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DI.aulao.28abr18

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DIREITO INTERNACIONAL
Doutrina e Questões
Campus Nova América 
28abr2018
Por Fernando de Alvarenga
www.refugeelawreader.org/es
O Direito Internacional está presente...
DIP
DIPRi DIDH
DIH
D.Penal
Interna-
cional
D.Inte
gra-
çãoD.Com
u-
nitário
D.Consti-
tucional
Internaci-
onal
Direito Internacional – uma definição
▪ Conjunto de normas jurídicas (Tratados) que
regulam as relações mútuas dos Estados (sua
convivencia) e, além disso, de forma “secundária”, as
das demais pessoas internacionais (Estatais ou não
estatais), como determinadas) Organizações
Internacionais e dos indivíduos.
▪ O DI determina as regras de convivência entre os
Estados, sujeitos públicos originários de DI.
▪ Cumprir tratados (contratos internacionais), a ex. do
tratado sobre tortura (1984), é função do Estado
brasileiro, que a ele se vinculou e poderá ser
sancionado pelas regras do Dl.
▪ “É o direito internacional público uma espécie de direito? Essa natureza do
direito internacional público tem sido desafiada por dois argumentos. O
primeiro afirma que não há um poder central mundial com atividades
típicas dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O segundo destaca a
inexistência de uma sociedade internacional que compartilhe efetivamente
valores de forma ampla e consensual.
▪ Apesar desses argumentos, verifica-se que os Estados nacionais não vivem
de forma isolada, eles interagem com a comunidade internacional por meio
de tratados, da globalização das atividades laborais e econômicas, bem
como criam entes de direito supranacional, que buscam, como no
MERCOSUL, a integração e a proteção de determinados valores
compartilhados mundialmente.” (Procurador Federal 2007).
▪ O texto em destaque ressalta dois argumentos que questionam a
juridicidade do Direito Internacional. Contrapondo tais posicionamentos,
aponte a atual posição da doutrina em nosso ordenamento.
A juridicidade do Direito Internacional
e as correntes negativistas
Atores no palco Internacional
▪ Estados - Sujeito originário
▪ Organizações Internacionais - sujeito derivado
▪ Coletividades não estatais – Santa Sé, Beligerantes, Empresas 
Multinacionais,…
▪ Indivíduos
▪ Direito à GUERRA
Dir. Aplicável 
na..
(Jus in Bello*)
Dir. à Guerra
(Jus ad Bellum)
* Carta de la ONU, cap. 6 e 7 - Uso da Força por parte dos Estados.
Pessoa de Direito Internacional Público
▪ A pessoa física ou jurídica a quem a ordem internacional
atribui direitos e deveres é transformada em pessoa
internacional, isto é, sujeito de Direito Internacional
(Celso Mello).
▪ Sujeito de Direito Internacional é “aquele cuja conduta
está prevista direta e efetivamente pelo direito das
gentes como conteúdo de um direito ou de uma
obrigação”.(Celso Mello).
▪ No DI, várias são as perspectivas sobre a unidade ou
multiplicidade de pessoas internacionais e é grande a
dificuldade de estabelecer critérios para classifica-las.
Personalidade e capacidade no DI
▪ Agir – estabelecer relações - no plano internacional, deve
pressupor personalidade e capacidade jurídica.
▪ O que isto significa?
▪ Ter capacidade é efetivamente poder agir no plano internacional.
Exercer seus direitos e ser exigido nos deveres.
▪ Exemplo: Artigo 34 do Estatuto da Corte Internacional de 
Justiça. 
▪ “Só os Estados poderão ser partes em questões perante a
Corte.”
▪ Ter personalidade internacional é ter direitos e deveres frente ao
DI.
▪ Exemplo: Art. 2º, 1 da Carta das Nações Unidas.
▪ Igual direito à autodeterminação.
▪ Para F. Rezek - A pessoa humana ainda não pode participar
plenamente da vida internacional, pois depende do Estado
para reivindicar seus direitos.
▪ A pessoa humana não participa da elaboração das normas de
proteção de seus direitos e assim não tem relação direta com
estas normas.
▪ Para A.A. Cançado Trindade - Os indivíduos podem acionar os
mecanismos internacionais. Tem direito de petição ou
comunicação individual, podendo submeter denúncia de
violação de seus direitos aos órgãos internacionais.
É possível que uma pessoa internacional 
não tenha capacidade de agir ?
Todo sujeito de D.I é pessoa (ator) de D.I, 
mas,
nem toda pessoa (ator) é Sujeito de Direito 
Internacional
Estado como Pessoa Jurídica de DI
▪ Alguns tratados definem o que é o Estado e sua posição como
sujeito de DI.
▪ Não só os Estados estão sujeitos às normas do DI e, por
conseguinte, a direitos e deveres na ordem internacional.
▪ As Organizações Intergovernamentais também:
▪ Ex: ONU, OTAN, OEA, OMC, etc.
▪ Estes atores tem diferentes níveis de personalidade internacional:
▪ Capacidade para celebrar tratados.
▪ Gozam de privilégios e imunidades.
▪ Podem ser titulares de direitos e obrigações internacionais.
Convenção de Montevidéu sobre os Direitos e 
Deveres dos Estados, de 1933
▪ ter um território definido, 
▪ uma população permanente, 
▪ um governo soberano 
▪ capacidade de se relacionar com outras nações. 
▪ Interpretado pelo DI como "Estado legalmente 
independente”.
▪ (Montevidéu, capital do Uruguai, estabeleceu as 
prerrogativas e os critérios para que um Estado 
esteja integrado ao DI (League of Nations Treaty Series, 
vol. 165, pp. 20-43)
Soberania
▪ O que Alan Pellet caracterizou como a independência
limitada do Estado sendo uma situação de
interdependência.
▪ Nesse sentido, quando um Estado se vincula a um
determinado tratado ele mesmo se auto limita.
▪ Soberania é o poder que o Estado detém de impor
dentro dos seus limites territoriais suas decisões, ou
seja, de editar suas leis e executá-las por si próprio.
▪ Pode-se dizer que tem-se um conceito de soberania
interna.
▪ como fica a questão da soberania do Estado no 
contexto da proteção internacional dos Direitos 
Humanos? 
Responsabilidade Internacional do Estado
▪ Há Responsabilidade Internacional do Estado, enquanto 
Sujeito de DI, quando do não cumprimento ou 
inobservância dos tratados a que se vincula, por ato 
singular, próprio de sua Soberania.
▪ Não há que se falar mais em “diminuição, abrir mão ou
quebra” de Soberania, pois ao Ratificar um Tratado (Ato
de se comprometer internacionalmente em cumpri-lo), está
praticando ato de sua vontade, de seu consentimento em
aderir ao documento internacional.
Responsabilidade Internacional do Estado
▪ Está concretizada após a prática de ato ilícito que afronta o direito das
gentes (DI).
▪ Direta: quando o ato houver sido praticado pelo Estado,
▪ Indireta: quando da inobservância, por parte desse, de obrigações inerentes à preservação
da ordem pública ou, ainda, ser assinalado pela negligência na fiscalização dos atos
praticados por seus indivíduos.
▪ “O Direito Público Externo destina-se a reger as relações entre os Estados
Soberanos e as atividades individuais no plano internacional” (MEIRELLES,
2008, p. 38).
▪ Os Estados como sujeitos de DI, encontram-se no mesmo patamar, em plena
igualdade, pois o que se tem na Ordem Internacional é uma relação de
coordenação.
▪ Nenhum Estado é soberano relativamente a outro Estado, pois soberania
nos leva ao termo predominância, superioridade. Na relação entre os
Estados o que não existe é soberania e sim igualdade.
Tribunal Penal Internacional
Tribunal Penal Internacional
17 de julho de 1998
▪ Sediado em Haia, na Holanda, tem competência para
levar a julgamento, por uma corte internacional
permanente:
▪ políticos, chefes militares e mesmo pessoas comuns pela
prática de delitos da mais alta gravidade, que até agora, salvo
raras exceções, têm ficado impunes, especialmente em razão
do princípio da soberania.
▪ São crimes imprescritiveis.
▪ Fundamento: Tratado Constitutivo
▪ Jurisdição Internacional - Cooperação
▪ Competência:
▪ Crimes contra a humanidade
▪ Crimes de guerra▪ Crime de genocídio
▪ Crime de agressão
▪ Art. 5, Estatuto de Roma/1998
Jurisdição Internacional
Tribunal Penal Internacional 
Durante uma cerimonia de desmobilização
no sul do Sudão, adolescentes vestidos de
civil largam as armas que um dia portaram,
quando eram crianças soldado.
© UNICEF/HQ01-0093/STEVIE MANN
«Quero dar-lhes uma mensagem: Por favor, façam tudo que possam para 
contar ao mundo o que nos passa. Para que outros crianças não tenham
que suportar esta violência.»
(Garota de 15 anos que escapou do Exército de Resistência em Uganda)
Crianças Soldado
▪ Com tecnologia, fica mais fácil armar crianças, menos
treinamento.
▪ 1/2 de jovens menores de 18 anos são recrutados nas forças
armadas governamentais, nos grupos paramilitares, nas milícias
civis e em ampla variedade de grupos armados não estatais em
mais de 85 países.
▪ Recrutados ou sequestrados com frequência para os exércitos,
alguns deles nem tem 10 anos, presenciaram ou participaram em
atos de violência inimaginável, muitas vezes contra suas próprias
familias ou comunidades.
▪ Quando são meninas se espera que, além de combater,
proporcionem serviços sexuais.
Crianças Soldado
▪ A transferência de Dominic Ongwen, um dos líderes do Exército de Resistência do Senhor (ERS) para a
custódia do Tribunal Penal Internacional (TPI) representa um importante marco na responsabilização
dos crimes de guerra na África, afirmou, nesta terça-feira (20), o secretário-geral da ONU, Ban Ki-
moon, ao parabenizar os países e organizações implicadas em levar o comandante da milícia para Haia
(Países Baixos).
