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Possuidor é aquele que atua em relação à coisa como se fosse proprietário, pois exerce algum dos poderes inerentes ao domínio. A posse é, então, exteriorização da propriedade. Desse modo, é certo afirmar que: A - A posse depende sempre da apreensão material da coisa. B - A posse é sinônimo de detenção. C - Apenas o proprietário é possuidor. D - A posse é direito real, para os doutrinadores em unanimidade. E - É possível que o possuidor indireto proteja a sua posse. Resposta: (E) Justificativa: Posse não é só a detenção da coisa, pois mesmo sem a detenção, (a posse) pode existir. Ex.: lavrador que deixa a sua colheita no campo não a tem fisicamente, mas a conserva em sua posse. A posse pode ser adquirida: A - Pela pessoa que a pretende, ou seu representante, ou por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação. B - Somente pela pessoa que a pretende. C - Pela pessoa que a pretende ou por representante, desde que este tenha procuração. D - Apenas pela pessoa que a pretende ou por seu representante legal. E - Por qualquer pessoa, desde que haja mandato. Resposta: (A) Justificativa: Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade. Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta: I. Direito real é o direito que se prende à coisa, prevalecendo sobre todos, independendo da colaboração de outrem para o seu exercício e conferindo ao seu titular a possibilidade de buscar a coisa onde quer que se encontre, e sobre ela exercer o seu direito. II. Direito real é relação entre pessoa e coisa: seu exercício não depende de colaboração de terceiros. III. O direito pessoal somente pode ser usufruído com a colaboração forçada ou espontânea do devedor. A - Somente I e II são corretas. B - Somente I e III são corretas. C - Somente II e III são corretas. D - Todas são corretas. E - Todas são incorretas. Resposta: (D) Justificativa: A afirmativa I nos apresenta o conceito de direito real, na afirmativa II tem uma das características do Direito Real que o diferencia do direito pessoal, da mesma forma que na afirmativa III tem as características do direito pessoal que diferenciam do direito real. Assinale a alternativa correta: A - O direito real vale erga omnes , pois representa prerrogativa do seu titular, que deverá ser respeitada por todos. B - O direito real tem como único exemplo o direito de propriedade. C - A posse é uma das espécies do rol de direitos reais no Código Civil. D - O direito real sobre imóvel não depende de registro, pois gera ao seu titular a prerrogativa da sequela. E - A posse e a propriedade são direitos reais que recaem sempre sobre coisas imóveis. Resposta: (A) Justificativa: A posse não pode ser direito real, porque a lei é taxativa em relação aos direitos reais – art. 1.225, Código Civil. Há autores que pensam que o rol de direitos reais, do art. 1.225, é exemplificativo. Entendemos que é taxativo, porque as partes não podem criar por si direito real, com possibilidade de sequela mais oposição “erga omnes”. A pessoa que detém coisa por ordem de outrem não pode colher efeitos jurídicos desta mera detenção. É o caso por exemplo da bibliotecária em relação aos livros, ou do motorista em relação ao veículo automotor. Pode-se afirmar, então, que: A - O detentor tem direito aos frutos da coisa. B - O detentor pode mover interditos possessórios. C - O possuidor de má-fé se equipara ao detentor, pois a sua posse não gera efeitos jurídicos. D - O possuidor de boa-fé e o detentor têm direitos iguais quanto aos efeitos da posse. E - A detenção não gera efeitos jurídicos. Resposta: (E) Justificativa: Então, os efeitos da posse são as consequências jurídicas por ela produzidas, por força da lei. Alguns autores acham que há vários efeitos da posse; outros acham que o único efeito é o de invocar os interditos, as ações possessórias. No direito de vizinhança, as obrigações vinculam o vizinho, que passa a ser o devedor da prestação de respeitar os direitos de outro vizinho, abstendo-se da prática de atos ou sujeitando-se à invasão de sua órbita dominial, só por ser dono de prédio confinante. O direito de vizinhança: A - Gera obrigações propter rem , que não se transmitem ao sucessor a título singular. B - Gera dever que acompanha a coisa, vinculando quem se encontra na posição de dono ou possuidor (vizinho). C - Sempre enseja a servidão predial. D - Tem como fonte o contrato. E - Decorre de atos ilícitos, abusivos ou lesivos. Resposta:(B) Justificativa: O direito de vizinhança é o conjunto de limitações impostas pela lei às prerrogativas individuais, com o escopo de conciliar interesses de proprietários vizinhos, reduzindo poderes inerentes ao domínio, regulando a convivência. A usucapião se fundamenta no propósito de consolidação da propriedade, pois o fato se converte em direito através dela. Então, com a usucapião se estimula a paz social e se diminui para o proprietário o ônus da prova de seu domínio. Para provar o domínio, em rigor o titular deve provar a sua aquisição e a aquisição por parte de seus antecessores. Mas com a usucapião, prova-se a legitimidade do domínio com a prova do período suficiente de posse. O possuidor que ocupa a terra para produzir, com a desídia do proprietário, pode usucapir – a propriedade deve ser usada conforme o interesse social, e não pode ser, portanto, abandonada. Conforme a legislação atual, o menor prazo para que ocorra a usucapião de imóveis é de: A - 15 anos. B - 10 anos. C - 5 anos. D - 3 anos. E - 2 anos. Resposta:(E) Justificativa: O USUCAPIÃO URBANA ESPECIAL: usucapião por abandono de lar. Trata-se de usucapião de imóvel em 2 (dois) anos, para punir cônjuge ou convivente por abandono do lar, privilegiando aquele que persiste na posse do bem. A Lei n° 12.424/2011 criou o art. 1240-A do CC, estabelecendo a usucapião do imóvel familiar por