Buscar

Resumo de Processo Civil II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resumo de Processo Civil II
O processo judicial é um método de solução de conflito através do qual o Estado exerce sua função jurisdicional A principal característica do processo judicial decorre de sua condução, por um juiz, agente político do Estado, das etapas processuais com estrita observância da legislação. Além do julgamento por um juiz, o processo judicial deve, mais que qualquer outro, assegurar o contraditório e a ampla defesa enquanto garantias constitucionais. Código de Processo Civil dispôs sobre dois tipos de procedimento: comum e especiais. 
Conforme dispõe o art. 318 do Código de Processo Civil, o procedimento comum é aplicável em todas as causas, constituindo-se num procedimento padrão. Procedimento é matéria de ordem pública, ou seja, não pode ser objeto de escolha pelas partes. Dessa forma, o procedimento pertinente será definido por exclusão: se a causa a ser ajuizada tiver procedimento especial tipificado no CPC, o autor deverá observá-lo; mas, se não tiver procedimento específico, a causa tramitará pelo procedimento comum.
Procedimento comum. Disposições gerais
O procedimento comum é concentrado e possui atos processuais simplificados. A proposta do código foi estabelecer um procedimento padrão mais célere com maior concentração das etapas do processo. Assim, o procedimento, em primeira instância, se inicia com o recebimento da petição inicial pelo juiz e se exaure com a prolatação da sentença de mérito.
A petição inicial dá início ao procedimento comum. Após o seu recebimento, o réu é citado, para ter ciência do processo, e intimado para comparecer à audiência preliminar de conciliação ou sessão de mediação, Caso haja acordo, o juiz homologará o mesmo por sentença e o processo será extinto, com resolução do mérito. 
Nos casos em que não houver acordo, o prazo para resposta do réu será de 15 dias úteis a partir:
Da data da audiência de mediação/conciliação. 
Se ambas as partes manifestarem expressamente desinteresse na realização da audiência de conciliação ou mediação: o dia do começo será o dia do protocolo do pedido de cancelamento feito pelo réu (que deverá ser feito por petição apresentada com 10 dias de antecedência, contados da data da audiência marcada.
Obs.: se for caso de litisconsórcio passivo (vários réus), o desinteresse tem que ser manifestado por todos e o dia do começo será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento.
Se não for marcada pelo juiz audiência de conciliação ou mediação (direitos que não admitem autocomposição): o dia do começo do prazo obedecer a regra do art. 231, CPC (dependerá do tipo de citação – correio, oficial de justiça, escrivão ou chefe de secretaria, edital, meio eletrônico.
Apresentada a contestação pelo réu, o juiz intimará o autor a se manifestar em réplica em 15 dias úteis.
Estabelecido o contraditório, o processo avançará para etapa saneadora isto é, verificar a existência de vícios processuais que possam inviabilizar o julgamento do mérito. Uma vez realizado, o processo avança para a fase probatória. A prova documental, em regra, é produzida no momento do ajuizamento da demanda ou da apresentação da defesa. Nessa fase, o juiz conduzirá a produção da prova pericial, documental superveniente ou prova oral.
A audiência de instrução e julgamento, enquanto ato processual, somente será realizada nas circunstâncias em que haja necessidade de produção de prova oral (testemunhas e depoimento pessoal) ou nos casos em que haja necessidade de se obter esclarecimentos do perito (art. 477, §3º). Se não ocorrer nenhuma dessas hipóteses, a audiência não será designada e o juiz julgará desde logo a causa.
Importante
O procedimento comum é a regra
O pedido numa petição inicial deve ser certo e determinado
Indeferimento da petição inicial
Ao momento em que toma contato, pela primeira vez, com a petição inicial, o magistrado pode ter, em relação a ela, uma das seguintes três atitudes: positiva, intermediária ou neutra e negativa.
Na atitude positiva o juiz acolhe a petição, determina  a realização da audiência de conciliação ou mediação; ou a citação do réu, então, está implícito que considera presentes os pressupostos processuais e as condições da ação até melhor análise.
Atitude intermediária - Se, entretanto, a petição inicial contiver imperfeições capazes de, no futuro, prejudicar o desenvolvimento do processo ou dificultar o julgamento do mérito, o juiz deverá tomar uma atitude neutra, ao examiná-la, e mandar que a parte emende ou complete a petição inicial, no prazo de quinze dias, e de cinco dias, se o advogado postular em causa própria, sob pena de indeferimento.
Atitude negativa - Por outro lado, a atitude negativa do juiz significa indeferimento total da inicial, matéria regida pelo art. 330 do CPC em vigor. Por norma,  não é permitido que o juiz de pronto indefira a petição inicial, salvo quando o defeito for insanável.