▪ Essa será a primeira vez que o Tribunal julgará um comandante do ERS. Em 2005, o TPI emitiu uma
ordem de prisão contra Ongwen por crimes de guerra cometidos em Uganda. Depois de sua
rendição, em 6 de janeiro, na República Centro-Africana, o comandante aguarda agora sua
transferência para o centro de detenção do tribunal, na Holanda. Assim que passar por uma revisão
médica, Ongwen será apresentados aos juízes, na presença do advogado de defesa. A data desta
primeira audiência será anunciada em breve.
▪ “Esse é um passo importante nos esforços de fazer justiça para milhares de vítimas da violência do
ERS em Uganda, Sudão do Sul, República Democrática do Congo e na República Centro-Africana nos
últimos 28 anos”, disse o chefe da ONU.
▪ “As comunidades afetadas terão a oportunidade de ver a justiça internacional lidar com a violência
horrível que ocorreu em Uganda. Me uno a Corte em apreciação a todos aqueles Estados e
organizações cuja cooperação possibilitaram a implementação com sucesso das decisões da Corte”,
enfatizou Kaba.
▪ http://nacoesunidas.org/onu-parabeniza-transferencia-de-autor-de-crimes-de-guerra-na-uganda-para-ser-julgado-pelo-tpi/
ONU parabeniza transferência de autor de crimes de guerra na 
Uganda para ser julgado pelo TPI - Publicado em 21/01/2015 
Corte Internacional de Justiça 
Palácio da Paz
A CIJ e as Fontes do DI
Fontes do Direito Internacional
▪ Criadoras ou formais :
▪ As convenções
▪ o Costume
▪ os Princípios Gerais do Direito reconhecidos pelas nações
civilizadas.
▪Verificadoras ou auxiliares:
▪ Decisões judiciais das Cortes Internacionais
▪ a Doutrina dos publicistas de maior competencia das diferentes
nações.
▪ Resoluções da Assembleia Geral da ONU.
25
▪ Artigo 38. 1. A Corte, cuja função é decidir de acordo com direito
internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará:
▪ a) as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais. que
estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados
litigantes;
▪ b) o costume internacional, como prova de uma prática geral
aceita como sendo o direito;
▪ c) os princípios gerais de direito reconhecidos pelas Nações
civilizadas;
▪ d) sob ressalva da disposição do art. 59, as decisões judiciárias e a
doutrina dos publicistas mais qualificados das diferentes Nações,
como meio auxiliar para a determinação das regras de direito.
▪ 2. A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de
decidir uma questão ex aeque et bano, se as partes com isto
concordarem.
DECRETO Nº 19.841, de 22 de outubro de 1945/BR
Estatuto da Corte Internacional de Justiça/1945
Tratados
▪ Acordo internacional concluído por escrito entre
Estados e regido pelo DI, quer esteja consignado
num instrumento único, quer em dois ou mais
instrumentos conexos, e qualquer que seja a sua
denominação particular (art.2.1, a – CVT/1969).
▪ Ainda que não haja hierarquia entre as fontes, é
fato que os tratados estão na base das consultas
sobre litígios, dos Estados, nas Cortes
Internacionais.
BILATERAIS MULTILATERAIS
Efeitos dos tratados
▪ O tratado é res inter alios acta, significa que 
não devem beneficiar, nem prejudicar 
terceiros. 
▪ Os tratados não têm efeito retroativo.
▪ Limitam-se, em princípio, às partes 
contratantes. (Art. 28 da Convenção de Viena 
sobre tratados/1969).
Condições de validade de um Tratado
▪ Capacidade das partes - Estados soberanos, OI`s, Beligerantes, Insurgentes, Santa Sé e
outras pessoas de DI.
▪ Habilitação dos agentes signatários
▪ Art. 7º da CVT . Através da carta de plenos poderes, dão aos negociadores o poder de
negociar e concluir o tratado, visando dar maior liberdade aos chefes de Estado. É
necessário que o chefe de Estado confirme os atos praticados pelos agentes signatários,
através da ratificação. Aqueles que recebem plenos poderes são denominados
plenipotenciários (ou Signatários).
▪ Art. 7º.2 prevê as hipóteses de dispensa dos plenos poderes para os chefes de Estado e de
Governo, ministro das Relações Exteriores e o chefe da missão diplomática.
▪ Objeto lícito e possível - O objeto de um tratado não pode:
▪ Contrariar normas morais (imperativas/jus cogens).
▪ Não pode ter objeto impossível de ser executado.
▪ Consentimento mútuo
▪ A adoção do texto de um tratado internacional, por ser um acordo de vontades, depende 
de consentimento mútuo de todos os Estados que participaram de sua elaboração.
▪ Nos tratados multilaterais a regra para adoção de seu texto é pela maioria de 2/3 dos 
Estados presentes e votantes, exceto se os próprios decidirem de maneira diversa. (Art. 9º 
da CV s/ tratados)
Fases de conclusão do Tratado
▪ Tratados e Acordos em forma simplificada (acordos
executivos):
▪ Fases de conclusão dos tratados (conclusão
mediata): negociação, assinatura, ratificação,
promulgação, registro e publicação.
▪ Fase de conclusão dos acordos executivos
(conclusão imediata): negociação e assinatura.
▪ 1) Negociação - é um processo para encontrar uma 
terceira coisa que nenhuma parte quer, mas que 
ambas as partes podem aceitar.
▪ 2) Expressão do consentimento (Art. 11 da C.V.T).
▪ 2.1. Assinatura: (Arts. 10, b e 12 da C.V.T.)
▪ a) autenticar o texto produzido; b) iniciar a contagem de prazo para troca ou depósito dos
instrumentos de ratificação; c) atesta a concordância dos negociadores quanto ao texto do
tratado; d) os contratantes devem se abster de atos que afetem substancialmente o valor do
instrumento assinado (Art. 18 da C.V.T); e) a assinatura pode ter valor político; f) pode significar
que o Estado reconhece as normas costumeiras tornadas convencionais.
▪ Assinatura diferida: consiste em dar aos Estados um prazo maior para assinatura do tratado, a
fim de que os Estados que não participaram das negociações figurem como partes contratantes
originárias.
▪ Assinatura ad referendum: necessita ser confirmada pelo Estado que a fez. (Art. 12, 2, b da
C.V.T/69).
▪ 2.2. Ratificação - a autoridade nacional competente informa as autoridades correspondentes dos
Estados cujos plenipotenciários concluíram, com os seus, um projeto de tratado, a aprovação que
dá a este projeto e que o faz doravante um tratado obrigatório para o Estado que estaautoridade
encarna nas relações internacionais. (Celso Mello). Para Rezek a ratificação é ato unilateral com
que a pessoa jurídica de D.I., signatária de um tratado, exprime definitivamente, no plano
internacional, sua vontade de obrigar -se.
▪ A ratificação torna-se irretratável desde que formalizada a expressão do consentimento
definitivo.
Efeitos da Ratificação
▪ A ratificação não tem efeito retroativo e só gera
efeitos a partir da troca/depósito do
instrumento de ratificação.
▪ 2.2.3 Troca de Instrumento de ratificação,
Depósito e obrigatoriedade do tratado (Art. 16
da CVT)
▪ 2.3. Registro
▪ O registro é feito no Secretariado da ONU
(art.102/ONU), que emitirá certificado de
registro (art. 80 da CVT). O registro deve ser
solicitado por um dos signatários.
Reserva - art. 19, CVT/1969
▪ A regra sobre as reservas deve estar contida no tratado, em caso
de silêncio aplicar-se-á o art. 19 da CVT. A reserva é possível desde
que compatível com o objeto e com a finalidade do Tratado.
▪ Segundo Celso Mello os efeitos das reservas são consequência do
princípio da aceitação (art. 19 da CVT).
▪ A aceitação das reservas está prevista no Art. 20 da CVT.
▪ Efeitos legais: (Art. 21 da CVT)
▪ 1) Modifica o tratado entre o Estado que apresentou a reserva e o
que a aceitou.(princípio da reciprocidade)
▪ 2) Se um Estado objetar uma reserva, mas não se opõe a entrada
em vigor do tratado entre ele e o que fez a reserva, os dispositivos
a que se refere a reserva não se aplicam entre eles.
▪ 3) A reserva não modifica o tratado entre os demais
contratantes.
Costume
▪ Elemento material (ou objetivo) que se constitui na
repetição de atos, também chamados precedentes;
▪ Elemento psicológico (ou subjetivo), identificado pela
expressão latina opinio juris sive necessitatis.
▪ O primeiro elemento pode ser analisado em várias
dimensões (tempo de repetição do ato; número de
Estado que o praticam etc).
▪ Há também o elemento subjetivo. Este representa a
ideia de necessidade, obrigatoriedade e
consentimento entre os Estados praticantes dos
precedentes.
Jus Cogens - norma não sujeita a reservas
▪ As convenções de Direito Humanos não se sujeitam às reservas e às
objeções (parecer da CIDH). No entanto, admitem-se as declarações
interpretativas, que não alteram o tratado, mas apresentam valor
para a sua interpretação.
▪ Artigo 53.º, CVT/69 - Tratados incompatíveis com uma norma
imperativa de direito internacional geral (jus cogens)
▪ É nulo todo o tratado que, no momento da sua conclusão, seja
incompatível com uma norma imperativa de direito internacional geral.
Para os efeitos da presente Convenção, uma norma imperativa de
direito internacional geral é uma norma aceite e reconhecida pela
comunidade internacional dos Estados no seu todo como norma cuja
derrogação não é permitida e que só pode ser modificada por uma nova
norma de direito internacional geral com a mesma natureza.
▪ Artigo 64.º, CVT/69 - Superveniência de uma norma imperativa de
direito internacional geral (jus cogens)
▪ Se sobrevier uma nova norma imperativa de direito internacional, geral,
qualquer tratado existente que seja incompatível com essa norma
torna-se nulo e cessa a sua vigência.
ONU
▪ A Carta das Nações Unidas foi redigida na Conferência
de São Francisco, por 51 países, em 26 de junho de
1945. Os Estados que participaram da negociação do
tratado são considerados membros originários;
▪ os demais são os Estados que, ao cumprir os preceitos
do artigo 4.1 da Carta, “amantes da paz, aceitar as
obrigações decorrentes da Carta e estiverem aptos e
dispostos a segui-los” foram admitidos como
membros por decisão da Assembleia Geral mediante
recomendação do Conselho de Segurança, segundo o
artigo 4.2 da Carta.
