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Direito Processual Civil e Direito Processual do Trabalho 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
1 
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Sumário 
1 COMPETÊNCIA TERRITORIAL (CONTINUAÇÃO) ........................................................... 2 
1.1 SUPERAÇÃO DAS REGRAS DE COMPETÊNCIA NO CASO DE COLISÃO DOS 
PRINCÍPIOS DO ACESSO À JUSTIÇA E DO CONTRADITÓRIO .................................................... 2 
1.2 FORO DE ELEIÇÃO. NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL PARA MODIFICAÇÃO DO 
FORO COMPETENTE. ACESSO À JUSTIÇA ................................................................................ 3 
2 COMPETÊNCIA FUNCIONAL DOS ÓRGÃOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO ...................... 3 
2.1 CARTAS PRECATÓRIAS, DE ORDEM E ROGATÓRIAS ............................................... 4 
2.1.1 NATUREZA JURÍDICA DAS CARTAS .................................................................. 6 
3 PREVENÇÃO ................................................................................................................. 7 
4 MODIFICAÇÃO E PRORROGAÇÃO DE COMPETÊNCIA: ABSOLUTA X RELATIVA............ 8 
4.1 CONEXÃO: CONCEITO, NATUREZA JURÍDICA E OBJETIVOS ................................... 9 
4.2 CONTINÊNCIA ...................................................................................................... 11 
5 CONFLITO DE COMPETÊNCIA ..................................................................................... 12 
6 RECURSO CABÍVEL EM RELAÇÃO A UMA DECISÃO SOBRE COMPETÊNCIA 
JURISDICIONAL ......................................................................................................................... 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Direito Processual Civil e Direito Processual do Trabalho 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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1 COMPETÊNCIA TERRITORIAL (CONTINUAÇÃO) 
1.1 SUPERAÇÃO DAS REGRAS DE COMPETÊNCIA NO CASO DE COLISÃO DOS 
PRINCÍPIOS DO ACESSO À JUSTIÇA E DO CONTRADITÓRIO 
 Vimos, no bloco anterior, que a regra geral é que a competência das Varas do 
Trabalho se define a partir do local da prestação dos serviços. Vimos também as três 
exceções contidas nos parágrafos do art. 651 da CLT. 
 Essas regras podem ser relativizadas, segundo alguns doutrinadores e a 
jurisprudência. Ou seja, não são critérios fixos e rígidos que não podem ser modificados 
segundo o caso concreto. 
 O TST, em acórdão da SDI-I de 2016, superou essas regras. A situação era o caso de 
um empregado que foi contratado e sempre trabalhou no RJ, mas a empresa era grande e 
tinha escritórios em todo o Brasil. Esse empregado veio para o RJ em busca de tentar a vida e 
depois voltou para a sua cidade natal, que era no Estado do Acre. 
 Se essa empresa tem escritório também no Acre, não violaria o acesso à justiça do 
trabalhador exigir que ele ingresse com a ação no RJ? 
O TST entendeu que sim, que feriria o acesso à justiça do trabalhador, sendo certo 
que, se a ação fosse proposta no Acre, a empresa também poderia se defender, já que 
também possuía escritório lá. Ou seja, não haveria violação do seu contraditório. 
 Mas você pode pensar: 
 E com relação à produção de provas, já que a regra da CLT também visa facilitar a 
produção de provas, visto que elas devem ser produzidas no local da prestação dos 
serviços? 
Essa facilidade probatória realmente não existiria, mas as provas podem ser feitas por 
meio de uma carta precatória instrutória. Assim, as provas estariam preservadas, o direito de 
defesa também e se promoveria o princípio do acesso à justiça. 
 A decisão não foi unânime e o TST pode vir a revisar ou não esse entendimento. 
 Nesse mesmo caso em que o empregado veio trabalhar no RJ e o empregador é um 
pequeno empresário, que tem uma sede no RJ, poderia aquele ingressar com uma 
ação no Acre? 
O TST não se pronunciou a respeito, mas, nesse caso, haveria uma aniquilação do 
contraditório, pois o empregador não teria condições de se defender também. Então, deve-
se privilegiar a regra estabelecida pelo legislador. 
 