O Código enumera várias possibilidades de indeferimento da petição inicial, a teor do que rege o art. 330 do CPC. São elas:
Inépcia da inicial
Sob o enfoque estrito da linguística, a expressão sugere incapacidade, incoerência ou confusão no discorrer etc., em suma, ausência de aptidão. A petição é inepta quando contém vícios relativos ao pedido ou à causa de pedir. Quando a inicial não possui pedido ou causa de pedir ou o pedido é indeterminado ou genérico (ressalvadas as hipóteses legais que se permite o pedido genérico), ou contém pedidos incompatíveis entre si.
Ilegitimidade e ausência de interesse processual
Quando o autor ou o réu for parte manifestamente ilegítima, ou carecer de interesse processual, quer dizer quando a providência judicial almejada seja incapaz de atender aos propósitos do autor, diz-se que inexiste interesse de agir (ou interesse processual)
 Litígios que versem sobre empréstimo, financiamento ou de alienação de bens
Nas pretensões que objetivem revisar obrigações contraídas com instituições financeiras, especificamente quanto a empréstimo, financiamento e de alienação de bens, a norma exige que a inicial especifique quais obrigações entabuladas contratualmente pretende controverter.  A regra processual insta que a parte autora deposite em juízo a parte do débito (parcela) controversa. Quanto àquela incontroversa, deverá continuar a ser paga no modo e tempo contratados.
Improcedência Liminar do Pedido
A Improcedência Liminar do Pedido. Ela é uma decisão que resolve o mérito da demanda, nos casos em que a improcedência possa ser verificada desde já, mesmo antes da citação do réu. E ela é um instituto que esta regulada no artigo 332 do Código de Processo Civil.
Julgado improcedente liminarmente o pedido, a parte autora poderá interpor recurso de apelação (art. 1.009), em que o juiz poderá se retratar de sua decisão no prazo de 5 dias (art. 332, §3º). Nesse caso, o juiz determinará o prosseguimento do processo com a regular citação do réu.
A Improcedência Liminar do Pedido gera trânsito em julgado. Pode acontecer nos seguintes casos:
Nos casos em que o autor que fizer pedido de contrarie entendimento de Súmula editado por Tribunal local, a respeito de direito local.
Houver a ocorrência de decadência ou de prescrição.
Entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência.
Pretensões contrárias aos entendimentos dos tribunais superiores
Negócio processual 
Além da adaptação do procedimento, o Código de Processo Civil admite a realização de um negócio processual entre as partes, de modo a alterar a ordem dos atos do procedimento comum ou até mesmo excluir alguns, para que o processo tramite observando os atos processuais previamente definidos pelas partes, conforme disposto no art. 190.
O negócio processual poderá ser realizado somente por pessoas capazes e versar sobre direitos que admitam autocomposição.
Faz-se necessário que ambas as partes estejam acompanhadas de seu advogado.
O negócio processual constitui, portanto, importante inovação, que permite ao autor e ao réudecidirem sobre diversos aspectos do procedimento comum, como: pacto de impenhorabilidade; acordo de ampliação de prazos das partes de qualquer natureza; acordo de rateio de despesas processuais etc.
Audiência de conciliação e mediação
Conciliação
Na conciliação, a um terceiro imparcial é imposta a missão de tentar aproximar os interesses de ambas as partes, orientando-as na formação de um acordo. O conciliador é um facilitador do acordo entre os envolvidos e para isso deve tentar criar um ambiente propício ao entendimento mútuo com a aproximação dos interesses.
Em geral, na conciliação há concessões recíprocas com vistas a resolver antecipadamente o conflito com um acordo razoável para ambas as partes e o conciliador participa da formação da comunhão de vontades.
Mediação
A mediação também é uma forma de tentar findar litígios através de um acordo, mas tem certas peculiaridades.
A mediação é um processo que oferece aqueles que estão vivenciando um conflito, geralmente decorrente de alguma relação continuada, a oportunidade e o ambiente adequados para encontrar, juntos, uma solução para aquele problema.
O mediador, diferente do conciliador, além de imparcial é neutro.
A mediação é a utilizada nos casos de laços emocionais entre as partes.
No procedimento comum, o réu não é mais intimado para responder, mas para comparecer a uma audiência de conciliação ou de mediação que passa a ser obrigatória.
A audiência de conciliação ou mediação somente não ocorrerá se tanto o autor como o réu manifestarem expressamente o desinteresse em sua realização. Se apenas uma das partes se manifestar em sentido contrário à realização, ainda assim o procedimento ocorrerá.
