Buscar

Nutrição no sistema imune

Prévia do material em texto

Conferência 15 – Nutrição no Sistema Imune
	Imunologia e Nutrientes Imunomoduladores
	Imunologia: resposta imunológica a agentes agressores. Visa atingir, estruturas ou substâncias e defender contra patógenos mantendo a homeostase.
	Nutrientes imunomoduladores: Atuam estimulando ou inibindo a resposta imunológica.
	Imunossupressão é multifatorial: desnutrição, cirurgia, transfusão, transplante, sepse e infecção. COMUM EM NUTRIÇÃO ENTERAL.
	Estado Nutricional e Resposta Imunológica
	- Nosso estado nutricional influencia na resposta imunológica 
- Desnutrição: Limitada síntese proteica, onde indica menor produção de proteínas imunogênicas: anticorpos, citocinas, sinalizadores celulares de macrófagos e linfócitos T.
- Deficiência de B5, B6, outras vitaminas do complexo B e glutamina resultam na diminuição de anticorpos.
	Glutamina
	Fornece energia para os enterócitos e linfócitos.
Aminoácido essencial para síntese de anticorpos, citocinas e linfócitos, síntese proteica geral.
Em 24h quantidades indicadas variam de 12 a 40g/dia
Pacientes com problemas renais e/ou hepáticos não deve ultrapassar 15g/dia para adulto. (Pois pode ocorrer o acúmulo de ureia)
	Arginina
	Precursor do oxido nítrico Estimula a ação da oxido nítrico sintase conseguindo converter através NO a partir da argininina e o NO funciona como antibacteriano.
Substrato da arginase e ajuda no processo de cicatrização: ortinina prolina colágeno.
Estimula a síntese proteica de fase aguda (citocinas e articorpos) e linfócitos.
Estimula hormônios anabólicos como a insulina e melhora a síntese proteica.
	Ácidos graxos essenciais
 (n-3 e n-6)
*Proporção 1:4*
	Fontes de compostos que são extremamente essências para regular o sistema inflamatório e por consequência o sistema imune.
Vemos uma casta de transformações que ácidos graxos poli-insaturados em compostos que são percussores de eicosanoides, eles possuem várias sinalizações que estão relacionadas com o sistema imune (inflamação e pro-inflamação).
	Fibras (prebióticos)
	A maioria das fibras (FOS e inulina) estimulam o crescimento de bactérias benéficas, especialmente as bifidobactérias e os lactobacilos, podendo ser incluídas na categoria de prebióticos. Bactérias simbióticas intestinais podem estimular nosso sistema imune a produzir linfócitos.
Beneficia os nossos colonócitos, pois quando nós quebramos as fibras geramos ácidos graxos e cadeia curta além de energia para as bactérias, e os enterócitos aproveita esses ácidos graxos de cadeia curta. (enterócitos estimula o nosso sistema imune).
	Vitamina D
	A forma ativa da vitamina D Calcitriol ajuda na diferenciação, crescimento e proliferação de células brancas (leucócitos) e também ajudam as células tronco que são diferenciadas a serem convertidas em macrófagos e monócitos.
	Nucleotídeos
	São mais pensados quando precisamos montar uma dieta enteral.
São percussores não apenas de DNA e RNA, mais também de outros percussores como NAD, FAD e CoA.
	Vitamina A
	Estimula a atividade fagocítica de linfócitos e produção de anticorpos.
	Estado de oxidação
	- Vitaminas do complexo B, arginina, glutamina, AG n-3 são necessários em situações de inflamação.
- Suplementação desses nutrientes em pacientes hospitalizados por cirurgias, trauma, sepse, inflamação intestinal e outros casos inflamatórios.
- Estado inflamatório é uma preocupante para nosso sistema imune. É preocupante, pois esse estado inflamatório induz muitas espécies reativas de oxigênio.
- Uma condição importante para o sistema imune seria evitar o Estado Pró-Oxidativo.
- Pacientes críticos:
Estresse oxidativo é central para a fisiopatologia da doença crítica, especialmente o desenvolvimento da falha de órgãos.
Estoque de antioxidantes são reduzidos e associados a aumento na geração de radicais livres, respostas inflamatórias sistêmica com subsequente injúria celular, falha orgânica e até aumento da mortalidade.
Estresse oxidativo: Esse estado de esta com muita quantidade de radicais livres e espécies reativas, e a quantidade de antioxidantes é baixa acontece o chamado estresse oxidativo.
	Estado oxidativo
	Espécies reativas: de oxigênio ou de nitrogênio, são muito danosas se houver a saída do controle. Produzimos dentro dos nossos macrófagos sob controle para matar bactérias e vírus e depois secretamos isso. 
Essas espécies reativas vão ser capaz de reagir com o que estar na frente: com a membrana celular, proteína, núcleo.
Especies reativas são obtidos através do subprodutos fisiológicos, obtidos a partir de diversas reações (CTE, detoxificação hepática, citcocromo P-450, etc).
Outros fatores causadores: radiação, tabagismo, metais tóxicos (Cd, Hg, Al, Pb, As) poluentes, drogas.
Radicais livres: espécies reativas que contém elétrons que não estão na sua posição normal (desemparelhados) e são altamente reativos.
Todo radical livre é uma espécie reativa, mais nem toda espécie reativa é um radical livre.
	Espécie reativa (oxigênio e nitrogênio)
	Radicais livre
	Peróxido de hidrogênio (H2O2)
	Superóxido (O2-)
	Oxigênio singlete (delta O2)
	Hidroxila (OH-)
	Peróxidos lipídicos (LOOH)
	Peroxila (ROO-/LOO-)
	Peroxinitrico (ONOO-)
	Alcoxila (LO-)
	Óxido nítrico (NO-)
	Hidroperoxila (HO2-)
	Dióxido nítrico (NO2-)
	