▪ são os membros eleitos ou admitidos.
Organismos da ONU
▪ a) A Assembleia Geral – é o órgão democrático das Nações Unidas, prevista a partir do artigo 9,
reúne-se anualmente, tendo por tradição o Brasil como primeiro membro a discursar na reunião,
já que foi o primeiro a discursar na primeira Assembleia realizada em 1945.
▪ b) O Conselho de Segurança – disposto no artigo 23 e seguintes, é o principal órgão das Nações
Unidas, órgão político e de força. Compõe-se hoje de 15 Estados membros, sendo que cinco são os
chamados permanentes, que possuem direito de veto e cadeira permanente, China, Rússia, Reino
Unido e Estados Unidos.
▪ c) O Conselho Econômico e Social – a Carta dispõe em seu artigo 61 e seguintes, é composto de
54 Estados eleitos pela Assembleia Geral e tem como função desenvolver estudos e relatórios
referentes às questões internacionais de caráter econômico, social, cultural, sanitário, entre
outros.
▪ d) O Conselho de Tutela – previsto no artigo 86 da Carta, como o próprio nome diz, tutela Estados
em “construção”, segundo o disposto nos capítulos XI e XII, da própria Carta.
▪ e) A Corte Internacional de Justiça – tem previsão legal a parir do artigo 92 da Carta, possuindo
um estatuto próprio, um ordenamento sobre seu funcionamento, é o órgão judiciário das Nações
Unidas. Visa a resolução de controvérsias entre Estados, não podendo o indivíduo peticionar
perante a Corte. É formada por 15 juízes.
▪ f) O Secretariado - é o órgão administrativo e burocrático das Nações Unidas, sendo previsto no
artigo 97 e seguintes. Responsável pela administração das Nações Unidas encontra-se a figura do
Secretariado-Geral, que é eleito pela Assembleia Geral por recomendação do Conselho de
Segurança, para um mandato de cinco anos.
OIT – Organização Internacional do Trabalho
▪ Criada em 1919 – Tratado de Versalhes
– Finalidade: cuidar da matéria laboral no âmbito 
internacional
– Não é órgão da ONU (mas integra o sistema da ONU 
como agência especializada)
– Em 1944, pela Declaração de Filadélfia, foi instituída 
Constituição da OIT
Constituição da OIT
▪ Trabalho deve ser fonte de dignidade. Trabalho não é
mercadoria
▪ Pobreza é ameaça à prosperidade de todos.
▪ Todos os seres humanos possuem direito de perseguir seu bem
estar material em condições de liberdade e dignidade,
segurança econômica e igualdade de oportunidades.
▪ Objetivos
▪ Estabelecimento de padrões mínimos internacionais e
plenitude de emprego e elevação dos níveis de vida.
▪ Favorecimento da formação profissional e facilitação da
migração de trabalhadores.
▪ Garantia de oportunidades equivalentes.
OIT – Organização Internacional do Trabalho
▪ Membros
▪ Estados-membros da ONU que aderirem
▪ Estados não membros da ONU que aderirem e forem aprovados 
por 2/3 dos delegados
▪ Retirada mediante aviso prévio de 2 anos.
▪ Representação interna tripartite
▪ Estados
▪ Representantes dos trabalhadores
▪ Organizações de empregadores
Estrutura orgânica
▪ Conferência Internacional do Trabalho (Assembleia
Geral)
▪ Conselho de Administração
▪ Repartição Internacional do Trabalho
▪ Conferência Internacional do Trabalho
▪ Órgão supremo. Reuniões no mínimo anuais.
▪ Diretrizes gerais de atuação. Foro de debate
▪ Composto por 4 delegados de cada Estado (2
governamentais, 1 de trabalhadores e 1 de
empregadores).
Declaração da OIT
▪ Justiça social é essencial para paz universal e perene
▪ Crescimento econômico é essencial mas insuficiente para
garantir equidade, progresso social e fim da pobreza
▪ OIT deve prestar atenção especial a pessoas com
necessidades sociais especiais (desempregados e migrantes)
▪ Seve ser assegurado aos interessados a possibilidade de
reivindicar participação justa nas riquezas a cuja criação
tenha contribuído.
▪ Princípios fundamentais
▪ Garantia da liberdade sindical e negociação coletiva. 
Eliminação do trabalho forçado ou obrigatório.
▪ Abolição do trabalho infantil. Eliminação da discriminação 
em matéria de emprego.
Constituição da OIT (1948)▪ Substituiu a de 1919
▪ Aprovação de recomendação ou convenção exige 2/3
dos votos presentes.
▪ Convenção deve ser submetida em um ano à autoridade
interna competente (máx 18 meses).
▪ Recomendação deve ser submetida em um ano à
autoridade competente (máx 18 meses).
▪ Nunca as normas da OIT devem afastar condições
melhores.
Comércio Internacional
Sistema de Bretton Woods e o GATT
▪ Doutrina de John Maynard Keynes, baseado na ideia de
crescimento econômico no plano global. O plano se
baseava em quatro pilares institucionais:
▪ construção de um banco mundial, criação de um fundo
para reconstrução e desenvolvimento e a criação de um
programa de ajuda vinculado as Nações Unidas.
▪ Em 27jul1944, em Bretton Woods teve lugar a
fundação do BIRD e do FMI. Em 1948, o plano continua
com a instituição do GATT (General Agreement on
Tariffs and Trade) e em 1995, com a fundação da OMC.
OMC
▪ É um fórum de negociação de acordos de comércio e local
de solução de disputas também comerciais.
▪ O procedimento de solução de diferenças da OMC, regido
pelas Normas e Procedimentos sobre Solução de
Controvérsias é um mecanismo eficiente firmado sob o
império da lei e que visa garantir mais segurança e
previsibilidade ao sistema de comercio global.
▪ As reuniões, também chamadas de rodadas, tem como
objetivo principal o estabelecimento de acordos comerciais
em nível mundial.
▪ A Organização Mundial do Comércio atua na
fiscalização e regulamentação do comércio
mundial.
▪ Com sede em Genebra (Suíça), foi criada em
1994 durante a Conferência de Marrakech é
estabelecida a partir de 01jan95, na qual se
elaborou o acordo constitutivo da OMC.
▪ Da rodada de Havana à de Marrakech o sistema
de comércio era regulado pelo GATT (General
Agreement on Tariffs and Trade) que ajudou a
estabelecer um sistema multilateral de
comércio.
Objetivos e as funções - artigos 2º e 3º do 
Acordo constitutivo
▪ São limitadores da capacidade de agir da organização.
▪ Funções:
▪ Regulamentar e fiscalizar o comércio mundial;
▪ Resolver conflitos comerciais entre os países membros;
▪ Gerenciar acordos comerciais tendo como parâmetro a
globalização da economia;
▪ Criar situações e momentos (rodadas) para que sejam
firmados acordos comerciais internacionais;
▪ Supervisionar o cumprimento de acordos comerciais
entre os países membros.
Direito da Integração
Etapas da integração
▪ Zona de Livre Comércio - eliminação de todas as barreiras
tarifárias e não-tarifárias que incidem sobre o comércio dos
países do grupo.
▪ União Aduaneira - adotam uma mesma tarifa às
importações provenientes de mercados externos Tarifa
Externa Comum (TEC).
▪ Território aduaneiro comum estabelecimento de disciplinas
comuns em matéria alfandegária.
▪ Mercado Comum - livre circulação de pessoas e de capitais.
▪ Art. 1º do T.Ass. Harmonização das legislações.
▪ Zona Econômica e Monetária (União Total) - moeda e
política monetária comuns. Política macro-econômica,
política comum.
MERCOSUL - Tratados Constitutivos
▪ Tratado de Assunção
▪ Assinado em 26mar1991. Ratificado pelo Brasil em 30out1991
▪ Aprovado pelo Decreto Legislativo n° 197, de 25 de setembro de 1991;
▪ Promulgado pelo Decreto 350 de 21nov1991
▪ Protocolo de Ouro Preto
▪ Ratificado em 17dez1994. Promulgado pelo Decreto 1901 de maio/96
▪ MERCOSUL com personalidade jurídica internacional. Da a estrutura
Institucional do MERCOSUL.
▪ Protocolo de Olivos
▪ Promulgado pelo Decreto 4982, de 09fev2004.
▪ Para solução de controvérsias no MERCOSUL. 2002 (Substitui o
Protocolo de Brasília para a solução de controvérsias, adotado em
17dez1997).
Mercado Comum do Sul
▪ Tratado de Assunção, assinado pelos Presidentes e respectivos
Ministros de Relações Exteriores do Brasil, Argentina, Uruguai
e Paraguai, em 26 de março de 1991, constituindo mais uma
tentativa integracionista da América Latina depois da ALALC e a
ALADI.
▪ Modelo intergovernamental (depende de consenso)
▪ Tem personalidade jurídica de DI.
▪ Grupo Mercado Comum (GMC)
▪ Órgão executivo
▪ Propõe projetos de decisão ao CMC
▪ Pode celebrar tratados por delegação do CMC
▪ Atua por Resoluções, obrigatórias
Estrutura organizacional
▪ Comissão de Comércio do MERCOSUL (CCM)
▪ Assessora o GMC.
▪ Vela pela aplicação dos instrumentos comuns.
▪ Regula o comércio intra MERCOSUL e com terceiros.
▪ Atua por diretrizes, obrigatórias.
▪ Parlamento do Mercosul
▪ Órgão de representação dos cidadãos do Mercosul.
▪ Visa fortalecer a cooperação interparlamentar. Não legisla.
▪ Conselho do Mercosul (CMC)
▪ Órgão superior e decisório. Composto por Ministros de 
Relações Exteriores e de Economia de cada membro.
▪ Celebra tratados em nome do bloco e atua por Decisões 
obrigatórias.
Tribunal Permanente de Revisão
▪ Vencedor poderá aplicar medidas compensatórias
▪ É possível que Estados busquem outro meio de
resolução do conflito.