 Direito Processual Civil e Direito Processual do Trabalho 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
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doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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1.2 FORO DE ELEIÇÃO. NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL PARA MODIFICAÇÃO DO 
FORO COMPETENTE. ACESSO À JUSTIÇA 
 Foro de eleição é aquele escolhido pelas partes de um negócio jurídico, previamente 
ou durante o curso do contrato. 
 A doutrina majoritária, como exemplo Carlos Henrique Bezerra Leite, indica que não é 
possível o foro de eleição no Processo do Trabalho. Seria um instituto aplicável apenas no 
Processo Civil, pois apenas nesse ramo as relações são entre iguais, relações niveladas. 
 A outra corrente, que tem como representante Isis de Almeida, diz que não pode ter 
foro de eleição antes ou durante o contrato de trabalho que implique modificação desse foro 
previsto legalmente, mas pode ser que as partes prevejam o foro de eleição não extinguindo 
o foro legal (o foro da prestação de serviços), mas adicionando outro. Aqui, dá-se mais uma 
opção ao trabalhador e o princípio da proteção permaneceria intacto. É um negócio jurídico 
benéfico ao trabalhador. 
Exemplo: o foro legal seria o de SP, mas as partes preveem outro foro para o 
trabalhador, como BH, onde o empregado tem família, dando-lhe uma segunda opção. Seria 
uma proteção a mais ao trabalhador e não violaria o princípio da proteção. 
 Isis de Almeida diz que pode ser que o empregado ajuíze uma ação em outro foro que 
não o legal, mas a incompetência territorial é um critério relativo e, se não for arguido pelo 
réu no tempo oportuno, ocorre a preclusão, fenômeno processual que consiste na perda da 
faculdade processual em virtude do decurso de tempo. Uma vez não arguida, há a 
modificação da competência. Isso seria uma espécie de negócio jurídico processual, ou seja, 
uma manifestação da vontade humana (de forma implícita, nesse caso, mas que poderia ser 
explícita, caso o reclamado dissesse na audiência que aceitaria aquele foro, por exemplo). 
 
2 COMPETÊNCIA FUNCIONAL DOS ÓRGÃOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 Critério de competência absoluta, fundado em noções de ordem pública (interesse da 
administração da justiça). 
 É um critério que vai distribuir as funções de cada órgão jurisdicional (juiz, 
desembargador, turma, ministro, etc.) em um mesmo processo. É um critério de ordem 
pública porque visa a distribuição de tarefas entre vários órgãos, escalonamento hierárquico 
deles, e, por isso, é um critério de distribuição de competência absoluta. 
 Quais os critérios que podem gerar essa distribuição de competência funcional dos 
diversos órgãos? 
 Direito Processual Civil e Direito Processual do Trabalho 
 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
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● Grau de jurisdição – é a competência funcional vertical, que é aquela decorrente 
dos escalonamento dos diversos graus de jurisdição do Judiciário. Então, a regrageral é a 
competência dos juízes de primeiro grau, no caso trabalhista, do juiz do trabalho/das varas 
do trabalho. Competência de tribunal é matéria de direito estrito. O Tribunal só pode julgar o 
que está escrito nas leis e na Constituição, ressalvadas as competências implícitas, como 
competência executiva dos tribunais. 
Exemplo de competência originária do Tribunal: dissídios coletivos e ação rescisória. A 
regra é que os tribunais têm competência recursal, que é competência derivada, portanto. Se 
a causa for julgada por órgão funcionalmente incompetente (exemplo: uma ação rescisória 
ajuizada em primeiro grau de jurisdição), nesse caso, a sentença é nula, porque viola um 
critério de competência absoluta, passível, inclusive, de ação rescisória (art. 966 do NCPC). 
● Fase do procedimento – pode ser que no curso de um processo haja necessidade de 
atuação de mais de um órgão jurisdicional, de acordo com a fase do procedimento. 
Exemplo: execução trabalhista que tramita em Porto Alegre, sendo que o executado 
não tem bens em Porto Alegre, mas tem em Aracaju. O juiz de Porto Alegre não tem 
competência territorial para praticar atos em Aracaju e, portanto, deve expedir carta 
precatória. 
● Objeto do processo – é a situação em que a lei ou a constituição preveem que 
determinada questão de uma causa tenha que ser julgada por um órgão específico, embora a 
causa como um todo deva ser julgada por outro órgão. 
Exemplo: art. 97 da CF, que prevê a cláusula de reserva de plenário (apenas pelo voto 
da maioria absoluta de seus membros é que os tribunais podem declarar a 
inconstitucionalidade de uma lei ou de um ato normativo). Pensemos em uma causa que 
corre perante determinada turma do TRT-RJ. Verificada a alegação pertinente de 
inconstitucionalidade de uma lei federal, a turma remete a questão para o pleno ou órgão 
especial, que vai decidir, conforme o caso. Decidida a questão, o processo é devolvido à 
turma para que esta prossiga no julgamento, adotando-se a premissa da constitucionalidade 
ou inconstitucionalidade já decidida. O órgão especial ou o pleno têm, portanto, a 
competência funcional para apreciar a questão da inconstitucionalidade, ou seja, o objeto do 
juízo. 
2.1 CARTAS PRECATÓRIAS, DE ORDEM E ROGATÓRIAS 
 As cartas são instrumentos de cooperação jurisdicional. Considerando a vastidão do 
território nacional, a impossibilidade de um único juiz deter jurisdição em todo território 
nacional, a hierarquia entre os órgãos do Judiciário e o princípio da territorialidade da 
 Direito Processual Civil e Direito Processual do Trabalho 
 
