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Voltametria Cerro Largo, Junho de 2017 Universidade Federal Da Fronteira Sul Campus de Cerro Largo Curso de Engenharia Ambiental Discentes: Andrei e Tainara. Métodos Eletroanalíticos Métodos Interfaciais Métodos Não-Interfaciais Estáticos Dinâmicos Potenciometria Potencial Controlado Corrente Constante Voltametria Amperometria Eletrogravimetria Coulometria a Potencial Constante Titulações Coulométricas Eletrogravimetria Condutimetria Titulações Condutimétricas Titulações Potenciométricas 1 Introdução 2 2 Voltametria A polarografia desenvolveu um tipo de voltametria que foi descoberto pelo químico tcheco-eslovaco Jaroslav Heyrovsky no início da década de 1920. Polarografia difere da voltametria por usar um eletrodo gotejante de mercúrio. (SKOOG, 2013) 3 2 Voltametria São métodos eletroanalíticos que baseiam-se na medida da corrente em função do potencial aplicado em um pequeno eletrodo; • Empregam condições que favorecem a polarização do eletrodo; • Há pouco consumo de analito. (SKOOG, 2013) 4 3 Sinais de excitação 5 A voltagem do eletrodo varia enquanto a resposta de corrente é medida; • Várias funções voltagem-tempo, chamadas sinais de excitação, podem ser aplicadas ao eletrodo; • A mais simples – varredura linear – o potencial do eletrodo de trabalho muda linearmente com o tempo. (SKOOG, 2013) 6 Figura 1- Sinais de Excitação de tensão versus tempo utilizado em voltametria Fonte: Skoog,2013 3 Sinais de excitação 7 O potencial aplicado ao eletrodo de trabalho varia linearmente com o tempo (Figura 23-5). (SKOOG, 2013) 4 Voltametria de Varredura Linear 8 A corrente é lida de forma direta, em função do potencial aplicado, desta forma a corrente total lida possui contribuições tanto da corrente faradaica (desejável) quanto da corrente capacitiva (ruído), o que prejudica em muito a aplicação desta técnica para aplicações quantitativas. (SKOOG, 2013) 4 Voltametria de Varredura Linear 5 Instrumentos voltamétricos 9 Os componentes de um sistema simples utilizado no desenvolvimento de medidas voltamétricas de varredura linear: 5 Instrumentos voltamétricos 10 A célula é composta por três eletrodos imersos em solução contendo o analito e também um eletrólito inerte denominado eletrólito suporte. • Eletrodos de trabalho; • Eletrodo de referência; • Contra-eletrodo. (SKOOG, 2013) 5 Instrumentos voltamétricos 11 A escolha de um material a ser usado como eletrodo vai depender em grande parte de alguns fatores: • zona de potenciais úteis do eletrodo no solvente empregado; • qualidade; • pureza do material. (SKOOG, 2013) 5 Instrumentos voltamétricos 12 ● A corrente flui entre o eletrodo de trabalho e o contra-eletrodo; ● O potencial é selecionado; ● Voltímetro com alta resistência, não há passagem de corrente entre o medidor e o eletrodo de referência; ● Toda a corrente oriunda da fonte flui entre o contra-eletrodo e o eletrodo de trabalho. (SKOOG, 2013) Figura 2- Esquema de célula eletroquímica 6 Eletrodos Voltamétricos 13 (a) (b) (c) (d) Figura 3- Alguns tipos comuns de eletrodo voltamétricos comerciais. (a) eletrodo de disco; (b) eletrodo de Mercúrio de gota pendente (HMDE); (c) microeletrodo; (d) eletrodo tipo sanduíche (SKOOG,2009) 6 Eletrodos Voltamétricos 14 O condutor pode ser um metal nobre, tal como platina ou ouro, mas também são empregados materiais à base de carbono, como pastas de carbono e grafite. São empregados também um semicondutor tal como óxido de estanho ou de índio; ou um metal recoberto com um filme de mercúrio. (SKOOG, 2013) 6 Eletrodos Voltamétricos 15 O eletrodo que tem sido largamente mais empregado é o eletrodo de filme de mercúrio, formado pela eletrodeposição de um metal em um eletrodo na forma de disco. (SKOOG, 2013) 6 Eletrodos Voltamétricos 16 Figura 4 - (a) um eletrodo gotejante de mercúrio; (b) um eletrodo de gota estática de mercúrio (SKOOG, 2013) 6 Eletrodos Voltamétricos 17 Uma das vantagens desse eletrodo ser empregado é que ele apresenta ampla faixa de potencial para valores negativos. Também uma nova superfície é facilmente formada através da produção de uma nova gota. Muitos íons metálicos são reduzidos na sua superfície. (SKOOG, 2013) 7 Voltamogramas Voltamogramas de varredura linear obtidos sob baixa velocidade de varredura e tem a forma sigmoidal (onda voltamétrica). Corrente limite: constante após rápido aumento, limitada pela velocidade na qual o reagente é conduzido à superfície do eletrodo. Potencial meia-onda: potencial onde a corrente é igual à metade da corrente limite. 