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Resumo de Direito Civil

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Resumo de Direito Civil 
 
Introdução: A função principal do Direito Civil é regulamentar a convivência dos cidadãos, disciplinando as relações e seu patrimônio. Aliás, daí surge os três elementos que compõem este fundamental ramo do Direito: pessoas, bens e fatos jurídicos. 
 Direito Público: Diz respeito ás coisas do Estado, este representa a lei, funciona como ente governante. 
 Direito Privado: É pertinente ao int eresse individual, ou seja, de cada um. Não ex iste intervenção direta do Estado, existe a penas livre incentivo, 
Direito Público: Diz respeito às coisas do Estado, este representa a lei, funciona como ente governante.
Direito Privado: É pertinente ao interesse individual, ou seja, de cada um. Não existe interferência direta do Estado, existe apenas livre incentivo, pois o Estado não consegue interferir diretamente nos valores e objetivos individuais. 
Direitos e Hierarquias: 
Direitos e Deveres das Pessoas: 
Lei de Introdução – LINDB 
 Regulamenta o funcionamento das leis no Brasil. É apelidado d e Código das normas e possui 19 artigos r eferidos a todos os códigos (Não apenas 
Regulamenta o funcionamento das leis no Brasil. É apelidado de Código das Normas e possui 19 artigos referidos a todos os códigos (Não apenas ao Cód. Civil). Prescrevem assuntos com a vigência, revogação, aplicação e incidência das leis. 
 
Vacacio Legis: Período entre a publicação de uma lei no Diário Oficial e a vigência da lei. Nesse artigo, é estabelecido ou não um prazo determinado para que a lei entre em vigor, esse prazo pode ser descrito de forma tácita ou expressa.
Quanto à revogação da norma: 
 A lei possui prazo determinado para revogação, exceto em casos de urgência (guerras, riscos ao país, etc.) ou em casos específicos (como a pesca). A lei perderá a vigência em casos de REVOGAÇÃO ou MODIFICAÇÃO: 
Lei geral não revoga lei especial e vice-versa. 
Quando a lei trata da mesma matéria: revoga-se. 
Quando a lei trata de matéria complementar: acrescenta-se.
2. Repristinação: Quando uma lei revogadora é revogada pela lei anterior. No Brasil, a repristinação deve ser EXPRESSA. “Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência” 
Exemplo: Lei A é revogada pela lei B, e então é instituída uma nova lei (C), que revogará a lei B justificando que a lei A voltou a vigorar. 
3. “Ninguém se escusa de cumprir a lei alegando desconhecimento.” Existe apenas uma justificativa que poderá ser considerada se for de interesse do poder judiciário: falha na interpretação da lei, por presunção, ficção ou necessidade social.
4. Critérios de Resolução: Os critérios de solução de casos não resolvidos apenas pela norma utilizam-se de outros meios de integração, sendo respectivamente: Lei, Analogia, Costumes, Princípios Gerais do Direito. 
5. Equidade: O juiz irá aplicar a lei conforme os fins sociais e o Bem Comum, mesclando necessidade X possibilidade. Exemplo: Pensão Alimentícia, nos casos onde existe uma necessidade financeira, porém a parte não possui possibilidade de pagar o estipulado.
6. A nova lei não atingirá ato jurídico perfeito, direito adquirido ou coisa julgada: A regra no Brasil é que a lei nova não retroage, não julga os casos anteriores ao ano de seu vigor, ou seja, só tem efeito após sua publicação, porém, a exceção justifica que se no caput da lei estiver descrito que a mesma retroage, ela terá esse efeito não desrespeitando o ato jurídico perfeito (ex: testamento), o direito adquirido (ex: aposentadoria) ou a coisa julgada (decisão que não cabe recurso).
 ESQUEMA DE DIREITO CIVIL 
 CÓDIGO CIVIL – LEI Nº 10.406 de 10/01/2002 
 PARTE GERAL
 LIVRO 1 – DAS PESSOAS
 DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE 
 
PESSOA: Pessoa é o ente físico ou coletivo suscetível de direitos e obrigações. (M. H. Diniz) 
PESSOA NATURAL: É o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações. (M. H. Diniz) 
PERSONALIDADE JURÍDICA: Aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações. A personalidade jurídica independe de qualquer coisa, basta apenas existir a VIDA, ou seja, quando alguém for considerado como pessoa, no âmbito legislativo, quer dizer que este há personalidade jurídica.
 
 TODA PESSOA NATURAL É DOTADA DE PERSONALIDADE JURÍDICA!!!
Ambos (Pessoa Natural e Personalidade Jurídica) são sujeitos de direito, ou seja, fazem parte da relação jurídica, e, portanto, são personalidades jurídicas.
