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Práticas empresariais informatizadas / Aula 3: Definição e arquitetura do sistema de gestão Introdução A Arquitetura Corporativa de Sistemas de Gestão visa desenvolver a análise, o entendimento e a modelagem conceitual do negócio. Resulta em uma visão holística das necessidades de sistemas de informações de uma organização. Veremos, nesta aula, como é tratada a questão da definição das necessidades de informações e quais ferramentas podemos considerar para identificar e gerenciar os processos da organização, a partir do entendimento da dinâmica operacional da empresa, verificando e acompanhando seus processos até os níveis de rotina de trabalho. Diagnóstico Organizacional Para iniciarmos nossa aula, vamos primeiro responder a seguinte questão: Por que o diagnóstico organizacional é importante para a escolha do sistema de gestão a ser implantado na empresa? A integração entre pessoas e empresa é uma tarefa por vezes difícil de se tratar, principalmente pela sua complexidade operacional. Normalmente, existem divergências, pois cada pessoa processa a realidade de acordo com seu entendimento e experiência. Então, diagnóstico organizacional tem como objetivo representar o mais fielmente possível a situação real atual da organização e definir outro quadro que represente os objetivos e metas que indicam para onde a organização quer ir ou onde deseja chegar. Dessa forma, faz-se necessário identificar a dinâmica operacional do negócio. Avaliação e análise da estratégia do negócio Começamos pela avaliação e análise da estratégia do negócio, que têm por objetivo obter e entender a visão estratégica do negócio. Nessa fase, identificam-se e documentam-se: A missão, a visão e os objetivos principais da organização. O que as áreas funcionais devem fazer para que tais objetivos sejam atingidos. Como as áreas funcionais quantificam seus resultados. Como as áreas especificam e realizam as ações a serem tomadas para o alcance dos objetivos globais. Os fatores críticos de sucesso e os problemas que dificultam o alcance de tais fatores. O resultado dessa etapa é a definição das necessidades de informação, ou seja, quais são os principais requisitos de informações necessários para identificar e gerenciar os fatores críticos de sucesso da organização. Arquitetura dos processos O objetivo da arquitetura dos processos é identificar e mapear os processos existentes na organização. Inicialmente, no nível estratégico e, em seguida, detalhando os processos existentes nos níveis tático e operacional. Os processos devem ser modelados por meio de ferramentas que permitam uma compreensão acurada de todas as pessoas envolvidas, nos diversos níveis da cadeia de comando da empresa: Líderes Gestores Administradores Usuários Profissionais de tecnologia da informação Os processos identificados são confrontados com o Planejamento Estratégico da Empresa. Então, é sugerido um replanejamento ou reengenharia dos processos, sempre que forem identificadas oportunidades de melhoria. A arquitetura dos dados que suporta os processos considera os objetivos gerais, as metas e atividades de cada área funcional, as necessidades de processamento e as necessidades gerais de informação, estabelecendo uma visão holística dos diversos conjuntos de usuários sobre os dados da empresa. Para cada visão ocorre um processo de modelagem, onde são mapeadas entidades, identificadores e relacionamento entre entidades. Os processos são representados e verificados. Após concluída a modelagem das diversas visões, estas devem ser consolidadas, o que permite alcançar uma perspectiva global dos dados da empresa e solucionar eventuais conflitos de poder de funções sobre dados. Arquitetura global dos sistemas A definição da arquitetura global dos sistemas é construída a partir da montagem de uma matriz de dados e processos em que os processos de negócio são ordenados na sequência do ciclo de vida do processo geral. O preenchimento da matriz é feito a partir das descrições dos processos e das descrições das entidades. A matriz preenchida mapeará, para cada processo, quais entidades de dados são criadas, atualizadas ou utilizadas. A partir do mapeamento matricial realizado, é possível identificar e definir o conjunto de sistemas que comporão o modelo ideal de Sistemas de Informação da Instituição. Uso de softwares Hoje utilizamos softwares em vários momentos do nosso dia... Quando usamos o celular