▪ 5 árbitros
▪ Julga em recurso decisões dos tribunais ad hoc.
▪ Caso desejem as partes, julga diretamente.
▪ Decide por maioria.
▪ Laudo arbitral é irrecorrível (salvo “recurso de
esclarecimento”).
Declaração sociolaboral do Mercosul 
(1998)
▪ Não discriminação – promoção da igualdade
▪ Eliminação do trabalho forçado e infantil
▪ Liberdade de associação
▪ Greve
▪ Proteção dos desempregados
▪ Saúde e segurança do trabalho
▪ Seguridade social
Acordo sobre residência para nacionais dos 
Estados Partes do MERCOSUL
▪ Direito de residência independentemente de trabalho
▪ Segue dependendo de visto e autorização de residência
▪ Residência temporária por 2 anos
▪ A requerimento e provando existência de meios lícitos de vida, é 
convertida em permanente
▪ Extensível aos familiares
▪ Garantido direito de entrar, sair, circular e permanecer livremente
▪ Direito de exercício de qualquer atividade em paridade de condições 
com os nacionais do país de recepção
▪ Igualdade de direitos civis
▪ Direito de reunião familiar
Acordo sobre residência para nacionais dos 
Estados Partes do MERCOSUL
▪ Direito de seguridade social
▪ Exercido por meio do Acordo Multilateral de Seguridade
Social
▪ Direito de enviar remessas
▪ Direito dos filhos dos migrantes a nome, registro,
nacionalidade e educação em paridade com os nacionais
▪ Acesso a escolas públicas não pode ser negado por
irregularidade de permanência
▪ Direito de aplicação da norma doméstica mais benéfica
Direito do Mar
Mar Territorial
▪ Disciplinado pela convenção da ONU sobre
o Direito do Mar, de 1982, a chamada
Convenção de Montego Bay,
▪ é a faixa de mar que se estende desde a
linha de base até a distância que não deve
exceder 12 milhas marítimas da costa.
▪ art.3º da Convenção - e sobre a qual o
Estado exerce a sua soberania, com algumas
limitações determinadas pelo direito
internacional.
Regime jurídico do mar territorial, seu 
espaço aéreo sobrejacente, leito e subsolo 
▪ Artigo 2
▪ 1. A soberania do Estado costeiro estende-se
além do seu território e das suas águas
interiores e, no caso de Estado arquipélago,
das suas águas arquipelágicas, a uma zona de
mar adjacente designada pelo nome de mar
territorial.
▪ 2. Esta soberania estende-se ao espaço aéreo
sobrejacente ao mar territorial, bem como ao
leito e ao subsolo deste mar.
Zona contígua - Artigo 33 
▪ 1. Numa zona contígua ao seu mar territorial,
denominada “zona contígua”, o Estado costeiro
pode tomar as medidas de fiscalização necessárias
a:
▪ a) Evitar as infrações às leis e regulamentos aduaneiros,
fiscais, de imigração ou sanitários no seu território ou
no seu mar territorial;
▪ b) Reprimir as infrações às leis e regulamentos no seu
território ou no seu mar territorial.
▪ 2. A zona contígua não pode estender-se alémde
24 milhas marítimas, contadas a partir das linhas
de base que servem para medir a largura do mar
territorial.
Zona econômica exclusiva/ZEE - Direitos, jurisdição 
e deveres do Estado costeiro - Artigo 56 
▪ a) Direitos de soberania para fins de exploração e
aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais,
vivos ou não vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar,
do leito do mar e seu subsolo e no que se refere a outras
atividades com vista à exploração e aproveitamento da zona
para fins econômicos, como a produção de energia a partir da
água, das correntes e dos ventos;
▪ b) Jurisdição, de conformidade com as disposições
pertinentes da presente Convenção, no que se refere a:
▪ i) Colocação e utilização de ilhas artificiais, instalações e
estruturas;
▪ ii) Investigação científica marinha;
▪ iii) Proteção e preservação do meio marinho;
▪ A zona econômica exclusiva não se estenderá além de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir
das quais se mede a largura do mar territorial.
Plataforma continental - Artigo 76 
▪ 1. compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do
seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural do seu território
terrestre, até ao bordo exterior da margem continental ou até uma distância de 200
milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar
territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental não atinja essa
distância.
▪ 2. A plataforma continental de um Estado costeiro não se deve estender além dos
limites previstos nos parágrafos 4 a 6.
▪ 3. A margem continental compreende o prolongamento submerso da massa terrestre
do Estado costeiro e é constituída pelo leito e subsolo da plataforma continental, pelo
talude e pela elevação continentais. Não compreende nem os grandes fundos
oceânicos, com as suas cristas oceânicas, nem o seu subsolo.
▪ (...)
▪ 5. Os pontos fixos que constituem a linha dos limites exteriores da plataforma
continental no leito do mar, traçada de conformidade com as subalíneas i) e ii) da
alínea a) do parágrafo 4, devem estar situados a uma distância que não exceda 350
milhas marítimas da linha de base a partir da qual se mede a largura do mar
territorial ou uma distância que não exceda 100 milhas marítimas de isóbara de 2500
m, que é uma linha que une profundidades de 2500 m.
Liberdade do alto mar - Artigo 87 
▪ 1. O alto mar está aberto a todos os Estados, quer costeiros quer sem
litoral. A liberdade do alto mar é exercida nas condições estabelecidas
na presente Convenção e nas demais normas de direito internacional.
Compreende, inter alia, para os Estados quer costeiros quer sem litoral:
▪ a) Liberdade de navegação;
▪ b) Liberdade de sobrevôo;
▪ c) Liberdade de colocar cabos e dutos submarinos nos termos da parte VI:
▪ d) Liberdade de construir ilhas artificiais e outras instalações permitidas
pelo direito internacional, nos termos da parte VI;
▪ e) Liberdade de pesca nos termos das condições enunciadas na seção 2;
▪ f) Liberdade de investigação científica, nos termos das partes VI e XIII.
▪ 2. Tais liberdades devem ser exercidas por todos os Estados, tendo em
devida conta os interesses de outros Estados no seu exercício da
liberdade do alto mar, bem como os direitos relativos às atividades na
área previstos na presente Convenção.
Passagem inofensiva - Artigo 19 
▪ 1. A passagem é inofensiva desde que não seja prejudicial à paz, à
boa ordem ou à segurança do Estado costeiro. A passagem deve
efetuar-se de conformidade com a presente Convenção e demais
normas de direito internacional.
▪ 2. A passagem de um navio estrangeiro será considerada prejudicial à
paz, à boa ordem ou à segurança do Estado costeiro, se esse navio
realizar, no mar territorial, alguma das seguintes atividades:
▪ a) Qualquer ameaça ou uso da força contra a soberania, a integridade
territorial ou a independência política do Estado costeiro ou qualquer
outra ação em violação dos princípios de direito internacional
enunciados na Carta das Nações Unidas;
▪ b) Qualquer exercício ou manobra com armas de qualquer tipo;
▪ c) Qualquer ato destinado a obter informações em prejuízo da defesa
ou da segurança do Estado costeiro; (...)
Relações Diplomáticas
Relações Diplomáticas e Consulares
▪ Marco Jurídico
▪ Convenção de Viena de 1961 – relações diplomáticas (BR.
Decreto 56.435/65).
▪ Convenção de Viena de 1963 – relações consulares (BR. Decreto
61.078/67).
▪ Princípios norteadores e conceitos básicos
▪ Mútuo consentimento.
▪ Direito de legação (receber e enviar diplomatas).
▪ Estado acreditante – envia diplomata.
▪ Estado acreditado – recebe diplomata.
Missão diplomática
▪ Conjunto de diplomatas que representam
Estado ou OI.
▪ Permanente ou temporária
▪ Embaixadas, Consulados, Delegações, missões ou escritórios,
Missões ad hoc
▪ Pessoal da missão
▪ Cada Estado escolhe como quiser.
▪ Chefe da missão:
▪ Embaixador, núncio, enviado, ministro ou encarregado de
negócios. Recebe carta de acreditação junto ao governo
acreditado.
▪ Membros do pessoal da missão - Pessoal diplomático, Pessoal
administrativo e técnico, Pessoal de serviço.
Local da missão
– É território do país acreditador.
– Inviolável por conta das imunidades diplomáticas
• Funções da missão
– Representação do Estado acreditante junto ao Estado 
acreditador.
– Proteção dos interesses do Estado acreditante e seus 
nacionais junto ao Estado acreditador.
– Obter (licitamente) informações sobre evolução dos 
eventos relevantes no Estado acreditador.
Imunidades e privilégios diplomáticos
▪ Imunidade pessoal de natureza tributária
▪ Beneficia todos (diplomatas, técnicos e serviçais)
▪ Não alcança tributos indiretos, bens imóveis adquiridos
pessoalmente, direitos de sucessão, registro, hipoteca,
custas, rendimentos privados e serviços específicos
▪ Imunidade real de natureza tributária
▪ Bens da missão são isentos de impostos.
▪ Imunidades de natureza trabalhista
▪ Pessoal de serviço nacionais do Estado acreditador se
submetem às normas trabalhistas do Estado acreditador
▪ Criados estrangeiros submetem-se às normas trabalhistas
do estado Acreditante.
Imunidades e privilégios diplomáticos
▪ Imunidades da missão diplomática (e residência do chefe)
▪ Local da missão (mesmo com ordem judicial), salvo autorização
expressa
▪ Correios
▪ Documentos e arquivos
▪ Pode ser utilizada a missão para concessão de asilo diplomático
▪ Extensão a familiares
▪ de agentes diplomáticos gozam de todas as imunidades, desde
que não sejam nacionais do acreditador.
▪ De pessoal técnico gozam de todas as imunidades, desde que
não sejam nacionais do acreditador ou tenham residência
permanente no acreditador. Não há imunidade de jurisdição
pelos atos praticados for das funções.
Imunidades e privilégios diplomáticos
▪ Imunidade de jurisdição civil, salvo renúncia ou 
Agente diplomático é autor ou reconvente.