NASCITURO: É o sujeito de direitos, deveres e obrigações que se encontra implantado no ventre materno (feto). Para o direito brasileiro, o embrião ainda não é considerado pessoa humana, pois não se separou do corpo da mãe; mas a lei já o confere determinados direitos dispersos pelo código. 
 	Ao nascer, se for verificado que a criança faleceu (parou de respirar), o feto precisará submeter-se a um exame pericial (exame de Galeno); e conforme o resultado, os efeitos sucessórios serão diferentes: 
 Se for constatado que o feto respirou: Se a criança respirou, mesmo que por instantes, ela se torna pessoa humana para o direito civil, e, portanto, possui a capacidade de herdar, transferindo sua parte a seus ascendentes vivos, no caso, os pais. 
 Se for constatado que o feto não respirou: Significa que a criança não respirou, e, portanto, não adquire herança, e por consequência o patrimônio irá para os demais herdeiros.
PESSOA DESPERSONIFICADA NÃO-HUMANA: É aquela que representa algo ou alguém, por exemplo o condomínio que é representado pelo síndico, ou seja, uma pessoa que representa uma pessoa jurídica; ou no caso dos espólios, ou seja, massa falida que possui representante (O espólio irá responder por todas as dívidas do falecido e até por alguma condenação anterior a sua morte, ou por qualquer ação, mas que seja de sua responsabilidade civil).
INÍCIO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 
Art. 2º → “A personalidade civil começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.” 
	CORRENTE NATALISTA
	CORRENTE DA PERSONALIDADE CONDICIONAL
	CORRENTE CONCEPCIONISTA
	A personalidade da pessoa natural se inicia com o NASCIMENTO com VIDA.
 NASCIMENTO → Separação do ventre da mãe.
 VIDA → 1ª Troca oxicarbônica (ar nos pulmões).
 NATIMORTO → Caberá a família registrar ou não a criança. 
	Nascituro tem personalidade formal e após nascer com vida, passa a ter personalidade material. Ou seja, sua personalidade material está condicionada ao nascimento com vida. 
 FORMAL → Direitos da personalidade como integridade física. 
 MATERIAL → Direitos patrimoniais e obrigacionais.
	A personalidade começa com o advento da CONCEPÇÃO. 
Obs. Enunciado nº 1 do Conselho de Justiça Federal aprovado na primeira jornada de direito civil se inclina para a teoria estendendo ao natimorto a proteção dada ao nascituro. 
CAPACIDADE: 
 Capacidade de Direito: Trata-se da aptidão genérica para adquirir direitos e contrair deveres. 
 Capacidade de Fato: Trata-se da aptidão para exercer por si, atos da vida civil. 
CAPACIDADE DE DIREITO + CAPACIDADE DE FATO = CAPACIDADE PLENA
TEORIA DAS INCAPACIDADES 
	ABSOLUTAMENTE INCAPAZES (ART 3º I a III): Serão nulos os atos praticados, portanto precisam de representação total.
	RELATIVAMENTE INCAPAZES (ART. 4º I a IV)
	Menores de 16 anos.
	Os maiores de 16 e menores de 18 anos.
Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos.
Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade.
Os pródigos. 
	Na falta dos pais → tutor ou curador (representantes) sob pena de nulidade.
Não corre prazo prescricional ou decadencial.
	Na falta dos pais → tutor (assistente)
Se precisarinterdição → curador (assistente).
Corre prazo prescricional ou decadencial, visto que a incapacidade pode ser cessada com parecer do juiz. 
Os relativamente incapazes podem realizar testamentos, casar-se, testemunhar, mandatórios.
Obs.: Escolha do tutor: 
Escolhido pelos pais. 2. Previsto por lei. 3. Pessoa designada de confiança do juiz. 
CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE 
Cessa a incapacidade desaparecendo os motivos que a determinaram. Assim, no caso da loucura e da surdo-mudez, por exemplo, desaparece a incapacidade, cessando a enfermidade físico-psíquica que as determinou. Quando a causa é a menoridade, desaparece pela maioridade e pela emancipação. 
ART 5º “A menoridade cessa aos dezoitos anos completo, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil”
Parágrafo único: “Cessará, para os menores a incapacidade”.
	Emancipação Voluntária ou Judicial
	Emancipação Legal
	Emancipação Voluntária: Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independe de homologação judicial (vontade do pai ou do menor).
Emancipação Judicial: Destina-se ao menor sob tutela; por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos. 
	CASAMENTO
Pelo casamento.
- Casamento civil realizado em Cartório de Registro Civil.
- Idade mínimo: 16 anos. Menores de 16 anos: somente com autorização do juiz.
- Em caso de viuvez, aborto, divórcio ou morte, a emancipação é mantida.
