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SEMANA 5

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SEMANA 5
Descrição
Deustêmio, de posse de uma sentença estrangeira condenatória contra Zílio, devidamente homologada perante o Superior Tribunal de Justiça, propõe a competente execução perante uma das Varas Cíveis da Comarca de São Paulo, local onde reside o devedor, tendo sido distribuída para a 30ª. Vara Cível.
Ocorre que o bem penhorado não é da propriedade de Zílio, pois trata-se de veículo de propriedade da empresa em que ele trabalha, estando na sua posse para exercício da profissão. Além do mais, os cálculos elaborados pelo credor estão em desconformidade com o disposto na sentença.
Como advogado de Zílio, elabore a defesa cabível.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 30.ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO.
Processo nº (número)
ZÍLIO, já devidamente qualificado nos autos da ação de execução que lhe é movida por Deustêmio, vem por seu advogado a presença de Vossa xcelência oferecer
IMPUGNAÇÃO
Pelas razões de fato e de direito que passa a expor
I - DOS FATOS
 Pretende o requerente a execução de sentença estrangeira tendo arguido ação executiva contra o executado que veio acompanhada de planilha de cálculo, sendo por este juízo determinada a penhora de bens.
A pretensão do exequente como formulada não pode prosperar, senão vejamos.
1) DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUÍZO
 Dispõe o inciso X do artigo 109 da CRFB que compete aos juízos federais julgar as causa onde se discute sentença estrangeira após homologação.
No caso em exame a sentença condenatória estrangeira foi devidamente homologada pelo STJ, e assim sendo é este juízo absolutamente incompetente para processar e julgar o feito.
2) DA INCORREÇÃO DA PENHORA
Sustenta o executado ter ocorrido penhora incorreta. Tal fato é verdadeiro uma vez que o ato de constrição determinado pelo juízo não alcançou bem do executado, mas sim, de seu empregador, estando o automóvel na posse do executado somente para fins profissionais.
Assim impõe-se o levantamento da penhora.
3) DO EXCESSO DE EXECUÇÃO
A planilha de débito que instruiu a inicial apresenta cálculos elaborados pelo exequente em total desconformidade com o disposto na sentença. Assim torna-se necessário reconhecer o excesso de execução, sendo fixado como valor correto da execução o valor de “X”,
Pelo exposto, vem requer:
1) Seja acolhida a preliminar de incompetência absoluta, remetendo-se os autos à justiça federal, anulando-se os atos decisórios em especial o que determina a penhora;
2) Seja reconhecida a incorreção da penhora, sendo determinado pelo juízo a cessação da constrição;
3) Seja reconhecido o excesso de execução e determinado o prosseguimento a execução do valor “X”;
4) A condenação do exequente ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.
II – DAS PROVAS
Requer a produção de todos os meios de provas admitidos, em especial a documental e documental superveniente.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local / Data
Advogado/OAB n. (número)
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: (EC no 45/2004)
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
II – as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País;
III – as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;
IV – os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;
V – os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
V-A – as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5o deste artigo;
VI – os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;
VII – os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;
VIII – os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
IX – os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;
X – os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o exequatur, e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
XI – a disputa sobre direitos indígenas.
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
§ 1o Na impugnação, o executado poderá alegar:
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
II - ilegitimidade de parte;
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV - penhora incorreta ou avaliação errônea;
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.

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