Lembrando que apenas a manifestação de todos os interessados pode levar a não realização da audiência, não basta apenas o desinteresse de uma das partes.
O autor deve indicar que não quer a audiência logo na petição inicial, enquanto o réu poderá fazê-lo em petição autônoma, desde que com antecedência mínima de 10 dias da data da audiência.
O silêncio de ambas as partes acarretará manutenção da audiência.
Resposta do réu
A Constituição Federal de 1988 (art. 5º, LV) assegura a todos os litigantes o contraditório e a ampla defesa no processo judicial ou administrativo. No processo civil, o contraditório e a ampla defesa são exercidos através da resposta do réu (prazo de 15 dias). Cabe ao réu rebater todos os fatos apontados pelo autor, sob pena de serem presumidas verdadeiros.
O réu pode tomar 3 atitudes:
Inércia
Resposta sob forma de contestação ou reconvenção
A contestação é a principal defesa do réu. Nela o réu deve articular todas as defesas possíveis para negar a pretensão do autor.
Características da contestação:
Impugnação específica, não pode ser genérica.
Tem que se impugnar ato por ato.
OBS: Não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo ou ao curador especial.
A reconvenção tem como objetivo possibilitar um “contra-ataque” do réu em face do autor nas hipóteses previstas em lei.
Reconhecer a procedência do pedido
Espécies de defesa
Quando o réu responde ao autor, poderá defender-se no plano da relação processual  (preliminares), assim como no plano do direito material  (questão de mérito). Entre as partes em litígio poderão ser apreciadas duas relações jurídicas distintas:
         A relação processual  – de ordem pública, nasce na propositura da ação e se aperfeiçoando com a citação do demandado, vinculando, assim, autor, juiz e réu.
Defesa processual (Denomina-se defesa processual ou defesa de rito a que tem conteúdo apenas formal)
É espécie de defesa indireta, porque ela visa a embaraçar a tutela jurisdicional pretendida pelo autor mediante inutilização do processo, sem apreciação do mérito pelo juiz.
Pelos motivos (preliminares da contestação art 301 CPC):
Inexistência ou nulidade de citação; 
Incompetência absoluta; 
Inépcia da inicial; 
Preempção (quando autor, por três vezes, dá ensejo à extinção do processo por abandono); 
Litispendência (quando se produz ação anteriormente ajuizada); 
Coisa julgada (imutabilidade dos efeitos da sentença. Reproduz ação anteriormente julgada); 
Conexão; 
Incapacidade da parte ou representação; 
Convenção de arbitragem (as partes elegem um árbitro para dirimir um conflito); 
Carência da ação; 
Falta de caução ou outra prestação cujo ato a lei exija.
Nem todas as defesas processuais, no entanto, visam à total e imediata aniquilação do processo, razão pela qual elas podem ser subdivididas em peremptórias e dilatórias.
a) Defesa peremptória
 São as que, uma vez acolhidas, levam o processo à extinção pelo vício profundo, como a de inépcia da inicial, ilegitimidade de parte, litispendência, coisa julgada, perempção etc.
b) Defesa dilatória
 São as que, mesmo quando acolhidas, não provocam a extinção do processo, mas apenas provoca uma paralisação temporária do curso normal do procedimento, enquanto o obstáculo processual não seja removido, como nulidade da citação, incompetência do juízo, conexão de causas, deficiência de representação da parte ou falta de autorização para a causa, ou ausência de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar. Superado o impasse, a relação processual retoma.
A  relação de direito material  – é  o objeto da controvérsia entre as partes (lide ou litígio) e que configura o mérito da causa, normalmente de natureza privada. Identifica-se pelo fundamento do pedido ou causa de pedir e pelo pedido que o autor formula na petição inicial.
Defesa de mérito 
Ataca o objeto da pretensão do autor em si e podem ser direta e indireta. 
a) Defesa direta de mérito, o réu nega o fato constitutivo do direito do autor, ou seja, nega que o autor tenha razão em sua pretensão.
Ex: Se o autor alega que tem direito à uma indenização por negativação indevida, o réu nega, afirmando que a negativação se deu em decorrência do inadimplemento do autor.
b) Defesas indireta de mérito têm como característica principal o fato de que o réu reconhece o fato articulado pelo autor em sua petição inicial, mas apresenta um fato novo impeditivo, modificativo ou extintivo do alegado direito do autor. Importante compreender que o réu reconhece o fato alegado pelo autor, mas lhe opõe o novo fato, que não foi ainda apresentado em juízo.
