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Prof: Stefanie Alvarenga Santos Aminoácidos glicogênicos – formam glicose Aminoácidos cetogênicos – formam ácidos graxos Compostos nitrogenados não protéicos Compostos de purinas e pirimidinas Biureto, Ácido úrico, Glicosídeos nitrogenados, Alcalóides, Sais de amônio e nitratos, Glutamato monossódico URÉIA – fonte viável e difundida (45% de PB) N x 6,25 = 281% PB Proteína é um dos nutrientes mais nobres para os seres vivos; Ruminantes apresentam peculiaridades em sua nutrição proteíca; Entretanto, como em qualquer outro animal, as demandas proteícas são atendidas através de aminoácidos absorvidos no intestino delgado; 50 a 80% da proteína absorvida é proteína microbiana; Proteína verdadeira é o nutriente de mais alto custo; Fontes alternativas de proteína (NNP) graças a habilidade de metabolismo e conservação de N. Solubilidade da proteína ou NNP da dieta: Nitrogênio total Proteína verdadeira Indegradável Degradável Fração A Fração solúvel Fração B1 - solúvel Rápida degradação ruminal Fração B2 Degradação intermediária Fração B3 Lenta degradação ruminal Associada a PC Fração C Associada a lignina NNP Ação microbiana: 90% das bactérias estão aderidas à partícula Ação de complexos multienzimáticos associadas à membrana bacteriana – Proteína degradável no rúmen (PDR) Proteína Oligopeptídeos Aminoácidos Pmic AGV + NH3 protease peptidase deaminase Síntese microbiana A proteína que passa pelo rúmen sem sofrer degradação Proteína não-degradada no rúmen (PNDR) Acetato Propionato Butirato Proteína Ingerida PNDR PDR Adaptado de Bach et al., 2005. Proteases Peptídeos Aminoácidos ATP ATP NH3 AGV CO2 velocidade de degradação da proteína excede a velocidade de utilização – excesso de amônia Amônia atravessa a parede ruminal e é convertida a uréia A utilização pode ser de várias formas pela bactéria: Degradação dos pequenos peptídeos à AA livres Incorporação de AA livres à proteína microbiana Deaminação de AA livres à amônia e esqueletos de carbono Utilização da amônia para síntese de AA Difusão da amônia não utilizada para for a da célula Formação de AA a partir de amônia – utilização de um α-cetoácido Glutamato desidrogenase Glutamina sintetase Glutamina é a forma não tóxica de transporte da amônia O tipo de α-cetoácido determinará o tipo de AA que será formado Material genético Ácido fosfórico - Faz as ligações entre nucleotídeos de uma mesma cadeia. Pentoses - Açúcar desoxirribose ou ribose. Base nitrogenada Perfil da proteína microbiana (NRC, 2001): ITENS Tec. Muscular Leite Bactérias Glúten milho F. Soja F. peixe Lys 16,3 16,0 16,6 3,8 13,7 17,0 Met 5,1 5,5 5,1 5,5 3,1 6,3 Arg 16,8 7,2 10,4 6,8 16,3 13,1 His 6,3 5,5 4,2 4,7 5,7 5,7 Ile 7,1 11,4 11,6 9,3 10,8 9,3 Leu 17,0 19,5 15,9 36,4 17,0 16,5 Val 10,1 13,0 12,4 10,7 10,6 11,3 Thr 9,9 8,9 11,4 7,5 8,6 9,5 Phe 8,9 10,0 10,1 13,8 11,0 8,8 Trp 2,5 3,0 2,7 1,5 3,0 2,4 Composição da proteína microbiana: 62,5% PB; 21% de CHO’s; 12% de lipídios e 4,4% de cinzas aproximadamente 80% de proteína verdadeira e 20% de ácidos nucléicos Exigência nutricional de ruminantes na prática não é por PB, NNP, PDR ou PNDR, mas sim por AA Valor nutricional da Proteína metabolizável (PDR + PNDR) depende do perfil de AA essenciais CHO são a fonte energética para produzir a Pbmic, lipídios não São utiliados como fonte de energia. CNF são fontes de CHO mais efetivas para produção de PB mic devido a alta taxa e extensão da degradação Fixação do N amoniacal na PB mic: • Destino da amônia Absorvida Ciclo da uréia Utilizada para síntese de proteína Passa para o omaso - abomaso • Absorção de amônia 7,3 a 7,5 maior