	EMPREGO PÚB.
Pelo exercício de emprego público efetivo.
- O jovem de 16 anos que já possui contrato CLT, sendo efetivamente colaborador da empresa (não pode ser temporário), pode ser emancipado, pois considera-se que o jovem possui o mérito de responder pelos seus atos civis, considerando a responsabilidade do cargo.
	COLAÇÃO DE GRAU EM ENS. SUPERIOR
Pela colação de grau em curso de ensino superior.
- O jovem é emancipado de forma legal a partir da cerimônia de colação.
	ECONOMIA PRÓPRIA
Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. - Empresa civil: é aquela que “vende” intelectualidade. - Empresa comercial: é aquela que vende produtos concretos.
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA (É o fim da personalidade civil) 
Art. 6º → A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura da sucessão definitiva.
	MORTE REAL
	MORTE CIVIL OU FICTA
	MORTE PRESUMIDA
	- É a morte mais comum. Ocorre quando há um corpo cujas funções vitais cessaram. Portanto, há prova da materialidade do fato.
A morte precisa ser cardiorrespiratória, ou seja, morte cerebral e respiratória. É o tipo de morte que atesta o dia e a hora da morte. Pode ser:
Natural: Ocorre sem nenhuma intervenção de outrem. 
Violenta: Interrompida pela ação de outras pessoas.
	- É tratar uma pessoa que está de fato viva, como morta. 
- No ordenamento brasileiro não há a morte civil, pois em um direito civil constitucional, ou seja, iluminado pelas premissas da carta magna como o princípio da dignidade humana não pode haver tal previsão, contudo, há dois institutos que trazem resquícios de morte civil: 
-Deserdamento e o afastamento do herdeiro por indignidade. (Art. 1814)
O indivíduo está vivo, porém “morto” para o Direito Civil, sendo assim, não pode exercer algumas relações jurídicas de fato, ou seja, como a pessoa foi considerada indigna de receber herança, esta será deserdada, mas não impedida de casar, trabalhar, estudar, etc.
	- Não há um corpo, ou seja, não há prova da materialidade do fato. Decorre de uma DECLARAÇÃO JUDICIAL. 
Sem decretação de ausência (Art. 7º): É caracterizada pela ausência do corpo, visto que, o falecido encontrava em situação de risco. 1. Se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida. 2. Se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. 
Par. Único → A declaração de morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. 
Com decretação de ausência: Refere-se àquelas pessoas que desapareceram por motivo algum, simplesmente sumiram. O juiz então nomeia um curador para cuidar dos bens do ausente: 
1. Curadoria do ausente: O tutor cuida dos bens, e pode durar de 1 a 3 anos. 
2. Sucessão provisória: Abre-se o inventário e os herdeiros adquirem os bens, entretanto somente em posse, ou seja, o patrimônio pertence aos indivíduos, mas os mesmos não poderão ser vendidos durante ao menos 10 anos, visto que se o falecido retornar nesse período de tempo pode resgatar o patrimônio. 
3. Sucessão definitiva: As garantias serão canceladas e os bens depositados serão totalmente divididos entre os herdeiros.
COMORIÊNCIA OU MORTE SIMULTÂNEA → Art. 8º 
Quando duas ou mais pessoas com laços sucessórios morrem no mesmo acidente ou evento e não é possível precisar quem veio a falecer primeiro, presumir-se-á então que morreram simultaneamente, ou seja, essas pessoas falecem na mesma ocasião, sem que haja possibilidade de constatar qual delas morreu primeiro, presumindo-se assim que faleceram na mesma hora. Esta presunção é o instituto da Comoriência. 
A importância em saber quem faleceu primeiro se dá, pois a herança será dividida de modo diferente, por exemplo, se for comprovado que A (esposa) faleceu primeiro do que B (marido), quem receberá a herança será B (marido) e por falecer logo em seguida, transmitirá os bens herdados para seus ascendentes ou descendentes, não transferindo qualquer parte para os herdeiros de A (esposa); e vice-versa. Se for constatado morte simultânea, ou seja, que ambos faleceram exatamente na mesma hora, a herança será dividida em dois e transmitida para seus respectivos herdeiros. 
Para instituir morte por comoriência ou simultânea é preciso que existam provas legais referentes à hora da morte. Se não houver possibilidade de comprovação através de exames periciais, também serão consideradas provas complementares, por exemplo, testemunhas. 
 
REGISTRO PÚBLICO E AVERBAÇÃO 
Geralmente as pessoas confundem averbação com registro, porém, registro é um ato ocorrido nos cartórios; já a averbação é um ato secundário que modifica o teor do registro, e é feito por determinação judicial, e esse procedimento dá publicidade, eficácia e segurança aos atos jurídicos. Um exemplo é o caso da certidão de casamento registrada em cartório, quando ocorre uma separação judicial, a decisão será escrita, ou seja, averbada na terceira e última coluna do livro de registros. 
