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TCC PEDAGOGIA CLAUDIENE FINAL


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CLAUDIANE SANTOS BORGES
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Olho D’água Grande – AL
2018
CLAUDIANE SANTOS BORGES
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Instituição Faculdade de Ensino Regional Alternativa-FERA como requisito final para a conclusão do Curso de Pedagogia.
 Orientador (a): Karine de Queiroz Martins
Olho D’água Grande – AL
2018
À minha família, por todos os esforços que fizeram para que eu pudesse estudar, bem como pelo carinho e ajuda no meu sucesso, dedico este estudo.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, por ter oportunidade aos estudos e por estar sempre me dando força e fé, me guiando, e iluminando meus caminhos. A minha família por estar ao meu lado sempre, me dando apoio e incentivo aos estudar.
 Aos professores pelo carinho e dedicação e por todo conhecimento que por eles foram mediado para que eu pudesse chegar à conclusão do curso de Pedagogia.
Aos colegas de turma, pela colaboração, amizade, companheirismo, e por todas as trocas de conhecimento, pela qual, foi de grande contribuição para meu aprendizado. 
Quanto mais conscientizados nos tornamos, mais capacitados estamos para ser anunciadores e denunciadores, graças ao compromisso de transformação que assumimos.
 (Paulo Freire)
RESUMO
Este Trabalho de conclusão de curso - TCC se apresenta sob a linha de pesquisa Metodologias de Ensino, organizada através de pesquisa bibliográfica sobre a construção através do letramento das series inicias no ensino aprendizagem da educação infantil, sabemos que a educação hoje, vem sofrendo inúmeras influências de, Dessa forma abordará o seguinte contexto, tem como objetivo geral entender a alfabetização e letramento que é o comprometimento social, e leitura de mundo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório, que por fim contemplará uma pesquisa de campo. Para que fosse alcançado o objetivo da pesquisa foi utilizado o método de indutivo, e depois um questionário com os professores. Este tema foi de escolha por ter tanta repercussão hoje em dia à alfabetização e o letramento, sabendo-se que está associado com a leitura e interpretação que o sujeito faz do mundo.
 Palavras-Chave: Letramento, comprometimento social, leitura de mundo.
ABSTRACT
This work of conclusion of course - TCC is presented under the research line Teaching Methodologies, organized through bibliographical research on the construction through the literacy of the initial series in the teaching of early childhood education, we know that education today, has been suffering countless influences Thus, it will address the following context, its general objective is to understand literacy and literacy that is social commitment, and world reading. This is a qualitative research of an exploratory nature, which will finally contemplate a field research. In order to achieve the objective of the research, the inductive method was used, and then a questionnaire with the teachers. This subject was chosen because it has so much repercussion nowadays to literacy and literacy, knowing that it is associated with the reading and interpretation that the subject makes of the world.
Key words: Literacy, social commitment, world reading.
Sumário
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................09
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................11
2.1 O conceito de Alfabetização.............................................................................11
2.2 A importância do Letramento no Processo de Alfabetização...........................18
 2.3 O Papel da Sociolinguística no Processo de alfabetização e Letramento.......25
 3 METODOLOGIA....................................................................................................33
 3.1 O local e os sujeitos de pesquisa....................................................................33
3.2 procedimentos de coleta de dados...................................................................33
 3.3 Procedimentos de análise dos dados...............................................................33
4. DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS...................................................34
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS	40
6. REFERÊNCIAS......................................................................................................42
 
SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR DO AGRESTE LTDA - SOESA 
 FACULDADE DE ENSINO REGIONAL ALTERNATIVA – FERA
. ANEXOS................................................................................................................47
1. INTRODUÇÃO
Uma das grandes conquistas do ser humano sem dúvida alguma é a escrita, uma vez que observamos que ao longo da história cada povo tenta de alguma maneira registrar com desenhos ou rabiscos sua passagem naquele momento. É na escola onde o aluno passa boa parte de sua vida buscando compreender como se dá esse processo da escrita e da leitura nos dias atuais. 
 Os desafios e dificuldades relacionados à aprendizagem da escrita e leitura têm sido uma realidade na sociedade brasileira. Diante disso, a alfabetização aliada ao letramento terá um sentido maior, pois a leitura e a escrita têm suas finalidades que não se esgotam na codificação e decodificação, mas tem base na prática social.
 ROJO (2009) fala que a escola tem que oportunizar ao educando várias práticas sociais que abranjam a leitura e a escrita, na vivência da cidade, com característica democrática, crítica e ética, ou seja, que a educação linguística seja de modo ético e democrático no século XXI.
Desse modo, a alfabetização seria um processo de conhecer o código da escrita e leitura. Está relacionada às competências e habilidades desenvolvidas no ato da leitura e escrita. Antes, pensava-se que a criança só começaria no mundo da leitura quando fosse alfabetizada. Este pensamento foi superado com a concepção de letramento, pois leva-se em conta toda a experiência da criança com a leitura, anteriormente a ser capacitada para ler signos escritos. Contudo, letramento transcorre das práticas sociais que exigem nos meios diferentes, contextos que envolvem a compreensão e a expressão lógica e verbal da escrita e da leitura (SOARES, 2014). 
 Diante disso, este trabalho justifica-se por colaborar com as discussões e os estudos que visam tratar da alfabetização e o letramento e sua prática em sala de aula, procurando caminhos para que os alunos possam desenvolver suas capacidades e habilidades de escrita e leitura na sociedade com êxito. 
Para VAL (2006, p. 19), pode-se definir alfabetização como o processo específico e indispensável de apropriação do sistema de escrita, a conquista dos princípios alfabético e ortográfico que possibilitem ao aluno ler e escrever com autonomia. Noutras palavras, alfabetização diz respeito à compreensão e ao domínio do chamado “código” escrito, que se organiza em torno de relações entre a pauta sonora da fala e as letras (e ouras convenções) usadas para representá-la, a pauta, na escrita.
 O objetivo geral é identificar o enfoque do professor sobre o modo como ele trabalha o letramento. Os objetivos específicos são: (a) verificar a perspectiva de alfabetização de docentes no 1°, 2° e 3° ano do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais e (b) analisar o trabalho de alfabetizar sob a ótica do letramento.
 No segundo capítulo, foi feita uma discussãoteórica sobre a alfabetização, partindo das ideias de Soares (2010) e os múltiplos letramentos de Roxo (2009). No terceiro capítulo, trata-se sobre a metodologia utilizada para a coleta de dados como, local e sujeitos da pesquisa e procedimentos de análise de dados. E por fim, no quarto capítulo, a partir da análise dos dados coletados durante a entrevista, elaboramos reflexões sobre todas as respostas.
 A escola é o fator fundamental na aquisição do habito da leitura e a formação de leitores, é na escola que podemos identificar e se formar leitores. Para alguns estudiosos existem três objetivos distintos para compreender a importância do habito de ler: Ler por prazer: Ler para estudar: Ler para se informar. O habito de ler não se resume apenas em decifrar sinais, mas, sim de adquirir a capacidade de dar sentido a situação e fatos. O habito da leitura deve ser abrangente e divergente de obrigação
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 O conceito de Alfabetização
Em nosso país, a história da alfabetização tem sua face mais visível na história dos métodos de alfabetização, em torno dos quais, especialmente desde o final do século XIX, vêm-se gerando tensas disputas relacionadas com "antigas" e "novas" explicações para um mesmo problema: a dificuldade de nossas crianças em aprender a ler e a escrever, especialmente na escola pública.
