microcriminalidade. Bens jurídicos indiciduais e Microcriminalidade. Macrocriminalidade, bens jurídicos supraindividuais e Criminalidade Organizada. Relações de consumo, vida e Sistema Financeiro Nacional. Microcriminalidade, Criminalidade Organizada e Sistema Financeiro Nacional. Como Criminólogo identificado como o maior expoente do Direito Penal Econômico, tendo colaborado com seus estudos para o surgimento do Direito Penal Econômico, podemos identificar: Gabriel Tarde. Garófalo. Lombroso. Edwin Sutherland. Henrico Ferri. Identifique a assertiva que contém posicionamento defendido por Silva Sanchez, na análise de eventual legitimação do Direito Penal Econômico: De forma contrária à extensão da tutela penal aos bens jurídicos supraindividuais e aos novos perigos decorrentes da sociedade de risco, para os quais cabe lançar mão de outro ramo jurídico, criado especialmente para tal desiderato, chamado ¿direito de intervenção¿. sustenta a legitimação do Direito Penal Econômico sob o argumento principal de que se trata de uma modernização do Direito Penal. A solução seria a bipartição do sistema jurídico penal de imputação do ato ao autor, assim como do sistema geral de garantias, consoante à natureza das consequências jurídicas cominadas aos tipos penais incriminadores: pena privativa de liberdade ou pena alternativa. Isso porque o verdadeiro problema não é tanto a expansão do Direito Penal, mas, especificamente, a expansão da pena privativa de liberdade: ¿É essa última que deve realmente ser contida¿. este ramo do Direito deve restringir-se tão-somente à proibição de condutas individuais que provoquem lesão ou perigo concreto de lesão a um bem jurídico individualista, não lhe cabendo promover a segurança das futuras gerações ou a diminuição social dos riscos e do sentimento de medo incrustado na população. no Direito Penal Econômico estariam, ainda, inseridos o Direito Penal do meio ambiente, o comunitário, o da globalização, entre outras ramificações formais. Na análise de eventual legitimação do Direito Penal Econômico, houve solução identificada na bipartição do sistema jurídico penal de imputação do ato ao autor, assim como do sistema geral de garantias, consoante à natureza das consequências jurídicas cominadas aos tipos penais incriminadores: pena privativa de liberdade ou pena alternativa. Isso porque o verdadeiro problema não é tanto a expansão do Direito Penal, mas, especificamente, a expansão da pena privativa de liberdade: "É essa última que deve realmente ser contida". Tal proposta foi elaborada por: Garófalo estudiosos de Frankfurt Sutherland Silva Sanchez posicionamentos jurisprudenciais De acordo com uma das posições que enfrenta a polêmica direcionada à legitimação ou não do Direito Penal Econômico, são utilizados os seguintes argumentos: "este ramo do Direito deve restringir-se tão-somente à proibição de condutas individuais que provoquem lesão ou perigo concreto de lesão a um bem jurídico individualista, não lhe cabendo promover a segurançadas futuras gerações ou a diminuição social dos riscos e do sentimento de medo incrustado na população." Trata-se dos argumentos defendidos pela: Escola de Frankfurt Teoria do Direito Penal Dual Teoria legitimadora do Direito Penal Econômico Teoria de Sutherland Teoria do Direito Penal de duas velocidades O legislador utiliza o Direito Penal Econômico para incriminar muitas condutas que deveriam ser solucionadas por outros meios, sem que o Direito Penal viesse a ser chamado. Essa idéia retrata o seguinte princípio de Direito Penal: Ofensividade. Adequação social. Intervenção mínima. Lesividade. Legalidade. Com o surgimento do Direito Penal Econômico, alguns doutrinadores começam a sustentar que deveria ser desenvolvida uma nova dogmática para este ramo do Direito Penal, podendo ser afastados alguns princípios, existindo algumas regras específicas diferenciadas do Direito Penal clássico. Para outros, o Direito Penal Econômico deve se submeter aos mesmos princípios, regras e limitações do Direito Penal clássico. Assim, quanto ao Direito Penal Econômico no contexto normativo brasileiro, é correto afirmar que: Trata especificamente dos crimes contra a economia popular, sendo os demais crimes objeto de estudo do Direito Penal clássico. Sua evolução vem se apresentando desde o Código Criminal do Império. Seu tratamento é codificado. Tratado em legislações esparsas, sua evolução se deu principalmente a partir da Ordem