	REGISTRO PÚBLICO → ART 9º
	AVERBAÇÃO (fala) → ART 10
	Serão registrados em registro público
	Far-se-á averbação em registro público
	1. Nascimentos, casamentos e óbitos.
2. Emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz.
3. Interdição por incapacidade absoluta ou relativa.
4. Sentença declaratória de ausência e morte presumida.
	1. Das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal.
2. Dos atos judiciais ou extraconjugais que declararem ou reconhecerem a filiação.
3. Dos atos judiciais ou extrajudiciais de adoção.
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PESSOA NATURAL → ATRIBUTOS DA PERSONALIDADE
	NOME
	ESTADO
	DOMICÍLIO
	É a designação ou sinal exterior que individualiza e identifica-se a pessoa no seio da família e da sociedade. É imutável, salvo exceções.
	Provém do Latim Status, empregada pelos romanos para designar os vários predicados integrantes da personalidade.
	Domicílio é a sede jurídica da pessoa, onde se presume que ela esteja presente para efeitos de direito e onde exerce ou pratica, habitualmente, seus atos e negócios jurídicos. Pode ser um domicílio residencial ou profissional.
	Elementos do nome: Prenome → É onome próprio de cada pessoa que serve para distinguir membros da mesma família. Pode ser simples ou composto.
Sobrenome → Sinal que identifica a procedência familiar da pessoa. 
Agnome → Elemento secundário do nome que serve para identificar o indivíduo distinguindo de outro membro de sua família. Ex: Neto, Filho, Jr, Sobrinho. 
Imutabilidade do nome: Em regra, o nome não pode ser alterado, contudo há exceções pelas quais é possível fazer a alteração do nome. LRP (Lei de Registros Públicos) e C.C. 
TRANSEXUAL (pessoas que alteram seu sexo primitivo mediante intervenção jurídica)
RECONHECIMENTO DE FILHO (o reconhecimento pode ser por livre vontade ou compulsoriamente, ou seja, instituído pelo juiz por meio de provas). 
ADOÇÃO (Há obrigatoriedade da retirada do sobrenome do adotado). 
NOME VEXATÓRIO (são nomes extremamente ridículos, que podem causar constrangimento ao indivíduo).
SEPARAÇÃO/DIVÓRCIO (o indivíduo pode tirar o sobrenome do cônjuge se tiver interesse). 
ERRO GRÁFICO (grafia incorreta).
TRADUÇÃO DE NOME ESTRANGEIRO (pronúncia difícil).
MAIORIDADE (pode-se alterar o nome ao completar 18 anos + 1 dia, ou por motivação judicial, após completar 19 anos). 
CASAMENTO (acréscimo facultativo do sobrenome do cônjuge). 
FUNDADA COAÇÃO OU AMEAÇA (proteção a testemunha).
HOMÔNIMO (quando há a mesma grafia do nome, e por isso existe a possibilidade de acrescentar outro nome para diferenciar).
Obs.: Codinome (apelido reconhecido), pode ser inserido depois do prenome, ou até mesmo substituído. Pode ser um pseudônimo, um heterônimo ou alcunha (negativo).
	FAMILIAR → Indica a situação do indivíduo na família, em relação ao matrimônio (solteiro, casado, divorciado, viúvo ou separado judicialmente) e ao parentesco por consanguinidade (pai, filho, irmão) ou por afinidade (cunhado, sogro, genro).
INDIVIDUAL → Modo de ser da pessoa quanto à idade, sexo, cor, altura, saúde (insano, incapaz).
POLÍTICO → Designa a posição do indivíduo na sociedade política, podendo ser nacional (nato ou naturalizado), estrangeiro ou até mesmo apátrida.
	É possível ter mais de um domicílio, contanto que o indivíduo resida nos mesmo alternadamente.
Domicílio Civil → 2 REQUISITOS. 
1. OBJETIVO ou MATERIAL → Residência 
2. SUBJETIVO ou PSÍQUICO → Ânimo de permanecer (animus manenge) ou Ânimo definitivo (animus definitivus).
ESPÉCIES DE DOMICÍLIO:
VOLUNTÁRIO → O geral é aquele que depende da vontade exclusiva do interessado. Qualquer pessoa, não sujeita a domicílio necessário, tem a liberdade de estabelecer o local em que pretende instalar a sua residência com ânimo definitivo, bem como de mudá-lo, quando lhe convier. (Art. 74). Segundo Carlos Roberto Gonçalves, pode ser geral (escolhido livremente) ou especial (fixado com base no contrato, sendo denominado, conforme o caso, foro contratual ou de eleição).
