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ENSAIO EM AGREGADOS GRAÚDO E MIÚDO

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ENSAIOS EM AGREGADOS: GRANULOMETRIA, MASSA UNITÁRIA, 
MASSA ESPECÍFICA, MATERIAL PULVERULENTO, UMIDADE E 
INCHAMENTO DA AREIA 
Andrei Felipe Meurer; Eduardo Weirich; Larissa Fiori; Leticia Mascarello; Luana Caroline 
Schneider; Natalí Medeiros; Nicole Luiza Gallego, Sara Fátima Cardoso 
Discentes da Disciplina de Materiais de Construção Civil A grupo 3 do curso de Engenharia Civil da Universidade Tecnológica Federal do 
Paraná câmpus Toledo 
INTRODUÇÃO 
Devido a importância dos agregados dentro da mistura e sua larga escala empregada na 
construção civil, vários são os ensaios necessários para classificar sua qualidade de utilização, 
que envolvem parâmetros como a granulometria, massa específica real e aparente, módulo de 
finura, torrões de argila, impurezas orgânicas, e materiais pulverulentos. 
Segundo Azevedo et al. (2017), parafraseando Effting (2014), os agregados exercem 
considerável influência nas propriedades do concreto no estado endurecido e papel fundamental 
no custo e trabalhabilidade da mistura, portanto não devem ser tratados com menos respeito do 
que os cimentos. 
A NBR que rege os ensaios de agregados é NBR 7211 (2009). As NBRs que definem 
especificamente cada ensaio são NBRs complementares da anteriormente citada, sendo elas: a 
NBR 9775 (2011), regente da umidade; as NBR NM 52 (2009) e NBR NM 53 (2009) definem a 
massa específica; a NBR 6467 (2006) refere-se ao inchamento da areia; a NBR 7219 (1987), 
material pulverulento; a NBR 7251 (1982), massa unitária; a NBR NM-ISO 3310-1 (2010) 
peneiras de ensaio; a NBR NM 248 (2003) determinação da composição granulométrica e a NBR 
NM 45 (2006) que mede a massa unitária e o volume de vazios. 
Utilizando agregado miúdo, definido pela NBR NM 52 (2009) como agregado que passa 
quase totalmente na peneira 4,75mm e fica retido, em sua maioria, na peneira de malha 
0,075mm, foram realizados os seguintes experimentos: granulometria, inchamento da areia, 
massa específica, massa unitária, teor de material pulverulento e também o teor de umidade. 
Fazendo uso do agregado graúdo, definido pela NBR NM 53 (2009) como o agregado 
cuja maioria de suas partículas fica retida na peneira com abertura de malha de 4,75 mm, os 
experimentos executados foram os de granulometria, massa específica e massa unitária. 
Com o ensaio de granulometria é possível classificar os agregados de acordo com o 
tamanho dos seus respectivos grãos, sejam eles miúdos ou graúdos. É realizado com o auxílio de 
 
