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Artigo Lei Maria da Penha (2)

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ADC 19 e ADI 4424: Uma Análise Acerca da Constitucionalidade dos Dispositivos Controversos da Lei Maria da Penha.
 
Karen Albuquerque Mendonça ¹
Inaldo Siqueira Bringel ²
 
Resumo 
O presente artigo busca analisar o histórico de criação e interpretação da Lei 11.340/2006, mais conhecida como "Lei Maria da Penha" e as polêmicas acerca da constitucionalidade de seus dispositivos. Afim de traçar esse perfil, fez-se uma análise da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC 19), julgada pelo Supremo Tribunal Federal em fevereiro de 2012, que buscou declarar constitucionais os artigos 1º, 33 e 41 da Lei e da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4424), que buscou por fim às controvérsias acerca da interpretação dos artigos 12, inciso I; 16; e 41 do mesmo dispositivo. As duas ações foram julgadas procedentes, sendo a primeira julgada procedente por unanimidade e a segunda por maioria dos votos, tendo em vista o voto dissidente do ministro Cesar Peluso, no que diz respeito ao afastamento da Lei de Juizados Especiais e quanto a natureza da ação penal nos crimes de violência doméstica. Atualmente, apesar de pacificado o entendimento, sabe-se que ainda há muito a ser feito para que a Lei Maria da Penha assuma uma eficácia plena na sociedade brasileira. Além disso, ainda existem fortes correntes doutrinárias que possuem um entendimento contrário aquele que foi decidido no tribunal por meio da ADI 4424. 
Palavras-Chave: Lei Maria da Penha; Constitucionalidade; Supremo Tribunal Federal; Ação penal; Juizados Especiais Criminais. 
Abstract  
The present article seeks to analyze the history of creation and interpretation of Law 11.340/2006, better known as "Maria da Penha Law" and the controversies about the constitutionality of its devices. In order to draw up this profile, an attempt was made to analyze the constitutionality control actions judged by the Federal Supreme Court in February 2012, specifically the Declaratory Action of Constitutionality (ADC 19), which sought to declare Articles 1, 33 and 41 of the Law and the Direct Action of Unconstitutionality (ADI 4424), which finally sought the controversies about the interpretation of articles 12, item I; 16; And 41. The two lawsuit accepted were upheld, the first case being dismissed by unanimity and the second by a majority of votes, in view of the dissenting vote of Minister Cesar Peluso, regarding the withdrawal of the Special Courts Law and the nature of the criminal action in domestic violence crimes. Currently, despite the pacification of the understanding, it is known that there is still much to be done so that the Maria da Penha Law assumes a full efficacy in Brazilian society. In addition, there are still strong doctrinal currents that have a contrary understanding that was decided in court through ADI 4424. 
Keywords: Maria da Penha Law; Constitutionality; Federal Supreme Court; Criminal action; Special criminal courts. 
 
Introdução 
O presente artigo analisa o histórico de criação e implementação da Lei Maria da Penha no Brasil e as controvérsias acerca da constitucionalidade de seus dispositivos nos Tribunais Brasileiros. Para isso, buscou-se primeiramente abordar de forma breve a história da farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que após sofrer várias tentativas de assassinato por parte do seu marido e diante da inércia do Estado em puni-lo, inicia uma luta em nível internacional na busca pela punição do seu agressor, que acaba culminando na criação e promulgação da Lei 11.340 no ano de 2006. 
Contudo, desde que a lei entrou em vigor gerou-se muitas controvérsias acerca da constitucionalidade de seus dispositivos, como os relativos a vedação da aplicação da Lei de Juizados Especiais (Lei 9.9099/95) aos crimes de violência doméstica e à natureza da ação penal nos crimes de lesão corporal leve.  
Diante desse cenário a Presidência da República adentrou com uma Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC 19) perante o Supremo Tribunal Federal, no ano de 2007, a fim de afastar a insegurança jurídica sobre a constitucionalidade dos artigos 1º, 33 e 41 da Lei Maria da Penha.  
No ano de 2010 a Procuradoria-Geral da República adentra com uma nova ação perante o Supremo, dessa vez uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4424) quanto aos artigos 12, inciso I, 16 e 41 da lei, acrescentando nessa ação a necessidade de uniformizar a interpretação acerca da natureza da ação penal nos crimes de violência doméstica, pois havia uma polêmica nos tribunais se esta deveria ser considerada de natureza pública condicionada a representação da vítima ou pública incondicionada. 
Com isso, no decorrer do artigo buscou-se analisar o julgamento das Ações de Controle de Constitucionalidade adentradas perante o Supremo Tribunal Federal, a ADC 19 e a ADI 4424. As ações foram julgadas em fevereiro de 2012, tendo sido ambas julgadas procedentes. A primeira foi julgada procedente por unanimidade e a segunda por maioria dos votos, tendo em vista o voto dissidente do ministro Cesar Peluso no que diz respeito ao afastamento da Lei de Juizados Especiais e quanto a natureza da ação penal nos crimes de violência doméstica. 
Contudo, apesar de pacificadas as controvérsias com a decisão vinculante emanada pelo STF, é importante observar que existem pontos favoráveis e desfavoráveis para as vítimas de acordo com nesse entendimento, principalmente no que diz respeito a aplicação da ação penal incondicionada para os crimes cometidos no âmbito da Lei 11.340/2006.  
Com isso, apesar dessa escolha compatibilizar com o objetivo de dar uma maior rigidez à política de punição dos agressores, finda não sendo suficiente para garantir o maior propósito da lei, que é a devida proteção e assistência às mulheres vítimas de violência doméstica. Sendo assim, apesar de atualmente se encontrar pacificado o entendimento, sabe-se que ainda há muito a ser feito para que a Lei Maria da Penha assuma uma eficácia plena na sociedade brasileira. 
 