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jurisdição (no caso das cartas rogatórias), há necessidade de que os diversos órgãos 
jurisdicionais cooperem entre si para que possam levar a cabo a função jurisdicional. 
 A carta precatória é um instrumento de cooperação entre juízos (órgãos 
jurisdicionais) de mesmo plano hierárquico dentro do Judiciário. 
Exemplo: aquele já dado acima - execução trabalhista que tramita em Porto Alegre e 
que o executado não tem bens em Porto alegre, mas tem em Aracaju. Nesse caso, ele 
expedirá uma precatória que vai para uma vara do trabalho de Aracaju, um órgão que está no 
mesmo patamar hierárquico. Essa precatória pode ser executiva, instrutória (para produção 
de provas - ex: ouvir testemunhas) e de comunicação (citação de uma empresa que está 
sediada em Aracaju quando o processo é de Porto Alegre, por exemplo). 
OBSERVAÇÃO: As cartas são critérios de competência funciona. Não é uma questão 
de competência territorial, mas sim, de competência funcional. Apenas o juiz de 
determinada localidade pode exercer o ato. 
Exemplo: Juiz de Porto Alegre paga passagem de avião para o oficial de justiça de 
Porto Alegre ir fazer a penhora em Aracaju. Não pode! Apenas o juízo de Aracaju pode 
praticar o ato. 
 Art. 67 do NCPC: 
Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, especializado 
ou comum, em todas as instâncias e graus de jurisdição, inclusive aos 
tribunais superiores, incumbe o dever de recíproca cooperação, por meio de 
seus magistrados e servidores. 
 Carta de ordem é instrumento de cooperação entre órgãos desnivelados no plano 
hierárquico, ou seja, o próprio nome já indica, “ordem”. 
Exemplo: o TRT determina que o juiz pratique um ato processual nos autos de uma 
ação rescisória. O próprio relator da AR pode ouvir uma testemunha, por exemplo, mas tem 
a faculdade de delegar o ato instrutório e o instrumento para isso é a carta de ordem. 
 A carta rogatória é o instrumento de cooperação internacional, ou seja, um 
instrumento pelo qual o Brasil pede, ou vice-versa, para que se pratique o ato processual. Em 
regra, são decisões interlocutórias que precisam ser executadas no Brasil ou no estrangeiro e 
aí passam por um juízo de delibação no STJ (vide aula 5). 
 