2 
peneiras, normalizadas segundo a NBR 7211 (2009), que apresentam aberturas diferentes nas 
suas malhas. A granulometria afeta diretamente na trabalhabilidade do material. 
O ensaio de massa específica permite determinar a relação da massa de um agregado e o 
seu volume, desprezando os vazios entre os grãos. A massa específica pode ser, também, 
aparente do agregado seco ou aparente do agregado saturado superfície seca. 
Por meio do ensaio de massa unitária, se torna possível determinar a razão entre a massa 
e o volume dos agregados (tanto o miúdo quanto o graúdo) juntamente com os espaços de ar 
existente entre eles, ou seja, sem que haja compactação. 
Para se obter o teor de material pulverulento do agregado, é necessário que seu 
experimento seja realizado a fim de detectar a presença de substâncias não desejáveis, sendo ele 
argilas e siltes, ou seja, aqueles materiais que passam pela peneira 200. A presença do material 
pulverulento ocasiona uma redução da resistência mecânica em uma estrutura, devido a sua 
grande superfície específica que demandam mais água diminuindo a aderência do agregado. 
O estudo do inchamento da areia é importante para a determinação da quantidade de 
água existente no agregado, tal condição é significativa para reduzir as variações de água no 
concreto, por exemplo. Dessa maneira a quantidade de água presente no agregado deve ser 
descontada da quantidade total a ser adicionada. 
Já para determinar a quantidade de umidade no agregado, utiliza-se da relação entre 
massa de água que preenche total ou parcialmente os vazios entre os agregados, e a massa desse 
agregado quando seco. Para tanto, é analisado o peso da massa quando em contato com a 
umidade do ar e após seca, a fim de determinar a quantidade de água presente no material. 
Ter conhecimento sobre todos esses parâmetros é importante para que não haja alterações 
nas propriedades físicas finais dos materiais. Segundo Carvalho (2010), não é aceitável 
utilizar-se de materiais sem antes conhecer suas propriedades, pois tais parâmetros de qualidade 
podem afetar grandemente as propriedades físicas, mecânicas e térmicas dos materiais da 
construção civil, bem como sua durabilidade e eficiência. 
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 
ENSAIO DE GRANULOMETRIA EM AGREGADO MIÚDO 
No ensaio de granulometria, foram utilizadas peneiras da série normal desde a de número 
4, com abertura de 4,76mm até a peneira de numeração 100, com abertura de 0,149mm para 
realizar a separação dos grãos de areia seca em estufa, ou seja, umidade próxima de 0%. 
 
3 
O procedimento foi iniciado separando uma massa de 700,3g de areia seca para ser 
depositada gradualmente nas peneiras, organizadas uma sobre as outras seguindo a ordem da 
maior abertura para a de menor abertura e um fundo. Enquanto a areia era despejada, o conjunto 
de peneiras era agitado cuidadosamente. No momento em que todo o material foi despejado, a 
peneira do topo foi coberta com uma tampa e então todas as peneiras foram agitadas mais 
bruscamente, por aproximadamente 7 minutos, de maneira a separar todos os grãos de forma 
conveniente. 
No fim da separação da areia nas peneiras, o conteúdo remanescente em cada uma foi 
pesado e sua massa anotada e disposta na Tabela 1 e os gráficos 1 e 2 foram construídos. 
No final do procedimento foi pesado todo o material novamente e foi calculado um erro 
de 0,25% em relação à massa inicial. Tal erro não representa algo significativo na análise final 
do experimento de granulometria. 
ENSAIO DE INCHAMENTO DA AREIA 
Para o experimento foi utilizado um recipiente cilíndrico de massa 4521,4g e volume 
igual a 2982,97cm³ para separar diferentes amostras de areia (cujas umidade e massa unitária são 
distintas), como pode ser observado na tabela 4. 
Então, para determinar a umidade real e o coeficiente de inchamento( ), foi utilizado V s
V h 
uma amostra de aproximadamente 50g de material para cada valor de umidade, que é dado pela 
Equação 1: 
= V s
V h ( )γsγh 100
100+h Equação 1 
Onde é a massa unitária da areia seca (umidade em 0%), ou seja, é um valor fixo na fórmula; sγ 
é a massa unitária de cada uma das amostras, variando de acordo com a que for analisada;hγ 
assim como o , que é a umidade real(%) da amostra. Para descobrir a umidade real foi utilizada h 
a Equação 5. Todos os dados foram dispostos na tabela 2 e o gráfico 3 foi construído. 
ENSAIO DE MASSA ESPECÍFICA DO AGREGADO MIÚDO 
O procedimento utilizado para determinara massa específica aparente foi o do frasco 
Chapman. Ela é calculada por meio da Equação 2: 
γ = mL − 200 Equação 2 
Onde é a massa específica ( , é a massa da amostra ( ), e é a medida lida no γ /cm ) g 3 m g L 
frasco ( ).cm3 
Para iniciar o processo, foi adicionado 200 de água no frasco com o auxílio de um cm3 
funil. Durante o seu despejo, não se conseguiu evitar que a água ficasse aderida às paredes do 
 