Ex: Num caso em que o autor ajuíza uma ação de cobrança em face do réu. O réu, em sua contestação, reconhece que deve, sim, ao autor, mas já ocorreu a prescrição (fato extintivo) O réu poderia também alegar que já efetuou o pagamento parcial da dívida (fato modificativo) ou que o contrato que ampara a cobrança é nulo (fato impeditivo).
Art. 350 CPC
Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova.
Reconvenção
O réu pode, além de se defender, demandar em face do autor utilizando a mesma relação processual. Trata-se de um contra-ataque do réu contra o autor no mesmo processo. A reconvenção, então, é como se fosse uma nova ação, ajuizada pelo réu contra o autor, no momento de responder os termos da petição inicial. Assim, trata-se de um pedido do réu contra o autor, dentro do mesmo processo. 
O réu passa a se chamar reconvinte e o autor reconvindo.
O réu pode reconvir mesmo que não apresente contestação
Não existe reconvenção no Juizado especial lá chama-se pedido contraposto.
Revelia
Se o réu não oferecer contestação, será declarado revel. Importante esclarecer que o réu tem ônus de contestar e não dever, ou seja, o réu não é obrigado a apresentar contestação, no entanto, assumirá as consequências processuais de sua inércia caracterizada pela revelia.
 A revelia ocorrerá quando o réu não comparecer à quaisquer das audiências designadas.
Se o réu não apresentar contestação, ainda que apresente reconvenção, a revelia será decretada pelo juiz.
Os efeitos da revelia não incidirão nas hipóteses em que há pluralidade de réus e um deles contesta a ação, em exceção quando forlitisconsórcio unitário, pois o juiz deverá tratar de forma equânime os réus.
Os efeitos da revelia não incidirão nas demandas que tratam de direitos indisponíveis, ainda que o juiz a decrete (divórcio, guarda, alimentos).
O efeito material da revelia corresponde à presunção de veracidade dos fatos articulados pelo autor na petição inicial.
Preclusão
Pode ser definida como a perda do direito de se praticar um ato dentro de determinado processo. A preclusão pode ser temporal, consumativa ou lógica.
Temporal - é a perda do direito de se praticar um ato em razão da perda de um prazo.
Consumativa - é a impossibilidade de se praticar um ato em razão de tê-lo praticado. A parte não poderá renovar a prática de um ato já praticado.
Lógica - é a impossibilidade de a parte praticar um ato por ter praticado ato anterior incompatível com que se pretende praticar.
Fases do processo
O processo civil pode ser estudado em quatro principais fases: postulatória, saneadora, instrutória e decisória. 
Postulatória - Compreende os atos postulatórios do autor (distribuição da petição inicial) e do réu (oferecimento de resposta).
Saneadora - Onde o juiz adotará as providências preliminares cabíveis e organizará o processo para a fase subsequente.
Instrutória - Onde o juiz determinará a produção das provas requeridas pelas partes e que foram deferidas por serem necessárias à solução do mérito.
Decisória - Onde o juiz decidirá a lide.
Fase saneadora
 É a fase em que são exercidas as principais providências pelo juiz após o oferecimento da resposta do réu. 
Providências preliminares
São medidas que o juiz, eventualmente, deve tomar logo após a resposta do réu e que se destinam a encerrar a fase postulatória do processo e a preparar a fase saneadora. É uma importante fase, pois definirá o modo como o juiz apreciará o mérito ou até mesmo identificará se o processo tem condições de seguir adiante para uma solução integral do mérito, sem vícios ou irregularidades. Com o objetivo de assegurar o contraditório, estas providências permitem que as partes tenham a mesma chance de defesa.
Terminado o prazo de respostas do réu, os autos são conclusos ao juiz, que, conforme o caso, poderá no prazo de 10 (dez) dias, determinar uma das seguintes providências:
No caso de revelia:
A revelia, tem como efeito material a presunção da veracidade dos fatos alegados pelo autor na inicial, desta maneira, o processo “pula” para a fase decisória, proferindo o juíz o julgamento antecipado do mérito (art. 355). Como sentença, o prazo é de 30 dias. Entretanto, há casos que mesmo sem a contestação do réu, não ocorre os efeitos revelia, Com essas hipóteses do art. 345, não recairá sobre o réu revel o efeito material, não cabendo o juiz julgar de imediato. São elas:
Pluralidade de réus (litisconsórcio), e um deles apresentar a contestação;
O litígio sobre direitos indisponíveis;
Falta de documento na inicial como meio probatório; 
Alegações do autor forem inverossímeis (aparenta não ser verdadeiro notoriamente) ou em contradição com as provas que constantes nos autos.