 Direito Processual Civil e Direito Processual do Trabalho 
 
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2.1.1 NATUREZA JURÍDICA DAS CARTAS 
 É de ato jurídico-processual em sentido estrito, porque depende da manifestação da 
vontade humana, mas os efeitos jurídicos das cartas estão previstos de forma prévia na lei. 
 E quais são esses efeitos? 
 Art. 267 do NCPC: 
Art. 267. O juiz recusará cumprimento a carta precatória ou arbitral, 
devolvendo-a com decisão motivada quando: 
I - a carta não estiver revestida dos requisitos legais; 
II - faltar ao juiz competência em razão da matéria ou da hierarquia; 
III - o juiz tiver dúvida acerca de sua autenticidade. 
Parágrafo único. No caso de incompetência em razão da matéria ou da 
hierarquia, o juiz deprecado, conforme o ato a ser praticado, poderá 
remeter a carta ao juiz ou ao tribunal competente. 
 As possibilidades de recusa de cumprimento é um dos efeitos e estão previstas no 
art. 267 do NCPC: a carta não estiver revestida dos requisitos legais; faltar competência 
absoluta ao juízo deprecado (o juízo que recebe a carta, a quem se pede a prática do ato 
processual), ou seja, competência em razão da matéria ou da hierarquia; e quando o juiz 
deprecado (aquele que pede) tiver dúvida quanto à autenticidade da carta. Nesses três 
casos, o juiz pode recusar o cumprimento da carta. Não é cumulativo. Ocorrendo um dos 
casos, o juiz pode recusar o cumprimento. 
OBSERVAÇÃO: Ressalte-se que juízo deprecante é aquele que expede a carta, que 
requisita a prática do ato processual. Juízo deprecado, por sua vez, é aquele que recebe a 
carta. 
 O outro efeito (e que leva à conclusão de se tratar de ato jurídico-processual em 
sentido estrito) é o caráter itinerante das cartas precatórias (§ único do art. 267 do NCPC). Se 
o juiz deprecado não tiver competência, ele poderá remeter a carta ao juízo competente. 
Aqui, a letra da lei dá a entender que é uma faculdade do juiz deprecado e, se for numa 
primeira fase, essa é a resposta. Mas numa segunda fase ou oral, devemos criticar, pois 
entender como faculdade, viola o princípio da economia processual, devendo o juízo 
deprecado remeter necessariamente a carta ao juízo competente. 
 
 Direito Processual Civil e Direito Processual do Trabalho 
 
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3 PREVENÇÃO 
 Expressão muito utilizada. É a fixação da competência num órgão judicial específico, 
excluindo outros que, em tese, também seriam competentes para apreciar a causa. 
 Art. 59 do NCPC: 
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento 
o juízo. 
OBSERVAÇÃO: A natureza jurídica da prevenção é um fato jurídico-processual, porque 
independe da vontade humana. 
 Exemplo de prevenção: empregado trabalhou na cidade do RJ, que possui 81 Varas do 
Trabalho e todas seriam igualmente competentes em tese. Uma vez ajuizada e distribuída a 
ação, a Vara escolhida passa a ser a única competente para aquela causa e também para 
ações acessórias (que tramitam em autos separados - exemplo embargos de terceiros), 
incidentais (que acontece no curso do processo - exemplo: reconvenção e denunciação da 
lide) e consequentes (uma ação que vem em decorrência de outra – exemplo: art. 304, §4, 
do NCPC). 
 Art. 304, § 4, do NCPC: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, 
torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o 
respectivo recurso. 
... 
§ 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos 
autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da 
ação a que se refere o § 2o, prevento o juízo em que a tutela 
antecipada foi concedida. 
... 
 Exemplo de ação consequente: a estabilização da tutela antecipada, que pode ser 
revista em uma nova ação e esta é consequência da primeira ação. 
 Outra situação típica de prevenção é a situação de reiteração de pedido. Dispõe o art. 
286 do NCPC: 
Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer 
natureza: 
I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já 
ajuizada; 
 Direito Processual Civil e Direito Processual do Trabalho 
 
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II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for 
reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou 
que sejam parcialmente alterados os réus da demanda; 
III - quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, § 3o, 
ao juízo prevento. 
Parágrafo único. Havendo intervenção de terceiro, reconvenção ou 
outra hipótese de ampliação objetiva do processo, o juiz, de ofício, 
mandará proceder à respectiva anotação pelo distribuidor. 
 O cidadão ajuíza RT e ela é extinta sem julgamento de mérito por qualquer motivo. A 
reiteração do pedido não deve ser distribuída de forma aleatória, mas sim, de forma 
dependente ao Juízo da primeira ação, ainda que haja alteração parcial das partes. 
 