 No Brasil ao final do século XIX, especialmente com a proclamação da República, a educação ganhou destaque como uma das utopias da modernidade. A escola, por sua vez, consolidou-se como lugar necessariamente institucionalizado para o preparo das novas gerações, com vistas a atender aos ideais do Estado republicano, pautado pela necessidade de instauração de uma nova ordem política e social; e a universalização da escola assumiu importante papel como instrumento de modernização e progresso do Estado-Nação, como principal propulsora do “esclarecimento das massas iletradas 
 Para Soares (2014), a alfabetização caracteriza em um processo de aprendizagem da escrita. Uma pessoa alfabetizada é aquela que consegue usar corretamente o sistema de regras formais de sua língua quando escreve, e não alfabetizada quando só consegue decodificar letras em som, lendo sem contexto, a palavra isolada. A alfabetização é uma representação da fala em escrita, porém, é também a compreensão e manifestação em seus significados através do escrito. É relevante salientar que a língua escrita não é uma simples reprodução da língua oral. Nas línguas oral processo comunicativo é distinto da expressão escrita. A língua oral utiliza-se de recursos na expressão fora da língua como: movimentos, gestos, caretas e etc. Já na língua escrita é preciso deixar claro o que se quer passar, e o leitor pode voltar e tentar uma melhor compreensão.
Em síntese: uma teoria coerente da alfabetização deverá basear-se em um conceito desse processo suficientemente abrangente para incluir a abordagem “mecânica” do ler / escrever, o enfoque da língua escrita como um meio de expressão / compreensão, com especificidade e autonomia em relação à língua oral, e, ainda, os determinantes sociais das funções e fins da aprendizagem da língua escrita (SOARES, 2014, p.18).
 Portanto, a alfabetização envolve tanto codificar e decodificar, aprender a lê e a escrever, mas ainda é preciso envolver-se na leitura e na escrita, entender o que se lê, fazendo interpretação de todo o enunciado. É preciso ter o domínio da língua oral para utilizar em vários contextos sociais. E que a alfabetização envolve vários fatores sociais que a afetam indiretamente.
 Soares (2014) diz sobre o aspecto social na alfabetização, que em cada país terá uma realidade diferente, assim como em diferentes classes sociais as funções e fins terá significados opostos, então a alfabetização está relacionado ao contexto histórico, político, econômico, social e cultural.
 Soares (2014), fala que o processo de alfabetização é um conjunto de habilidades e exige interligações dos pressupostos de diferentes áreas sobre teoria e estudo de suas facetas. Envolve a sociolinguística, linguística, psicologia e psicolinguística. Na educação tradicional, a psicologia aliava-se à alfabetização para estudos e pesquisas e surge uma teoria relacionada à ideologia do dom. Assim, justificava-se que o fracasso da alfabetização ou sucesso estaria relacionado ao QI e habilidades exclusivas. No entanto, muda-se o olhar quando surge a psicologia genética de Piaget.
 Nessa perspectiva, o sucesso ou fracasso da alfabetização relacionam-se com o estágio de compreensão da natureza simbólica da escrita em que se encontra a criança (SOARES, 2014, p.19).
Esse significado instrumental atribuído à alfabetização pela escola serve, naturalmente, apenas às classes privilegiadas, para as quais aprender a ler e a escrever é, realmente, não mais que adquirir um instrumento de obtenção de conhecimentos, já que, por suas condições de classe, já dominam a forma de pensamento subjacente à língua escrita, já têm o monopólio da construção do saber considerado legítimo e já detêm o poder político. Para as classes dominadas, o significado meramente instrumental atribuído à alfabetização, esvaziando-a de seu sentido político, reforça a cultura dominante e as relações de poder existentes, e afasta essas classes da participação na construção e na partilha do saber (SOARES, 2014, p.23)
Conclui-se que, à natureza complexa do processo de alfabetização, com suas facetas psicológica, psicolinguística, sociolinguística e linguística, é preciso acrescentar os fatores sociais, econômicos, culturais e políticos que o condicionam. Uma teoria coerente da alfabetização só será possível se a articulação e integração das várias facetas do processo forem contextualizadas social e culturalmente e iluminadas por uma postura política que resgate seu verdadeiro significado (SOARES, 2014, p.23).
A educação ainda é tida apenas como um espaço de se depositar e quanto mais e mais informação sem qualidade, essa é uma crítica que Freire, 2005 faz sobre a educação bancária, aquela que o professor leva seus alunos a memorizar os conteúdos mecanicamente, como se o educando fosse um objeto vazio e, assim, o professor onisciente irá depositar o conhecimento. 
 “Em lugar de comunicar-se, o educador faz ‘comunicados’ e depósitos que os educandos, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem. Eis aí a concepção ‘bancária’ da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos educandos é a de receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-los.” (FREIRE, 2005, p 66)
 Este pensamento de depositar conteúdo é arcaico, pois o sujeito não pode vir a ser sujeito, fora da busca, onde o ser se percebe inacabado. É preciso que o sujeito não só receba conteúdo, mas, invente, critique, reinvente, crie e assim, ele possa aprender pela mediação do educador. 
 “Na visão “bancária” da educação, o “saber” é uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber. Doação que se funda numa das manifestações instrumentais da ideologia da opressão – a absolutização da ignorância, que constitui o que chamamos de alienação da ignorância, segundo a qual está se encontra sempre no outro.” (FREIRE, 2005, p.67).
 O pensamento do educador que acha que é o dono do conhecimento e que o educando nada sabe continua por perpetuar a exclusão do direito de busca do conhecimento com seu aluno, na possibilidade de fazê-lo participante do seu aprendizado.
 Freire (2002), fala sobre a importância da leitura de mundo que cada um tem e deve ser associado à leitura da palavra, de tornar a escrever, ou de modificar pela ação consciente e transformadora como educador. “A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquela.” (FREIRE, 2002, p.11). 
 Dessa posição referente à leitura da palavra, onde o seu significado fora de seu contexto, de sua vivência, de seu conhecimento prévio, não se podehaver uma crítica compreensão do ato de ler. Freire conta sua experiência na infância de sua leitura de mundo e sua leitura da palavra, uma entrelaçada a outra. 
 Segundo Bortoni-Ricardo e Machado a consciência fonológica é a habilidade de refletir conscientemente sobre o som dos fonemas, das partes das palavras e das palavras. E que a consciência fonológica é de suma importância no processo de alfabetização, e a sua falta trará consequências de dificuldades para aprender a ler, podendo ainda dar origem a transtorno de aprendizagem e que com o passar do tempo poderá se agravar tendo a necessidade de especialista.
 O exercício do trabalho com a consciência fonológica é imbricado aos métodos sintéticos, que se inicia com as letras, depois as sílabas e logo após as palavras. O grafema e o fonema se unem às percepções visuais e auditivas. Muitos estudiosos concordam que este é o começo para a aquisição do sistema alfabético. Desenvolver variadas atividades pedagógicas com a atenção voltada para oralidade e assim, planejar atividades para habilidades de diferenciação de sons da fala. Para desenvolver estas propriedades da consciência fonológica, é necessária a percepção auditiva, como ritmo, memorização, silabação e outros. 
Também se deve trabalhar com cantigas de roda, rimas, poesias, músicas, trava-línguas e a própria oralidade na leitura e conotação de histórias e em vários contextos. “A consciência fonológica é um recurso metalinguístico que deve anteceder a compreensão do princípio alfabético de escrita, beneficiando essa apropriação.” (BORTONI-RICADO, MACHADO, p33) 
Reconhecer esta realidade não significa, porém, abrir mão de utilizar a mídia como fonte motivadora porque conectada com a realidade vivida por alunos e professores. Trata-se, na verdade, de fornecer os elementos necessários a alunos e professores para fazerem a leitura crítica da mídia a partir da leitura do mundo, tarefa ímpar da escola, que tem ou deveria ter os instrumentos necessários para estabelecer a necessária relação e conexão entre os fragmentos dos fatos e sua historicidade.
A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação àquilo que vê. Assim, é alcançada uma condição em que a criança começa a agir independentemente daquilo que vê. O lúdico através do brincar, a criança consegue separar pensamento, ou seja, significado de uma palavra de objetos, e a ação surge das ideias, não das coisas. 