	Espécies reativas de oxigênio/nitrogênio
	- Espécies reativas são produzidas normalmente no nosso corpo, 2-5% do oxigênio utilizados geram EROs.
- Para estabilidade dos EROs quando encontram alguma coisa na sua frente eles reduzem (reação de perda de elétrons).
- Não há alvo para essa estabilização, os radicais livres oxidam várias moléculas, comprometendo suas funções.
	Estresse oxidativo
	- Distúrbio no balanço pró-oxidante/antioxidante com predominância do estado pró-oxidante.
- Em condições normais os anti-oxidantes minimiza as perturbações caudadas por espécies reativas.
- Aumento de espécies reativas e/ou diminuição de anti-oxidades resulta em dano às células, tecidos e órgãos.
	Estresse oxidativo causando doenças
	Artrite
	Disfunção cerebral
	Aterosclerose
	Cardiopatias
	Diabetes
	Enfisema
	Catarata
	Envelhecimento
	Esclerose múltipla
	Câncer
	Inflamações crônicas
	Doenças do sistema imune
	Alterações causadas por estresse oxidativo
	LIP
	Destruição das membranas celulares por peroxidação dos ácidos graxos insaturados/oxidação de LDL.
	PTN
	Inativação de enzimas por oxidação 
Alterações estruturais do colágeno (pele)
Transportadores pode ter a impermeabilidade modificada.
	CHO
	Despolimerização de polissacarídeos.
	Ácidos nucléicos 
	Mutação do DNA, alterando a replicação do DNA.
Síntese de proteínas alteradas.
	Alterações da membrana celulares levam a transtorno de permeabilidade e flexibilidade.
Prejudicando funções de barreiras, transporte e informações.
Alterações do fluxo iônico e proteínas de transporte intermembrana (bombas sódio e potássio/ cálcio e magnésio) resultam na perda da seletividade.
Facilita lesões intracelulares, alterações de DNA, oxidação de LDL e de PTN da matriz extracelular. 
	OXIDAÇÃO DE LDL
Essas espécies reativas às vezes atacam a proteína da LDL (ApoB100) alterando-as, isso acontece no espaço subendotelial, o excesso nesse espaço os macrófagos tentam retirar e acabam ficando presos gerando células espumonas.
	Sistema Antioxidante (SA)
	- Sistema antioxidante é tudo que consegue enxergar uma espécie reativa e neutraliza (transforma ela em forma de algo, que ela não vai fazer nada naquele local).
- Podem ser de forma direta ou indireta que causam isso, e nós temos como neutralizar isso, por fatores que temos dentro do nosso organismo e fora (alimentação).
- Reatividade alta causa peroxidação lipídica, oxidação de DNA/RNA, PTN e CHO.
- O sistema antioxidante tem reações cascata e contribui para causa ou consequências de doenças.
- Antioxidante endógeno: Se, Mn, Zn, Cu, Mg
- Antioxidante vindo da alimentação: Vit.A, C, E, flavonóidese etc.
A capacidade antioxidante do nosso organismo envolve:
Sistema endógeno enzimático (Superóxido dismutase, glutationa peroxidase e catalase)
Sistema endógeno não enzimático (glutationa e coezima Q10)
Antioxidante exógenos (minerais, vitaminas C e E, catotenóides, flavonoides entre outros).
	Superóxido Dismutase (SOD)
	- Enzima mais abundante no nosso organismo
- Neutraliza o radica superóxido 
- O SOD mitocondrial tem manganês como co-fator
- O SOD citoplasmático contém 2 subnidades uma com zinco e outra com cobre