4 MODIFICAÇÃO E PRORROGAÇÃO DE COMPETENCIA: ABSOLUTA X RELATIVA 
 A grande maioria dos autores tratam como sinônimas as expressões modificação e 
prorrogação de competência. Entretanto, o professor Leonardo Greco, que aprofunda o 
assunto, alega que há diferença. O art. 65 do NCPC é um exemplo de que a própria lei 
confunde os dois termos: 
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a 
incompetência em preliminar de contestação. 
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo 
Ministério Público nas causas em que atuar. 
 Nesse caso, segundo Leonardo Greco, não seria prorrogação de competência, mas 
sim, modificação. 
 Doutrina majoritária: não há diferença entre os termos, tendo em vista que o próprio 
código também não faz a distinção. 
 Doutrina minoritária, que tem como exemplo Leonardo Greco: modificação diz que 
um foro que era incompetente passa a ser competente ou o contrário. São os casos: 
● Não arguição de incompetência relativa (territorial, por exemplo) – Exemplo: art. 65 
já citado - ação ajuizada em SP quando a prestação de serviços se deu em outro lugar. Se o 
réu não arguir a incompetência de SP, este passa a ser competente para o julgamento da 
causa. Há a modificação da competência. 
OBSERVAÇÃO: Pelo NCPC qualquer arguição de incompetência, seja ela absoluta ou 
relativa, será em preliminar de contestação. Não existe mais a exceção de incompetência. 
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● foro de eleição – as partes podem escolher o foro para apreciar a causa, 
modificando a competência. 
 A prorrogação da competência é a extensão da competência de um órgão só pelo fato 
de ser competente para julgar uma primeira causa. Ela não modifica, necessariamente, a 
competência. 
Exemplo: uma ação foi distribuída para a vara x do RJ, que também será a 
competente para julgar a reconvenção e a denunciação da lide, por exemplo. A empresa 
poderia ajuizar uma ação autônoma, mas prefere a reconvenção. Não houve modificação de 
nenhuma regra de competência, que continua a ser o RJ, por exemplo. 
 Vale ressaltar que a competência absoluta nunca se modifica ou se prorroga. 
Exemplo: ação é ajuizada na Justiça Comum, mas a Justiça do Trabalho é que é a 
competente. Ainda que ninguém argua isso no primeiro grau de jurisdição, não há a 
prorrogação da competência. Assim, somente a competência relativa é que é suscetível de 
prorrogação ou modificação. 
 
4.1 CONEXÃO: CONCEITO, NATUREZA JURÍDICA E OBJETIVOS 
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for 
comum o pedido ou a causa de pedir. 
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão 
conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. 
§ 2o Aplica-se o disposto no caput: 
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa 
ao mesmo ato jurídico; 
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo. 
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que 
possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou 
contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão 
entre eles. 
 Conexão é uma relação de semelhança entre demandas. É um fato jurídico-
processual stricto sensu, porque independe da vontade humana. 
 Quais são os efeitos jurídicos da conexão? 
 Direito Processual Civil e Direito Processual do Trabalho 
 