De acordo com Craidy & Kaercher (2001) Vygotsky para ele novamente que quando uma criança coloca várias cadeiras uma através da outra e diz que é um trem, percebe-se que ela já é capaz de simbolizar, esta capacidade representa um passo importante para o desenvolvimento do pensamento da criança. 
Brincando, a criança exercita suas potencialidades e se desenvolve, pois há todo um desafio, contido nas situações lúdicas, que provoca o pensamento e leva as crianças a alcançarem níveis de desenvolvimento que só as ações por motivações essenciais conseguem. Elas passam a agir e esforça-se sem sentir cansaço, não ficam estressadas porque estão livres de cobranças, avançam, ousam, descobrem, realizam com alegria, sentindo-se mais capazes e, portanto, mais confiantes em si mesmas e predispostas a aprender. Segundo Oliveira (2000, p. 19):
O brincar, por ser uma atividade livre que não inibe a fantasia, favorece o fortalecimento da autonomia da criança e contribui para a não formação e até quebra de estruturas defensivas. Ao brincar de que é a mãe da boneca, por exemplo, a menina não apenas imita e se identifica com a figura materna, mas realmente vive intensamente a situação de poder gerar filhos, e de ser uma mãe boa, forte e confiável.
Nesse caso, a brincadeira favorece o desenvolvimento individual da criança, ajuda a internalizar as normas sociais e a assumir comportamentos mais avançados que aqueles vivenciados no cotidiano, aprofundando o seu conhecimento sobre as dimensões da vida social. De acordo com Vygotsky, Luria & Leontiev (1998, p. 125) O brinquedo “(...) surge a partir de sua necessidade de agir em relação não apenas ao mundo mais amplo dos adultos”, entretanto, a ação passa a ser guiada pela maneira como a criança observa os outros agirem ou de como lhe disseram, e assim por diante. 
À medida que cresce, sustentada pelas imagens mentais que já se formou, a criança utiliza-se do jogo simbólico para criar significados para objetos e espaços. Neste ponto os processos de desenvolvimento infantil apontam que o brincar é um importante processo psicológico, fonte de desenvolvimento e aprendizagem. 
De acordo com Vygotsky (1998), um dos principais representantes dessa visão, o brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e/ou adultos. 
Tal concepção se afasta da visão predominante da brincadeira como atividade restrita à assimilação de códigos e papéis sociais e culturais, cuja função principal seria facilitar o processo de socialização da criança e a sua integração à sociedade.
Atualmente na educação na Educação Infantil o brincar é um potente meio de aprendizagem experiencial, com o brincar na sala de aula está cada vez mais atraente, ou permite, no lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social e continuo.  Dessa forma a proposta do lúdico é promover uma alfabetização significativa na prática educacional, é incorporar o conhecimento através das características do conhecimento do mundo. Isso significa que o lúdico promove o rendimento escolar além do conhecimento, oralidade, pensamento e o sentido.  Segundo, Goés (2008, p 37), ele adianta que:
(...) a atividade lúdica, o jogo, o brinquedo, a brincadeira, precisam ser melhorado, compreendidos e encontrar maior espaço para ser entendido como educação. Na medida em que os professores compreenderem toda sua capacidade potencial de contribuir no desenvolvimento infantil, grandes mudanças irão acontecer na educação e nos sujeitos que estão inseridos nesse processo.
 Compreender a relevância do brincar possibilita aos professores um novo meio de educar hoje em dia, isso mostra a maneira apropriada, não interferindo e descaracterizando o prazer que o lúdico proporciona. Logo, o brincar utilizado como recurso pedagógico não deve ser dissociado da atividade lúdica que o compõe, sob o risco de descaracterizar-se, afinal, a vida escolar regida por normas e tempos determinados, por si só já favorece este mesmo processo, fazendo do brincar na escola um brincar diferente das outras ocasiões. 
A intervenção do professor é fundamental conveniente no processo de ensino-aprendizagem, além da interação social, ser indispensável para o desenvolvimento do conhecimento. Neste sentido o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 23, v.01):
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.
Dessa forma o professor é a peça fundamental nesse processo, devendo ser um elemento essencial. Educar não se limita em repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mas ajudar a criança a tomar consciência de si mesmo, e da sociedade. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Nesse caminho, o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 30, v.01):
O professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentosprévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano. Na instituição de educação infantil o professor constitui-se, portanto, no parceiro mais experiente, por excelência, cuja função é propiciar e garantir um ambiente rico, prazeroso, saudável e não discriminatório de experiências educativas e sociais variadas.
Educar é acima de tudo a inter-relação entre os sentimentos, os afetos e a construção do conhecimento. De acordo com esse procedimento e processo educativo, a afetividade ganha destaque, pois acreditamos que a interação afetiva ajuda mais a compreender e modificar o raciocínio do aluno.
Com isso vemos o processo de ensino e aprendizagem na escola deve ser construído, então, tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real da criança, num dado momento e com sua relação a um determinado conteúdo a ser desenvolvido, e como ponto de chegada os objetivos estabelecidos pela escola, supostamente adequados à faixa etária e ao nível de conhecimentos e habilidades de cada grupo de crianças. Assim o percurso a ser seguido nesse processo estará demarcado pelas possibilidades das crianças, isto é, pelo seu nível de desenvolvimento potencial.
A partir da leitura desses autores podemos verificar que a ludicidade, as brincadeiras, os brinquedos e os jogos são meios que a criança utiliza para se relacionar com o ambiente físico e social de onde vive, despertando sua curiosidade e ampliando seus conhecimentos e suas habilidades, nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo. 
 A importância do Letramento no Processo de Alfabetização
 No Brasil, os estudos do letramento iniciaram-se mais efetivamente na segunda metade da década de 1980. A área do conhecimento pioneira nesses estudos foi a Linguística Aplicada. Hoje, contudo, letramento é assunto de debate em diversas outras áreas, como Educação, Antropologia, História e Sociologia, para citarmos apenas algumas. Seguindo as tradições Americana e Européia, pesquisadores no Brasil começam a perceber que, embora escolarizadas, as pessoas não sabem fazer uso de seu conhecimento de leitura e escrita para comunicarem-se com sucesso em suas interações sociais, pessoais e profissionais.
 Assim, o Brasil entra na discussão internacional, incluindo, para tanto, um item vocabular novo em seu léxico: a palavra letramento (ainda não dicionarizada), cunhada, no Brasil, em 1986 (KLEIMAN, 1995).
 Numa sociedade letrada, cabe à escola o papel de ensinar a criança a ler e escrever com competência, formando cidadãos conscientes e críticos, deve-se tornar tão somente um polo cultural na qual o conhecimento sistematizado do individuo um leque de responsabilidades de atuação no mundo em que vive. Com a leitura, o homem adquire conhecimentos e obtém vantagens pessoais. 
 Dessa forma o letramento no Brasil é, sem dúvidas, o de Paulo Freire, cuja extensa obra é um esforço constante em fazer com que, ao se alfabetizar, o indivíduo conquiste também sua cidadania. Outros trabalhos incluem: Kato (1986), Tfouni (1986, 1995), Kleiman (1995), para citar apenas alguns, e a pesquisa pioneira sobre letramento no local de trabalho, de Descardeci (1992). Universidades de todo o Brasil, com predominância nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul, viram intensificados os interesses de pesquisa na área do letramento a partir do ano de 1990.
 Como todo processo, esse novo enfoque nos usos e funções sociais da escrita, bem como do papel do código escrito na formação do cidadão, requer tempo para começar a fazer parte das práticas envolvidas no ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa. Devemos, contudo, repensar, enquanto educadores, o respeito a outros saberes, para que não participemos da exclusão social de indivíduos que, à sua maneira, têm a contribuir para a nossa coletividade, mesmo à margem do mundo letrado.