▪ Ações reais referentes a bens imóveis
▪ Obrigações decorrentes de profissão privada 
paralela
▪ Ações sucessórias
▪ Imunidade trabalhista – relativa
▪ Imunidade penal - absoluta
Relações Consulares
▪ Repartição consular - Consulado, agência ou seção 
consular
▪ Funções da repartição consular
▪ Conceder vistos, Emitir passaportes para seus nacionais, 
Registrar nascimentos, casamentos, óbitos, Proteger 
interesses dos nacionais (inclusive comercialmente).
▪ Pessoal da repartição consular - Chefe – Consul (Ato de 
aceitação = exequatur).
▪ Funcionário consular (funções consulares).
▪ Empregado consular (funções técnicas).
▪ Pessoal de serviço (funções subalternas).
▪ Pessoal privado (empregados privados dos membros).
Privilégios e imunidades
▪ Tributárias – não são automáticas (dependem de acordo
específico).▪ Trabalhistas – empregados estrangeiros permanentes da
repartição não precisam de visto de permanência
▪ Local da repartição – local é inviolável, mas residência do
cônsul não
▪ Correio – é relativa (em caso de suspeita, pode ser
aberto)
▪ Jurisdição – membros podem ser presos por crimes
graves
▪ Extensivo a familiares – não.
DIP x DIPRI
▪ O Público e o Privado
DIP X DIPRi
▪ A bipartição entre público e privado é aplicada ao
Direito Internacional, sobretudo nos países com
línguas neolatinas,
▪ ao passo que, nos países de tradição anglo-
saxônica, se optou por utilizar a
expressão international law ou Volkerrecht para
designar o ramo público e
▪ a expressão conflict of laws ou Privat
Internationales Recht para o ramo privado.”
Direito Internacional Privado
▪ visa estabelecer critérios que permitam determinar o
modo de resolver as situações jurídicas
internacionais, utilizando como fontes principais as
normas de conflito – fontes internas –, mas também
podendo utilizar os tratados – fontes externas.
▪ Nesses dois pólos se encontram as demais fontes
que são os costumes, a doutrina e a jurisprudência.
Objeto na Contemporaneidade
▪ Objeto do Direito Internacional Público
▪ Relações entre Estados e outros sujeitos de direito
internacional público.
▪ Objeto do Direito Internacional Privado
▪ Relações entre sujeitos de direito privado com
conexão internacional e também relação entre
indivíduos e o Estado.
Realidade globalizada x diferenças nos sistemas 
jurídicos.
▪ Direito uniforme (dirigido) - O direito internacional uniformizado é
fruto de entendimento entre Estados, de esforço comum de dois ou
mais Estados no sentido de uniformizar certas instituições jurídicas, e
que se concentram nas atividades econômicas de natureza
internacional;
▪ Direito uniforme espontâneo - é resultante da natural coincidência
de legislações influenciadas pelos mesmos fatores ou aquele de
iniciativa unilateral de um Estado em seguir as normas do direito
positivo de outro. (Jacob Dolinger).
▪ As relações jurídicas estão cada vez mais se globalizando, é necessário
que os Poderes Judiciários dos Estados sejam cada vez mais
cooperativos e que as ordens jurídicas estatais cada vez mais se
harmonizem, para que as diferenças diminuam e se possa ter segurança
jurídica nas relações além das fronteiras estatais.
Conflito de Leis no Espaço
▪ DIPRI age onde há incidência de dois ou mais
sistemas legais, ambos teoricamente aptos para
resolver o litígio, pois, com o processo de
interdependência que vem ocorrendo na ordem
internacional, a partir da globalização econômica,
▪ são frequentes as relações que transcendem as
fronteiras dos Estados, ocorrendo conflitos ligados a
diversos sistemas jurídicos, que precisam ser
dirimidos pela justiça com a aplicação das leis.
Direito aplicável
▪ As regras para a determinação do direito aplicável
encontram-se no âmbito da legislação interna dos Estados;
no nosso caso, na Lei de Introdução ás Normas do Direito
Brasileiro (LINDB, Decreto-Lei n.º 4.657⁄ 42).
▪ a norma indicativa ou, ainda, denominada de norma de
conflito, designativas do direito aplicável, visa estabelecer
os critérios de determinação da lei competente para a
resolução de uma questão jurídica suscitada por uma
relação jurídica absolutamente internacional. Ela é
composta de dois elementos essenciais: o conceito-quadro
e o elemento de conexão.
▪ O conceito-quadro designa na norma indicativa a
matéria à qual vai ser aplicada, ou seja, a questão
jurídica a que se refere à norma especificadamente.
Enquanto o elemento de conexão estabelece o
critério fático ou normativo, mediante o qual no caso
concreto elege-se uma, e apenas uma, das leis em
conflito que podem ser aplicadas simultaneamente
aquele caso concreto.
▪ elementos de conexão são “a parte que torna
possível a determinação do direito aplicável”
Exemplo
▪ O artigo 7o, parágrafo 2o, permite que os estrangeiros, quando nacionais
do mesmo país, recorram ao consulado do seu Estado para unirem-se
matrimonialmente, segundo a lei do país celebrante.
▪ A autoridade consular somente poderá realizar o matrimônio quando
ambos tiverem a mesma nacionalidade, deixando de ser competente
quando a nacionalidade de um deles for diversa.
▪ é necessário que a lei nacional conceda ao agente consular tal
competência. Dessa forma, o referido artigo desvia-se da regra geral ao
abandonar a aplicabilidade da lex loci celebrationis, enquanto o
parágrafo 3o prevê a hipótese de invalidade do casamento, regendo-se,
nesses casos, quando os nubentes tiverem domicílios diversos, pela lei
do primeiro domicílio conjugal.
▪ O regime de bens está subordinado à lei do país no qual os cônjuges
tenham domicílio e, em caso de divergência, ao do primeiro domicílio
conjugal, de acordo com o artigo 7 o, parágrafo 4º da LINDB.
Nacionalidade
NACIONALIDADE
▪ 1- Evolução Histórica:
▪ Direito Personalista dos Reis
▪ Contrato Social
▪ Vínculo Jurídico
▪ 2- Conceito: é o vínculo jurídico-político que une um 
indivíduo a um Estado.
Aula 1
Nacionalidade
▪ O conceito sociológico vincula-se à ideia de nação, isto é, um
grupo de pessoas que possui as mesmas características (cultura,
língua, religião) e as mesmas aspirações. Entretanto, é o sentido
jurídico que nos interessa, e nele o que predomina é a qualidade
de um indivíduo como membro de um determinado Estado
Soberano.
▪ Vínculo jurídico-político que liga um indivíduo a determinado
Estado, fazendo dele um componente do povo, ou seja, da
dimensão pessoal desse Estado, podendo requerer sua proteção
e sujeitando-o ao cumprimento de certos deveres.
▪ O direito positivo de cada Estado é competente para conceder a
nacionalidade aos indivíduos, estabelecendo-se, assim, quem é
nacional
Nacionalidade originária
▪ também chamada de primária, é aquela que surge com o
nascimento, a partir de critérios sanguíneos (ius sanguinis),
territoriais (ius soli) e mistos (ius sanguinis e/ou ius soli).
Neste sentido, resulta de um ato involuntário do indivíduo.
▪ O critério do ius soli geralmente é adotado pelos países de
imigração, como os da América (lugar onde se estabeleceu
o Novo Mundo). Enquanto o critério ius sanguinis é
geralmente adotado pelos países de emigração, como os da
Europa.
▪ a norma constitucional estabelece as hipóteses
configuradoras da nacionalidade originária, artigo 12,
inciso I, da CRFB/88, não podendo, de forma alguma, ser
ampliada ou restringida por lei ordinária.
▪ Pelo sistema ius soli (art. 12, I, letra a)
Nacionalidade secundária
▪ A ou ainda adquirida é aquela que resulta da vontade própria
do indivíduo, após o nascimento, e em regra, pelo processo de
naturalização, desde que preenchidas determinadas condições
exigidas pelo Estado para que seja concedida ao estrangeiro.
▪ de nacionalidade derivada, em face do artigo 22, XIII da
CRFB/88, é da competência exclusiva da União legislar e, em
razão disso, remeteu-se a sua aquisição à legislação ordinária.
▪ Pelo sistema ius sanguinis (art.12, I, letras b e c).
▪ A concessão da naturalização é ato exclusivo do Poder 
Executivo, conferindo aos naturalizados direitos civis e 
políticos.
▪ A natureza jurídica da naturalização é de ato administrativo 
discricionário e unilateral do Estado que a concede ao 
estrangeiro requerente. 
A Constituição Federal Brasileira somente prevê 
a forma expressa de naturalização.
▪ Ordinária: Está prevista no artigo 12, inciso II, letra a,
da CRFB. Visa facilitar o processo de naturalização dos
estrangeiros provenientes de países de língua
portuguesa, serão considerados brasileiros
naturalizados os que tenham residência ininterrupta
de um ano e idoneidade moral.
▪ São países de língua portuguesa: Angola, Açores, Cabo
Verde, Diu, Gamão, Goa, Guiné-Bissau,Macau,
Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor.
Extraordinária
▪ Prevista no artigo 12, inciso II, letra b, da CRFB. Neste
caso específico, pouco importa a proveniência/origem do
estrangeiro, bastando que preencha cumulativamente os
requisitos exigidos pela norma constitucional, que são:
residência permanente no Brasil há mais de 15 anos
ininterruptos; demonstração da inexistência de
condenação penal e requerimento do interessado como
forma de comprovar a livre manifestação da vontade em
adquirir a nacionalidade brasileira.
▪ Nesse caso específico inexistiria a discricionariedade do
Estado brasileiro, pois, estando presentes todos os três
requisitos o Poder Público, estaria vinculado ao
requerimento feito pelo interessado (Cf. MORAIS,
Alexandre. Op. cit., p. 521).
Processo de naturalização
▪ Administrativa: perante o Ministério da Justiça, pois o
pedido de naturalização do interessado é instruído via
procedimento administrativo ao Ministério da Justiça,
devendo ser protocolado o requerimento e os
documentos perante a Polícia Federal, órgão competente.