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O principal é a reunião das ações conexas, para o julgamento conjunto, salvo se um 
deles já houver sido sentenciado. Ao prever a exceção no caso de processos já sentenciados 
(§1º do art.55), o NCPC cristalizou um novo entendimento que já era pacífico no STJ. 
 O objetivo da conexão é evitar julgamentos conflitantes e prestigiar a economia 
processual, são os dois objetivos. 
 Há obrigatoriedade da reunião dos processos conexos? A conexão é fato jurídico e ele 
existe independentemente de qualquer coisa, mas o efeito da reunião dos processos 
é obrigatório? 
São duas correntes e não há majoritária, devendo o tema ser acompanhado a partir 
do NCPC, pois ele direciona a discussão em umsentido: 
● Sim – defendida por Fredie Didier - é obrigatória, pois sempre que duas causas 
envolverem o mesmo pedido e a mesma relação jurídica, haverá o risco de decisões 
conflitantes. 
Exemplo: ação de despejo do locador e o locatário ajuíza ação de consignação em 
pagamento, alegando recusa do locador em receber o aluguel. Há o risco de decisões 
conflitantes obviamente. Assim, sempre que existir identidade de pedido ou causa de pedir, 
há o risco de decisões conflitantes e, por isso, a reunião dos processos é obrigatória. 
● Não – defendida por Leonardo Greco, por exemplo – o juiz deve avaliar se há o risco 
de decisões conflitantes e se há prejuízo à celeridade processual e, por meio de sua avaliação 
discricionária, decidir se deve ou não reunir os processos. Segundo essa corrente, não é 
obrigatória a reunião dos processos conexos. 
 A conexão, pois, pode ter o efeito de reunir os processos, mas nem sempre implica 
nessa reunião, ainda que se adote a primeira corrente (a da obrigatoriedade). Algumas 
situações podem gerar o efeito de não reunir os processos, como no caso de processo já 
sentenciado. Por outro lado, mesmo que não haja conexão, se houver possibilidade de 
decisões conflitantes, será o caso de reunião dos processos para julgamento conjunto (§3 do 
art. 55 do CPC) 
 Então, se pensarmos bem, bastaria a regra do §3, sem que fosse necessário falar de 
conexão. Seria muito mais simples e inteligente. 
 Dispõe o art. 842 da CLT: 
Art. 842 - Sendo várias as reclamações e havendo identidade de 
matéria, poderão ser acumuladas num só processo, se se tratar de 
empregados da mesma empresa ou estabelecimento. 
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Renato Saraiva e Aryanna Manfredini entendem que esse artigo aborda o caso de 
conexão, mas somente eles falam isso. Na verdade, esse artigo é caso de litisconsórcio, já 
que identidade de matéria não é a mesma coisa que identidade de causa de pedir. 
Exemplo: três trabalhadores querem ingressar com uma ação pedindo horas extras. 
Há identidade de matéria, mas não de causa de pedir, pois cada um tem o seu próprio direito 
a suas horas extras, ainda que o horário trabalhado seja o mesmo e a matéria seja idêntica. 
Da mesma forma, dez trabalhadores trabalham num mesmo ambiente de trabalho e querem 
adicional de insalubridade. Cada um vai receber o seu próprio valor pelo trabalho no local, 
então, a causa de pedir é diferente, não é idêntica. Mas vamos estudar isso mais à frente, 
quando estudarmos causa de pedir. 
 Assim, o art. 842 é regra de litisconsórcio e não de conexão. 
 A conexão sempre gera modificação de competência? Não, nem sempre. 
Exemplo: vara única de Angra dos Reis. Chega um primeiro processo (p1) na Vara de 
Angra e depois chega outro (p2), conexo. Eles serão reunidos para julgamento conjunto, mas 
não haverá modificação da competência, pois a Vara é única. 
Se os juízos em que correm os processos forem diferentes, aí sim, há a modificação da 
competência. Exemplo: primeiro processo distribuído em comarcas diferentes, um no RJ e o 
outro em Angra. Aí há a modificação de competência, com a remessa do processo de Angra 
para o RJ. O juízo do RJ que era incompetente, passa a ser competente. 
 O NCPC trata a conexão como causa de modificação da competência, conforme 
observa-se no art. 
Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou 
pela continência, observado o disposto nesta Seção. 
 
4.2 CONTINÊNCIA 
 Vejamos o teor do art. 56 do NCPC: 
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando 
houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido 
de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. 
 Na continência, há identidade de partes e de causa de pedir, mas um pedido é mais 
abrangente que o outro. É uma modalidade qualificada de conexão, pois esta é 
simplesmente a identidade de causa de pedir e aquela é a identidade de partes, de causa de 
pedir e o pedido é mais abrangente. 
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O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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 Não confundir continência com litispendência parcial – Exemplo: empregado que 
tenha ficado com incapacidade laborativa total e definitiva. Ajuíza um primeiro processo em 
que postula pensão mensal até os 70 anos; então, o advogado do reclamante vê que fez 
besteira, pois pediu a pensão até 70 anos apenas e deveria ter pedido pensão vitalícia, pode 
ser que esse reclamante viva mais que os 70 anos. Aí ingressa com nova ação e pede pensão 
vitalícia, corrigindo o equívoco. Esse é um caso de continência, pois as partes e a causa de 
pedir são as mesmas e o pedido da segunda ação é mais abrangente que o da primeira. 
 Agora, imaginemos o caso de que o advogado na primeira ação pediu a pensão 
vitalícia, mas ingressa com outra ação pedindo a pensão vitalícia e danos morais. Aqui, há 
litispendência parcial, porque há litispendência com relação ao pedido de pensão vitalícia, o 
qual será extinto sem resolução de mérito. Apenas os danos morais serão julgados. 
 No caso da continência em que o primeiro processo é a ação menor (ação contida) e 
o segundo processo a ação maior (ação continente), os processos serão reunidos para 
julgamento conjunto. Nada obstante, se o primeiro processo (p1) for a ação mais abrangente 
(ação continente) e o segundo processo (p2) for a ação menor (ação contida), a solução é a 
extinção sem resolução de mérito de p2. 
 Essa é a conclusão do art. 57 do CPC: 
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido 
proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será 
proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações 
serão necessariamente reunidas. 
 