Obs.: É necessário notificar a mudança de domicilio, mesmo que ao demonstrar comportamento de quem já está realizando a mudança, a notificação já esteja “feita”.
NECESSÁRIO OU LEGAL → O necessário ou legal é aquele que está previsto na lei em detrimento da condição ou situação de certas pessoas: 
Militar → Lugar onde servir, sendo da Marinha ou Aeronáutica, a sede do comando a que estiver subordinado.
Preso → Lugar onde cumpre sentença, contudo, se não tiver sentença transitado em julgado, seu domicílio será voluntário.
Marítimo → Lugar onde o navio estiver matriculado
Servidor Público → Lugar onde exerce sua função. 
Incapaz → O do representante ou assistente.
DIREITOS DA PERSONALIDADE 
São direitos subjetivos, imprescritíveis, intransmissíveis e inalienáveis (regra) da pessoa humana e em alguns casos da pessoa jurídica. 
São direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, sua integridade física, sua integridade intelectual e sua integridade moral. (M. H. Diniz)
 	ART. 11 a 21 DO C.C + ARTS 1º E 5º DA CF
	DIREITOS DA PERSONALIDADE → PODEM SER TRIPARTIDOS
	INTEGRIDADE FÍSICA
	INTEGRIDADE MORAL
	INTEGRIDADE INTELECTUAL
	VIDA (O Estado tenta zelar sempre pela vida, portanto não permite o suicídio, porém em caso de tentativa não ocorre pena legal, apenas em caso de induzimento ou instigação e auxilio de terceiros).
ALIMENTOS
TUTELA SOBRE O PRÓPRIO CORPO, estando este, VIVO OU MORTO (Referente a doação do corpo humano; são bens que não podem ser comercializados, apenas doados após a morte, ou seja, é preciso ser disponibilizado de forma gratuita, contanto que esteja declarado por escrito que a doação será para fins benéficos, como ciência e altruísmo. Em casos onde a pessoa está viva, pode-se doar apenas órgãos duplos ou células que se reproduzem, sendo assim, não se pode doar qualquer membro).
	HONRA 
RECATO 
SEGREDO PESSOAL, PROFISSIONAL E DOMÉSTICO
IDENTIDADE PESSOAL, FAMILIAR E SOCIAL 
	LIBERDADE DE PENSAMENTO
AUTORIA CIENTÍFICA, ARTÍSTICA E LITERÁRIA
Obs.: Quem violar esses decretos terá como solução a reparação de danos (indenização) MATERIAL ou MORAL.
	INALIENABILIDADE
	IMPRESCRITIBILIDADE
	OPONIBILIDADE ERGA OMNES
	Os direitos da personalidade são irrenunciáveis, não podendo o seu titular deles dispor ou mesmo limitar voluntariamente o seu exercício, por razões de ordem pública e de segurança jurídica individual social.
O fato de o titular permitir a exploração econômica de aspectos personalíssimos que não comprometam a vida ou a saúde dele, não fere a ideia de irrenunciabilidade.
	Os direitos da personalidade são vitalícios e perduram até a morte do seu respectivo titular.
Há alguns direitos personalíssimos, contudo, que ultrapassam a própria existência física da pessoa: - Ex. Direito moral do autor, direito à imagem, direito à honra. 
	Os direitos da personalidade podem ser defendidos contra qualquer pessoa, devendo a coletividade respeitá-los e o Estado assegurá-los.
São direitos subjetivos absolutos, oponíveis erga omnes. 
	ARTIGO 12
	Cláusula geral de tutela → São ilimitados.
	ARTIGOS 13 a 15
	Proteção à integridade física 
	ARTIGOS 16 a 19
	Nome
	ARTIGO 20
	Honra e Imagem (face, corpo, voz, status) → Exceção: Pessoas famosas.
	ARTIGO 21
	Proteção à privacidade → É inviolável a intimidade correspondente a casa da pessoa humana, exceto em casos de flagrante delito, eminente próximo, desastre na ocasião ou mandato judicial.
 
PESSOA JURÍDICA 
É a unidade de pessoas naturais ou de patrimônios que visa à consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações (M. H. Diniz).
Pode ser chamada de coletiva, pois são disponibilizados direitos e deveres a um determinado grupo, ou seja, para ser pessoa jurídica é necessário se unir em grupos para exercer algo lícito e cumprir determinados requisitos.
	PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO
	PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO
	Têm seu início com fatos históricos, criação constitucional, lei especial e tratados internacionais.
	Fundações
Organizações Religiosas
Sociedades
Partidos Políticos
Associações
Eireli.