Caso o pedido seja deferido, o processo terá seguimento
com a publicação da Portaria Ministerial concessiva da
naturalização no Diário Oficial da União.
▪ Judicial: de jurisdição voluntária, perante a Justiça Federal.
Sendo emitido um certificado referente a cada
naturalizando, solenemente entregue pelo Juiz Federal da
cidade onde seja domiciliado o interessado. A entrega do
certificado constará de termo lavrado no livro de
audiência, com a assinatura do Juiz e do interessado,
devendo este cumprir três requisitos específicos:
▪a) Comprovar conhecer a língua portuguesa, através da leitura
de trechos da Constituição brasileira, demonstrando a
integração do naturalizando na comunidade nacional;
▪b) Declarar, expressamente, que renuncia à nacionalidade
originária, evitando, assim, a polipatridia;
▪c) Assumir o compromisso de cumprir os deveres decorrentes
da aquisição da nacionalidade brasileira É o único órgão do
Ministério da Justiça existente nas unidades da Federação.
▪Se houver mais de um Juiz Federal a entrega será realizada pelo
Juiz da 1ª Vara. Não havendo Juiz Federal, a entrega será feita
pelo Juiz de direito em exercício.
▪ O artigo 129, parágrafo 1º, do Decreto 86.715/81, dispensa os
naturalizandos portugueses da necessidade da demonstração do
conhecimento e domínio da língua portuguesa; sendo esta prerrogativa
estendida a todos os naturalizandos de países de expressão portuguesa. A
verificação de que o naturalizando fala e lê o idioma nacional deve seguir o
critério de razoabilidade.
▪ A renúncia da nacionalidade originária é ato unilateral feito perante a
autoridade judiciária brasileira com o intuito de declarar que o
naturalizando está desvinculado dos laços políticos que o unem ao seu país
de origem.
▪ A naturalização se consuma com a entrega do certificado de naturalização,
para cuja retirada o naturalizado dispõe do prazo de um ano, contados a
partir da data de publicação. Caso não o faça no prazo estabelecido a
naturalização ficará sem efeito, de acordo com o artigo 119, parágrafo 3º da
Lei 6.815, 80.
Perda de nacionalidade, parágrafo 4º do artigo 12
▪ Perda-punição: artigo 12, parágrafo 4º, inciso I. É
restrita aos brasileiros naturalizados e são
indispensáveis dois requisitos para que este perca
a nacionalidade brasileira pela ação de
cancelamento de naturalização. O primeiro
requisito é a prática de atividade nociva aos
interesses nacionais e o segundo é o cancelamento
por sentença transitada em julgado.
▪ A legitimidade ativa é do Ministério da Justiça, por
intermédio do Ministério Público Federal, que
propõe a ação, imputando ao brasileiro
naturalizado a prática de atividade nociva ao
interesse nacional.
▪O cancelamento da naturalização se dá na própria sentença
transitada em julgado, logo, quem faz o cancelamento é o
Poder Judiciário. Importante ressaltar que, uma vez perdida a
nacionalidade, não se pode readquiri-la por meio de um novo
processo de naturalização, somente através de ação rescisória
▪Pode-se citar como exemplo de atividade contrária ao
interesse nacional a subversão por meios violentos e outras
atividades atentatórias das instituições democráticas ou,
ainda, comprovada deslealdade ao Estado brasileiro.
▪Independentemente da natureza política do ato de
naturalização, o Poder Executivo se submete à decisão do
Judiciário.
Perda-mudança
▪ Artigo 12, parágrafo 4º, inciso II, da CRFB. Aplicável tanto aos
brasileiros natos como aos naturalizados. É necessária a observância
de três requisitos para que seja declarada a perda da nacionalidade
do brasileiro.
▪ O primeiro é a voluntariedade da conduta, ou seja, quando há a
manifestação expressa ou do silêncio consciente da vontade própria
do nacional brasileiro em adquirir outra nacionalidade. O segundo
requisito é o exercício pleno da capacidade civil do interessado. Por
fim, como último requisito, a Constituição exige a aquisição de outra
nacionalidade.
▪ O simples fato de o brasileiro formalizar o pedido, perante Estado
estrangeiro, para adquirir outra nacionalidade, não será suficiente
para o decreto da perda da nacionalidade brasileira, pois é necessária
a efetiva aquisição da nacionalidade estrangeira. A terminologia
voluntária é aquela que se opõe à naturalização imposta.
▪De acordo com Pontes de Miranda, “para que o brasileiro,
naturalizando-se noutro Estado, perca a nacionalidade brasileira,
é preciso que, ao pedi-la, já seja capaz, conforme a lei do Brasil.
▪Para se naturalizar em outro Estado, é de mister importância
que seja capaz, segundo a legislação dele, isto é, que observe o
que a lei de naturalização estrangeira exige.
▪Para se perder a nacionalidade brasileira, a lei brasileira é que
pode fixar os pressupostos, quer materiais quer formais. A
capacidade é um deles”. PONTES DE MIRANDA. Comentários a
constituição de 1967. Tomo IV. LOCAL: Editora, p. 524.
Reaquisição da nacionalidade brasileira
▪ A pode ser feita por meio de ação rescisória
que anule a decisão judicial que tenha
cancelado a nacionalidade ou, ainda, pode ser
feita por meio de decreto presidencial, no caso
da perda ter ocorrido por naturalização
voluntária ou também a perda ter ido
decretada no regime das constituições
anteriores
Não será declarada a perda da 
nacionalidade
▪ do brasileiro que incidir nas hipóteses do artigo 12, parágrafo
4º, II, letras a e b.
▪ Não se pode perder a nacionalidade brasileira quando a outra
nacionalidade adquirida for originária por reconhecimento da
lei estrangeira, conforme regulado em seu ordenamento
jurídico, mesmo que o requisito da voluntariedade esteja
presente.
▪ A segunda ressalva tem por finalidade vedar a perda da
nacionalidade do brasileiro que, residente em outro país, veja-
se obrigado a naturalizar-se, por imposição da lei estrangeira,
para permanecer naquele país e nele exercer direitos civis.
▪ Assim, a dupla nacionalidade, desde que concedida por ato
unilateral de outro Estado, em razão da nacionalidade originária,
não é motivo para a perda da nacionalidade brasileira.
Conflitos positivos e negativos de 
nacionalidade
▪ Um conflito positivo de nacionalidade é um fenômeno
resultante da diversidade de critérios existentes, cominando na
aplicação de várias leis de diferentes Estados da sociedade
internacional, que atribuem as respectivas nacionalidades a um
mesmo indivíduo, que será, dessa forma, um binacional ou
plurinacional.
▪ Desta forma, se uma criança nasce em um determinado país
que adote o critério ius soli e ainda é filha de nacionais de
países que adotam o criterio ius sanguinis, ela terá a
nacionalidade do local do nascimento e, ainda, a dos pais, pois
o critério ius sanguinis é uma herança concedida pelos pais aos
seus filhos.
▪Um conflito negativo de nacionalidadeé a situação inversa da
polipatridia, pois resulta para o indivíduo a condição de
apátrida, a partir do fato de que nenhum critério utilizado
pelos Estados envolvidos é aplicado, consequentemente, não
reconhecendo como nacional, visto não se enquadrar nas
situações de aquisição de nacionalidade definidos em lei.
DOLINGER, Jacob. Direito internacional privado. Rio de Janeiro:
Renovar, 2001, p. 190.
▪A causa de ambos os conflitos resulta da divergência nos
critérios de concessão de nacionalidade previstos nas
legislações pátrias.
Cargos Privativos de Brasileiro Nato/CRFB, 88
▪ Art.12 - § 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:
▪ I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos
Deputados;
▪ III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal
Federal/STF;
▪ V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas.
▪ VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de
1999)
▪ Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da
República, e dele participam:
▪ I - o Vice-Presidente da República;
▪ VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo
dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois
eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a
recondução. BRAS. NATOS
▪ Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e
imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de
pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002)
Situação Jurídica do Estrangeiro
Situação Jurídica do Estrangeiro
▪ Artigo 13, da Declaração Universal dos Direitos Humanos/1948, dispõe que todo
indivíduo tem direito à liberdade de locomoção, podendo deixar qualquer país e a ele
também regressar.
▪ Artigo 1º, da Convenção de Havana, de 1928: O Estado tem o direito de estabelecer,
por meio de leis, as condições de entrada e residência dos estrangeiros em seu
território.
▪ De acordo com o artigo 12, parágrafo 2º, da CRFB não pode haver distinção entre
brasileiros natos e naturalizados, exceto aquelas que a própria Carta determinar.
▪ Portanto, as únicas hipóteses possíveis de tratamento diferenciado são as quatro
constitucionais:
▪ Cargos (CRFB artigo 12, parágrafo 3º); Função (CRFB, artigo 89, VII); Extradição (CRFB,
artigo 5º, LI) (salvo o naturalizado); Propriedade de empresa jornalística e Radiodifusão
Sonora e de Sons e Imagens (CRFB, artigo 222).
▪ Artigo 14, parágrafo 2º da CRFB, não podem se alistar como eleitores os estrangeiros,
não lhes sendo concedidos direitos políticos. Igualmente, não possuem legitimidade
ativa para ajuizar ação popular, pois somente os cidadãos possuem esta capacidade, de
acordo com o artigo 5º, inciso LXXIII, da CRFB. MORAES, Alexandre. Constituição do
Brasil Interpretada. São Paulo: Atlas, 2002, p. 524.
Medidas compulsórias
▪ Alguns institutos que caíram em desuso ou que foram repelidos
pela legislação brasileira.
▪ O repatriamento corresponde à deportação, a terminologia
era utilizada no Decreto 697/62.
▪ O banimento, que consiste no afastamento compulsório do
país de nacional seu, foi abolido da legislação brasileira no
artigo 72, parágrafo 20, da Constituição de 1891. Entretanto,
durante o percurso político do Brasil o banimento foi
praticado, como na ditadura de Vargas e no regime militar
instaurado pelo movimento de 1964.