18 (SKOOG, 2013) 7 Voltamogramas Figura- 5 Voltamograma de varredura linear para a redução da espécie hipotética A, para formar o produto P. 19 (SKOOG, 2009) 8 Voltametria de pulso 20 • Na voltametria de pulso diferencial, pulsos de amplitude fixos sobrepostos a uma rampa de potencial crescente são aplicados ao eletrodo de trabalho; • No primeiro tipo (A), ocorre a sobreposição de pulsos periódicos sobre uma rampa linear, esta forma de excitação é utilizado em equipamentos analógicos. • O segundo tipo (B) é usado em equipamentos digitais, nestes equipamentos combina-se um pulso de saída com um sinal em degrau. Figura 6- Pulsos diferencial (SKOOG, 2013) 8 Voltametria de pulso 21 • A corrente é medida duas vezes, uma antes da aplicação do pulso (S1) e outra ao final do pulso (S2); Dessa forma, a primeira corrente é instrumentalmente subtraída da segunda, e a diferença das correntes é plotada versus o potencial aplicado, cujo pico é diretamente proporcional à concentração do analito Figura 7- Pulsos diferencial (SKOOG, 2013) 9 Voltametria cíclica 22 A direção do potencial é invertido ao final da primeira varredura (triângulo). O produto da reação redox que ocorreu na primeira etapa de varredura (ida), pode ser avaliado novamente na varredura reversa (volta). (SKOOG, 2013) 9 Voltametria cíclica 23 A - início da curva de potencial vs corrente B - início da redução (corrente catódica) B-C - aumento rápido na corrente C-D - aumento mais lento na corrente devida à diminuição da concentração superficial. D-F - queda na concentração superficial. F - direção de varredura é trocada F-H - corrente contínua catódica, pois os potenciais ainda são negativos o suficiente para promover a redução. I - potencial positivo para impedir a redução, a corrente vai a zero e torna-se anódica J - corrente anódica máxima J-K - queda na concentração superficial Figura 8- Pulsos diferencial (SKOOG, 2013) 9 Voltametria cíclica 24 Aplicações: ● Comportamento redox de compostos; ● Determinar processo químicos que precedem ou sucedem reações eletroquímicas; ● Análise quantitativa; ● Útil na aplicação eletroanalítica; ● Usada para avaliar sistemas desconhecidos. (HOLLER, 2009) 10 Voltametria de redissolução 25 Análises envolvendo traços - a etapa de eletrodeposição concentra o analito e permite a determinação de quantidades bastante baixas com razoável exatidão. São procedimentos simples e rápidos. O eletrodo mais popular é o eletrodo de gota pendente de mercúrio, que consiste em uma única gota de mercúrio em contato com um fio de platina.Formação de amálgamas. (HOLLER, 2009) 10 Voltametria de redissolução 26 Abrangem uma variedade de procedimentos eletroquímicos que incluem uma etapa de pré-concentração quantitativa seguida por uma etapa voltamétrica. Pré-concentração - períodos de “coleta” do analito de interesse através de eletrodos de mercúrio de gota pendente. Stripping - o material coletado é re-oxidado para a solução inúmeras vezes. (HOLLER, 2009) 10 Voltametria de redissolução 27 Processo: ● O analito é depositado sobre o mercúrio (solução em agitação); ● Uma gota de Hg pendente é utilizada; ● Após um tempo de deposição exato a eletrólise é interrompida; ● O analito é determinado por algum outro tipo de voltametria; ● O analito é retirado do eletrodo (redissolvido). (HOLLER, 2009) 10.1 Redissolução anódica e catódica 28 Anódica: O eletrodo de trabalho funciona como um cátodo na deposição e como um ânodo na redissolução, com o analito sendo oxidado de volta à sua forma original. Catódica: O eletrodo funciona como uma ânodo na deposição e cátodo na redissolução. É restrita a metais que apresentam solubilidade no mercúrio, para a formação de amálgamas. (HOLLER, 2009) 11 Microeletrodos • Possuem pequenas dimensões, menores do que os eletrodos de trabalho convencionais; • O microeletrodo mais comum é formado por uma fibra de carbono; • O eletrodo de referência é inexistente, pois as correntes são tão pequenas que a queda não distorce as curvas voltamétricas. • Microeletrodos de mercúrio são formados através da eletrodeposição deste metal sobre eletrodos metálicos ou de carbono. • Alguns eletrodos podem ser fabricados em escala nanométrica. 29 (HOLLER, 2009) 11 Microeletrodos Vantagens: • Uma vez que a corrente é de carga é mínima, a varredura de potencial pode ser rápida; • Medidas podem ser feitas com volumes muito pequenos de solução; • Em um sistemade fluxo, a solução na superfície do microeletrodo é constantemente renovada. 30 (HOLLER, 2009) 12 Aplicações 31 12 Aplicações 32 12 Aplicações 33 12 Aplicações 34 12 Aplicações 35 12 Aplicações 36 Conclusão A voltametria têm sido empregada na determinação de metais e pesticidas em águas e solos; Permite realizar estudos de especiação que são importantes do ponto de vista toxicológico; Os instrumentos empregados na voltametria são relativamente simples e permitem mecanização e/ou automatização. 37 HARRIS, Daniel C. Análise química quantitativa. 5. ed. p.403-426. Rio de Janeiro: LTC, 2001. SKOOG; WEST; HOLLER; CROUCH; Fundamentos de química analítica, 8ªed, 2013, CENGAGE Learning. SKOOG; HOLLER; CROUCH; Princípios de Análise Instrumental, 6ªed, 2009, Bookman. Referências 38
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