Constitucional de 1988. A primeira manifestação do Direito Penal Econômico no Brasil se deu com a Constituição Federal de 1988. O legislador utiliza o Direito Penal Econômico para incriminar muitas condutas que deveriam ser solucionadas por outros meios, sem que o Direito Penal viesse a intervir. Assim podemos dizer que a neocriminalização: É legítima, independentemente de uma visão constitucional. É legitimadora da proteção constitucional. Significa o surgimento do Direito Penal Econômico. É conceito exclusivo do Direito Penal Econômico. Tem sido vista, em alguns momentos, como exagero legislativo, a desobedecer princípios, como o da intervenção mínima. Propõe-se, a construção de um modelo dual do sistema normativo-penal. No primeiro bloco ou nível, se incluiriam os delitos aos quais são cominadas penas privativas de liberdade, para os quais se respeitariam escrupulosas regras de imputação e de garantias penais e processuais penais; e, no segundo, aqueles que conteriam sanções pecuniárias ou restritivas de direitos ou aquilo que ele prefere chamar de "reparação penal" no lugar da prisão, e que receberiam regras mais flexíveis. O trecho acima retrata a ideia de: Silva Sanchez Sutherland Gabriel Tarde Hassemer Garófalo No que tange aos estudos relacionados á responsabilidade penal da pessoa jurídica, Os adeptos da teoria da realidade divergem apenas no modo de apreciar essa realidade, dando origem a concepções como a teoria da realidade objetiva, a teoria da realidade jurídica e a teoria da realidade técnica. Assinale a assertiva que contém argumentos da teoria da realidade orgânica: Sustenta a ideia de que a pessoa jurídica é uma realidade sociológica, com vida própria, que nasce por imposição das forças sociais. Entende que a personificação dos grupos sociais é expediente de ordem técnica, a forma encontrada pelo Direito para reconhecer a existência de grupos de indivíduos, que se unem na busca de fins determinados. Ou seja, a personificação é atribuída a grupos em que a lei reconhece vontade e objetivos próprios. Considera as pessoas jurídicas como organizações sociais destinadas a um serviço ou ofício, e por isso, personificadas. Entende que a personificação dos grupos sociais é expediente de ordem jurídica, a forma encontrada pelo Direito para reconhecer a existência de grupos de indivíduos, que se unem na busca de fins determinados. Ou seja, a personificação é atribuída a entidades em que a lei reconhece vontade e objetivos próprios. Considera as pessoas jurídicas como organizações individuais destinadas a um serviço ou ofício, e por isso, personificadas. "Esta teoria nasceu na Alemanha com Gierke e Zitelmann em reação à teoria da ficção legal. A linha desta corrente considera a possibilidade de a vontade pública ou privada ser capaz de dar vida a um organismo autônomo em relação a seus componentes, uma realidade sociológica que pode participar das relações e situações jurídicas." Identifique a teoria que possui as características acima: Teoria positiva Teoria da ficção jurídica Teoria da ficção Teoria da realidade Teoria jurídica No que tange à responsabilidade penal da pessoa jurídica, assinale a assertiva correta: A mesma é prevista em lei no Brasil, muito embora não seja constitucionalmente prevista No Brasil, vigora o societas delinquere non potest É possível no Brasil em caso de crime patrimonial A mesma é prevista em lei no Brasil, muito embora não seja constitucionalmente admitida Somente é possível no Brasil em caso de crime patrimonial Segundo Maria Helena Diniz a pessoa jurídica pode ser definida como "a unidade de pessoas naturais ou de patrimônios, que visa à consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações", e sendo assim, acerca da responsabilidade penal da pessoa jurídica, assinale a opção correta: A culpabilidade e a posterior penalização das pessoas jurídicas não são contempladas no sistema penal brasileiro, que considera que a pessoa jurídica pensa por meio das pessoas que a compõem, tendo vontade própria e ânimo de delinquir, mas não tendo meios próprios para fazê-lo. A massa falida, o espólio dos bens deixados pelo falecido e a sociedade de fato podem ser responsabilizados e penalizados. A responsabilidade penal da pessoa jurídica não exclui a das pessoas naturais, de modo que os nossos Tribunais vêm entendendo, pela necessidade de aplicação do princípio da dupla imputação, de forma que a pessoa jurídica seja imputada de maneira conjunta