4 
frasco, e então foi deixado alguns minutos em repouso. Posteriormente, realizou-se a pesagem do 
agregado miúdo seco em estufa, que apresentou 500,03g. Tal quantidade foi adicionada 
cuidadosamente ao frasco através de outro funil. 
Com a assessoria do instrutor, o frasco foi agitado e rotacionado para a retirada das 
bolhas de ar, bem como os grãos aderentes no interior do frasco. Após esse procedimento, fez-se 
a leitura do nível da água, que apresentou um valor de 390 . Esse valor representa o L cm3 
volume ocupado pelo conjunto água-agregado miúdo. Por fim, substitui-se os dados obtidos na 
Equação (1), de forma a obter uma massa específica de valor aproximado , , 3174 g/cmγ ≈ 2 6 3 
como demonstrado a seguir. 
➔ γ = 500,03390 − 200 , 3174 g/cmγ ≈ 2 6
3 
Comparando o valor da massa específica alcançado neste ensaio com a NBR NM 52 
(2009), é possível inferir que o resultado encontrado é coerente, visto que o valor deveria estar 
em torno de 2,65 , que é a massa específica aparente do agregado miúdo./cmg 3 
ENSAIO DE MASSA UNITÁRIA DO AGREGADO MIÚDO 
Para a realização do ensaio da massa unitária de agregados miúdos, foram necessários os 
seguintes instrumentos: um recipiente paralelepipédico, uma bandeja, uma concha, régua 
metálica, trena, balança com precisão de 0,01g, e por fim, areia seca em estufa. 
Inicialmente, tarou-se a balança com a massa do reservatório metálico e mediu-se o 
recipiente com auxílio da trena para calcular seu volume, cujo valor é de 14.643,72 cm³. 
Posteriormente, colocou-se o recipiente em uma bandeja para evitar desperdício de 
material e, então, foi despejada a areia com a ajuda da concha, em uma altura máxima de 10 à 12 
cm para não sofrer compactação, até preencher todo o reservatório. Em seguida, com ajuda da 
régua metálica, a superfície foi rasada e a massa total pesada. O procedimento foi repetido três 
vezes e calculou-se a média e a porcentagem de erro das massas que, de acordo com a NBR 7251 
(1982), deve ser menor que 1% em relação à média, por meio da Equação 3: 
orcentagem de erro(%) P = Média das massas (g)
[Massa da amostra (g) − Média das massas (g)] × 100 Equação 3 
Os dados encontrados estão apresentados na tabela 3. 
Concluindo o ensaio, utilizou-se a Equação 4 e o valor encontrado foi de 1,822 g/cm³. 
assa unitária(g/cm³) M = Média das massas(g)V olume do recipiente(cm³) Equação 4 
ENSAIO DE UMIDADE EM AGREGADO MIÚDO 
Esse ensaio tem o intuito de determinar a umidade do agregado no ambiente em que se 
encontra. Os materiais necessários para realizá-lo são: duas cápsulas de material resistente ao 
 
5 
calor, areia (agregado miúdo) e uma balança. Para tanto, os recipientes foram tarados (17g e 20g, 
respectivamente) e em seguida pesadas duas massas de areia de 100g (M1) que estavam sujeitas 
a umidade do ar, na parte externa do laboratório. Logo após, as cápsulas foram colocadas na 
estufa em temperatura entre 105° e 110° por mais de 24h para que a água presente na amostra 
pudesse evaporar. Depois de secas, as amostras foram pesadas novamente (M2) e foram 
subtraídas suas massas dos pesos das cápsulas. 
Para determinar a umidade (h) do material usa-se a Equação 5, fornecida a seguir: 
midade do agregado(h)(%) 00u = (M2)
massa do agregado úmido (M1) − massa do agregado seco em estufa 24h (M2) × 1 
Os valores obtidos de M1 e M2 estão especificados na tabela 4. A média dos valores de 
umidade obtidos no experimento foi de 1,60%. 
ENSAIO DE TEOR DE MATERIAL PULVERULENTO 
Para esse ensaio foram utilizados 500g (M1) de areia seca em estufa, um recipiente para 
lavar a areia (tamanho de uma bacia média), balança com precisão de 0,01g, peneira 200 (com 
abertura de 0,075mm) e água. O procedimento consiste em deixar o material pulverulento em 
suspensão na água para assim retirá-lo, visto que este não é retido na peneira. O agregado miúdo 
foi colocado em uma bacia e logo depois a água foi adicionada, sempre numa quantidade que 
cobrisse o material. A areia foi lavada por cerca de 5 minutos e, em sequência, o derramamento 
da mistura na peneira foi realizado com o intuito de retirar a água com o material pulverulento. 
Em seguida, a areia retida na peneira foi devolvida a bacia e o ensaio se repetiu até que a 
água retirada se demonstrasse translúcida. Posteriormente, a areia foi levada à estufa, para que lá 
ficasse por no mínimo 24 horas a uma temperatura de aproximadamente 105º, com o objetivo de 
secar até sua constância de massa. Tendo como finalizada a etapa de secagem, o agregado foi 
pesado mais uma vez e a nova massa de 499,05g (M2) obtida. 
Para determinação do teor de material pulverulento a Equação 6 foi utilizada, e o valor 
encontrado foi de 0,19%. 
MP (%)T = M1
(M1 − M2) x 100 Equação 6 
Onde TMP é o teor de material pulverulento(%), M1 é a massa inicial seca na estufa(g) e M2 é a 
massa após processo de lavagem e seca na estufa(g). 
ENSAIO DE GRANULOMETRIA DO AGREGADO GRAÚDO 
Para a realização deste ensaio, foram utilizadas tanto peneiras da série normal quanto da 
intermediária, entre elas a peneira com abertura de 4,76mm, a com abertura de 6,35mm, a com 
abertura de 9,52mm, a com abertura 12,70mm, e por fim, a com abertura de 19,10mm. Tais 
 