No caso de contestação:
a) No caso de preliminares de defesa processual – dilatória ou peremptória
O juiz promovendo o contraditório, também determinará a ouvida do autor em 15 dias (Art.º 351). O autor será sempre intimado para se manifestar em réplica, independentemente da defesa apresentada pelo réu. 
b) No caso de defesa indireta 
Fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor, o juiz determinará a réplica do autor em 15 dias (art. 350). Importante ressaltar que, quando o réu apresenta um fato novo em sua defesa, o juiz distribui o ônus da prova acerca da existência ou não do fato, ou seja, deverá fazer prova do alegado sob pena de a respectiva defesa ser rejeitada pelo juiz.
c) Em caso de nulidades ou irregularidades sanáveis
Mandar o autor suprir em prazo nunca superior a 30 (trinta) dias ( art.º 352).
d) Em caso de reconvenção
Embora o Código não tenha incluído a citação do autor para responder a reconvenção, o autor será intimado por meio de seu advogado e poderá apresentar todas as modalidades de resposta admitidas no CPC. Poderá contestar a demanda reconvencional, apresentando defesas processuais e de mérito, e, ainda, indicar uma nova demanda reconvencional, caso os pressupostos para tal estejam presentes.
Cumpridas tais providências preliminares ou não sendo necessário, o juiz proferirá o julgamento conforme o estado do processo (art. 353).
Estudo das hipóteses de julgamento conforme estado do processo:
Extinção do processo
Nas hipóteses do art 485 sem resolução do mérito.
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
Por prescrição e decadência ( art 487 II)
Por realização de acordo ou renúncia (487 III)
Julgamento antecipado do mérito
Quando não houver necessidade de produção de mais provas.
Ocorrerá nos casos em que a revelia relevante for decretada.
Julgamento antecipado parcial do mérito
O art. 356 trata de duas hipóteses de julgamento parcial do mérito, permitindo ao juiz julgar, de forma definitiva, parte da pretensão autoral.  Considerada decisão interlocutória não como sentença, mas vislumbrando uma decisão interlocutória de mérito, ou seja, que fraciona o mérito da lide. 
Ocorrerá nos casos em que o autor formular dois pedidos e o réu negar apenas um (art. 356, I). Se torna fato incontroverso num processo, ou seja, foi afirmado por uma parte e admitido tacitamente pela outra. 
Estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.
Contra a sentença parcial, caberá recurso de agravo de instrumento (art. 356, §4º). No entanto, o recurso interposto pelo réu não impede que o autor promova a execução (provisória) da sentença parcial (art. 356, §2º).
Importante!! Agravo de instrumento é como se chama o recurso de sentença parcial e apelação é recurso de coisa julgada total.
Fase probatória
Corresponde ao estágio em que as partes irão demonstrar a veracidade dos fatos por elas sustentados vos do direito do autor) ou na resposta do réu (fatos modificativos, extintivos ou impeditivos do direito do autor). A prova tem a função de provar e esclarecer ao juiz os fatos alegados pelas partes no processo, tem a utilidade de auxiliar o juiz no processo de livre convencimento da solução da demanda.
Conceito de prova
 É um meio idôneo, admitido em direito, utilizado pelas partes para demonstrar ao juiz a existência de um fato afirmado em juízo.
Objeto da prova
O principal objeto da prova são os fatos, afirmados por parte e negados por outra.
Destinatário da prova
O destinatário da prova é o juiz. Toda a atividade probatória é realizada para convencer o juiz acerca da existência do fato afirmado pelas partes.
Prova emprestada
É produzida em determinado processo (por documentos, perícia, testemunhas, depoimento pessoal etc.), levada a outra demanda por meio de certidão. Assim, sempre a prova emprestada ingressará no novo procedimento na categoria de prova documental. Pode ocorrer:
Nos casos em que a parte tenha dificuldades de reproduzir determinada prova novamente em outro processo 
Pela deterioração do documento 
Falecimento de uma testemunha
Para obter maior celeridade na fase instrutória
Dever de colaboração
O dever de cooperação oucolaboração foi estabelecido como norma fundamental no CPC/2015. Segundo o art. 6º, todos os sujeitos do processo devem colaborar para que se obtenha em tempo razoável a decisão de mérito.
Ônus da prova
O ônus da prova corresponde à definição sobre quem deverá produzir provas em juízo. O ônus da prova parte do princípio que toda afirmação precisa de sustentação, não constitui um dever, ou seja, uma conduta imperativa. Quem tem o ônus de produzir determinada prova e não o faz prejudicará a si mesmo, podendo ter sua pretensão julgada improcedente, se for o autor, ou procedente, se for o réu. Distribuir o ônus da prova, entretanto, significa definir, em determinado processo, qual a parte que terá o encargo de produzir a prova.