	INTERNO
	Territórios
Estados 
Autarquias
Municípios
União
Distrito Federal
Associações Públicas
Fundações Públicas
Concessionárias de serviços públicos.
	EXTERNO
	Estados Estrangeiros
Organizações Internacionais.
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO DAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO DO DIREITO INTERNO. (Art. 41 C.C)
Referente à responsabilidade civil objetiva, por DANOS CAUSADOS A TERCEIROS. 
 
O Órgão público responde pela ação na esfera civil quando o agente/funcionário público for CULPADO, por culpa stricto sensu ou por dolo. Depois que o município arcar com as despesas, ele tem o direito de mover uma ação chamada AÇÃO REGRESSIVA contra o seu agente, adquirindo o patrimônio do mesmo, caso ele o possua. Se houver casos onde o agente não tiver culpa ou dolo, o município responde pelos danos e o agente não tem necessidade de arcar com nada, inclusive no aspecto jurídico civil e penal; e tem a possibilidadede mover a ação regressiva contra o terceiro que causou o acidente.
RESPONSABILIDADE CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO
Referente à responsabilidade civil objetiva, por DANOS CAUSADOS A TERCEIROS.
 
A pessoa jurídica para qual o empregado/gerente/diretor/administrador/gestor trabalha, responde pela ação na esfera civil, arcando com as despesas, reparações e indenizações a terceiros, sempre que a ação for cometida por dolo ou culpa. Posteriormente, a empresa possui o direito de mover uma ação chamada AÇÃO DE REGRESSO contra seu colaborador, visando restituir os custos investidos. Se houver casos onde o funcionário não tiver culpa estrito sensu ou dolo, a instituição privada não precisa indenizar o terceiro; SALVO quando a pessoa jurídica de Direito Privado exercer profissão de risco, como atividades nucleares, de transporte aéreo e contato com explosivos, entre outros.
PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO
Pessoa jurídica de Direito Privado sem fins lucrativos:
ASSOCIAÇÕES: Pessoa jurídica de Direito Privado sem fins lucrativos, constituída pela união de pessoas que se organizam para fins não-econômicos, ou seja, pode ser uma associação recreativa, desportiva, educativa, entre outros; o objetivo não pode ser o lucro, contudo pode haver lucro, mas não partilhado entre os associados. Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado. São chamadas associações e não sócios. (Art. 53 C.C.) 
Exemplo: A.A.S.P = Associação dos Advogados de São Paulo (não é obrigatória a participação, porém existem conveniências em aderir-se ao grupo).
Qualificações para que a associação seja considerada como tal (Art. 54 C.C): 
Necessariamente precisa ter uma denominação, os fins e a sede da associação. 
É preciso obter fontes para adquirir o capital de investimento e fontes de recurso para a sua manutenção. 
No estatuto das associações deverá conter a forma de gestão administrativa e a prestação de contas sob a utilização do capital. 
Precisam-se descrever quais os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados, desde que estejam fundamentados os motivos. 
É obrigatória a prescrição dos direitos e deveres dos associados. 
É imprescindível caracterizar as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução da associação, visto que, esta possui direitos intransmissíveis. (No caso da dissolução, se sobrar remanescente, o dinheiro é transpassado para outra associação semelhante que possua a mesma finalidade, porém se não houver associação de mesma competência, o momento que restar será confiscado para o Ministério da Fazenda – FISCO) 
As associações são constituídas por meio de ESTATUTO em forma de papel, é um documento onde contém todas as cláusulas referentes à associação, e será registrado no Órgão competente chamado de R.C.P.J (Registro Civil de Pessoa Jurídica). 
FUNDAÇÕES: Pessoa Jurídica de Direito Privado criada por um instituidor por meio de escritura pública ou testamento dotando um acervo de bens para a realização de fins determinados, de interesse público, de modo permanente e estável. (Art. 62). Não visa lucro, tem destinação eminentemente social, portanto são isentas de impostos, o que legitima o Ministério Público a fiscalizá-las. 
Exemplo: Lamara (Fundação para deficientes visuais), F.C.C.C (Fundação cacique, cobra, coral, que possui outro tipo de finalidade, sendo destinada a meteorologia). Possuem finalidade: 
As fundações são criadas por Escritura Pública (E.P) ou Testamento (T). 
Escritura Pública (E.P): A fundação é constituída por escritura pública se o institui dor estiver vivo. – “Inter vivos”. 
Testamento (T): A fundação é constituída por testamento se o instituidor estiver morto. – “Causa Mortis”. Esses documentos são convertidos posteriormente em ESTATUTO da Fundação e deve ser registrado no R.C.P.J (Registro Civil de Pessoa Jurídica.
ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS: Pessoa Jurídica de Direito Privado que tem por finalidade qualquer doutrina que congrega a comunidade para a fé, visto que, deve-se respeitar qualquer forma de religião. (Art. 62 C.C.) 
Foram introduzidas no Código Civil de 2002 por lei especial em 2003. Exemplo: Criador e Criatura – Criação. As Organizações religiosas são constituídas por meio de ESTATUTO e registradas no R.C.P.J (Registro Civil de Pessoa Jurídica). 
PARTIDOS POLÍTICOS: Pessoa Jurídica de Direito Privado que possui fins políticos, não se caracterizando pelo fim econômico ou não. (Art. 44 C.C.). 
É regida por lei especial. Os Partidos Políticos são constituídos por meio de ESTATUTO e registrados no R.C.P.J (Registro Civil de Pessoa Jurídica). 
 
EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada): Pessoa Jurídica de Direito Privado que possui a particularidade de ser constituída por uma única pessoa, titular da totalidade do seu capital social, sendo assim, não possui sócios. (Art. 44 C.C.) 
Para se constituir EIRELI, é necessário que o instituidor determine que o capital social não seja inferior a 100 (cem) vezes o maior salário mínimo vigente no País. 
A vantagem da EIRELI é que em caso de falência da empresa, os credores tentarão retirar o patrimônio na mesma, entretanto, por estar vinculada a apenas uma pessoa física, não há possibilidade de retirar os bens do indivíduo, somente do capital da empresa. Deve ser registrada na Junta Comercial (J.C).
PESSOA JURIDICA DE DIREITO PRIVADO
Pessoa jurídica de Direito Privado com fins lucrativos: 
SOCIEDADE: Pessoa Jurídica de Direito Privado constituída pela união de duas ou mais pessoas com interesses e finalidades comuns. (Art. 44 C.C). 
Sendo assim, celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício da atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. A atividade pode restringir – se à realização de um ou mais negócios determinados.
As sociedades classificam-se em Empresárias ou Não-Empresárias:
Existem 2 sociedades despersonificadas (não possuem personalidade jurídica por não possuírem registro):
 RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS DA PESSOA JURÍDICA SOCIEDADE 
Para instituir uma sociedade é necessário que haja ao menos 2 integrantes (sócios) para a fundação da empresa e para que a sociedade seja regular, é preciso estabelecer um contrato social ou um estatuto social. 
Contrato Social: Instrumento flexível, onde existe possibilidade de acrescentar qualquer cláusula de interesse dos sócios, desde que não seja contrário às leis, à moral e os bons costumes. É considerado a “certidão de nascimento” da pessoa jurídica.
Estatuto Social: Instrumento que regula as cláusulas referentes à determinada empresa, porém não pode prescrever o que os sócios quiserem, visto que o documento é inteiramente baseado no que está descrito em lei.
A pessoa jurídica (empresa) se distingue da pessoa que o compõe (sócio), porém é necessário que este disponibilize como garantia um determinado patrimônio, passando o mesmo para o nome da sociedade, sendo assim, o bem passa a ser integrado à instituição e deixa de fazer parte do acervo individual do coautor. 
O cálculo que integra a fundação de uma sociedade ocorre da seguinte maneira: Utiliza-se o que o sócio A dispôs de patrimônio, somado ao que o sócio B colocou à disposição da empresa (não há necessidade de que os sócios contribuam com o mesmo valor), gerando uma “promessa” de capital, chamada de SUBSCRIÇÃO; que deve ser cumprida por ambos os sócios.
O CAPITAL SOCIAL da Pessoa Jurídica criada, é a soma de todas as subscrições descritas por todos os sócios.
Esse capital social precisa ser comprovado, ou seja, é preciso ser registrado em cartório que o sócio A entregou sua parte do valor prescrito, assim como o sócio B, visto que, através dessa ação, será estipulado um LIMITE para que o credor possa cobrar a sociedade. Esse limite será o valor exato do capital social, e é de extrema importância, pois funciona como um modo de proteção da empresa. 
Casoo capital social não seja cumprido, ou não existam provas de seu cumprimento, o credor não possuirá limite financeiro para a cobrança, e consequentemente poderá pegar todo o patrimônio constituído pela sociedade; EXCETO se for confirmado que o ato foi completamente realizado dentro dos padrões de conformidade, no entanto a empresa não obteve qualquer lucro, apenas prejuízos. 
Ainda existem outras possibilidades que cessam a “blindagem” assegurada pelo capital social; quando, por exemplo, o sócio A cumpre sua parte no acordo e entrega o valor prometido, entretanto B não compadece da mesma ação; existe então um capital social não-integralizado, e por consequência, o credor pode confiscar a diferença de preço por meio dos bens de QUALQUER UM DOS SÓCIOS.