5 CONFLITO DE COMPETÊNCIA 
Art. 66. Há conflito de competência quando: 
I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes; 
II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo 
um ao outro a competência; 
III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião 
ou separação de processos. 
Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada 
deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir a outro juízo. 
 O inciso III refere-se à conexão, à continência e ao caso do art. 55, § 3, do NCPC. 
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 O juiz A declinou a competência para o juízo B. Se este entender que aquele é 
competente, deve suscitar o conflito. Mas se entender que o C é que é o juízo competente, 
deve encaminhar o processo para C (§único do art. 66 do NCPC), sem suscitar o conflito. 
 O conflito de competência pode ser arguido pelas partes (por petição), pelo MP (por 
petição) ou pelo próprio juiz (por ofício). 
 Pode ser positivo, quando dois ou mais órgãos jurisdicionais entendem ser 
competentes (inc. I do art. 66 do CPC), ou negativo, quando ambos entendem serincompetentes (inc. II do art. 66 do CPC). No caso do inc. III, o conflito de competência pode 
ser negativo ou positivo. 
 É importante o estudo dos demais artigos do CPC sobre conflito de competência: 
 Art. 951. O conflito de competência pode ser suscitado por qualquer 
das partes, pelo Ministério Público ou pelo juiz. 
Parágrafo único. O Ministério Público somente será ouvido nos 
conflitos de competência relativos aos processos previstos no art. 178, 
mas terá qualidade de parte nos conflitos que suscitar. 
Art. 952. Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, arguiu 
incompetência relativa. 
Parágrafo único. O conflito de competência não obsta, porém, a que 
a parte que não o arguiu suscite a incompetência. 
Art. 953. O conflito será suscitado ao tribunal: 
I - pelo juiz, por ofício; 
II - pela parte e pelo Ministério Público, por petição. 
Parágrafo único. O ofício e a petição serão instruídos com os 
documentos necessários à prova do conflito. 
Art. 954. Após a distribuição, o relator determinará a oitiva dos juízes 
em conflito ou, se um deles for suscitante, apenas do suscitado. 
Parágrafo único. No prazo designado pelo relator, incumbirá ao juiz 
ou aos juízes prestar as informações. 
Art. 955. O relator poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer 
das partes, determinar, quando o conflito for positivo, o 
sobrestamento do processo e, nesse caso, bem como no de conflito 
negativo, designará um dos juízes para resolver, em caráter 
provisório, as medidas urgentes. 
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Parágrafo único. O relator poderá julgar de plano o conflito de 
competência quando sua decisão se fundar em: 
I - súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de 
Justiça ou do próprio tribunal; 
II - tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente 
de assunção de competência. 
Art. 956. Decorrido o prazo designado pelo relator, será ouvido o 
Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias, ainda que as 
informações não tenham sido prestadas, e, em seguida, o conflito irá 
a julgamento. 
Art. 957. Ao decidir o conflito, o tribunal declarará qual o juízo 
competente, pronunciando-se também sobre a validade dos atos do 
juízo incompetente. 
Parágrafo único. Os autos do processo em que se manifestou o 
conflito serão remetidos ao juiz declarado competente. 
Art. 958. No conflito que envolva órgãos fracionários dos tribunais, 
desembargadores e juízes em exercício no tribunal, observar-se-á o 
que dispuser o regimento interno do tribunal. 
Art. 959. O regimento interno do tribunal regulará o processo e o 
julgamento do conflito de atribuições entre autoridade judiciária e 
autoridade administrativa. 
 O conflito de competência é sempre julgado pelo órgão superior aos dois órgãos que 
estão no conflito. O juízo relator pode definir um juízo de urgência, que decidirá as questões 
que surgirem antes do julgamento do conflito de competência. 
 Quais os órgãos competentes para julgar os conflitos de competência? 
Possibilidades: 
● Conflito entre juízes de um mesmo TRT – competência do TRT para julgamento; 
● Conflito entre juízes de TRTs diferentes – competência do TST para julgamento; 
● Conflito entre juiz de primeiro grau de um TRT e outro TRT – competência do TST 
para julgamento; 
● Conflito entre juiz do trabalho e juiz estadual – competência do STJ para 
julgamento; 
● Conflito entre TRT e outro TRT – competência do TST para julgamento; 
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● Conflito entre o TST e qualquer outro órgão jurisdicional que não integre a 
estrutura da Justiça do Trabalho (juiz de direito, juiz federal, TJ, TRF, etc.) - competência do 
STF para julgamento. 
OBSERVAÇÃO: JAMAIS HÁ CONFLITO DE COMPETÊNCIA ENTRE UM JUIZ E O TRT AO 
QUAL ELE ESTÁ VINCULADO, P. EX. CONFLITO DE COMPETÊNCIA ENTRE UM JUIZ LOTADO NO 
RJ E O PRÓPRIO TRT1. 
 