Segundo o dispositivo legal, incumbe ao autor o ônus de provar o fato constitutivo de seu direito e ao réu provar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. ***
Carga estática e carga dinâmica
Em regra geral do ônus, a distribuição é estática ( ver***), mas o juiz poderá distribuir o ônus da prova de forma dinâmica. Segundo essa teoria, o ônus da prova incumbe a quem tem melhores condições de produzi-la, diante das circunstâncias fáticas presentes no caso concreto.
Além das demandas envolvendo Direito do Consumidor, o STJ já tem admitido a aplicação dessa teoria em outros casos concretos, com base numa interpretação sistemática e constitucionalizada da legislação processual em vigor. Assim, o NCPC permite expressamente a distribuição dinâmica do ônus da prova pelo juiz.
A existe ainda uma forma de distribuição dinâmica do ônus da prova, através de negócio processual, por convenção das partes, contudo, inadmite a realização do negócio nos casos em que se trata de direito indisponível da parte, e nos casos que torne excessivamente difícil para uma das partes o exercício pleno do direito.
Produção antecipada de prova
A produção antecipada de prova, consiste num procedimento prévio através do qual a parte produzirá determinada prova, antes mesmo da propositura da ação, nos casos previstos em lei. A principal característica dessas situações é a necessidade de se produzir provas antes mesmo do ajuizamento da demanda e garantir a celeridade processual  Pode ser:
Prova oral
Prova pericial
 Existem três razões de produção antecipada de provas.
Receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação 
A prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito 
O prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento da ação.
Procedimento do pedido
Quanto ao procedimento, deverá ser provocada na petição inicial, na petição, o requerente apresentará as razões que justificam a necessidade de antecipação da prova e mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há de recair.
Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, somente se o juiz recusar.
Competência
A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu.
Provas em espécie
O juiz poderá valer-se de qualquer meio típico de prova, desde que seja suficiente para formar seu convencimento acerca da existência ou não do fato afirmado em juízo.
Ata notarial
A ata notarial bem executada, consistente em uma narrativa precisa, detalhada e isenta de fatos ou eventos, apresenta as vantagens das provas pessoais, uma vez que seu conteúdo é formulado por uma pessoa com plena capacidade de interpretação das impressões que seus sentidos lhe fornecem.
Importante ressaltar que o tabelião não atestará na ata notarial se determinado fato é verdadeiro ou falso. Na ata, o tabelião somente atestará a existência de um fato ou seu modo de existir transformando-o em prova documental. ( Novidade do novo CPC)
Depoimento pessoal
O depoimento pessoal constitui espécie de prova oral a ser produzida em juízo. Consiste no depoimento de uma parte requerido pela parte contrária. O depoimento será, em regra, realizado na audiência de instrução e julgamento. A principal finalidade do depoimento pessoal é obter esclarecimento sobre fatos da causa ou mesmo a confissão do depoente.
No interrogatório, não incidirá a pena de confesso. No depoimento pessoal, incidirá a pena de confesso caso o depoente não compareça à audiência de instrução e julgamento ou compareça e se recuse a responder quaisquer perguntas formuladas.
Confissão
A confissão é o meio de prova através da qual a parte admite a verdade do fato alegado pela parte contrária (art. 389). Efetivada a confissão, o juiz poderá julgar antecipadamente o mérito. Porém, deve-se distinguir confissão de reconhecimento do pedido. Pode ser espontânea ou provocada.
 Ex: É possível que o réu confesse sobre a existência de um acidente, mas não admite o dever de reparar os danos decorrentes do acidente.
A confissão é ato unilateral e, como tal, não poderá afetar outros litisconsortes.
A confissão é indivisível. A parte que utilizar a confissão como prova não poderá aceitar a parte que lhe favorece e desconsiderar a que lhe for desfavorável.
A confissão, é irrevogável. No entanto, há casos em que se realiza com erro de fato ou até mesmo através de coação.
Exibição de documento ou coisa
A exibição de documentos será cabível sempre que a prova documental essencial para a solução do conflito estiver em poder da parte contrária ou de terceiros dificultando sua produção pela parte contrária.
Ex: Caso em que o consumidor pretende provar que solicitou o cancelamento tempestivo de determinado serviço, para obter o cancelamento da multa e cobrança indevida, mas a gravação do atendimento encontra-se em poder do prestador de serviços.