ex-cônjuge ou ex-convivente, no prazo de 2 (dois) anos, desde que o imóvel tenha até 250m2. Quanto aos efeitos da posse em relação às benfeitorias, assinale a alternativa incorreta: A - Possuidor de boa-fé tem direito a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis, podendo levantar as voluptuárias que lhe não foram pagas e que admitirem remoção sem detrimento da coisa. B - O possuidor de boa-fé pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis poderá exercer o direito de retenção. C - Direito de retenção é um dos meios diretos de defesa que a lei confere excepcionalmente ao titular do direito: consiste na prerrogativa, concedida pela lei ao credor, de conservar a coisa alheia além do momento em que a deveria restituir, em garantia de um crédito que tenha contra o credor e decorrente de despesas feitas ou perdas sofridas em razão da coisa. D - Possuidor de má-fé tem direito ao ressarcimento das benfeitorias necessárias, visto que estas teriam sido efetuadas estivesse a coisa nas mãos de qualquer pessoa, sob pena de deterioração ou destruição. E - O possuidor de má-fé tem o direito de retenção para garantir o pagamento da indenização somente pelas benfeitorias necessárias, para que não ocorra o enriquecimento ilícito do dono do bem. Resposta:(E) Justificativa: O possuidor de má-fé não tem o direito de retenção para garantir o pagamento da referida indenização (art. 1.220, Código Civil). Como ao determinar a indenização pelas benfeitorias visa o legislador evitar o enriquecimento sem causa, ao reivindicante cabe optar entre o valor atual das benfeitorias ou o seu custo. Isto porque pagando o valor atual (aquilo que aproveitou) terá cessado o seu enriquecimento, embora o custo das benfeitorias haja sido maior. Quando houver diferença entre o montante do enriquecimento e o do empobrecimento, a indenização devida pelo enriquecido ao empobrecido se fixa pela cifra menor (art. 1.221, Código Civil). O proprietário tem o direito de cortar, até o plano vertical divisório, as raízes e ramos de árvoresnascidas em prédios vizinhos, que ultrapassem a extrema de seu prédio. Aquele que corta a árvore alheia, nas condições acima, A - Jamais responde pelos danos que causar ao proprietário da árvore. B - Atua abusivamente se for óbvia a sua imprudência ao proceder ao corte. C - Tem responsabilidade civil objetiva, ou seja, responde independentemente de culpa pelos danos que causar ao dono da árvore. D - Não se torna dono dos galhos e raízes da árvore, que cortou. E - Somente responderá pelos danos ao proprietário da árvore se agir com dolo. Resposta:(B) Justificativa: Trata-se de um dos poucos casos de defesa direta de direitos. O dono do prédio invadido é dispensado de dar ciência ao seu confinante e a lei não leva em conta as consequências do seu procedimento. É irrelevante que do corte das raízes ou ramos invasores resulte a morte da árvore. O proprietário mesmo assim não indeniza por perdas e danos. Seu procedimento só será abusivo se for óbvia a sua imprudência ao proceder àquele talho. Ex.: corta parcialmente a árvore sem avisar o vizinho e a árvore tomba causando prejuízo – ato abusivo, que só se justificaria após notificação desatendida pelo interessado (fora exceção, no entanto, o proprietário do prédio invadido não precisa avisar seu confinante). Em relação aos modos de extinção do direito real sobre bem imóvel, é correto afirmar que a renúncia à sucessão aberta é: A - Não solene. B - Negócio jurídico bilateral. C - Solene, devendo ser feita por termo nos autos ou por escritura pública. D - Ato que não depende de registro publico. E - Sinônimo de abandono, conforme a acepção jurídica do termo. Resposta:(C) Justificativa: Segundo o artigo 1.806 do Código Civil, que dispõe "A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou termo judicial." ou seja, na extinção do direito real sobre bem imóvel, a renúncia à sucessão aberta será solene, devendo ser feita por termo nos autos ou por escritura pública. A lei impõe ao dono do prédio inferior a obrigação de receber as águas que correm do superior naturalmente. A lei leva em conta a conformação do solo e considera a necessidade de as águas que se encontram no alto fluírem normalmente. Se não fosse assim, ocorreria a inundação do prédio superior deixado sem escoamento. Assim, é INCORRETO afirmar que: A - Deve ser demolido muro que, construído na divisa, impeça o curso natural das águas. B - Para impedir a finalização de obra que impeça o escoamento da água é cabível ação em face do proprietário ou possuidor do prédio inferior. C - As águas que devem ser suportadas pelo dono do prédio inferior são apenas as de torrente, não incluem as pluviais. D - Cabe ação demolitória para a defesa contra obra terminada em prédio inferior, que impeça o escoamento das águas. E - As águas levadas artificialmente ao prédio superior obrigam o prédio inferior a suportá-las mas mediante a paga de indenização. Resposta:(C) Justificativa: As águas abrangida pela regra, não serem apenas de torrente, mas também as pluviais. Considere as proposições abaixo sobre o condomínio edilício, e assinale a alternativa incorreta: A - Cabe ao síndico cobrar as contribuições dos condôminos e impor e cobrar as multas. B - Cabe ao conselho consultivo prestar contas à assembleia, anualmente e quando exigidas. C - O síndico deve fazer o seguro da edificação. D - Pode a assembleia colocar alguém no lugar do síndico com poderes de representação. E - O síndico pode transferir a outrem, total ou parcialmente, os poderes de representação ou as funções administrativas, mediante aprovação da assembleia, salvo disposição em contrário da convenção. Resposta:(B) Justificativa: Cabe ao síndico prestar contas à assembleia, anualmente e quando exigidas, conforme dispõe o Art. 1.348, VIII do Código Civil.
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