com a pessoa física que praticou a conduta dolosa ou culposamente. A responsabilidade penal da pessoa jurídica exclui a das pessoas naturais, o que implica a impossibilidade de dirigir denúncia contra a pessoa jurídica sempre que descoberta coautoria ou participação indireta das pessoas naturais. Pessoas com personalidade judiciária, mas sem personalidade jurídica, estão sujeitas à responsabilidade penal da pessoa jurídica, norma que não atinge pessoas de direito público. Em relação à responsabilidade penal das pessoas jurídicas, analise as seguintes afirmações e assinale a alternativa correta. I. Não é admitida no Direito Brasileiro, em face da adoção pela lei dos princípios da pessoalidade e da culpabilidade, e da assertiva societas delinquere non potest. II. O reconhecimento da responsabilidade penal de pessoa jurídica por crime de poluição implica, pela impossibilidade de bis in idem, na não responsabilização penal pessoal dos diretores da sociedade, pelos mesmos fatos. III. O Direito Penal Brasileiro admite a responsabilização penal da pessoa jurídica, prevendo a aplicação, exclusivamente, das penas de multa e prestação de serviços à comunidade. Apenas as afirmações II e III são corretas. Apenas a afirmação I é incorreta. Apenas a afirmação II é incorreta. Apenas a afirmação III é correta. Todas as afirmações são incorretas. A responsabilidade penal da pessoa jurídica, com previsão constitucional, é atualmente possível: apenas nos crimes ambientais nos crimes ambientais e contra a Ordem Econômica nos crimes patrimoniais nos crimes contra a Administração Pública nos crimes contra a Ordem Econômica apenas No Brasil, a pessoa jurídica tem realidade objetiva: sua existência legal inicia-se pelo registro de seu contrato; possuem existência distinta de seus membros. No Brasil, considerando o atual contexto legislativo,a pessoa jurídica responde por: Crime contra a Ordem Econômica crime ambiental e contra a Ordem Econômica Crime contra o Sistema Financeiro Nacional Crime ambiental Crime ambiental e contra o Sistema Financeiro Nacional Carlitos trabalha na Petrobrás. Em seu horário de intervalo, no pátio da empresa, decidiu soltar um balão. De acordo com previsão da lei ambiental, é correto afirmar que: Não há crime ambiental por parte da pessoa jurídica, eis que não há adequação aos requisitos legais Se houver denúncia, a pessoa jurídica poderá ser condenado pelo crime ambiental Carlitos responde por crime ambiental, assim como necessariamente, a pessoa jurídica também responderá Carlitos somente responderá pelo crime ambiental se houver imputação da pessoa jurídica apenas a pessoa jurídica responderá por crime ambiental Considerando o conceito e o objeto de estudo de um novo ramo do Direito Penal - o Direito Penal Econômico - a doutrina acabou por fixar características essenciais nesse estudo. Dentre as quais, pode-se identificar: A existência de uma macrocriminalidade, assim como ocorre com o Direito Penal clássica. Justamente por esta característica em comum, os crimes que atingem a Ordem Econômica são tratados no Código Penal. A ocorrência de crimes que, em sua maioria, denotam a preocupação do Estado com o delinquente, de forma que é pequena a incidência de tipos penais prevendo pena privativa de liberdade para os delitos econômicos. A existência de uma divisão na tutela da Ordem Econômica, de forma que em alguns crimes percebe- se a proteção de bens jurídicos individuais, enquanto na maioria se percebe a proteção de bens jurídicos individuais de grande importância A existência de bens jurídicos individuais e de uma macrocriminalidade, geralmente organizada, que pratica os delitos econômicos em virtude de sua elevada posição social A existência de bens jurídicos supraindividuais, que ultrapassam o aspecto restrito da microcriminalidade, fazendo com que esse novo ramo do Direito se diferencie do Direito Penal clássico, considerando que este protege, geralmente, bens jurídicos individuais. No que tange aos princípio de Direito Penal, especificamente à legalidade, assinale a assertiva que se encontra de acordo com o Direito Penal Econômico: O referido princípio é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico O referido princípio é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico, desde que a nova lei seja maléfica O referido princípio é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico, desde que haja previsão expressa O referido princípio nunca