O procedimento para exibição de documento será instaurado mediante requerimento da parte interessada, que deverá conter individuação do documento ou coisa, da forma mais completa possível, indicando os fatos que se relacionam com ela.
Admitida a exibição, o juiz intimará a parte contrária para responder no prazo de cinco dias (art. 398).
Prova documental
O direito processual civil admite um conceito amplo de documento como meio de prova. Documento, entretanto, é qualquer material que contenha registro de um fato. Pode ser uma escritura, uma carta, uma pintura, um registro em uma pedra, enfim, não se limita ao registro em determinado papel. Poderá ser público ou particular.
A prova documental, em regra, é produzida na petição inicial pelo autor e na contestação pelo autor (art. 434).
As partes poderão juntar documentos em outras fases do processo, em homenagem ao princípio da ampla defesa e do devido processo legal. Ocorrendo essa hipótese, o juiz deverá assegurar o contraditório, intimando a parte contrária para se manifestar no prazo de 15 dias, nos termos do art. 437.
Prova testemunhal
A parte poderá valer-se da prova testemunhal para demonstrar a existência dos fatos afirmados em juízo. No entanto, a prova testemunhal não é tão simples, pois consiste na percepção de um indivíduo acerca da existência ou não de um fato. Pode-se dizer que a diferença educacional, cultural ou até mesmo emocional no momento em que um evento ocorre seja fundamental para justificar distintas percepções sobre um mesmo fato.
A prova testemunhal será produzida, em regra, na audiência de instrução e julgamento (art. 453). O juiz ouvirá em juízo as testemunhas arroladas previamente pelas partes, nos termos do art. 357, §§4º e 5º do CPC. A testemunha arrolada previamente poderá ser substituída nas hipóteses elencadas no art. 451, ou seja, por falecimento, por motivo de enfermidade ou quando, devido à mudança de endereço, não tenha sido localizada.
Prova pericial
A prova pericial será sempre indicada quando houver necessidade de um conhecimento técnico, especializado, a fim de apurar a alegação das partes.
O juiz dispensará a prova pericial nas hipóteses em que for incabível e nos casos em que as próprias partes apresentarem pareceres técnicossuficientes para o julgamento da causa.
O procedimento é o juiz nomeará o perito do juízo. Deferida a prova pericial, o juiz nomeará perito especializado e fixará, desde logo, prazo para a entrega do laudo (art. 465). Se a questão de fato for complexa, o juiz poderá nomear mais de um perito (art. 475).
Nomeado o perito, as partes terão o prazo de 15 dias para arguir o impedimento ou a suspeição do perito, indicar assistente técnico e apresentar quesitos.
Considerando que o perito é um auxiliar do juiz (art. 156), não cabe às partes impugnar a nomeação do perito. Entretanto, o perito poderá ser substituído se for parcial (impedido ou suspeito), quando lhe faltar conhecimento técnico ou se deixar de cumprir o encargo no prazo fixado.
Prazos Próprios
 Relativamente aos prazos chamados de próprios, de forma simples, temos que são aqueles estabelecidos pela lei e que atingem as partes. Ou seja, não podem sofrer alteração por convenção das partes envolvidas no processo.
 Como efeito, quanto aos prazos próprios temos que a sua não observância tem como consequência direta a preclusão, ou seja, perecimento do exercício do direito. São aqueles fixados para o cumprimento do ato processual, cuja inobservância acarreta desvantagem para aquele que o descumpriu, consequência essa que normalmente é a preclusão.
Prazos Impróprios
 Quanto a estes prazos, temos que são aqueles fixados aos órgãos do judiciário, sendo que a ausência de observância não gera consequência processual.
 São prazos a serem observados pelo juiz, serventuários, escrivão, assim como muitos dos concedidos ao Ministério Público, quando atua como fiscal da lei, onde a sua inobservância, apesar de não acarretar o que chamamos de desvalia em matéria processual e, tampouco, preclusão, acarreta aos responsáveis por sua não observância possíveis sanções administrativas, conforme a análise do caso concreto e justificativa aplicável.
São aqueles fixados na lei apenas como parâmetro para a prática do ato, sendo que seu desatendimento não acarreta situação detrimentosa para aquele que o descumpriu, mas apenas sanções disciplinares. O ato praticado além do prazo impróprio é válido e eficaz.
A diferença entre ambos se encontra no fato de que o descumprimento dos prazos próprios ocasiona consequências processuais às partes, enquanto que nos impróprios, que vinculam juízes, serventuários, auxiliares da justiça, MP quando fiscal da lei, gera apenas consequências disciplinares, nos moldes do que determina os artigos 194 e 198 do Código de Processo Civil.