 Segundo Rojo (2009), o letramento engloba dois tipos de versões, a versão fraca que está relacionando a escrita como uma questão de poder e distribuição de conhecimento para adaptar as pessoas a exercerem seus papeis numa hierarquia social, para tanto usarem seus conhecimentos linguísticos para a prática cidadã, ou seja, como função social. Já em sua versão forte seria na qual a escrita modifica o pensamento do sujeito, suas estruturas cognitivas e linguagens, no entanto corresponde a um letramento inclusivo, pois as práticas de valores culturais e práticas linguísticas elitizadas trazem consequências conflituosas para a sociedade.
 Na visão de, Rojo (2009) fala que a escola deve proporcionar aos alunos várias práticas sociais da escrita e leitura. No entanto cabe a educação linguística o trabalho na qual seja de maneira democrática e ética. E para tanto o trabalho com os letramentos múltiplos, os letramentos multissemióticos e os letramentos críticos e protagonistas. Os múltiplos letramentos é a valorização da cultura local e o conhecimento dos letramentos valorizados. Os letramentos multissemióticos que se relaciona com a área da imagem, da música e que não se esgota no letramento da escrita, pois a tecnologia cobra avanços onde cores, imagens e sons são necessários na linguagem comunicativa em uma sociedade contemporânea.
 Os letramentos críticos e protagonista é a compreensão que textos orais e escritos são carregados de significados contextualizados e, portanto ter a compreensão da publicação, onde foi publicado, quando, de quem escreveu etc., para que assim, o aluno tenha uma visão dos diferentes discursos que circulam e podendo aprender com situações hegemônico da atualidade e da globalização.
 
Magda Soares discute princípios pedagógicos da alfabetização e a importância do letramento no ensino da tecnologia da escrita. Nesse momento, a professora destaca a influência da psicogênese da língua escrita, cujas pesquisas apontam a necessidade de a criança aprender a ler e escrever por meio de práticas e materiais reais de leitura e escrita. A especialista defende que alfabetização e letramento envolvem duas aprendizagens distintas, mas que devem ocorrer de forma articulada, o que denomina como alfabetizar letrando. A educadora sublinha ainda o papel da literatura infantil e da cultura lúdica no processo de letramento da criança. Na visão de Magda Soares:
 Toda leitura da palavra pressupõe Uma leitura anterior do mundo e toda leitura da palavra implica a Volta sobre a leitura do mundo De tal maneira que “ler mundo” É “ler palavra” se constituam num Movimento em que num há ruptura Em que você vai e volta. E “ler Mundo” e “ler palavra” no fundo Para mim, implica reescrever o Mundo. Reescrever com aspas, Quer dizer, transformá-lo.
Dessa forma letramento no processo de alfabetização é utilizado a leitura na escola é o primeiro passo para a leitura do mundo. Em contrapartida, é essencial que o exercício cotidiano no uso da mídia na sala de aula não se limite à leitura de jornais, revistas ou dos veículos eletrônicos. 
Para se ler o mundo a partir dos olhares dos outros, é fundamental que seus leitores aprendam antes a ler o mundo em que vivem por meio da construção de suas próprias narrativas. Só assim será possível a construção do conhecimento, a transformação do educando em sujeito de sua própria história. A aquisição do pensamento crítico é resultado da inserção e percepção direta do aluno como agente mobilizador na sua realidade.
Há que se considerar, contudo, que adultos que retornam à escola, ou que a procuram pela primeira vez, vêm de uma experiência de vida completamente diferente daquela das crianças, bem como com objetivos completamente distintos. O uso que eles fazem da linguagem em suas vidas também difere daquele das crianças. O modo como eles representam o mundo também é diferente. ROJO (2009).
A Interdisciplinaridade oferece aos alunos inseridos no contexto educacional é necessário ter algumas reflexões, fruto das pesquisas realizadas ao longo de vinte anos no interior de escolas públicas e privadas,que permitem a eleição de outro olhar sobre a transposição das barreiras que tendem a se levantar diante da tênue linha que caracteriza a especificidade de uma disciplina. Perpassando sobre algumas delas, a tentativa será de retirar da Interdisciplinaridade Brasileiros alguns lampejos de luz que incitem a discussão.
Por outro lado, Vygotsky (1998) foca como ponto de partida a existência de uma relação entre um determinado nível de desenvolvimento, conhecimento e a capacidade potencial de aprendizagem. Segundo ele a ideia de que, para verificar o nível de desenvolvimento da criança, temos que determinar pelo menos, dois níveis de desenvolvimento. 
Autores como Vygotsky (1998), um dos principais representantes mais importantes da psicologia histórico-cultural, partiu do princípio que o sujeito se constitui nas relações com os outros, por meio de atividades caracteristicamente humanas, que são mediadas por ferramentas técnicas e semióticas. 
Nesta perspectiva, a brincadeira infantil assume uma posição privilegiada para a análise do processo de constituição do sujeito, rompendo com a visão tradicional de que ela é uma atividade natural de satisfação de instintos infantis. Ainda, o autor refere-se à brincadeira como uma maneira de expressão e apropriação do mundo das relações, das atividades e dos papéis dos adultos. A capacidade para imaginar, fazer planos, apropriar-se de novos conhecimentos surge, nas crianças, através do brincar. 
Dessa forma a brincadeira é necessária importância para o desenvolvimento infantil na medida em que a criança pode transformar e produzir novos significados. Nas situações em que a criança é motivada, é possível observar que rompe com a relação de subordinação ao objeto, atribuindo-lhe um novo significado, o que expressa seu caráter ativo, no curso de seu próprio desenvolvimento. 
O ato de brincar acontece em determinados momentos do cotidiano infantil, neste sentido contexto, Oliveira (2000) aponta o ato de brincar, como sendo um processo de humanização, no qual a criança aprende a conciliar a brincadeira de forma efetiva, criando vínculos mais duradouros. Assim, as crianças desenvolvem sua capacidade de raciocinar, de julgar, de argumentar, de como chegar a um consenso, reconhecendo o quanto isto é importante para dar início à atividade em si.
Muitos autores estudam o século XXI como o século da ludicidade vivem em tempos em que diversão, lazer, entretenimento apresentam-se como condições muito perquiridas pela sociedade. Segundo Negrine, (1994, p. 20), em estudos realizados sobre aprendizagem e desenvolvimento infantil, afirma que "quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica".
O desenvolvimento da criança através do lúdico evolvendo brinquedo, os jogos e brincadeiras, dessa forma as crianças precisam brincar para desenvolver suas sensações. Neste sentido Grando, (1995), ao se referir sobre jogos, acrescenta: o jogo se apresenta para a criança como uma atividade dinâmica, no sentido de satisfazer uma necessidade. 
Ao se observar o comportamento de uma criança jogando/brincando, pode-se perceber o quanto ela desenvolve sua capacidade de resolver os mais variados problemas, sem tirar o seu sentido lúdico. O processo de criação está ligado à sua imaginação sendo a estrutura da atividade do jogo que permitirá o surgimento de uma situação imaginária.
Já oliveira (1985, p.74) é um recurso metodológico capaz de propiciar uma aprendizagem espontânea e natural. Estimula a crítica, a criatividade, a socialização, sendo, portanto. Reconhecidos como uma das atividades mais significativa. Senão a mais significativa pelo seu contado pedagógico social. Na escolha ou na proposição de jogos, brinquedos e brincadeiras, o educador coloca seu desejo, suas convicções e suas hipóteses acerca da infância e do brincar, ou seja, um brinquedo só é brinquedo pela ação de brincar, isto é, porque alguém brinca com ele.
A aprendizagem para escola e o educador é uma ferramenta de extrema importância para os Jogos, brincadeiras, em geral são as melhores ferramentas utilizadas na educação infantil para que essa aprendizagem seja proveitosa para a criança, se faz necessário também que o educador saiba utilizá-las a favor do desenvolvimento da mesma. Logo ela assume uma função simbólica é necessária para a utilização de vários símbolos criados por nossa cultura, como por exemplo, a linguagem escrita, a matemática, as artes etc.
