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Micotoxinas de importância na Medicina Veterinária Centro Universitário INTA-UNINTA Curso de Graduação em Medicina Veterinária Disciplina de Toxicologia Veterinária Proessora: Gissandra Braz Alunos: Maria Carolina e Saulo Rocha Sobral 2021 São produzidas em resposta dos fungos a uma situação de baixa disponibilidade de água, em condições de campo, durante e após a colheita, armazenamento, transporte, processamento e administração aos animais. São compostos secundários, altamente tóxicos, produzidos por certos fungos ou leveduras; O que são Micotoxinas? Micotoxicoses Doenças causadas por micotoxinas e, geralmente, são classificadas de acordo com os sintomas resultantes da sua ingestão. Década de 1950 - aparecimento da aleucia tóxica alimentar (ATA) , na Ucrania; Surtos de eczema facial de ovinos, na Nova Zelanclia; 1960 - "doenças X dos perus" (Turkey X disease). Aspergillus favus no amendoim Epidemiologia Temperatura; Umidade; Danos Mecãnicos; Ataques por pássaros e insetos; Fungos Fatores Ambientais Fatores que afetam a ocorrência de Micotoxinas na cadeia alimentar Susceptilidade da cultura; Ataques de Pragas. Fatores Biológicos Ponto de maturação; Temperatura; Umidade. Colheita Temperatura; Umidade. Estocagem e processamento Produção de origem animal Consumo animal Fo nt e: F A O a nd W O ( 2 00 3) Micotoxinas Aflatoxinas ; Fumonisinas; - Leucoencefalomalácia equina - Edema pulmonar suíno Zearalenona; Tricotenos; Acrotoxina e citrinina. MICOTOXINAS DE IMPORTÂNCIA NA MV São metabólitos secundários produzidos por algumas cepas de fungos do gênero Arpergillus,. Fonte de risco para a saúde animal e humana, além do potencial para causar perdas econômicas significativas; Os fungos produtores de aflatoxinas são contaminados em grãos, como amendoim, milho, sorgo, arroz e trigo. Aflatoxinas Moléculas altamente tóxicas conhecidas como hepatocarcínogenos naturais; FB1 é a mais tóxica, seguida das AFM1, AFG1, AFB2, AFG2. Varia de acordo com a espécie, idade, sexo, estado nutricional, tempo de exposição e a quantidade de toxina ingerida. Toxicidade Toxicocinética e mecanismo de ação Fácil absorção no trato gastrointestinal, sendo distribuídas em diferentes órgãos como músculo, rins e tecido adiposo; Biotransformação consistui de epoxidação, hidroxilação, desmetilação e redução; Diagnóstico e Prevenção O diagnóstico de aflotoxicose consiste na observação de sintomatologia clínica e nos achados histopatologicos associados a análise laboratorial para constatação de aflatoxinas no alimento; Tratamento é de suporte e sintomático. Micotoxinas produzidas por espécie de fungos Fusarium; A fumonisina B1 é considerada a mais tóxica; São termoestáveis podendo resistir a fervura de 30 minutos. Fumonisina Toxicocinética e mecanismo de ação A toxicocinética nas diferentes espécies são escassas; Em relação ao mecanismo de ação, está relacionado a esfingosina e interferem no metabolismo dos esfingolipídeos. Diagnóstico e Prevenção Realizado pela análise do alimento suspeito, utilazndo métodos cromatográficos e imunoensaios; Como forma de prevenção, evitar a contaminação do alimento. Leucoencefalomalácia Equina Fo nt e: re vi st a uf g Edema pulmonar suíno Fonte: Patologia veterinária - revista Micotoxina que imita o hormônio reprodutivo estrogênio; Produzida principalmente pelo fungo Fusarium graminearum, o mesmo fungo produtor de desoxinivalenol em milho e cereais de inverno. Dentre os animais domesticados, os suínos são os mais afetados, embora bovinos e aves também possam ser afetados. Zearalenona Toxicocinética e mecanismo de ação Diagnóstico e Prevenção Rápida absorção no trato gastrointestinal; Metabolismo hepático produz os compostos a e b- zearalenol; Reciclagem enteroepática - extensão da meia-vida e prologamento do efeito estrogênico; Suínos - biotransformação lenta; Bovinos e ovinos - menos sensíveis; Detecção realizada em alimentos, meio de análise cromatográfica e teste de imunoensaio; A prevenção consiste em secar o cereal colhido, em 16% de umidade. Maior grupo de micotoxinas conhecidos atualmente; Produzidas por diversas espécies de Fusarium, Stachybotrys, Trichoderma e Trichothecium. Encontrado em grãos de trigo, cevada e milho. Tricotecenos Rápida absorção no trato gastrointestinal, mas pouca absorção pela pele; Biotransformadas e excretadas pela bile e urina; Mecanismo de ação- sintese protéica e DNA. Diagnóstico feito através de métodos analíticos para a detecção do produto e imunoensaio; Prevenção - evitar colher os cereais tardiamente. Toxicocinética e mecanismo de ação Diagnóstico e Prevenção Potentes toxinas fúngicas que afetam alimentos e rações processados e não processados, principalmente sob condições de armazenamento quentes e úmidas. Formadas pelas espécies Aspergillus e Penicillium e conhecidas por agir principalmente como toxinas renais e são carcinogênicas em roedores e frequentemente atuam em conjunto. Acratoxina e Citrinina Toxicocinética e mecanismo de ação Diagnóstico e Prevenção OTA absorvida pelo trato gastrointetsinal por difusão passiva; Influência do alimento também na absorção; Biotransformação ocorre pelo fígado e excreção pelas fezes e urina; Diagnóstico por meio de teste de imuniensaio ( ELISA), análises quimica cromatográfica. Prevenção consiste em métodos que inibem o crescimento de fungos. Sinais clinicos das Micotoxinas redução no desempenho produtivo; distúrbios metabólicos; fisiológicos; nervosos; imunológicos; reprodutivos; mortalidade dos animais, com grandes prejuízos econômicos. Agudo: Crônico: Redução da produção ; Dano hepático; Imunossupressão. Fumonisina Perdas reprodutivas; Menor taxa de concepção; Vulvovaginite/ Prolapso; Mortalidade Embrionária; Retorno de cio; Abortos; Cistos ovarianos. Zearalenona (ruminantes e suínos). Dano hepático; Redução no consumo de alimentos; Contaminação do leite AflaM1; Redução da produção de leite, carne e ovos; Imunossupressão. Aflatoxina Naúseas, vômitos e recusa do alimento; Inflamação e necrose epitelial; Alterações hematológicas; Alterações nervosas. Tricotenos Gastroenterite; Diarreia; Êmese; Desidratação; Depressão Acratoxina e citrinina Referências NENNETT, J. W e Klich, M. Mycotoxins. Clinical Microbiology Reviews, v. 16, 2003, p. 497-516. CAST (Council of Agricultural Science and Technology). Mycotoxins: Risks, in plant, animal and human systems. Task Force Report n. 139, EUA . CAST, 2003. CARNEIRO, Eliton W. Micotoxinas, um inimigo invisível. Agrifirm, 27 de novembro, 2020. SPINOSA, H.S.; GÓRNIAK, S.L.; PALERMO-NETO, J. Toxicologia aplicada à Medicina Veterinária, 1ª ed, Editora Manole, Barueri-SP, 2008 Obrigado!
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