Lei de Migração - Legislação atual
▪ Lei 13.445, 2017 - Decreto 9.199, 2017
▪ DAS MEDIDAS DE RETIRADA COMPULSÓRIA
▪ Art. 47. A repatriação, a deportação e a expulsão serão feitas para o
país de nacionalidade ou de procedência do migrante ou do
visitante, ou para outro que o aceite, em observância aos tratados
dos quais o Brasil seja parte.
▪ DAS MEDIDAS DE COOPERAÇÃO - Seção I
▪ Da Extradição
▪ Art. 81. A extradição é a medida de cooperação internacional entre o
Estado brasileiro e outro Estado pela qual se concede ou solicita a
entrega de pessoa sobre quem recaia condenação criminal definitiva
ou para fins de instrução de processo penal em curso.
▪ § 1o A extradição será requerida por via diplomática ou pelas
autoridades centrais designadas para esse fim.
Da Repatriação
▪ Art. 49. A repatriação consiste em medida administrativa de devolução de pessoa
em situação de impedimento ao país de procedência ou de nacionalidade.
▪ § 1o Será feita imediata comunicação do ato fundamentado de repatriação à
empresa transportadora e à autoridade consular do país de procedência ou de
nacionalidade do migrante ou do visitante, ou a quem o representa.
▪ § 2o A Defensoria Pública da União será notificada, preferencialmente por via
eletrônica, no caso do § 4o deste artigo ou quando a repatriação imediata não seja
possível.
▪ § 3o Condições específicas de repatriação podem ser definidas por regulamento ou
tratado, observados os princípios e as garantias previstos nesta Lei.
▪ § 4o Não será aplicada medida de repatriação à pessoa em situação de refúgio ou
de apatridia, de fato ou de direito, ao menor de 18 (dezoito) anos desacompanhado
ou separado de sua família, exceto nos casos em que se demonstrar favorável para
a garantia de seus direitos ou para a reintegração a sua família de origem, ou a
quem necessite de acolhimento humanitário, nem, em qualquer caso, medida de
devolução para país ou região que possa apresentar risco à vida, à integridade
pessoal ou à liberdade da pessoa.
Deportação
▪ Art. 50. A deportação é medida decorrente de procedimento administrativo que consiste na
retirada compulsória de pessoa que se encontre em situação migratória irregular em território
nacional.
▪ § 1o A deportação será precedida de notificação pessoal ao deportando, da qual constem,
expressamente, as irregularidades verificadas e prazo para a regularização não inferior a 60
(sessenta) dias, podendo ser prorrogado, por igual período, por despacho fundamentado e
mediante compromisso de a pessoa manter atualizadas suas informações domiciliares.
▪ § 2o A notificação prevista no § 1o não impede a livre circulação em território nacional, devendo o
deportando informar seu domicílio e suas atividades.
▪ § 3o Vencido o prazo do § 1o sem que se regularize a situação migratória, a deportação poderá ser
executada.
▪ § 4o A deportação não exclui eventuais direitos adquiridos em relações contratuais ou decorrentes
da lei brasileira.
▪ § 5o A saída voluntária de pessoa notificada para deixar o País equivale ao cumprimento da
notificação de deportação para todos os fins.
▪ § 6o O prazo previsto no § 1o poderá ser reduzido nos casos que se enquadrem no inciso IX do art.
45.
▪ Art. 51. Os procedimentos conducentes à deportação devem respeitar o contraditório e a ampla
defesa e a garantia de recurso com efeito suspensivo.
Expulsão
▪ Art. 54. A expulsão consiste em medida administrativa de retirada
compulsória de migrante ou visitante do território nacional, conjugada com o
impedimento de reingresso por prazo determinado.
▪ § 1o Poderá dar causa à expulsão a condenação com sentença transitada em
julgado relativa à prática de:
▪ I - crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime
de agressão, nos termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal
Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto no 4.388, de 25 de setembro
de 2002; ou
▪ II - crime comum doloso passível de pena privativa de liberdade, consideradas
a gravidade e as possibilidades de ressocialização em território nacional.
▪ § 2o Caberá à autoridade competente resolver sobre a expulsão, a duração do
impedimento de reingresso e a suspensão ou a revogação dos efeitos da
expulsão, observado odisposto nesta Lei.
▪ § 3o O processamento da expulsão em caso de crime comum não prejudicará a
progressão de regime, o cumprimento da pena, a suspensão condicional do
processo, a comutação da pena ou a concessão de pena alternativa, de indulto
coletivo ou individual, de anistia ou de quaisquer benefícios concedidos em
igualdade de condições ao nacional brasileiro.
Extradição
▪ é o processo pelo qual um Estado atende ao pedido de outro
Estado, remetendo-lhe pessoa processada no país solicitante
por crime punida na legislação de ambos os países, não se
extraditando via de regra, nacional do país solicitante.
▪ regida por dois princípios importantes: especialidade e
identidade. O primeiro indica que o extraditando não pode ser
julgado por crime não contido no pedido de extradição, salvo
se estiver manifestado o seu acordo ou quando absolvido pelo
primeiro crime ou, se já tiver cumprido a pena imposta.
▪ O segundo significa que o crime descrito no pedido de
extradição deve estar tipificado no ordenamento jurídico o
Estado de refúgio
DAS MEDIDAS DE COOPERAÇÃO
Seção I - Da Extradição
▪ Art. 81. A extradição é a medida de cooperação internacional entre o
Estado brasileiro e outro Estado pela qual se concede ou solicita a
entrega de pessoa sobre quem recaia condenação criminal definitiva
ou para fins de instrução de processo penal em curso.
▪ § 1o A extradição será requerida por via diplomática ou pelas
autoridades centrais designadas para esse fim.
▪ § 2o A extradição e sua rotina de comunicação serão realizadas pelo
órgão competente do Poder Executivo em coordenação com as
autoridades judiciárias e policiais competentes.
▪ Art. 82. Não se concederá a extradição quando:
▪ I - o indivíduo cuja extradição é solicitada ao Brasil for brasileiro nato;
▪ II - o fato que motivar o pedido não for considerado crime no Brasil ou
no Estado requerente;
▪ III - o Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o crime
imputado ao extraditando;
▪ IV - a lei brasileira impuser ao crime pena de prisão inferior a 2 (dois)
anos;
▪ V - o extraditando estiver respondendo a processo ou já houver sido condenado ou
absolvido no Brasil pelo mesmo fato em que se fundar o pedido;
▪ VI - a punibilidade estiver extinta pela prescrição, segundo a lei brasileira ou a do
Estado requerente;
▪ VII - o fato constituir crime político ou de opinião;
▪ VIII - o extraditando tiver de responder, no Estado requerente, perante tribunal ou
juízo de exceção; ou
▪ IX - o extraditando for beneficiário de refúgio, nos termos da Lei no 9.474, de 22 de
julho de 1997, ou de asilo territorial.
▪ § 1o A previsão constante do inciso VII do caput não impedirá a extradição quando o
fato constituir, principalmente, infração à lei penal comum ou quando o crime comum,
conexo ao delito político, constituir o fato principal.
▪ § 2o Caberá à autoridade judiciária competente a apreciação do caráter da infração.
▪ § 3o Para determinação da incidência do disposto no inciso I, será observada, nos
casos de aquisição de outra nacionalidade por naturalização, a anterioridade do fato
gerador da extradição.
▪ § 4o O Supremo Tribunal Federal poderá deixar de considerar crime político o 
atentado contra chefe de Estado ou quaisquer autoridades, bem como crime contra a 
humanidade, crime de guerra, crime de genocídio e terrorismo.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL INTERNACIONAL
Homologação de sentença estrangeira
▪ A homologação é o ato que torna uma decisão proferida pelo órgão judiciário
competente de Estado estrangeiro exequível na ordem jurídica interna.
Portanto, é a homologação que vai admitir a execução, em um país, de
sentença proveniente de Poder Judiciário de outro.
▪ O Brasil adota o sistema de delibação, proveniente do direito italiano, que nada
mais é do que a homologação mediante pressupostos estabelecidos pelo
ordenamento jurídico no qual a sentença deve ser executada.
▪ Delibação significa analisar os requisitos impostos pela ordem jurídica do
Estado, proibindo o reexame do mérito da sentença; sendo, portanto, o mais
adequado a atender as necessidades da justiça internacional privada,
procurando sempre buscar a diplomacia entre os Estados.
▪ Por meio da delibação, os efeitos da sentença não são desvirtuados, pois ela é
reconhecida mediante o preenchimento dos requisitos compatíveis com a
delibação, não cabendo juízo de oportunidade ou conveniência A terminologia
provém da palavra latina delibatio, que significa “colher um pouco, tocar de
leve, examinar”. O giuduzio de delibazione surgiu em 1865, no Código Civil da
Itália. Cf. DEL`OMO, Florisbal de Souza. Op. cit., p. 74.
Concedida a homologação da sentença 
estrangeira
▪ artigo 5º da Resolução nº 9 do STJ.
▪ Por força do artigo 17 da LICC e do artigo 6º da Resolução nº 9 do
STJ, não serão homologadas as sentenças estrangeiras que
ofendam a ordem pública, os bons costumes e a soberania
nacional.
▪ A decisão pode ser homologada parcialmente, sendo emitida a
carta de sentença para a sua execução pelo Juiz Federal de
primeiro grau competente, de acordo com o artigo 109, X, da
CRFB.
▪ Se admite tutela de urgência na homologação de sentença
estrangeira, de acordo com o artigo 4º, parágrafo 3º, da
Resolução Artigo 4º, parágrafo 2º, da Resolução nº 9 do STJ.
Carta Rogatória
▪ As estatais somente podem desempenhar suas funções dentro dos
limites territoriais do Estado.
▪ Se em determinado procedimento judicial forem necessários algumas
providencias ou diligências de instrução de processos em andamento
em território estrangeiro é necessário obter a cooperação judiciária
internacional. Esta se faz por meio de carta rogatória, que é o
instrumento que contem o pedido de auxilio feito pela a autoridade
judiciária de um Estado a outro Estado estrangeiro.
▪ Geralmente as cartas rogatórias são redigidas na língua do Estado
rogado, salvo quando os tratados internacionais autorizam em seus
textos o contrário.
▪ No Brasil as cartas rogatórias podem ser classificadas em cartas
rogatórias ativas e passivas. No Brasil também se utiliza a expressão
comissão rogatória.