absorção (NH3) pH 5 a 6,5 menor absorção (NH4 +) • Fontes de amônia no rúmen Degradação da proteína dietética Hidrólise de compostos nitrogenados não protéicos Hidrólise da uréia reciclada para o rúmen Autólise de microrganismos A concentração ideal de NH3 depende do nível de energia (5mg/ 100ml) – garante os níveis mínimos de sobrevivência bacteriana Proteína microbiana nutrirá o hospedeiro (ruminante): PROTEÍNA METABOLIZÁVEL Atinge o abomaso PDR PNDR Proteína Endógena Digestão abomasal: HCl e pepsina Digestão intestinal: jejuno médio – tripsina e quimiotripsina Absorção de aminoácidos nos enterócitos – co transporte com Na+ ou H+ Adaptado de Van Soest, 1994; Kosloski, 2002. PB ingerida N salivar NTR NH3 Nmic NH3 NH3 Nmic (PDR) PNDR Peptídeos N NH3 Nfecal Nmic N- uréia N urina Reciclagem da uréia Reciclagem da uréia: Manutenção da amônia sanguínea em níveis toleráveis Fígado promove rápida conversão de amônia em uréia A amônia que deixa o rúmen através do epitélio chega ao fígado através do sistema porta-hepático Gasto energético 2 moles de ATP para cada mol de uréia excretada Excesso de proteína na dieta levará a perda de uréia através da uina Gasto energético para excretar excesso Restrição protéica na dieta levará a uma maior conservação da uréia no interior do TGI Ocorre retorno da uréia para o rúmen através da parede ruminal ou saliva – reaproveitamento do N - eficiência Van Soest (1994) › Ovinos alimentados com 2 dietas contendo 20% e 8% PB › Dietas suportaram crescimentos idênticos Ganho líquido Perda líquida 8,1 8,8 5,5 13,8 N chegando ao I.D.vs dieta AA-N no I.D. (g/dia) N fornecido (g/dia) 8% PB 20% PB itens Weston e Hogan, 1968. Perda de N através da Urina Maior eficiência de síntese microbiana – reciclagem para conservação do N Relação entre NNP e proteína verdadeira NNP é degradado > 300%/h – assume-se que é uma fração 100% degradada Estrutura tridimensional da proteína, ligações dissulfeto, estruturas cíclicas e complexos com carboidratos dificultam o ataque microbiano Forma de armazenamento Silagem contém microrganismos que iniciam a degradação da PTN verdadeira até NH3 Compactação inadequada podem haver perdas por compostos voláteis e o com o superaquecimento a PB pode se ligar à FDA tornando-se indigestível Processamento de grãos com altas temperaturas (tostagem, peletização, extrusão ou floculação) reduzem a degradabilidade da proteína como resultado da reação de Maillard. Tratamento excessivo da proteína com o calor pode provocar a formação de ligações dissulfeto com carboidratos estruturais formando o complexo PTN-FDA (PIDA) pH do rúmen Taxa de passagem da digesta Presença de taninos – compostos fenólicos Resposta 1: Nunca fornecer proteína acima das exigências - gasto energético e poluição ambiental Vaca urinando 15 L/dia 1% de nitrogênio da urina 90% do nitrogênio de origem uréica 1 vaca: 15000 mL*0.01*0.9 = 135 g/dia de N-uréico na urina Rebanho de 100 vacas = 13,5 kg de N-uréico por dia 1 ano = 4,9 toneladas de N Gasto energético e perda financeira Resposta 2: Elevar a eficiência microbiana, reduzindo o teor de PB verdadeira na dieta ; Aumentando a passagem de Pmic para o TGI inferior FATORES QUE AFETAM A EFICIÊNCIA MICROBIANA: Fonte de energia disponível pH ruminal Fonte de N BR-CORTE (2010) ível Resposta 2: Fonte de energia disponível: Bactérias fermentadoras de carboidratos fibrosos (BFCF) Bactérias fermentadoras de carboidratos não- fibrosos (BFCNF) Russell et al. (1992) Crescem lentamente e utilizam amônia para sistetizar Pmic Requerem 0,05g CHO/g bactéria/ hora Crescem mais rapidamente e utilizam amônia, peptídeo e aminoácidos para sintetizar a