Quando efetuamos uma compra pela internet Quando passamos o cartão de crédito Quando utilizamos o elevador Para que o aumento da confiabilidade nos softwares seja sustentado, eles necessitam realizar as funções de forma adequada, ter qualidade mínima admissível, estar disponível quando solicitado, ter preço e prazo de entregas aceitáveis. Todas essas características são diretamente influenciadas pela arquitetura de software. Além disso, com o aumento do tamanho e complexidade dos sistemas, os problemas nos projetos de software têm ido além dos algoritmos e estruturas de dados, projetar e especificar toda a estrutura de um sistema tornou-se um grande problema. Nesse contexto é que entra a Arquitetura de Software que estudaremos agora. Arquitetura de Software Existem diversas definições para Arquitetura de Software, dentre elas podemos destacar duas. A Arquitetura de Software, segundo a IBM: Arquitetura de Software é um conjunto de decisões significativas sobre a organização de um sistema de software, a seleção de elementos estruturais e suas interfaces juntamente com o comportamento especificado nas colaborações entre estes elementos, a composição destes elementos em subsistemas progressivamente maiores e o estilo arquitetural que guia esta organização. IBM A Arquitetura de Software, segundo McGovern: A arquitetura de software de um sistema ou uma coleção de sistemas consiste em todas as decisões de projeto importantes relacionadas às estruturas do software e às interações entre estas estruturas. As decisões de projeto apoiam um conjunto de qualidades desejadas que o sistema deva suportar para ser bem-sucedido. As decisões de projeto proveem uma base conceitual para o desenvolvimento, apoio, e manutenção dos sistemas. MCGOVERN, 2004 Essas definições indicam que uma arquitetura se preocupa tanto com a estrutura e os relacionamentos entre estas estruturas quanto com o comportamento de um sistema, mas o interesse da arquitetura se volta apenas para os elementos mais significantes do projeto. Nesse sentido, é que a arquitetura se difere do design de um sistema. Gerenciamento da rotina de trabalho e qualidade A Gestão da Rotina de Trabalho é uma prática de monitoramento diário que busca estabelecer, manter e melhorar os padrões de qualidade, produtividade e segurança, que dão base à padronização dos procedimentos e ao controle dos processos. Entre os principais resultados obtidos no trabalho de gerenciamento da rotina, destacam-se a confiabilidade operacional, o aumento na competitividade e a garantia da qualidade. A criação dos Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) e das Folhas de Verificação tem por finalidade dar orientação para as atividades rotineiras dos operadores e apresentar os itens de checagem necessários, respectivamente. Procedimentos Operacionais Padronizados Procedimento Operacional Padronizado (POP) é o procedimento escrito de forma objetiva que estabelece as instruções sequenciais para a realização de operações rotineiras e específicas das empresas. Folhas de Verificação A Folha de Verificação é utilizada para permitir que um grupo registre e compile sistematicamente dados de fontes com experiência na área (históricos), ou observações, à medida que os eventos acontecem, para detectar e exibir padrões e tendências. Outra ferramenta muito útil no contexto do Gerenciamento da Rotina do Trabalho é o método PDCA, cujo conjunto de técnicas e ferramentas utilizadas também contribui muito para o levantamento e adequação dasrotinas que compõe a dinâmica operacional da empresa. Para facilitar o seu entendimento, vamos elaborar uma Folha de Verificação sobre a realização de vendas de biscoitos em um supermercado para acompanhar as não conformidades que podem ocorrer. Neste exemplo, iremos considerar os seguintes produtos: • Waffer; • Recheado; • Salgado; • Leite; e • Maisena. Devemos, então, montar uma tabela que contenha uma coluna com os produtos e outra indicando a quantidade de venda de cada tipo de biscoito com seu período de ocorrência. Para tanto, utilizaremos espaços de tempo semanais: Verificação de vendas Produto 1ª semana 2ª semana 3ª semana 4ª semana Total Waffer 100 80 50 40 270 Recheado 50 70 80 100 300 Salgado 50 50 55 45 200 Leite 80 85 79 82 356 Maisena 47 48 50 49 194 Agora, a partir da folha de verificação que acabamos de elaborar, analise os dados apresentados e descreva as suas conclusões.
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