▪ RECHSTEINER, Beat Walter. Direito Internacional Privado. São Paulo:
Saraiva, 20033, p.268.
O Refúgio
▪ 1951 - os Estados ratificaram a Convenção que instituía
tratamento aos refugiados de forma pelo menos tão
favorável quanto o concedido aos nacionais, garantindo-
lhes a liberdade de religião e a educação religiosa de seus
filhos e ainda protegendo seus direitos intelectuais e
artísticos, bem como definindo o acesso a justiça, ao
mercado de trabalho, conferindo ao refugiado a faculdade
de se imiscuir na iniciativa privada.
▪ A Convenção só alcançava os refugiados em consequência
dos fatos ocorridos antes de 1º de janeiro de 1951,
conforme o que dispõe o art. 1º, seção A(2), pois era este o
desejo dos governantes no momento em que a Convenção
estava sendo elaborada , não se estendendo assim a
eventos futuros.
A Convenção de 1967
▪ Diante do surgimento de novos problemas de refugiados, foi
necessário estender a aplicação das disposições da Convenção
a estes novos refugiados. Assim, foi elaborado o Protocolo de
1967 que pretende a aplicação das disposições de fundo da
Convenção, sem levar em conta a data limite nela fixada.
▪ Ratificada pelo Brasil e promulgada mediante o Decreto
legislativo nº 93 de 30nov71 e pelo Decreto Executivo nº
70.946 de 07ago72 e devidamente implementada pela Lei
9.474/97.
▪ No Brasil, o CONARE (Comitê Nacional para Refugiados) é o
órgão no âmbito do Ministério da Justiça responsável pelas
questões concernentes aos refugiados.
Asilo Político
▪ O conceito jurídico de Asilo na América Latina é previsto no Tratado
de Direito Penal Internacional de Montevidéu, de 1889, que dedica
um capítulo ao tema.
▪ Outros no continente sobre o asilo: Convenção sobre Asilo Assinada
na VI ConferênciaPan-americana de Havana, em 1928; Convenção
sobre Asilo Político, VII Conferência Internacional Americana de
Montevidéu, em 1933; - Tratado sobre Asilo e Refúgio Político de
Montevidéu, em 1939 e Convenção sobre Asilo Diplomático, X
Conferência Interamericana de Caracas, em 1954.
• O Asilo político no Brasil é princípio constitucional insculpido no Art.
4º , X, da CRFB e poderá ser concedido ao estrangeiro que é sujeito a
perseguição infundada em seu território, em regra, por motivos
políticos ou de opinião, excluídos os delitos insculpidos no direito
penal comum.
– Art. 27. O asilo político, que constitui ato discricionário do Estado, poderá
ser diplomático ou territorial e será outorgado como instrumento de
proteção à pessoa. Lei 13.445/2017
Questões
Sujeito de Direito é:
a) A pessoa que tenha o dever legal de prestar um direito
decorrente de lei ou de contrato.
b) A pessoa que não detém a aptidão para ser titular de um
direito e de obrigações.
c) A pessoa que detém a aptidão para ser titular de um direito e
aquela que tenha o dever legal de prestar uma obrigação
decorrente de lei ou de contrato.
d) A pessoa que detém uma obrigação decorrente de um Tratado
multilateral.
e) A pessoa que detém de um direito legal decorrente de
contrato civil.
IV EXAME DE ORDEM UNIFICADO TIPO 1 –
BRANCO
13 Em 2010, o Congresso Nacional aprovou por Decreto Legislativo
a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência. Essa convenção já foi aprovada na forma do artigo 5º, §
3º, da Constituição, sendo sua hierarquia normativa de:
(A) lei federal ordinária.
(B) emenda constitucional.
(C) lei complementar.
(D) status supralegal.
IX EXAME DE ORDEM UNIFICADO TIPO 1 
– BRANCA
Questão 15 - O Congresso Nacional aprova
tratados internacionais por meio de:
A) Decreto.
B) Resolução.
C) Decreto-Lei.
D) Decreto Legislativo. (Art, 49, I CRFB/88)
(Questão 22 - Exame 34 – OAB – RJ). Em razão de sua
natureza descentralizada, o DIP desenvolveu-se no sentido
de admitir fontes de direito diferentes daquelas admitidas
no direito interno. Entre as listadas abaixo, qual NÃO PODE
ser considerada fonte de Direito Internacional?
a) Costume advindo do elemento opinio juris sive
necessitatis.
b) Tratado celebrados entre países.
c) Princípios gerais de Direito reconhecidos pelos Estados.
d) O Costume advindo da fonte material.
e) Decisões de tribunais constitucionais dos Estados.
Organizações internacionais são:
a) pessoas internacionais que atuam na ordem internacional,
contudo não detém personalidade reconhecida.
b) coletividades ou pessoas constituídas com personalidade
jurídica originária.
c) tal como ONGs e Multinacionais, sujeitos de direito
internacional público.
d) associações voluntárias entre Estados, constituídas através de
um tratado que prevê uma personalidade jurídica distinta dos
Estados que a compõe, com o objetivo de buscar interesses
comuns.
e) são constituídas através da concordata.
Questão 24
Luca nasceu em Nápoles, na Itália, em 1997. É filho de Marta, uma
ilustre pintora italiana, e Jorge, um escritor brasileiro. Quando de seu
nascimento, seus pais o registraram apenas perante o registro civil italiano.
Luca nunca procurou se informar sobre seu direito à nacionalidade brasileira,
mas, agora, vislumbrando seu futuro, ele entra em contato com um escritório
especializado, a fim de saber se e como poderia obter a nacionalidade
brasileira.
Assinale a opção que apresenta, em conformidade com a legislação
brasileira, o procedimento indicado pelo escritório.
A) Luca não tem direito à nacionalidade brasileira, eis que seu pai não estava
ou está a serviço do Brasil.
B) Luca não poderá mais obter a nacionalidade brasileira, tendo em vista que
já é maior de idade.
C) Luca tem direito à nacionalidade brasileira, mas, ainda que a obtenha, não
será considerado brasileiro nato.
D) Luca deverá ir residir no Brasil e fazer a opção pela nacionalidade brasileira.
(Art 12, I, c CRFB/88)
Sobre a aquisição de nacionalidade, NÃO É POSSÍVEL afirmar:
a) São critérios de aquisição da nacionalidade originária o Jus soli e o
Jus sanguinis, adotando o Brasil o critério misto.
b) A naturalização é ato unilateral, personalíssimo e discricionário do
Estado (Poder Executivo), no exercício de sua soberania, podendo
negar ou conceder a nacionalidade a quem a requerer (estrangeiro).
c) A aquisição da nacionalidade brasileira pela naturalização por
vontade do agente implica na perda daquela detida pelo naturalizando
que deverá renunciar a ela, expressamente, ante a opção pela
nacionalidade brasileira.
d) Existe a aquisição da nacionalidade originária ou da nacionalidade
derivada, independendo esta da vontade do indivíduo, pois é seu
direito.
e) A aquisição de nacionalidade se dá pela vontade do Estado e não
pela do indivíduo, em qualquer situação.
▪ Maria, brasileira, residente e domiciliada em Paris (França),
casou-se com o francês Jean-Pierre. Desta união nasceu
Helena.
▪ Supondo que a França adote o critério do jus solis e
sabendo que o Brasil adota tanto o critério do jus solis,
quanto o do jus sanguinis, seria Helena apátrida de origem?
▪ Responda fundamentando com a legislação adequada.
Caso Concreto
Aula 2
IX EXAME DE ORDEM UNIFICADO TIPO 1 –
BRANCA - Questão 24
José, de nacionalidade brasileira, era casado com Maria, de
nacionalidade sueca, encontrando-se o casal domiciliado no Brasil. Durante a
viagem de “lua de mel”, na França, Maria, após o jantar, veio a falecer, em razão
de uma intoxicação alimentar. Maria, quando ainda era noiva de José, havia
realizado testamento em Londres, dispondo sobre os seus bens, entre eles dois
imóveis situados no Rio de Janeiro.
À luz das regras de Direito Internacional Privado, assinale a afirmativa correta.
A) Se houver discussão acerca da validade do testamento, no que diz respeito à
observância das formalidades, deverá ser aplicada a legislação brasileira, pois
Maria encontrava-se domiciliada no Brasil.
B) Se houver discussão acerca da validade do testamento, no que diz respeito à
observância das formalidades, deverá ser aplicada a legislação inglesa, local em
que foi realizado o ato de disposição de última vontade de Maria. (Art. 9, LINDB)
C) A autoridade judiciária brasileira não é competente para proceder ao
inventário e à partilha de bens, porquanto Maria faleceu na França, e não no
Brasil.
D) Se houver discussão acerca do regime sucessório, deverá ser aplicada a
legislação sueca, em razão da nacionalidade do de cujus.
XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO – TIPO 03 –
AMARELA - Questão 23
Em 2013, uma empresa de consultoria brasileira assina, na cidade de
Londres, Reino Unido, contrato de prestação de serviços com uma empresa local. As
contratantes elegem o foro da comarca do Rio de Janeiro para dirimir eventuais
dúvidas, com a exclusão de qualquer outro.
Dois anos depois, as partes se desentendem quanto aos critérios técnicos
previstos no contrato e não conseguem chegar a uma solução amigável. A empresa de
consultoria brasileira decide, então, ajuizar uma ação no Tribunal de Justiça do Estado
do Rio de Janeiro para rescindir o contrato.
Com relação ao caso narrado acima, assinale a afirmativa correta.
A) O juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá basear sua decisão na
legislação brasileira, pois um juiz brasileiro não pode ser obrigado a aplicar leis
estrangeiras.
B) O Poder Judiciário brasileiro não é competente para conhecer e julgar a lide, pois o
foro para dirimir questões em matéria contratual é necessariamente o do local em que
o contrato foi assinado.
C) O juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá basear sua decisão na
legislação do Reino Unido, pois os contratos se regem pela lei do local de sua
assinatura. (Art 22, III CPC; art 9 LINDB)
D) O juiz brasileiro poderá conhecer e

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