é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico O referido princípio não é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico, em virtude da autonomia deste ramo do Direito Na análise de eventual legitimação do Direito Penal Econômico, houve solução identificada na bipartição do sistema jurídico penal de imputação do ato ao autor, assim como do sistema geral de garantias, consoante à natureza das consequências jurídicas cominadas aos tipos penais incriminadores: pena privativa de liberdade ou pena alternativa. Isso porque o verdadeiro problema não é tanto a expansão do Direito Penal, mas, especificamente, a expansão da pena privativa de liberdade: "É essa última que deve realmente ser contida". Tal proposta foi elaborada por: Garófalo estudiosos de Frankfurt Silva Sanchez Sutherland posicionamentos jurisprudenciais De acordo com uma das posições que enfrenta a polêmica direcionada à legitimação ou não do Direito Penal Econômico, são utilizados os seguintes argumentos: "este ramo do Direito deve restringir-se tão-somente à proibição de condutas individuais que provoquem lesão ou perigo concreto de lesão a um bem jurídico individualista, não lhe cabendo promover a segurança das futuras gerações ou a diminuição social dos riscos e do sentimento de medo incrustado na população." Trata-se dos argumentos defendidos pela: Teoria do Direito Penal de duas velocidades Teoria de Sutherland Teoria legitimadora do Direito Penal Econômico Escola de Frankfurt Teoria do Direito Penal Dual No que tange aos estudos relacionados á responsabilidade penal da pessoa jurídica, Os adeptos da teoria da realidade divergem apenas no modo de apreciar essa realidade, dando origem a concepções como a teoria da realidade objetiva, a teoria da realidade jurídica e a teoria da realidade técnica. Assinale a assertiva que contem argumentos da teoria da realidade técnica: Sustenta a ideia de que a pessoa jurídica é uma realidade filosófica, com vida própria, que nasce por imposição das forças sociais. Considera as pessoas jurídicas como organizações sociais destinadas a um serviço ou ofício, e por isso, personificadas. Entende que a personificação dos grupos sociais é expediente de ordem técnica, a forma encontrada pelo Direito para reconhecer a existência de grupos de indivíduos, que se unem na busca de fins determinados. Ou seja, a personificação é atribuída a grupos em que a lei reconhece vontade e objetivos próprios. Sustenta a ideia de que a pessoa jurídica é uma realidade sociológica, com vida própria, que nasce por imposição das forças sociais. Considera as pessoas jurídicas como organizações individuais destinadas a um serviço ou ofício, e por isso, personificadas. No Brasil, a pessoa jurídica tem realidade objetiva: sua existência legal inicia-se pelo registro de seu contrato; possuem existência distinta de seus membros. No Brasil, considerando o atual contexto legislativo, a pessoa jurídica responde por: Crime ambiental Crime contra a Ordem Econômica Crime ambiental e contra o Sistema Financeiro Nacional Crime contra o Sistema Financeiro Nacional crime ambiental e contra a Ordem Econômica Gabarito Comentado. O Direito Penal Econômico engloba diversas leis especiais. Dentre elas, a lei 8137/90, que engloba crimes contra a Ordem Econômica, tendo como exemplo: o estelionato a sonegação fiscal a formação de cartel a corrupção os crimes contra as licitações A única previsão de infração penal contra a Ordem Econômica na Lei 8137/90 passa a ser o artigo 4° com sua nova redação. Identifique qual é a assertiva que contém conduta incriminada no referido artigo: abusar do poder econômico dominando o mercado atentar contra o consumo falsificação de medicamentos usura ajuste ou acordo de empresas para crimes ambientais Importante atuação da Polícia judiciária deve ser a boa atuação no processamento dos crimes contra o sistema financeiro nacional. Acerca da Lei 7.492/1986, assinale a alternativa correta: Para a configuração dos tipos culposos ali previstos, faz-se necessário provar a negligência, imperícia ou imprudência do agente. A ação penal decorrente da aplicação da referida lei é de exclusiva competência do Ministério Público Federal, perante o juízo federal. Foi apelidada de Lei da Lavagem de Dinheiro. Se Aristóteles empresta suas economias a juro abusivo, é dever da autoridade policial que disso tomar conhecimento tomar as providências penais cabíveis com base na referida lei. Nos