- O SOD extracelular possui 4 átomos de zinco e 4 de cobre, secretada pelas células endoteliais.
Reação:
A enzima SOD ela pega um H+ junta a ela e transforma em oxigênio normal e peroxido de hidrogênio. 
O peróxido de hidrogênio continua sendo espécie reativa, existem outras enzimas glutation peroxidase que vai transforma-lo ... 
	Glutation peroxidase (GPx)
	- 1 átomo de selênio por subunidade (2/3 citoplasma e 1/3 mitocôndria)
Reação:
A glutation peroxidade transforma o peróxido de hidrogênio em água
- A glutation peroxidase recebe esse nome porque precisa da ajuda da Glutationa reduzida (co-enzima) para fazer uma eliminação do peróxido.
- Quando a glutationa perde elétrons ela se torna glutationa oxidada (doa elétrons para reação).
- A enzima glutationa redutase, tranforma a glutationa oxidada para ser reutilizada.
	Catalase
	- Peroxissomos encontra 4 grupos heme (Ferro).
- A catalase converte o peroxido de hidrogênio em água e oxigênio.
	Glutationa
	- A glutationa quando encontra esses radicas (hidroxila, oxigênio singlete) e os dois vão sair estáveis da reação.
- Consegue regenerar a vitamina E, quando ela anula um radical livre ela fica inativa na forma de radical tocoferil, ai a glutationa pode ir lá e transforma-la na forma ativa tocoferol.
	Nutrientes antioxidantes
	- Cobre: castanha de caju, leguminosa e fígado.
- Zinco: peixe, carnes vermelha, fígado e ovos.
- Selênio: carne em geral, castanha do para e ovos.
- Manganês: nozes, vegetais folhosos verde escuro, grãos integrais e cereais.
	Vitamina E
	- Papel excelente em anular as espécies reativas de uma forma independente.
- Protege particularmente as membranas celulares (alfa tocoferol).
- Neutraliza os radicais livres: oxigênio singlete, radical hidroxila e superóxido.
- Gluatationa, vitamina C e coenzima Q10 reativam a vitamina E (tocoferil em tocoferol).
	Fontes: Óleos vegetais (girassol, milho, soja e oliva), nozes, ovos, grãos, peixes e vegetais folhosos.
	Vitamina C
	- Anulam radicais livres: superóxido e hidroxila 
- Ajuda a regenerar a vitamina E com ajuda da glutationa reduzida.
- É excretada na medida em que vai sendo utilizada.
	Fontes: Frutas cítricas (abacaxi, acerola, laranja, limão, tangerina, morango, goiaba e kiwi.
 Verduras: tomate, repolho, alho, rúcula, espinafre e alface.
	Carotenóides 
	- Derivado da vitamina A
- Anulam radicais livres: oxigênio singlete e lipoperóxidos.
- Protege a membrana celular
- Ele é mais protetor (antioxidante) do que a vitamina A
- Derivados de carotenoides tem elevada ação antioxidante. (b-caroteno). 
	Fontes: Legumes e frutas amarelo alaranjadas: cenoura, tomate, abóbora, banana, mamão, manga, pêssego e melão.
 Vegetais folhosos verde escuro: couve, espinafre, chicória, agrião e brócolis. 
	Flavonóides (Polifenóis)
	- Neutralizam: superóxido, oxigênio singlete e peróxidos lipídicos.
- Tem função: antriagregatória, antiisquêmico, antiiinflamatório e antioxidante.
- Tem a característica de serem muito mais eficiente que a vitamina E e C, devido a presença da hidroxila que se encontra nele e reage com os radicais livres.
	Fontes: Uvas, cereja, laranja, limão, maça, amora, morango, caju, jabuticaba, mirtilo, framboesa, ameixa e chá verde.

Continue navegando