 A brincadeira, quando bem conduzida e estimulada no ambiente escolar, contrariamente ao que muito adultos pensam, podem auxiliar na aprendizagem infantil, especialmente no que se refere ao desenvolvimento de funções psíquicas. De nada adianta ter uma escola cheia de brinquedos e jogos se o educador os usa de forma despeça e aleatória sem nenhum objetivo e nem foco para alcançar.
Viver ludicamente significa uma forma de intervenção no mundo, indica que não apenas estamos inseridos no mundo, mas, sobretudo, que somos parte desse conhecimento prático e que essas reflexões são as nossas ferramentas para exercermos um protagonismo lúdico e ativo.
 O lúdico refere-se a uma dimensão humana que os sentimentos de liberdade de ação abrangem atividades despretensiosas, descontraídas e desobrigadas de toda e qualquer espécie de intencionalidade alheia, é livre de pressões e avaliações. Caillois (1986) afirma que o caráter gratuito presente na atividade lúdica é a características que mais a deixa desacreditada diante da sociedade moderna.
Neste, o jogo, a brincadeira, o lazer enquanto atividades livres são modelos daquilo que representa as atividades lúdicas, que se reduziram apenas em atividades infantis. Freinet (1998) denomina "práticas lúdicas fundamentais" como o não exercício específico de alguma atividade, pois, ele acredita que qualquer atividade pode se corrompida nas suas essências, dependendo do uso que se faz dela.
A atividade lúdica não é apenas o produto da atividade, o que dela resulta, é a própria ação. Isso possibilita a quem a vivência, momentos de encontro consigo e com o outro, momentos de fantasia e de realidade, de resignificação e percepção, momentos de autoconhecimento e conhecimento do outro, de cuidar de si e olhar para o outro, momento de Vida. 
Uma aula com características lúdicas não precisa ter jogos ou brinquedos. O que traz ludicidade para a sala de aula é muito mais uma atitude lúdica do educador e dos educandos.
 Assumir essa postura implica sensibilidade, envolvimento, uma mudança interna, e não apenas externa, implica não somente uma mudança cognitiva, mas, principalmente, uma mudança afetiva. A ludicidade exige uma predisposição interna, o que não se adquire apenas com a aquisição de conceitos, de conhecimentos, embora estes sejam muito importantes. 
De acordo com Teixeira (1995), vários são os motivos que induzi os educadores a apelar às atividades lúdicas e utilizá-las como um recurso pedagógico no processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma o lúdico desenvolvimento através dos jogos como método de ensino.
Se as crianças são vistas como seres sociais a aprendizagem infantil far-se-á de modo espontâneo, por meio do jogo, nas situações do cotidiano, isto é, tarefas simples como preparar alimentos, lanche, representações de peças familiares, brincar de faz-de-conta, adivinhações, etc. (KISHIMOTO, 2003a, p. 23)
Assim com esse pensamento anterior mostra que realmente os autores demonstram que o lúdico é sem dúvida um meio eficiente. Por isso que Schwartz dizia (2002), que a criança é automotivada para qualquer prática, principalmente a lúdica, sendo que tendem a notar a importância de atividades para o seu desenvolvimento, assim sendo, favorece a procura pelo retorno e pela manutenção de determinadas atividades.
Por outro lado, outro professor deverá por em brincadeira para exploração da curiosidade infantil, incentivando e melhorando o desenvolvimento da criatividade, das diferentes formas de linguagem, do bomsenso e senso crítico e de progressiva autonomia. Como também ser ativo quanto às crianças, criativo e interessado em ajudá-las a crescerem e serem felizes, fazendo das atividades lúdicas na educação Infantil excelente instrumentos facilitadores do ensino-aprendizagem.Neste sentido Carvalho (1992, p.28) que:
(...) o ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador em ludicidade, denotando-se, portanto em jogo.
 Com isso as ações com o jogo devem ser criadas e recriadas, para que sejam sempre uma nova descoberta e sempre se transformem em um novo jogo, em uma nova forma de jogar.  Quando a criança brinca, sem saber fornece várias informações a seu respeito, assim, o brincar pode ser útil para estimular seu desenvolvimento integral, tanto no ambiente familiar, quanto no ambiente escolar. É brincando também que as crianças aprendem a seguir as regras, além de ampliar o seu relacionamento social, educacional e a respeitar a si mesma e ao outro. 
Por meio da ludicidade através a criança começa a expressar-se com maior facilidade, ouvir, respeitar e discordar de opiniões, exercendo sua liderança, e sendo liderados e compartilhando sua alegria de brincar. Em contrapartida, em um ambiente sério e sem motivações, os educandos acabam evitando expressar seus pensamentos e sentimentos e realizar qualquer outra atitude com medo de serem constrangidos. Zanluchi (2005, p.91) afirma que “A criança brinca daquilo que vive; extrai sua imaginação lúdica de seu dia-a-dia.”, portanto, as crianças, tendo a oportunidade de brincar, estarão mais preparadas emocionalmente para controlar suas atitudes e emoções dentro do contexto social, obtendo assim melhores resultados gerais no desenrolar da sua vida.
O Papel da Sociolinguística no Processo de alfabetização e Letramento
Sobre a perspectiva sociolinguística, a alfabetização está relacionada com a língua, os dialetos e seus usos sociais. Quando uma criança chega à escola e ela convive com pessoas que no seu dialeto é mais voltada para normas cultas e se relacionam no seu dia a dia com livros e outros materiais escrito, essa criança ter um desenvolvimento diferenciado em seu processo de alfabetização, ao contrário das crianças das camadas populares que quase não têm acesso à cultura escrita, e que o dialeto das pessoas em seu convívio é mais distante da língua padrão. SOARES, (2014).
A leitura e a escrita têm suas funções e objetivos que são diferentes em cada classe social. No entanto, essa diferenciação altera o modo de pensar na alfabetização e na língua como sendo neutra, pois o sistema de comunicação escrito é carregado por contextos culturais, econômicos e sociais em que se utiliza. “Portanto, a alfabetização é um processo de natureza não só psicológica e psicolinguística como também de natureza sociolinguística” (SOARES, 2014, p.20).
Fazendo uma reflexão sobre a língua portuguesa, suas características e variações dentro do Brasil, Bortoni (2004) investiga a fala de origem rural e urbana e explica sobre as características gramaticais de cada uma.
 A língua rural está longe geograficamente, politicamente, socialmente dos meios comunicativos letrados e a área urbana é onde se encontra a comunicação em massa dos meios letrados. Isso acarreta diferenciação na língua de ambas, que é esclarecido na linguística moderna. Os famosos erros são um processo evolutivo da língua e perto desta língua culta estão os falantes das classes favorecidas.
 No entanto, a escola tem a missão de levar o aluno a se apropriar destas regras gramaticais, normativas, enriquecendo, assim, o seu repertório linguístico, para que as crianças das camadas populares se disponham das mais variadas formas de expressão da língua portuguesa. 
Ter orgulho de sua cultura é se expressa na fala e nos hábitos culturais de sua região, mas no nosso país alguns linguajares são mais privilegiados que outros. Nas grandes metrópoles brasileiras, é onde se concentra um maior poder econômico, e por isso acaba ocorrendo uma valorização de uma variedade linguística que passa a ser valorizada como a melhor. Com isso, os grupos das variedades linguísticas que se concentra perto do poder econômico e político, são considerados os falantes mais elegantes e corretos. “Lembre-se, porém, de que esses juízos de valor são ideologicamente motivados e geram preconceitos que devemos combater.” (Bortoni-Ricardo, 2004, p.34).
 A tarefa educativa da escola, em relação à língua materna, é justamente criar condição para que o educando desenvolva sua competência comunicativa e possa usar, com segurança, os recursos comunicativos que forem necessários para desempenhar-se bem nos contextos sociais em que interage. (Bortoni-Ricardo, p.78).
É fundamental trabalhar deste a educação infantil os valores das diferentes culturas e o não preconceito linguístico. Os linguistas vêm há algum tempo procurando os melhores caminhos para os chamados erros na sala de aula, para que não seja motivo para humilhação aos alunos. 