6 
peneiras foram ordenadas e encaixadas conforme essa abertura, possuindo um fundo e uma 
tampa em seus extremos. 
No início do ensaio, foi medida uma quantidade de 3000,3g de agregado graúdo, seco em 
estufa, para ser utilizada como amostra. O material foi depositado aos poucos nas peneiras, de 
forma a separá-lo de acordo com a sua dimensão. Para que este resultado fosse obtido, o 
conjunto de peneiras foi agitado bruscamente por alguns minutos. 
A partir desse processo, foi possível determinar a massa de material retida em cada 
peneira, incluindo seu fundo, por meio de uma balança analítica. Tais valores estão dispostos na 
tabela 5, presente em anexo. Diante dos resultados alcançados, foi calculado a massa total após a 
realização do procedimento, e foi verificado que houve uma perda de 0,13g do material. Por 
conseguinte, utilizando o valor real da massa após o ensaio, obteve-se a porcentagem de massa 
retida em cada peneira com relação ao total e a porcentagem de massa retida acumulada. Então, 
os gráficos 4 e 5 foram construídos, também em anexo, de acordo com a tabela construída. 
ENSAIO DE MASSA ESPECÍFICA EM AGREGADO GRAÚDO 
Para esse ensaio foi utilizada a pedra brita classificada como número 1, com diâmetro 
entre 12,5mm e 19mm, assim como duas balanças, dentre elas, uma hidrostática. O materialseparado foi deixado completamente submerso em água por 24h em um recipiente do 
laboratório. Na sequência a brita foi retirada aos poucos e secada com auxílio de um pano, 
deixando o material sob uma condição saturada superfície seca (sss), e então sua massa (massa 
saturada superfície seca (Msss) foi determinada com o auxílio da balança, na qual se constatou 
um valor de 3003,77g. Logo após, toda a brita foi colocada em um cesto metálico acoplado à 
balança hidrostática e submerso em um balde com água, que foi utilizado para mensurar a massa 
submersa (Msub) do material, que indicou 1968,3g. Com esses valores foi calculada a massa 
específica saturada superfície seca, seguindo a Equação 7: 
assa específ ica saturada superf ície secaM : MsssMsss−Msub Equação 7 
Utilizando os valores anteriormente fornecidos, obtemos o valor aproximado de 
2,901g/cm³. Por fim foi calculada a massa específica aparente, após o material repousar em uma 
estufa por mais de 24 horas, aquecida a 105ºC para evaporação total da água. O material já 
totalmente seco e sujeito à umidade do ar foi novamente pesado e, dessa vez, sua massa total foi 
de 2953,9g (massa seca ao ar (Mar)). O valor obtido para a massa específica aparente foi de 
2,997g/cm³, calculado a partir da Equação 8. 
assa específ ica aparenteM : MarMar−Msub Equação 8 
 