crimes decorrentes da referida lei, não é lícita a concessão de fiança. Para fins de responsabilização por crime contra o Sistema Financeiro Nacional, não se equipara ao Administrador: o interventor e o liquidante o síndico o liquidante o interventor o preposto São conceitos inerentes ao Direito Penal Econômico: Microcriminalidade, Criminalidade Organizada e Sistema Financeiro Nacional. Macrocriminalidade e microcriminalidade. Relações de consumo, vida e Sistema Financeiro Nacional. Bens jurídicos indiciduais e Microcriminalidade. Macrocriminalidade, bens jurídicos supraindividuais e Criminalidade Organizada. No que tange aos princípio de Direito Penal, especificamente à legalidade, assinale a assertiva que se encontra de acordocom o Direito Penal Econômico: O referido princípio não é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico, em virtude da autonomia deste ramo do Direito O referido princípio é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico, desde que haja previsão expressa O referido princípio é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico O referido princípio é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico, desde que a nova lei seja maléfica O referido princípio nunca é aplicado na esfera do Direito Penal Econômico O legislador utiliza o Direito Penal Econômico para incriminar muitas condutas que deveriam ser solucionadas por outros meios, sem que o Direito Penal viesse a ser chamado. Essa idéia retrata o seguinte princípio de Direito Penal: Ofensividade. Lesividade. Intervenção mínima. Adequação social. Legalidade. Na linha de evolução do estudo do Direito Penal Econômico em comparação ao Direito Penal clássico, de acordo com os estudos realizados, analise as assertivas abaixo: I - Na época medieval, as leis eram desumanas, caracterizadas pela aplicação de penas cruéis, torturas e tratamentos degradantes ao ser humano. II - Com o movimento iluminista, surge o Direito Penal clássico, questionando o poder eclesiástico, que ditava a aplicação das penas. III - Na primeira metade do século XX, surge o Direito Penal Econômico. Surgem também normas penais, objetivando a criação de um sistema protetor desse intervencionismo estatal. O surgimento do Direito Penal Econômico foi alavancado pelo processo de globalização IV - Já em meados do século XIX e na primeira metade do século XX, evidencia-se uma crítica profunda ao estado liberal, que vigorava durante o Iluminismo, e seus efeitos sociais, dando lugar a Estados fortemente centralizados no governo executivo, muitas vezes personalistas e ditatoriais. Marque a assertiva correta: Todas as assertivas estão incorretas Estão corretas as assertivas I e II Estão corretas as assertivas I e III Todas as assertivas estão corretas Estão corretas as assertivas II e IV No que tange à responsabilidade penal da pessoa jurídica, assinale a assertiva correta: É possível no Brasil em caso de crime patrimonial A mesma é prevista em lei no Brasil, muito embora não seja constitucionalmente prevista Somente é possível no Brasil em caso de crime patrimonial No Brasil, vigora o societas delinquere non potest A mesma é prevista em lei no Brasil, muito embora não seja constitucionalmente admitida Em relação à responsabilidade penal das pessoas jurídicas, analise as seguintes afirmações e assinale a alternativa correta. I. Não é admitida no Direito Brasileiro, em face da adoção pela lei dos princípios da pessoalidade e da culpabilidade, e da assertiva societas delinquere non potest. II. O reconhecimento da responsabilidade penal de pessoa jurídica por crime de poluição implica, pela impossibilidade de bis in idem, na não responsabilização penal pessoal dos diretores da sociedade, pelos mesmos fatos. III. O Direito Penal Brasileiro admite a responsabilização penal da pessoa jurídica, prevendo a aplicação, exclusivamente, das penas de multa e prestação de serviços à comunidade. Apenas as afirmações II e III são corretas. Apenas a afirmação I é incorreta. Apenas a afirmação III é correta. Apenas a afirmação II é incorreta. Todas as afirmações são incorretas. O acordo de leniência é entendimento para colaborar efetivamente com as investigações de um crime. O momento do acordo é durante as investigações. Uma vez firmado e preenchido seus requisisitos, virá a beneficiar o agente em crime: contra a Ordem econômica contra as Relações de Consumo contra o Sistema Financeiro Nacional de licitações Organizados Julieta, Antonito