O papel da escola não fica só em ensinar a língua favorecida, a língua padrão, mas associar esta à língua não padrão, para que, assim, o aluno saiba que em certo momento ele poderá se comunicar na língua não padrão. Em outras circunstâncias, ele terá que apresentar a língua culta. “O falante tem de dispor em seu repertório de recursos comunicativos que lhe permitam desempenhar-se com adequação e segurança nas mais diversas situações.” (Bortoni-Ricardo, p.78).
 Bagno (1999, p.15) força essa ideia ao apresenta em seu livro Preconceito Linguístico que seria um grande mito admitir que: “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”. No entanto, a sociedade ainda vê a língua como homogênea e esse pensamento tão arraigado não compete apenas às pessoas que não têm conhecimento sobre o assunto, como também a muitos intelectuais da mesma área.
O letramento, para Kleimam (2007), tem como o objetivo a reflexão de ensino e da aprendizagem considerando os aspectos sociais da língua escrita. Assumir o letramento, segundo a autora, no espaço escolar é adotar o processo de alfabetização no processo social da escrita, em detrimento a uma concepção tradicional que considere a aprendizagem de leitura e produção textual, a um percurso de habilidades de aprendizagens individuais. Atividades que envolvem letramento, não se diferenciam das demais atividades de vida social, ou seja, são sempre atividades coletivas, cooperativas, envolvendo vários participantes e diferentes saberes. 
É de fundamental importância, que no início da vida escolar do aluno ao ingressar nas séries Iniciais do Ensino Fundamental, o professor alfabetizador registre como o mesmo agia e o que era capaz de fazer no início do ano, e também o “agora” no final desta etapa. Como citam Albuquerque e Cruz (2009, p.11) em uma pesquisa sobre prática docente na área da alfabetização:
 É de fundamental importância, que no início da vida escolar do aluno ao ingressar nas séries Iniciais do Ensino Fundamental, o professor alfabetizador registre como o mesmo agia e o que era capaz de fazer no início do ano, e também o “agora” no final desta etapa. Como citam Albuquerque e Cruz (2009, p.11) em uma pesquisa sobre prática docente na área da alfabetização:
Soares (2003) coloca que a sala de aula de alfabetização deve ter o duplo objetivo: um primeiro consiste em ajudar a criança por meio da reflexão “sobre as características dos diferentes textos que circulam ao seu redor, sobre seus estilos, usos e finalidades” e um segundo, implica em ajudá-las a se apropriar do sistema de escrita, para que tenha autonomia para interagir por meio da escrita.
O processo de alfabetização é permeado mediante a sua natureza complexa e também pelos fatores políticos, sociais, econômicos e culturais. As crianças precisam ser protagonistas e, ainda a partir do seu aprendizadona área da alfabetização para que elas possam agir para a transformação de suas próprias vidas. Segundo Ferreiro e Teberosky (1979, p.14).
O professor é a peça fundamental nesse processo, devendo ser um elemento essencial. Educar não se limita em repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mas ajudar a criança a tomar consciência de si mesmo, e da sociedade. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Nesse caminho, o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 30, v.01):
O professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano. Na instituição de educação infantil o professor constitui-se, portanto, no parceiro mais experiente, por excelência, cuja função é propiciar e garantir um ambiente rico, prazeroso, saudável e não discriminatório de experiências educativas e sociais variadas.
A escola se preocupa com educação transformadora adequada as necessidades individuais ao meio, onde os alunos aprendem não apenas a dominar conteúdos, mais como, aprendem e como estão aprendendo para que só assim eles possam contribuir para a transformação de uma sociedade onde exista o respeito entre os indivíduos de acordo com a sua concepção de homem e de mundo.. Além de trocas ideias como fala freire (2006):
É preciso que, pelo contrário, desde os começos do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e reforma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem é formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que as conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina alguma coisa a alguém (FREIRE, apud SILVA, 2006, p. 24).
 Escola cujo papel social é preparar os alunos para o exercício da cidadania neles competências e habilidades construindo valores morais, fez-se necessário adequar a sua proposta pedagógica as necessidades sociais, políticas econômicas e culturais da realidade dos alunos. Pois a troca de ideias entre os docentes faz com que fujam do tradicionalismo e passem a fazer do ensino um processo voltado para a formação dos alunos.
De acordo com Oliveira (2009, P.66) nos fala que: O planejamento não deve ser visto como peça burocrática prevista para encher pastas e gavetas da instituição na ilusão de um trabalho realizado. Deve, antes, ser o espelho real do processo e produto organicamente construído para ser executado ao longo de um período de trabalho em compasso com o que veio anteriormente e o que virá depois
Para Pimenta (1995), o PPP é um conjunto de atividades que gera a tomada de decisão e resulta em um documento de extrema importância para o bom funcionamento da escola, pois ao partir das necessidades e do confronto entre as diversas visões de mundo que influenciam o processo educativo, é uma forma de explicitar e orientar as estratégias, os instrumentos e as ações a serem desenvolvidas no ambiente escola.
Oliveira (2008) declara que as reformas atuais, legitimadas pela legislação educacional em vigor, sobretudo pela LDB, Lei n°. 9.394/96, representam um reforço ao trabalho coletivo e à necessidade de participação e envolvimento da comunidade na gestão da escola, conferindo a esta uma nova governabilidade e, ao Estado, uma crescente desresponsabilizarão.
A escola tem como seu atual diretor um professor graduado em química, e que conhece pouco sobre a escola, pelo fato de não ter trabalhado anteriormente nessa instituição. O referido diretor atua como docente há dezessete anos, teve acesso à direção da escola através de indicação política. Segundo Mendonça (2002), esse é o segundo tipo de escolha para provimento do cargo de diretor escolar mais frequente no Brasil, mesmo sendo objeto de crítica, pois, a Constituição de 1988, em seu artigo 206, inciso VI, dispõe sobre a gestão democrática, legitimando a escolha de diretor através de eleições diretas.
“Já numa tomada concepção democrática-participativa, o processo de tomada de decisões se dá coletivamente, participativamente” (LIBÂNEO, 2004, p.101). Na perspectiva democrática há um envolvimento de toda comunidade escolar, por meio de representações de cada seguimento e que possui voz no processo educativo, seja na construção do Projeto Político Pedagógico - PPP, do currículo da escola, na construção de um projeto pedagógico, entre outras. Dessa forma a participação é fundamental para uma gestão democrática.
Sobre o trabalho no contexto escolar, Lopes (2013) coloca que ele “tem o adjetivo pedagógico, diz respeito aos processos de ensinar e aprender escolares, tendo como atores principais professores e alunos” (p.13). Vale destacar que O currículo tem como base a lei 9.394/96 e está ligada a identidade da escola, pois através dela são realizadas as ações voltadas para melhoria da qualidade educacional de ensino, onde nelas estão engajados os projetos em que os alunos têm oportunidade de mostrar as suas habilidades e competências adquiridas no decorrer do projeto visando o desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes que formam os quatro pilares da educação: Saber, saber fazer, saber conviver e saber ser.
A escola os conteúdos trabalhados de acordo com a realidade a qual a escola está inserida, pois a partir deles, os alunos mostram o que já sabem e aprendem a solucionar os problemas propostos nos trabalhos escolares, diante disso a professora e diretora reforçam que a avaliação dos alunos tem como pressuposto básico. Já O coordenador pedagógico tem a função de articular, formar e transformar na escola, sendo o mediador entre alunos, professores, comunidades e o currículo. Um profissional que auxilia os professores no processo de ensino e aprendizagem, tendo conhecimento dos aspectos.