7 
Todos os resultados possuem uma boa aproximação do valor real, o que leva a concluir 
que o experimento foi realizado corretamente, evitando possíveis falhas durante o procedimento 
e tendo, assim, resultados coerentes. 
MASSA UNITÁRIA DO AGREGADO GRAÚDO 
Para a execução deste ensaio os equipamentos utilizados foram: um recipiente 
paralelepipédico metálico, uma bandeja, uma concha, régua metálica, trena, balança com 
precisão de 0,01g, e por fim, a pedra brita número 1, seca em estufa. 
Primeiramente, o volume do recipiente foi calculado e o valor de 29.011,2 cm³ foi 
aferido. Em seguida, a balança foi devidamente tarada, e o recipiente colocado sob uma bandeja 
com finalidade de evitar desperdício de material. Aos poucos o material foi sendo despejado 
dentro do recipiente com o auxílio da concha à uma altura de aproximadamente 10 cm para que 
não houvesse compactação. Tendo preenchido todo o recipiente, sua superfície foi rasada com 
ajuda da régua metálica e a massa da brita constatada com a ajuda da balança. Este processo foi 
repetido três vezes, e então a média aritmética dos resultados pôde ser calculada, assim como a 
porcentagem de erro das massas que, de acordo com a NBR 7251 (19), deve ser menor que 1% 
em relação à média e pôde ser apurada através da Equação 9. Os valores encontrados para cada 
processo estão dispostos na tabela 6. 
orcentagem de erro(%) P = Média das massas (g)
[Massa da amostra (g) − Média das massas (g)] × 100 Equação 9 
Para finalizar o ensaio, a Equação 10 foi empregada para verificação da massa unitária e 
o valor obtido foi de 1,628 g/cm³. 
assa unitária(g/cm³) M = Média das massas(g)V olume do recipiente(cm³) Equação 10 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
O exame da tabela de granulometria do agregado miúdo permite observar que a 
Dimensão Máxima do Agregado (DMC) é de 1,18mm e seu módulo de finura é de 
aproximadamente 1,77 o que classifica o material dentro da zona utilizável inferior. Ainda na 
análise do gráfico 1, observa-se que a areia utilizada no experimento é muito fina, pois seus 
grãos se encontram, na sua maioria, fora da zona utilizável ótima e por vezes fora da zona 
utilizável inferior. Esta classificação é possível graças às dimensões que se encontram entre 
0,15mm e 0,60mm, assim como apurar que o material possui uma graduação contínua, de acordo 
com o gráfico 2. A granulação fina é prejudicial na trabalhabilidade do material, se utilizado para 
preparação de concreto, por exemplo, e ainda, afeta a quantidade de água a ser adicionada na 
preparação do mesmo (MARTINS, 2008). 
 
8 
Nas práticas de massa unitária e massa específica, tanto em agregados miúdos quanto 
graúdos, é possível constatar que os valores obtidos são coerentes pois estão próximos dos 
valores reais. 
O ensaio de inchamento da areia indica que a umidade crítica, obtida através da 
interpretação do gráfico 3, identifica-se próxima de 3%. Além disso, a partir do gráfico, é 
possível calcular o coeficiente de inchamento médio que é de aproximadamente 1,50. Ou seja, o 
material com uma umidade de 3% apresenta um aumento de 50% em relação ao volume inicial. 
O experimento de umidade mostrou que o teor médio de umidade foi de 1,6% , sem 
diferir mais de 0,5% entre as amostras. Isso indica que o valor é conveniente e o material está 
apto para ser utilizado. Caso fosse um valor mais elevado, de modo a aumentar demasiadamente 
seu volume, tal característica poderia ser prejudicial para o emprego do agregado. 
No estudo do teor de material pulverulento em agregados miúdos, a amostra apresentou 
um teor de 0,19%. Segundo a NBR 7219 (1987), para concreto sujeito à desgastes superficiais, o 
teor máximo de material pulverulento é de 3% e para outros concretos o máximo é de 5%. 
Portanto, o agregado está em condições de uso para esta característica avaliada. 
Com base nas informações obtidas no ensaio de granulometria do agregado graúdo, 
pôde-se determinar a dimensão máxima característica (DMC). Como não houve nenhum valor 
percentual imediatamente inferior a 5%, a peneira que determina essa dimensão é a anterior a de 
maior malha utilizada, ou seja, a peneira 25mm. 
Analisando o gráfico 4, pôde-se inferir que o agregado graúdo apresentou uma curva 
granulométrica acentuada, característica de um material com graduação uniforme. Além disso, 
pelo gráfico 5 e pela porcentagem retida acumulada em relação à numeração de peneiras 
utilizadas, é possível classificar o agregado como do tipo brita 1, e também observar que o 
material retido em quase todas as peneiras, exceto a de numeração 12,70mm, se apresentou 
dentro dos limites de qualidade. Porém, como o agregado possui a maior parte da sua curva 
granulométrica dentro da zona ótima, é possível afirmar que o material é utilizável e atende 
adequadamente os requisitos de um agregado graúdo em conformidade. 
CONCLUSÃO 
As principais conclusões obtidas a partir dos ensaios realizados foram: 
● Em geral o agregado miúdo analisado se apresentou dentro dos parâmetros exigidos pelas 
normas, com exceção do ensaio de granulometria. Com toda a análise do experimento é 
 
