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Micotoxinas Paula Kujbida RESUMO

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Micotoxinas
Profa. Paula da Silva Kujbida
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Centro de Ciências da Saúde – Curso de Farmácia 
Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas
Disciplina: Toxicologia (ACT 0049)
1
Assuntos a serem abordados:
 Ocorrência de micotoxinas em alimentos
 Legislação brasileira X micotoxinas
 Aflatoxinas
 Fumonisinas
 Tricotecenos
 Zearalenona
 Patulina 2
http://www.fao.org/wairdocs/x5012o/X5012o00.jpg
3
MICOTOXINAS
Idade média – Ergotismo  Claviceps purpurea
 alcalóides vasoconstritores e psicotrópicos
•convulsões, alucinações, gangrena das extremidades e morte
“Fogo sagrado”
“Fogo de Santo Antônio” 1095 - papa Urbano II delegou à Ordem de Santo 
Antônio
“esporão do centeio” Escleródio “Ergot”
MICOTOXINAS
MICOTOXINAS: Produtos de metabolismo secundário de fungos 
filamentosos que contaminam alimentos e ração animal, acarretando 
efeitos agudos (micotoxicoses) ou efeitos crônicos (carcinogênese).
Quase todas são citotóxicas, resultando na ruptura de membranas celulares 
e outras estruturas, ou interferindo em processos vitais como síntese 
protéica. 
contaminantes diretos de alimentos 
4
http://www.fao.org/wairdocs/x5012o/x5012o01.htm
Agencia Internacional de Pesquisa do Câncer (AIPC)
MICOTOXINAS
Contaminação:
• Em todas as etapas da produção, armazenamento e distribuição
• Fatores: substrato, grãos danificados, microflora; umidade, 
temperatura.
5
Detecção, prevenção e controle de micotoxinas
Detectar a presença de fungos;
Monitoramento de micotoxinasMonitoramento de micotoxinas
Reduzir ou prevenir a presença de micotoxinas:
Armazenamento seco (umidade abaixo de 70 %)
Armazenamento livre de insetos
http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=22/02/2011&jornal=1&pagina=72&totalArquivos=120
“Anvisa estabelece limites para presença de micotoxinas em alimentos”
Resolução RDC 07/2011 (18/02/2011)
Regulamentação de Micotoxinas em alimentos
(RDC- Resolução da diretoria colegiada)
AFLATOXINAS: produzidas pelos fungos Aspergillus flavus e A. 
parasiticus .
Presentes no amendoim, cereais, amêndoas, castanhas, coco, sementes de algodão.
(Aspergillus flavus toxina)
1960-1963 - Mortes de perus na Inglaterra (100.000)

Ração de amendoim contaminado por Aspergillus flavus 
“Doença X dos Perus”
6
Tipos: B1, B2, G1, G2 – emitem fluorescência azul (B1 e B2) e verde (G1 e G2)
Toxicocinética
 Absorção: difusão passiva no TGI
 Distribuição: 90% liga-se à albumina 
 Biotransformação
 Excreção: Urina, fezes, leite.
AFB1 8,9 óxido= AFB1 8,9 epóxidoAFB1 8,9 óxido= AFB1 8,9 epóxido
Toxicocinética: 
biotransformação
Oxidação de 2 elétrons
7
AFLATOXINAS
AFLATOXINA DO LEITE:
1964- De Iongh e cols.  aflatoxina M (milk).
• AFM1 em leite materno: biomarcador de exposição das mães a AFB1 
pelos alimentos.
Tipos: M1 (Fluorescência azul) e M2 (Fluorescência violeta)
8
promove mutação e carcinogenicidade
 (cit P450)
Aduto Aflatoxina B1-N7-GuaninaAduto Aflatoxina B1-N7-Guanina
Toxicodinâmica
AFLATOXINAS
HN
N NH
N
O
H2N
7
Guanina
Aflatoxina B1 8,9 epóxidoAflatoxina B1 8,9 epóxido guanina N7 do gene supressor de 
tumor p53
8
Afla B1: pró-carcinógeno
AFB1 x Carcinogenicidade
O O
O
O
O O
O
O
AFB1 8,9 epóxido
Adutos AFB1-N7-guanina podem ser retirados após a sua 
formação, deixando sítios apurínicos na molécula de DNA.
Os sítios vagos tendem a ser preenchidos com adenina, resultando 
em mutação pontual.
9
AFLATOXINAS
Toxicodinâmica
Lesões bioquímicas
Inativação de macromoléculas 
10
AFLATOXINAS
Intoxicação aguda
A formação de adutos de proteínas inicia-se com a hidrólise da AFB1-
epóxido para produzir 8,9-dihidro-8,9-dihidroxi-B1, o qual reage com 
amino-grupos primários de proteínas.
AFB1-epóxido
Aduto Aflatoxina B1-N7-GuaninaAduto Aflatoxina B1-N7-Guanina
8,9-dihidro-8,9-dihidroxi-B1 
(B1 diol)
+
adutos de proteínas 
morte celular pela inativação de 
macromoléculas
11
AFLATOXINAS
potente hepatotoxicidade
Efeitos imunotóxicos
Diminuição de fagócitos e da produção de Espécies reativas de oxigênio
12
AFLATOXINAS
12
AFB1 x Carcinogenicidade em Humanos
 AFB1: grupo I (subst. carcinogênica)
 IARC - Agencia Internacional para Pesquisa em Câncer (WHO)
16/05/2013 (INCA – Instituto Nacional de Câncer) 
• China, Filipinas, Tailândia e muitos países africanos.
 Fatores de risco:
 Exposição de AFLA na dieta;
 Má nutrição;
 Exposição ao vírus da Hepatite B.
FUMONISINAS: Produzidas pelos fungos do gênero Fusarium. 
Existem diferentes fumonisinas (A1, A2, B1, B2, B3 e B4) sendo que a forma 
molecular predominante, produzida pelo Fusarium verticillioide, é a fumonisina B1.
13
modo de ação das fumonisinas: 
interferência com o metabolismo da esfingosina-esfinganina, perturbando
o metabolismo dos esfingolipídios.
Bloqueio da biossíntese de esfingolipídios  interfere na 
comunicação célula a célula e na interação intracelular - matriz celular.
Toxicodinâmica
Toxicidade Intoxicação
 Leucoencefalomalácia em equinos
 Indução de câncer hepático em ratos.
FB1 x Carcinogenicidade em Humanos
 FB1: grupo IIB (provavelmente carcinogênica)
 IARC - Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (WHO)
• África do Sul, China e nordeste da Itália.
FB1 em milho estão epidemiologicamente correlacionadas com alta incidência de 
câncer de esôfago em humanos.
OCRATOXINAS
Ocorrência: milho, trigo, cevada, café cru e torrado, aveia, feijão, óleo de oliva, 
centeio e farinha de mandioca crua. 
14
ToxicidadeOCRATOXINAS
 nefrotóxica atuando secundariamente no fígado. 
Promove redução da função renal = ocratoxicose.
 nefrocarcinogênica (intoxicação crônica).
OCRA x Carcinogenicidade em Humanos
OCRA em alimentos estão epidemiologicamente correlacionadas com a 
“Nefropatia endêmica dos Balcãs” (redução da função renal) e com 
tumores no trato urinário.
 OCRA: grupo IIB (provavelmente carcinogênica)
 IARC - Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (WHO)
• Romênia, Bulgária, Iugoslávia.
Ocratoxina-A: tóxica
TRICOTECENOS: Produzidos pelos fungos do gênero Fusarium sp. 
 F. tricinctum, F. roseum, F. Poae .
Ocorrência: milho, cevada, trigo, aveia, centeio, sorgo, amendoim, feno, “corn 
flakes”.
15
 ação biológica:
Local: irritação à pele
Sistêmica: irritação à mucosa intestinal
15
desoxinivalenol (DON ou vomitoxina)
Altas doses: vômitos e diarreias
Baixas doses: perda de peso e recusa de alimento
Animais de criação
inibem
TRICOTECENOS
Toxicodinâmica
Inibição da síntese de proteínas
Tecidos mais susceptíveis  aqueles que possuem altas taxas de 
regeneração, como os do trato gastrointestinal, pele, sistema linfático, 
sistema imunológico e células sanguíneas. 
16
Peptidil transferase
 T2 e Diacetoxiscirpenol (DAS)
Aleucia Tóxica Alimentar  (inflamação da pele, vômitos e danos ao 
tecido hematopoiético).
1942 – 1948: morte de mais de 100.000 russos 
Tricotecenos x Humanos
ZEARALENONA: metabólito produzido por várias espécies de 
Fusarium, fungo contaminante de cereais, principalmente milho. 
 