O trabalho na gestão escolar, para ser organizado e produtivo precisa de atuação coletiva. O planejamento deve ser feito por meio do empenho de toda a equipe pedagógica. Planejar coletivamente implica dialogar a respeito do que está em pauta para chegar a um resultado satisfatório. Nesse sentido, “a organização torna-se uma atividade em que o planejar e/ou prever a realização de uma ação educativa em um termo administrado, é conjugar o verbo “planejarmos” (LOPES, 2013, p.11) o que de fato corrobora para a descentralização das tomadas de decisões, do poder. Assim Lopes (2013) coloca que:
a descentralização do poder na organização do trabalho pedagógico envolveria o reconhecimento de que o poder é serviço, ou seja, organizar as atividades escolares é reconhecer-se como delegado da comunidade escolar, a comunidade escolar é um coletivo composto de sujeitos detentores de poder (vontade da vida), que concedem aos educadores escolares parte de seus poderes no sentido de organizarem a vida da comunidade a favor de todos, para o bem comum, que neste caso específico é a humanização (LOPES, 2013, p.12).
É importante que a direção participe com frequência das reuniões pedagógicas, que devem acontecer no mínimo semanalmente, a fim de conhecer as necessidades e demandas da escola, ouvir a opinião dos professores e coordenadores e expor seus argumentos. Cabe a coordenação pedagógica o papel de coordenar as reuniões pedagógicas, e à direção, as reuniões escolares, sendo que as aprovações das decisões devem ser feitas coletivamente em ambas as situações.
A Escola tem como compromisso desenvolver durante as atividades a contextualização de aprendizagens para que as crianças possamvivenciar a diversidade de situações envolvendo a cultura do brincar, estimulando a curiosidade, a iniciativa e a autoconfiança, vivencia de experiências significativas, proporcionando o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração.
Segundo Vasconcellos (2002), a situação fica complicada quando a direção não participa dessas reuniões, e quando resolve aparecer, é casualmente, provocando incômodo aos professores. O diretor que se enquadra nesse perfil, acredita que sua função é apenas resolver problemas do cotidiano e assinar papéis.
O professor é a peça fundamental nesse processo, devendo ser um elemento essencial. Educar não se limita em repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mas ajudar a criança a tomar consciência de si mesmo, e da sociedade. 
A gestão é constituída por: Assembleia geral da comunidade Escolar, conselho escolar, conselho pedagógico, por isso a instituição de ensino requer uma maior analise em busca de seus objetivos como uma ampla participação clara e coerente da comunidade acadêmica, dessa forma pode-se saber em que contexto o trabalho pedagógico irá se realizar, bem como sobre os sujeitos que dele participarão, já que envolve uma rede de relações em que estão envolvidos todos os membros pertencentes à comunidade escolar.
3 METODOLOGIA 
 3.1 O local e os sujeitos de pesquisa 
 O Local da pesquisa foi a Escola Classe 02 da Escola Municipal de Ensino Fundamental Cleonice Claudino, localizado na cidade de olho D’água Grande Alagoas no povoado Ponta da Serra. Em nosso trabalho, foram entrevistadas três professoras, sendo uma do primeiro ano, uma do segundo ano e a outra do terceiro ano dos Anos Iniciais de Alfabetização que fazem parte do reagrupamento previsto no Bloco Inicial de Alfabetização (BIA). Por uma questão didática, optamos por identificar a professora do primeiro ano como professora (1), a professora do segundo ano como professora (2), e a professora do terceiro ano como professora (3). 
 3.2 procedimentos de coleta de dados
 Para a realização da coleta de dados foi realizada uma entrevista estruturada, e para tal procedimento foi utilizado anotações contado sempre com o diálogo. O método foi um estudo de caso, a técnica utilizada para a coleta de dados foi uma entrevista estruturada, partindo de perguntas feitas, uma por uma. A partir disso te visse interação, troca de conhecimento e questionamentos. Para que assim pudéssemos ter respostas firmes e informações relevantes.
 3.3 Procedimentos de análise dos dados
 A pesquisa é de cunho qualitativo. Foi realizada com os dados coletados da entrevista a análise. Elaboramos quatro questões, de acordo com os objetivos desejados.
4. DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
O que é, para você, alfabetizar?
 Fonte alunos: Formação dos Professores entrevistados: Foram entrevistados 3 Professores
 Respostas das Professoras 
 De acordo com as professoras entrevistadas Processo no qual o individuo constrói mecanismos de codificar e decodificar no ato de ler e compreender o que leu. O processo de alfabetização dever vir junto ao do letramento que é o domínio da leitura e da escrita em âmbito maior. Apresentar à criança ao mundo da leitura e fazer dela uma prática, conduzir ao campo das letras em seu sentido e contexto social, que ela tome gosto pela leitura. É a possibilidade que você tem para ajudar, auxiliar como um agente mediador do conhecimento. Podemos verificar no gráfico a seguir:
Fonte: Aluna
 
Diante das respostas podemos verificar que os professores entrevistados acreditam que o protagonismo nos educadores; eles não devem esperar soluções prontas, mas sim buscar iniciativas para a concretização de suas metas e expectativas. Além disso, devem se articular em grupos independentes, com a sociedade, para criar e desenvolver novas ideias, novos cenários, que fortaleçam a importância da alfabetização na idade certa. 
 Logo neste sentido podemos analisar a entrevista de acordo com pensamento de Magda Soares discute princípios pedagógicos da alfabetização e a importância do letramento no ensino da tecnologia da escrita. Nesse momento, a professora destaca a influência da psicogênese da língua escrita, cujas pesquisas apontam a necessidade de a criança aprender a ler e escrever por meio de práticas e materiais reais de leitura e escrita. A especialista defende que alfabetização e letramento envolvem duas aprendizagens distintas, mas que devem ocorrer de forma articulada, o que denomina como alfabetizar letrando. A educadora sublinha ainda o papel da literatura infantil e da cultura lúdica no processo de letramento da criança.
2-Qual atividades são essenciais, e que você utiliza no processo de alfabetização? Para as Professores
Fonte: Aluna
 De acordo com o gráfico acima podemos analisar que os entrevistados eles utilizam nas atividades com material concreto como: , livros, revistas, letras, vários tipos de textos e etc. Letras, jornais, revistas, encartes, panfletos, material concreto, jogos, diferentes gêneros textuais e livros.Jornais, revistas, alfabeto móvel, banner, jogos, brincadeiras, atividades em folha, desafios, problemas enigmáticos, experiência do aluno, cruzadinhas, caça palavras.
 Os professores entrevistados mostram que as político-partidárias, entre as políticas e programas nem sempre reina o espírito de colaboração e complementaridade. Além disso, a professora atenta para a falta de propostas assentadas nos conhecimentos construídos a respeito da alfabetização e letramento e com perspectivas de continuidade. 
 A respeito do quesito avaliação, Magda Soares considera importante haver um olhar externo sobre a educação, mas com base em um currículo com metas estabelecidas de forma clara para cada etapa do ensino. Segundo a entrevistada, a autonomia do professor está na escolha dos caminhos e das ações para se chegar a essas metas.
 Na visão de Paulo Freire, os estudos sobre o letramento reconfiguraram a conotação política de uma conquista a alfabetização - que não necessariamente se coloca a serviço da libertação humana. Muito pelo contrário, a história do ensino no Brasil, a despeito de eventuais boas intenções e das “ilhas de excelência”, tem deixado rastros de um índice sempre inaceitável de analfabetismo agravado pelo quadro nacional de baixo letramento.
 Para Rojo (2009), com o advento da globalização a sociedade mudou muito, novas formas de comunicação estão cada vez mais presentes e, consequentemente, novas práticas de letramento (letramentos múltiplos) são cada vez mais exigidas. Portanto, a escola não pode deixar de trabalhar, desenvolver e valorizar essas novas práticas de letramento, já que fazem parte do universo dos alunos. Somente assim, a escola poderá preparar melhor o educando para se portar com mais autonomia diante da sociedade atual e diante dos novos conhecimentos que lhe são exigidos.
3- Qual é a relação entre a alfabetização e a prática social da escrita?