Pmic Requerem 0,150g CHO/g bactéria/ hora Pico de produção de Pmic : 15,6; 13,5; 12,6 e 19,3 horas para amido, pectina, sacarose e FDN respectivamente Sincronizar fontes de CHO e Proteína na dieta. Ex uréia + CNF Resposta 2: Fonte de energia disponível: Uréia rapidamente disponível + fonte de CHO de rápida fermentação + fonte de AA para atender as fermentadoras de CNF (não utilizam apenas NH3) Atender até 30% da PDR através de NNP, para que haja presença de AA da PB verdadeira Farelo de soja mais lentamente disponível + fonte de CHO de mais lenta degradação N-NH3 – uréia (12 mg/dL) N-NH3 – farelo de soja ( 9 mg/dL) Horas após alimentação 0 2 4 6 8 10 N -N H 3 , m g/ d L Eficiência microbiana média (NRC, 2001): 130g PBmic/ kg de NDT da dieta (BR CORTE – 120g Pbmic/ kg NDT) Resposta 2: pH ruminal: Baixos valores de pH são deletérios aos microrganismos fermentadores de carboidratos fibrosos; Energia disponível é desviada para manutenção do pH interno destes microrganismos (pH ideal 6,7); Redução na eficiência do crescimento microbiano; Resposta 2: pH ruminal: pH abaixo de 6,0 torna-se deletério e eleva a fase de latência microbiana (lag fase) Dieta com alto teor de grão reduz o pH ruminal (>60%) Baixo conteúdo de fibra reduz o tamponamento ruminal pela saliva FDNfe (>1,18 mm) < 20% da dieta – Pmic decresce 2,5% para casa 1% de decréscimo na FDN Resposta 2: Fonte de Nitrogênio da dieta: Atendimento das exigências nutricionais dos Microrganismos: PDR e N reciclado no TGI que entra novamente no rúmen Em geral de 10% de PDR na dieta aproximadamente, pode ser reciclada PNDR em geral tem problemas no perfil aminoacídico Verbic (2002) Resposta 3: Tratamento térmico do ingrediente Exposição do material até altas temperaturas; Reação de Maillard Ex: Grão de soja tostada Santos et al. (2005) – não há benefícios evidentes no desempenho de bovinos suplementados com PNDR em detrimento a PDR. Recomenda-se atender as exigências de PDR antes e então suplementar com PNDR Complexos entre CHO’s e proteínas Reduz a degradabilidade da proteína Dietas ricas em PNDR redução na síntese de Pmic Baixa qualidade do perfil aminoacídico das fontes de PNDR Baixa digestibilidade intestinal das fontes de PNDR Resposta 4; Balanceamento de dietas com base no conceito da proteína ideal Para Ruminantes: atender a exigência de proteína metabolizável; Leva-se em consideração a exigência de aminoácidos essenciais Fontes de aminoácidos protegidos da degradação ruminal Resposta 4; Basicamente dietas tradicionais: limitação em lisina e metionina Vacas de alta produção: 7,2% lisina e 2,4% de metionina em relação a proteína digestível que chega ao intestino Valores possíveis de serem alcançados com suplementação de AA protegidos ou farinha se sangue (PROIBIDA) Lisina e metioninas cristalinos utilizados na nutrição de monogástricos são pouco eficientes para ruminantes Fonte: Schwab et al. (2009) Resposta 4; Métodos de proteção: Polímeros de ácidos graxos sensíveis a baixo pH Revestimento contendo ácidos graxos saturados e minerais Análogos de metionina de baixa degradação Em geral a biodisponibilidade é de 50 a 80% do produto Lisina ainda não tem produtos disponíveis no mercado Literatura: efeito da metionina para vacas de alta produção Custo viável?? Fonte: Schwab et al. (2009) Recomendações Gerais 1. Substituir 1/3 a ¼ da proteína total da ração 2. 1 % na MS total 3. 3 % na MS da ração concentrada 4. 50g/100kg de peso vivo 5. Misturar em sulfato de amônia na proporção 9:1 para formação de aminoácidos sulfurados pelos microrganismos ruminais (metionina – cistina – cisteina
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