e Carlitos, donos de postos de gasolina no estado do Rio de Janeiro, decidem fixar o valor do combustível, formando uma espécie de preço tabelado para a gasolina comum, aditivada e para o etanol. Considerando as eis especiais que dispõem sobre o Direito Penal Econômico, a conduta praticada caracteriza: crime contra a ordem tributária estelionato mera infração administrativa crime contra a ordem econômica fato atípico A delação premiada, também chamada de chamamento de cúmplice, foi incluída no parágrafo segundo do artigo 25 pela Lei 9080/95, estabelecendo que nos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional da Lei 7492/86, cometidos em quadrilha ou coautoria, o coautor ou partícipe que, através de confissão espontânea, revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa: terá a sua pena reduzida de um a dois terços. terá excluída a culpabilidade de sua conduta. não praticará crime. terá excluída a ilicitude de sua conduta. terá extinta a sua punibilidade. Sabrina recebeu, de fonte anônima, um e-mail indicando que um determinado banco privado estava prestes a falir e que as pessoas que não retirassem seu dinheiro imediatamente correriam o risco de sofrer sérios prejuízos. Temendo que fosse verdadeira a notícia, ela reenviou essa mensagem a todos os seus contatos. Porém, foi logo demonstrado que a informação era absolutamente falsa. Nessa situação, a conduta de Sabrina caracteriza: (CESPE - 2004 - Polícia Federal - Agente Federal da Polícia Federal - Nacional - com adaptações) crime, mas haverá extinção da punibilidade caso ela se retrate fato atípico crime contra o sistema financeiro nacional, por divulgar informação falsa sobre instituição financeira crime contra o sistema financeiro nacional na modalidade culposa mera infração adminisrativa Dentre os vários bens jurídicos tutelados pelo Direito Penal Econômico, quando mencionamos as Relações Econômicas, é correto afirmar: que os bens jurídicos são supraindividuais e que dentre eles encontra-se o sistema financeiro nacional e a ordem econômica que são ofendidos por uma microcriminalidade que envolvem uma macrocriminalidade e uma individualidade de bens jurídicos que há uma individualidade dos bens jurídicos tutelados que os bens jurídicos englobam o patrimônio individual A regulação jurídica das atividades econômicas fez surgirem normas penais que protegessem esta atuação estatal. Tal intervencionismo estatal fez aparecer a crise do liberalismo e, constatando mais, o fenômeno da globalização tirou desta especialidade do Direito Penal o caráter meramente nacional. O mundo globalizado trouxe novas formatações para a atividade ilícita: supraindividualidade e penas restritivas de direito criminalidade individual e bens supraindividuais microcriminalidade e penas privativas de liberdade criminalidade supranacional e crime organizado criminalidade organizada e microcriminalidade Não é porque o Direito Penal Econômico é um ramo razoavelmente recente do Direito Penal que o legislador dele deve se valer para punir todas as condutas que atentem contra as relações econômicas, mas sim apenas aquelas que não podem ser solucionadas por outros ramos do Direito. Tal idéia retrata o seguinte princípio de Direito Penal: Intervenção mínima. Ofensividade. adequação social. Adequação social. Lesividade. Em uma posição legitimadora relativa, Silva Sanchez desenvolve uma proposta que permite a subsistência do Direito Penal Econômico na tutela de bens supraindividuais. Para isso, vale-se de alguns argumentos, dentre eles: A aplicação de um direito dual e de intervenção. A aplicação de todas as penas previstas no direito penal clássico, por se tratar o Direito Penal Econômico de ramo que se origina daquele. A aplicação de um Direito Penal Dual (ou de duas velocidades), sendo permitida certa relativização, desde que não aplicada a pena privativa de liberdade. A aplicação de um Direito Penal de duas velocidades, excluídos os delitos econômicos da possibilidade de outras penas que não sejam privativas de liberdade. A aplicação de pena privativa de liberdade aos crimes econômicos, com relativização de garantiasindividuais. No que tange aos estudos relacionados á responsabilidade penal da pessoa jurídica, Os adeptos da teoria da realidade divergem apenas no modo de apreciar essa realidade, dando origem a concepções como a teoria da realidade objetiva, a teoria da realidade jurídica e a teoria da realidade técnica. Assinale