Essa diferença é instituída após a análise do limite registrado oficialmente (capital social) e do caixa disponível na sociedade. O credor, por direito, irá obter o montante existente na empresa e os bens individuais dos sócios, caso eles o possuam; até completar o valor total subscrito anteriormente.
O sócio que de fato cumpriu com a subscrição pode entrar com uma AÇÃO DE INTEGRALIZAÇÃO DE POSSE contra o sócio remisso (aquele que não contribuiu com o valor descrito) até o período do qual o credor ainda não invadiu o patrimônio da sociedade; passado este espaço de tempo, uma vez que o credor adquiriu o caixa da empresa e ainda os bens do sócio integralizado (aquele que executou a subscrição corretamente), o mesmo pode mover uma AÇÃO DE REGRESSÃO para restituir o patrimônio que lhe foi retirado.
 RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS DA PESSOA JURÍDICA SOCIEDADE FRENTE AOS CREDORES 
LTDA (Limitada): Todos os sócios possuem responsabilidade limitada e solidária. É registrada por contrato social na Junta Comercial. 
Esta sociedade, embora composta de sócios (pessoas naturais ou pessoas jurídicas), passa a ter “vida própria”, não se confundindo com as pessoas que a compõem, e não se excluindo das obrigações perante terceiros. Entretanto, o patrimônio pessoal dos sócios não fica totalmente exposto. Neste sentido determina o artigo 1.052 do código civil que na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. 
Para a verificação da responsabilidade dos sócios observa-se o capital social, visto que, é obrigação fundamental e indispensável de cada sócio a integralização da sua quota de capital. Havendo parte do capital social não integralizado, os sócios respondem solidariamente pela quantia que falta para a completa integralização, cabendo ação de regresso contra o sócio que efetivamente não integralizou sua parte. 
N/C (Nome Coletivo): Todos os sócios possuem responsabilidade ilimitada. É registrada por contrato social na Junta Comercial. 
Os sócios das sociedades em nome coletivo, além de responderem perante a sociedade pela sua obrigação de entrada, respondem ainda perante os credores da sociedade pelas obrigações desta, ou seja, os credores podem exigir o cumprimento dos débitos aos sócios depois de esgotado o patrimônio da sociedade, e como a mesma adota a política de solidariedade, os credores da sociedade podem exigir de qualquer um dos sócios a totalidade da dívida, visto que, o nome é coletivo e, portanto não há individualização. 
C/S (Comandita Simples): É a caracterizada pela existência de dois tipos de sócios com funções obrigatoriamente diferentes: os sócios comanditários e os comanditados, portanto, é considerada mista. É registrada por contrato social na Junta Comercial.
Os sócios comanditários têm responsabilidade limitada em relação às obrigações contraídas pela sociedade, respondendo apenas pela integralização das quotas subscritas, ou seja, o limite da diferença do capital social, visto que, contribuem apenas com o capital subscrito e de nenhuma outra forma para o funcionamento da empresa. 
Os sócios comanditados possuem responsabilidade ilimitada perante terceiros, devendo saldar as obrigações contraídas pela sociedade, ou seja, os credores da empresa podem confiscar o capital da sociedade e se este não for suficiente, poderá apanhar o patrimônio do sócio. 
C/A (Comandita por Ações): É aquela em que o capital se divide em ações, respondendo os acionistas apenas pelo preço das ações subscritas ou adquiridas, assumindo os diretores responsabilidade solidária e ilimitada pelas obrigações sociais. Da mesma forma que a Comandita simples, possui dois tipos de sócios com funções obrigatoriamente diferentes: os sócios comanditários e os comanditados, portanto, é considerada mista. É registrada por estatuto social na Junta Comercial. 
Os sócios comanditários não podem administrar a sociedade e, por conta disso, possuem responsabilidade limitada.
Os sócios comanditados são responsáveis pela administração da sociedade e, por esse motivo, possuem responsabilidade ilimitada e solidária com outros sócios comanditados. Não necessariamente, o sócio comanditado deva ser detentor da maioria das quotas por ações.
S/A (Sociedade Anônima): Todos os sócios possuem responsabilidade limitada (são chamados de acionistas). É registrada por estatuto social na Junta Comercial. 
O capital social das sociedades anônimas é dividido em ações, com ou sem valor nominal, distribuídas entre os acionistas, conforme as suas correspondentes subscrições, ou seja, se o capital estiver integralizado a sociedade se torna “blindada” contra a ação de qualquer credor, entretanto, se o capital estiver parcialmente integralizado, os credores poderão executar a cobrança apenas do sócio remisso, sendo assim, não há solidariedade nesse modelo de sociedade.

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