 
 
 Fonte: Aluna
De acordo com as professoras entrevistadas ressaltaram que a Alfabetização é codificar e decodificar letras e práticas social é a utilização da leitura e escrita na vida social (conscientemente).A criança já possui uma antecipação do seu letramento, quando a alfabetização está em um contexto social, onde a leitura e a escrita façam parte do seu convívio. Viabilidade que o aluno tem de contribuir para a prática social.
 Assim Freire (2000, p. 11-12) já chamava a atenção sobre a importância da valorização do “mundo” do educando e a relação que ele deve ter com o processo educacional, pois para ele “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”. Ele afirma que “linguagem e realidade se prendem dinamicamente”, pois as relações de sentido não estão localizadas apenas no texto, elas emergem da relação entre texto, contexto e conhecimento do mundo do educando.
 Para Rojo (2009,p. 107), o trabalho com os letramentos múltiplos significa deixar de “ignorar ou apagar os letramentos das culturas locais de seus agentes (professores, alunos, comunidade escolar) e colocando-os em contato com os letramentos valorizados, universais e institucionais”. Assim, a variedade de práticas de leitura e de escrita que circulam na sociedade, e que são exercidas por todos os agentes que compõe a sociedade e a escola, necessitam interligar-se, articular-se.
4- De que modo à alfabetização pode contribuir com a transformação do sujeito aluno?
 Fonte: Aluna
Professora (1):
De uma forma global, tornando o sujeito social e com conhecimento de seus direitos e deveres perante a sociedade.
Professora (2):
A alfabetização ilumina a vida do ser, dar clareza do seu potencial. Transforma-o e faz do mesmo atuante no meio em que se encontra.
Professora (3):
A alfabetização pode contribuir para a construção do conhecimento e possibilitar ao sujeito a participar como um agente ativo transformador da sociedade.
5. CONSIDERAÇOES FINAIS
Através desse trabalho de conclusão de curso percebe-se que quando se fala em desenvolver o processo de letramento nas series inicial do ensino fundamental mostra que o professor deve buscar e trazer para a sala de aula o prazer pela leitura, onde trabalhará com textos diversificados e significativos no cotidiano, assim é de extrema importância que desde cedo as crianças tenham o contato com textos autênticos e completos não apenas com palavras, sílabas e letras soltas, que quando retiradas do seu contexto perdem o sentido 
 Dessa forma a professora atenta para a falta de propostas assentadas nos conhecimentos construídos a respeito da alfabetização e letramento e com perspectivas de continuidade. A respeito do quesito avaliação, Magda Soares considera importante haver um olhar externo sobre a educação, mas com base em um currículo com metas estabelecidas de forma clara para cada etapa do ensino.
 Portanto a professora atenta para a falta de propostas assentadas nos conhecimentos construídos a respeito da alfabetização e letramento e com perspectivas de continuidade. A respeito do quesito avaliação, Magda Soares considera importante haver um olhar externo sobre a educação, mas com base em um currículo com metas estabelecidas de forma clara para cada etapa do ensino. Segundo ela, a autonomia do professor está na escolha dos caminhos e das ações para se chegar a essas metas.
Nesta concepção compreender os processos do desenvolvimento e das aprendizagens humanas, recorrendo a várias áreas e estratégias pedagógicas objetivando se ocupar dos problemas que podem surgir nos processos de transmissão e apropriação dos conhecimentos, o papel essencial do lúdico é o de ser mediador em todo esse movimento da educação para facilitar o desenvolvimento da personalidade e da aprendizagem das crianças na escola, em casa, ou em qualquer outro ambiente eles se encontram. Mas para isso e necessário a contribuição de todos envolvidos nesse processo de ensino e desenvolvimento da língua corporal, de sinais e da linguagem emocional no ambiente do lúdico.
A construção coletiva, a troca de ideias entre os docentes faz com que muitos fujam do tradicionalismo e passem a fazer do ensino um processo de aprendizagem voltado para a formação do aluno. 
Apesar de novas práticas metodológicas, ainda temos professores desmotivados que não procuram colocar em pratica os conhecimentos adquiridos e as orientações. Os conteúdos trabalhados nas diversas disciplinas são de grande utilidade para a formação e a vida dos estudantes, pois neles estão inseridas as realidades locais da escola. 
Par solucionar o problema faz necessário conscientizar os educadores e escola sobre as formas lúdicas são fundamentais para o desenvolvimento das crianças onde deve preocupa-se em formar alunos com uma nova visão de mundo e educação, garantindo-lhes uma formação de valor ético e estético ao invés de lhes transmitir apenas informação, pois o cidadão de hoje precisa ser sujeito do mundo, antenado com tudo o que acontece a sua volta a fim de tornar-se uma pessoa criativa, participativa e que tenha capacidade de interagir com o meio em que vive. 
 A escola pensa numa educação transformadora que possa se adequar as necessidades de cada indivíduo, onde os alunos possam aprender para que assim venham a contribuir com a transformação de uma sociedade onde tenha o respeito entre as pessoas.
 Logo é preciso fazer da escola um ambiente de aprendizagem onde haja a participação coletiva de toda a comunidade escolar e que possam refletir sobre a evolução do mundo, aprendendo a resolver problemas e a construir atitudes sobre as metas que quer atingir em todas as situações de vida, fortalecendo suas relações em busca de uma escola de qualidade, onde terão oportunidade de mostrar suas habilidades, competências e atitudes que formam os quatro pilares da educação: saber fazer, saber conviver, saber ser, onde a escola trabalhara a autonomia da realidade a qual está inseria.
 Portanto, a escola tem como proposta desenvolver projetos de forma lúdica onde que possam garantir a dinamização no processo educacional de modo que venham a permitir aos alunos vivenciar de formas completas, objetivas e reais, a expressão, a compreensão, a interação, a descoberta e a aqui são de novos conhecimentos e competências, que possam estimular a curiosidade, a iniciativa, o relacionamento.
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ANEXOS
1- o que é, para você, alfabetizar?
Professora (1):
Processo no qual o individuo constrói mecanismos de codificar e decodificar no ato de ler e compreender o que leu. O processo de alfabetização dever vir junto ao do letramento que é o domínio da leitura e da escrita em âmbito maior.
Professora (2):
Apresentar à criança ao mundo da leitura e fazer dela uma prática, conduzir ao campo das letras em seu sentido e contexto social, que ela tome gosto pela leitura.
Professora (3):
É a possibilidade que você tem para ajudar, auxiliar como um agente mediador do conhecimento.
2-Qual atividades são essenciais, e que você utiliza no processo de alfabetização?
Professora (1):
Atividades com material concreto, livros, revistas, letras, vários tipos de textos e etc.
Professora (2): 
Letras, jornais, revistas, encartes, panfletos, material concreto, jogos, diferentes gêneros textuais e livros.
Professora (3):
Jornais, revistas, alfabeto móvel, banner, jogos, brincadeiras, atividades em folha, desafios, problemas enigmáticos, experiência do aluno, cruzadinhas, caça palavras.
3- Qual é a relação entre a alfabetização e a prática social da escrita?
Professora (1):
Alfabetização é codificar e decodificar letras e práticas social é a utilização da leitura e escrita na vida social (conscientemente).
Professora (2):
A criança já possui uma antecipação do seu letramento, quando a alfabetização está em um contexto social, onde a leitura e a escrita façam parte do seu convívio.
Professora (3):
Viabilidade que o aluno tem de contribuir para a prática social.
4- De que modo à alfabetização pode contribuir com a transformação do sujeito aluno?
Professora (1):
De uma forma global, tornando o sujeito social e com conhecimento de seus direitos e deveres perante a sociedade.
Professora (2):
A alfabetização ilumina a vida do ser, dar clareza do seu potencial. Transforma-o e faz do mesmo atuante no meio em que se encontra.
Professora (3):
A alfabetização pode contribuir para a construção do conhecimento e possibilitar ao sujeito a participar como um agente ativo transformador da sociedade.