9 
possível averiguar que o material, mesmo passível de uso, não é a melhor opção para 
utilização, visto que se trata de um material muito fino. 
● A partir dos ensaios realizados no agregado graúdo foi possível observar que o material 
atende aos parâmetros regulamentados exceto por um ponto fora da zona utilizável no 
gráfico do ensaio de granulometria, ainda assim, é uma opção viável de uso. 
REFERÊNCIAS 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR NM 53– ​Agregado graúdo 
– determinação da massa específica, massa específica aparente e absorção de água. 2009, 
1p. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR NM 52 – Agregado miúdo – 
determinação da massa específica e massa específica aparente.​ 2009, 1p. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 7211 - ​Agregados para 
concreto - Especificação.​ 2009. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR NM 248 - Agregados - 
Determinação da composição granulométrica. ​2003. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 9775 - Agregado miúdo - 
Determinação do teor de umidade superficial por meio do frasco de Chapman - Método de 
ensaio. ​2011, 2p. 
AZEVEDO, F. et al. Agregados miúdos: A Importância dos Agregados Miúdos no Controle 
Tecnológico do Concreto. ​2017, Revista Conexão Eletrônica - Três Lagoas, MS, v. 14, n. 1 
pág.1. 
CARVALHO, P. ​Medição do teor de humidade em materiais de construção. Mestrado 
Integrado em Engenharia Civil - 2009/2010 - Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de 
Engenharia da Universidade do Porto, Porto, Portugal, 2010. 
EFFTING, C. ​Materiais de Construção II: Agregados. ​Universidade do Estado de Santa 
Catarina – UDESC: Joinville, 24 de fevereiro de 2014. 
MARTINS, P. ​Influência da granulometria agregado miúdo na trabalhabilidade do 
concreto. ​Monografia de conclusão de curso de Engenharia Civil, Universidade Federal de Feira 
de Santana, 2008. 
VOTORANTIM. ​Traço de concreto: por que controlar a umidade da areia?. ​Disponível em: 
<​http://www.mapadaobra.com.br/inovacao/traco-de-concreto-por-que-controlar-a-umidade-da-ar
eia​/​> Acesso em: 23 de abril de 2018. 
 
10 
 
 
ANEXOS 
Tabela 1 – Ensaio granulométrico de agregado miúdo 
Peneiras 
Amostra 
Retido (g) % Retido 
% Retido 
Acumulado 
4,75mm 0 0 0 
2,36mm 2,56 0,3656 0,3656 
1,18mm 22,88 3,2672 3,6328 
0,6mm 100,62 14,3681 18,0009 
0,3mm 290,38 41,4651 59,466 
0,15mm 249,78 35,6676 95,1336 
fundo 32,36 4,6209 99,7545 
Fonte: autoria própria. 
 
Tabela 3 - Massa amostral e porcentagem de erro dos agregados miúdos 
Amostra Massa (g) Desvio (%) 
1 26892 0,77 
2 26578 0,40 
3 26592 0,36 
Média 26687,33 0,51 
Fonte: autoria própria. 
 