a assertiva que contém argumentos da teoria da realidade orgânica: Considera as pessoas jurídicas como organizações sociais destinadas a um serviço ou ofício, e por isso, personificadas. Considera as pessoas jurídicas como organizações individuais destinadas a um serviço ou ofício, e por isso, personificadas. Sustenta a ideia de que a pessoa jurídica é uma realidade sociológica, com vida própria, que nasce por imposição das forças sociais. Entende que a personificação dos grupos sociais é expediente de ordem jurídica, a forma encontrada pelo Direito para reconhecer a existência de grupos de indivíduos, que se unem na busca de fins determinados. Ou seja, a personificação é atribuída a entidades em que a lei reconhece vontade e objetivos próprios. Entende que a personificação dos grupos sociais é expediente de ordem técnica, a forma encontrada pelo Direito para reconhecer a existência de grupos de indivíduos, que se unem na busca de fins determinados. Ou seja, a personificação é atribuída a grupos em que a lei reconhece vontade e objetivos próprios. Segundo Maria Helena Diniz a pessoa jurídica pode ser definida como "a unidade de pessoas naturais ou de patrimônios, que visa à consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações", e sendo assim, acerca da responsabilidade penal da pessoa jurídica, assinale a opção correta: A culpabilidade e a posterior penalização das pessoas jurídicas não são contempladas no sistema penal brasileiro, que considera que a pessoa jurídica pensa por meio das pessoas que a compõem, tendo vontade própria e ânimo de delinquir, mas não tendo meios próprios para fazê-lo. Pessoas com personalidade judiciária, mas sem personalidade jurídica, estão sujeitas à responsabilidade penal da pessoa jurídica, norma que não atinge pessoas de direito público. A responsabilidade penal da pessoa jurídica não exclui a das pessoas naturais, de modo que os nossos Tribunais vêm entendendo, pela necessidade de aplicação do princípio da dupla imputação, de forma que a pessoa jurídica seja imputada de maneira conjunta com a pessoa física que praticou a conduta dolosa ou culposamente. A massa falida, o espólio dos bens deixados pelo falecido e a sociedade de fato podem ser responsabilizados e penalizados. A responsabilidade penal da pessoa jurídica exclui a das pessoas naturais, o que implica a impossibilidade de dirigir denúncia contra a pessoa jurídica sempre que descoberta coautoria ou participação indireta das pessoas naturais. A respeito dos crimes contra a ordem econômica e das relações de consumo, assinale a opção correta. ( ESAF - 2012 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal ) Formar acordo visando à fixação artificial de preços é crime contra a ordem econômica Formar aliança entre órgãos do governo é crime contra a ordem econômica Abusar do poder econômico é crime das relações de consumo Induzir o consumidor a comprar os melhores produtos é crime das relações de consumo Favorecer, com justa causa, comprador é crime das relações de consumo Suponha que todos os revendedores de gás liquefeito de petróleo (GLP) ajustem artificialmente o preço final de venda do produto em determinada localidade. A esse respeito, é correto afirmar que: Há, em princípio, um ilícito penal a ser apurado que se subsume ao crime contra o consumidor. A relação de consumo é afetada pela conduta descrita; portanto, há contravenção praticada contra a economia popular. O fato descrito encarta-se como crime contra a ordem econômica. O ajuste é comum e em nada influencia na concorrência entre as empresas. A investigação a respeito do caso ficará a cargo da Polícia Federal, em virtude de que a União possui o monopólio de distribuição do GLP no Brasil. No que tange aos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, é correto afirmar que: estão previstos no Código Penal somente podem ser praticados por Instituições Financeiras A ação penal deve tramitar perante à Justiça Federal São todos de ação penal pública condicionada englobam a corrupção São instituições financeiras propriamente ditas: aquelas sujeitas às normas disciplinadoras do Banco Nacional do Crédito. aquelas sujeitas às normas disciplinadoras do Banco Internacional do Comércio. aquelas sujeitas às normas disciplinadoras do Banco Central. aquelas sujeitas às normas disciplinadoras do Banco do Brasil. aquelas sujeitas às normas disciplinadoras do CADE.
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