17
função estrogênica e promotora do crescimento.
1962 - ZEA x Hiperestrogenismo em suínos 
Toxicodinâmica
ZEA pode adotar conformação semelhante ao estradiol e estrona age como um 
estrógeno.
Ação biológica: relacionada à sua capacidade de competir com o receptor 
específico de união do estradiol  atividade estrogênica.
FêmeasTumefação vulvar como prolapso vaginal, atrofia dos ovários, 
hipertrofia de mamas e útero. 
Machos Crescimento e leite nas glândulas mamárias. 
síndrome estrogênica em porcos, gado e ovelhas
Toxicidade
PATULINA:produzida por diversas espécies de Aspergillus e Penicillium.
-Para o desenvolvimento do fungo o fruto deve estar danificado.
-Suco de maçã também pode estar contaminado com patulina.
A espécie mais importante é o Penicillium expansum, contaminante comum 
de maçãs e outras frutas.
Penicillium patulum  patulina propriedades terapêuticas (1950)
18
Formação de ascósporos  dificuldade de destruí-los
Intoxicação aguda (ratos)
Edema de pulmão com hemorragias, lesões nos capilares do fígado, baço, 
rins e edema cerebral.
Intoxicação crônica (ratos)
Carcinogenicidade 
Não há dado toxicológico ou epidemiológico conclusivo publicado 
indicando se a ingestão é nociva ou não para o ser humano.
Os animais susceptíveis a esta toxina são: bovinos, suínos, coelhos e ratos.
Anidrido sulfuroso  inativação da patulina
19
Questões para auxiliar o estudo:
 O que são micotoxinas e quais os principais tipos?
 Por que a aflatoxina B1 é chamada de pró-carcinógeno?
 Qual o mecanismo de toxicidade crônica a aflatoxina B1?
 Qual o mecanismo de toxicidade aguda da aflatoxina B1?
 Qual o mecanismo de toxicidade e toxicidade principal das micotoxinas 
zearalenona, ocratoxina-A, fumonisina-B1, patulina e tricoteceno? (para 
humanos e/ou animais)
 Cite efeitos tóxicos da aflatoxina B1 no sistema imune.
Referências bibliográficas recomendadas:
Sabino, M. Micotoxinas em alimentos. In: Seigi Oga e Antonio Botistuto. 
(Org.). Fundamentos em Toxicologia. São Paulo: Atheneu, 2008. p. 609-620.
Ferreira, H.; Pittner, E.; Sanches, H. F.; Monteiro M. C. Aflatoxinas: um 
risco a saúde humana e animal. Ambiência – revista do Centro de Ciência 
Agrárias e Ambientais, v. 2 n. 1 jan/jun, 2006.
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