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Audiência trabalhista no rito ordinário

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Audiência trabalhista no rito ordinário 
656 e 657 do livro – rito ordinário e as três audiências
Introdução
	O presente trabalho visa identificar, sob o ponto de vista doutrinário, as características das três audiências trabalhistas realizadas sob o rito ordinário, além do objetivo jurídico pelo qual são realizadas e as consequências possíveis do feito. Para tanto, será feita uma análise das audiências jurídicas em âmbito geral, expondo, posteriormente, como se processa o rito ordinário no direito do trabalho e as suas audiências. Após, serão identificadas outras espécies de audiências realizadas no âmbito trabalhista e, por fim, os principais objetivos que se busca alcançar com a realização da audiência.
As audiências no Direito do Trabalho
5.1.1. Procedimento comum ordinário 
O procedimento comum ordinário, que é o mais usual no processo do trabalho, encontra-se regulado, embora sem o desejável rigor metodológico entre as normas que lhe dizem respeito, do art. 837 ao art. 852 da CLT. Pode-se dizer que, até o início dos anos 1970, o rito ordinário era único no processo do trabalho. Tinha a sua marca registrada na concentração dos atos processuais num único procedimento. Corrobora tal afirmação o art. 843 da CLT, segundo o qual as ações individuais trabalhistas devem ser solucionadas numa única audiência. A prática revelou, no entanto, que essa norma, em função do seu desuso, deixou de ter eficácia. Isso se deu tanto em razão da elevação substancial do número de processos quanto pela complexidade dos novos conflitos submetidos à prestação jurisdicional desse ramo especializado do Poder Judiciário pátrio. De tal arte, por força do costume, a audiência no procedimento ordinário trabalhista passou a ser, na prática, dividida em três partes:
a) Audiência inaugural de conciliação
Nela, devem comparecer as partes, acompanhadas ou não de seus representantes, entre eles, os advogados (CLT, art. 843 e parágrafos). É facultado ao réu fazer-se representar pelo gerente ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento dos fatos, e cujas declarações obrigarão o proponente. Em se tratando de ações individuais plúrimas ou ações de cumprimento, os empregados poderão ser representados pelo sindicato da correspondente categoria profissional. Em caso de ausência do empregado motivada por doença ou qualquer outro motivo comprovadamente relevante, a lei lhe faculta a representação por outro empregado que pertença à mesma profissão ou pelo sindicato da sua categoria. Aberta a audiência, o juiz deverá propor a conciliação (CLT, art. 846). Havendo acordo, será lavrado termo assinado pelas partes do processo (incluindo o juiz). Não havendo acordo, o réu terá vinte minutos para apresentar a sua defesa, após a leitura do teor da ação. Na prática, porém, a defesa do réu é escrita, e, desde logo, o juiz dá ciência desta ao autor, que, geralmente, dispõe de dez dias para impugná-la. Na audiência dita inaugural, as partes já ficam intimadas para a audiência de instrução.
b) Audiência de instrução
Nesta audiência, também deverão comparecer as partes, sob pena de confissão quanto à matéria de fato, ocasião em que prestarão depoimentos. Em homenagem ao princípio da concentração dos atos processuais, é nesta assentada que são ouvidas as testemunhas. As partes poderão requerer a produção de prova pericial, e, se deferida, o processo, geralmente, fica sus- penso para a conclusão do trabalho do perito. Finda a instrução, as partes poderão aduzir suas razões finais, pelo prazo máximo de dez minutos cada uma. Em seguida, o juiz deverá, mais uma vez, renovar a proposta de conciliação (CLT, art. 850). Não sendo esta obtida, designará a data para a audiência de julgamento.
c) Audiência de julgamento
A rigor, esta audiência jamais ocorre, uma vez que nela, raramente, as partes estarão presentes. Na prática, trata-se mais de um prazo fixado pelo juiz para a publicação da sentença, da qual as partes ficam, desde logo, intim- adas. É da data da publicação da sentença, ou da data da juntada da ata de audiência contendo a decisão (se esta não for juntada aos autos no prazo im- prorrogável de quarenta e oito horas), que começa a correr o prazo para a eventual interposição de recurso.

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