Para conhecimento extra
Tipos de tutelas provisórias
 É um instituto do direito brasileiro que busca antecipar um provimento jurisdicional ou assegurar o direito de uma parte. A tutela provisória é dividida em tutela provisória de urgência e tutela da evidência, enquanto na primeira busca-se inibir qualquer dano que a demora na prestação da tutela jurisdicional possa causar, a segunda busca conceder um direito incontroverso da parte.
Tutela Provisória de Urgência
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo.
A tutela provisória de urgência pauta-se na necessidade da prestação da tutela jurisdicional evitar um prejuízo à parte.
Existem dois requisitos autorizadores para a concessão desse tipo de tutela: 
Elementos que evidenciem a probabilidade do direito 
O perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
É totalmente possível que para a concessão da tutela provisória de urgência, o juiz, de ofício exija caução real ou fidejussória idônea (art. 300, § 1º, do Novo CPC).
A tutela provisória pode ser concedida tanto liminarmente, quanto incidentalmente. Isso significa que enquanto no primeiro a tutela é concedida logo após a propositura da petição inicial (seja do processo principal, quanto da medida cautelar), bem como ser designada audiência de justificação para então ser possível a concessão.
Existe uma última divisão com relação ao momento do requerimento da tutela provisória de urgência. São dois, antecedente, ou seja, antes da propositura do pedido principal, e incidentalmente, juntamente com o pedido principal.
Tutela Provisória de Urgência Antecipada
A tutela provisória de urgência antecipada nada mais é do que a antecipação do provimento jurisdicional fim, ou seja, da decisão do juízo acerca do caso. A tutela provisória de urgência antecipada deve ser encarada como se o magistrado tivesse o encargo, de julgar o processo naquele estado liminar em que se encontra.
A concessão da tutela provisória de urgência antecipada pode ser revogada ou modificada.
Trata-se de um instituto provisório, ou seja, algo que não se tem uma certeza de ser definitivo ou não.
Pode ser concedida a qualquer momento no curso do processo, inclusive na prolação da sentença de mérito. tutela ora prestada não será provisória, mas sim definitiva.
Tutela Provisória de Urgência Cautelar
Ao contrário da tutela provisória de urgência antecipada, na tutela provisória de urgência cautelar não se antecipada um provimento jurisdicional, mas sim assegura um direito de uma parte.
Pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para assegurar um direito.
As medidas cautelares pode ser encarada tanto como forma de (I) assegurar bens, (II) assegurar pessoas ou (III) assegurar provas.
 A medida cautelar que visa assegurar bens, destina-se a resguardar futura execução forçada e, ainda, a apenas manter um estado de uma coisa.
Ex: Arresto de bens
A medida cautelar com objetivo em assegurar pessoas está pautada justamente em questões relativas à guarda de pessoas menores, sobretudo visando satisfazer as satisfazer as necessidades dos menores.
Ex: Sequestro de menores, aquele que, zelando por um menor, o qual possua a responsabilidade pelo zelo e necessidades dele, promove a ação a fim de trazer para si a responsabilidade pelo menor, ou seja, a guarda.
A medida cautelar visa assegurar uma prova a ser utilizada em um futuro processo judicial.
Ex: Imagine que um senhor, de seus noventa e oito anos está em seu leito de morte e servirá como testemunha de um processo ainda a ser ajuizado. Ora, existe uma incerteza se aquele senhor conseguirá depor em juízo sobre aquele fato, para tanto propõe-se uma cautelar inominada de produção de provas para que antes de todo a tramite processual, esse possa depor.
Tutela Provisória de Urgência Antecipada em Caráter Antecedente
A tutela provisória concedida em caráter antecedente significa a possibilidade de antes da propositura do processo judicial, diante de uma urgência contemporânea, requerer o futuro provimento jurisdicional fim de um futuro processo, ou de uma medida asseguratória.
Tutela Provisória de Urgência Cautelar em Caráter Antecedente
A tutela cautelar visa assegurar um direito (bens, pessoa ou provas), no caso do caráter antecedente, assegurar um futuro direito (ex: medida cautelar de arresto para assegurar futura execução forçada).
Tutela da Evidência
Enquanto na tutela provisória fundada na urgência, a necessidade de demonstração de perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo é requisito indispensável, aqui, na tutela provisória fundada na evidência, apenas a demonstração do fumus boni juris, juntamente com um dos incisos do art. 311, o que nada mais são do que requisitos alternativos, autoriza a concessão de tal medida.
Art. 311. I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
Art. 311. II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

Continue navegando