6 RECURSO CABÍVEL EM RELAÇÃO A UMA DECISÃO SOBRE COMPETÊNCIA 
JURISDICIONAL 
 Se a decisão for pela incompetência, vai remeter o processo. Se pela competência, o 
processo vai prosseguir. Então, em regra, o processo não é extinto e a decisão é 
interlocutória, sendo certo que no Processo do Trabalho vigora o princípio da 
irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias. Em princípio então, essa decisão será 
irrecorrível de imediato. 
 Se houver 10 pedidos e o juízo for incompetente para um pedido, aí sim, há a 
extinção do processo sem resolução do mérito com relação a apenas esse pedido. 
 Exceção – Súmula 214 do TST: 
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) - 
Res. 127/2005, DJ 14, 15 e 16.03.2005 
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as 
decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas 
hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à 
Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do 
Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o 
mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, 
com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a 
que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, 
§ 2º, da CLT. 
 Essa súmula terá a redação revista porque, segundo o Novo CPC, não existe mais 
exceção de incompetência no Processo Civil. 
 Exemplo: Ação ajuizada em Florianópolis-SC e o réu argui a incompetência territorial, 
solicitando a remessa dos autos para Curitiba-PR. Se o juiz acolhe a incompetência, cabe 
recurso de imediato, ante o teor da alínea c da súmula 214 do TST. E qual é o recurso? 
Recurso ordinário e não agravo de instrumento, porque o TST entende que é uma ação que 
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extingue o processo no âmbito do tribunal – seria uma espécie de extinção imprópria. O 
agravo de instrumento no processo do trabalho tem o objetivo apenas de destrancar recurso, 
não serve para decisão interlocutória em geral. 
 E no Processo Civil, como funciona? 
No CPC, não há qualquer dispositivo legal que fale sobre a recorribilidade das 
decisões sobre competência. Ou seja, também no Processo Civil a regra é a irrecorribilidade 
imediata das decisões interlocutórias. É o Processo Civil se aproximando do Processo do 
Trabalho. Se cair numa primeira fase, essa é a resposta: não há previsão para recurso de 
decisão sobre competência ou incompetência no Processo Civil. 
 Se cair numa segunda fase, deve-se aprofundar. Didier faz uma interpretação 
extensiva do art. 1015 do NCPC, que prevê cabimento de agravo de instrumento no caso de 
decisão que rejeite arguição de convenção de arbitragem. Como o CPC não prevê o recurso 
em tal hipótese (decisões sobre competência) e como é uma situação que pode gerar danos 
ao processo, com anulação de um processolá na frente e afronta à economia processual e à 
duração razoável do processo e, ainda, por ser uma situação que se assemelha à questão da 
competência, deve esse artigo ser interpretado extensivamente e caberá recurso, que, no 
Processo Civil, seria o agravo de instrumento. 
CPC, Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões 
interlocutórias que versarem sobre: 
I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do 
pedido de sua revogação; 
VI - exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos 
embargos à execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o; 
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XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra 
decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença 
ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no 
processo de inventário.

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