Tabela 4 – Peso das massas do ensaio de umidade 
 Cápsula 1 (17g) Cápsula 2 (20g) 
Úmida (M1) 100,00 100,00 
Seca com o peso da cápsula 115,14 115,60 
Seca em estufa (M2) 98,14 98,60 
Umidade 1,80% 1,41% 
 
11 
 ​Fonte: autoria própria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 2 - Inchamento da areia 
Umi
dade 
(%) 
Água 
a 
adici
onar 
(g) 
Água 
a 
adici
onar 
por 
etapa 
(g) 
Mass
a 
recip
iente 
(g) 
Mass
a 
recip
iente 
+ 
amos
tra 
(g) 
Mass
a da 
amos
tra 
(g) 
Volu
me 
do 
mold
e 
(cm³) 
Mass
a 
unitá
ria 
(g/c
m³) 
Mass
a 
cáps
ula + 
amos
tra 
úmid
a (g) 
Mass
a 
cáps
ula + 
amos
tra 
seca 
(g) 
Núm
ero 
cáps
ula 
Mass
a 
cáps
ula 
(g) 
Umi
dade 
real 
(%) 
Coefi
cient
e de 
incha
ment
o 
(Vh/
Vs) 
0 - - 452
1,4 
926
2,9 
474
1,5 
298
2,87 
1,59 
----------------------------- 
0 1 
0,5 47,3
6 
47,3
6 
452
1,4 
852
0,3 
399
8,9 
298
2,87 
1,34 67,8 67,5
7 
18 17,6
0 
0,46 1,19 
1 94,7
3 
47,3
6 
452
1,4 
820
7,9 
368
6,5 
298
2,87 
1,24 67,8 67,4
1 
31 17,6
2 
0,78 1,29 
2 189,
46 
94,7
3 
452
1,4 
795
7,8 
343
6,4 
298
2,87 
1,15 67,8 67,0
1 
33 17,5
4 
1,60 1,40 
3 284,
19 
94,7
3 
452
1,4 
782
8,5 
330
7,1 
298
2,87 
1,11 66,7 65,3
2 
34 16,5
8 
2,83 1,47 
4 378,
92 
94,7
3 
452
1,4 
777
7,8 
325
6,4 
298
2,87 
1,09 67,2 65,3
3 
35 17,0
1 
3,87 1,52 
5 473,
65 
94,7
3 
452
1,4 
776
9,4 
324
8,0 
298
2,87 
1,09 67,0 64,8
7 
36 16,9
8 
4,45 1,52 
 
12 
7 663,
11 
189,
46 
452
1,4 
789
8,0 
337
6,6 
298
2,87 
1,13 65,8 62,5
8 
37 15,8
1 
6,88 1,50 
9 852,
57 
189,
46 
452
1,4 
793
2,5 
341
1,1 
298
2,87 
1,14 67,4 63,5
2 
38 17,4
1 
8,41 1,51 
12 113
6,76 
284,
19 
452
1,4 
808
0,1 
355
8,7 
298
2,87 
1,19 68,0 63,1
4 
39 18,0
3 
10,7
7 
1,48 
Fonte: autoria própria. 
 
Tabela 5 – Ensaio granulométrico de agregado graúdo 
Série Peneiras 
Amostra 
Retido (g) % Retido 
% Retido 
Acumulado 
Normal 19,10mm 268,28 8,9422 8,9422 
Intermediária 12,70mm 2027,57 67,5818 76,5240 
Normal 9,52mm 457,44 15,2471 91,7711 
Intermediária 6,35mm 233,15 7,7712 99,5424 
Normal 4,76mm 3,45 0,1150 99,6574 
 fundo 10,28 0,3426 99,9999 
 soma 3000,17 99,9999 - 
 Fonte: autoria própria. 
 
Tabela 6 - Massa amostral e porcentagem de erro dos agregados graúdos 
Amostra Massa (g) Desvio (%) 
1 47470 0,474 
2 47474 0,483 
3 46794 0,957 
Média 47,246 0,638 
Fonte: autoria própria.

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