1-Lei Maria da Penha: Histórico de Implementação e Divergências Constitucionais 
A Lei 11.340, conhecida popularmente como “Lei Maria da Penha”, tem seu nome em homenagem à farmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes, que tornou-se um símbolo de resistência à luta em combate à violência contra a mulher no Brasil e no Mundo. A sua história hoje serve de inspiração a milhares de mulheres vítimas e ativistas da violência de gênero. 
Durante o tempo em que foi casada com o professor universitário Marco Antônio Herredia Viveros, Maria da Penha foi alvo de uma série de agressões e ameaças por parte do mesmo. Dentre as inúmeras violências sofridas por Penha, destacou-se a tentativa de homicídio por parte do seu então marido, no ano de 1983, episódio no qual Marco Antônio atirou em suas costas, deixando-a desde então paraplégica. Após o ocorrido o agressor tentou eximir-se da culpa, alegando a polícia que o fato fora uma consequência de uma tentativa de roubo. 
Duas semanas após o episódio que mudaria toda a vida de Penha, esta sofre uma nova tentativa de assassinato por parte do seu marido, que dessa vez realiza uma tentativa de eletrocutá-la durante o banho. Após esse dia, Maria da Penha resolve divorciar-se de Marco Antônio e ajuizar uma ação contra este. 
Conforme relatos de testemunhas do caso, semanas antes da agressão, Marco Antônio teria tentado convencer a esposa a fazer um seguro de vida em seu favor e cinco dias antes ao ocorrido, este teria feito Maria da Penha assinar um documento de venda de seu carro sem que constasse no contrato o nome do comprador. Ambos os indícios sugerem que o agressor teria agido de forma premeditada. 
Passaram-se quinze anos da agressão e ainda não havia uma sentença condenatória por parte dos tribunais brasileiros, permanecendo o agressor impune. Em decorrência de tamanha inércia, no ano de 1998 o Centro para a Justiça e o Direito Internacional - CEJIL e o Comitê Latino Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher - CLADEM, juntamente com Maria daPenha Maia Fernandes, encaminharam à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA petição contra o Estado brasileiro, concernente ao caso de violência doméstica por ela sofrido. A denúncia questionava violação à Convenção Americana de Direitos Humanos, a Declaração Americana dos Direitos e Deveres dos Homens, além da Convenção Interamericana para Prevenir e Erradicar a Violência Contra a Mulher (Convenção Belém do Pará). 
A denúncia representou a evidência de um padrão sistemático de omissão e negligência em relação a violência doméstica e intrafamiliar contra muitas mulheres brasileiras. Sendo assim, em 2001, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos responsabilizou o Estado brasileiro por negligência, omissão e tolerância em relação a violência doméstica e recomendou ao Brasil um procedimento de reforma destinado a evitar a tolerância do Estado e o tratamento discriminatório com respeito à violência contra as mulheres. A pressão internacional exercida pela CIDH foi decisiva para que o processo fosse concluído e, posteriormente fosse finalmente condenado o agressor, em outubro de 2002. A condenação ocorreu quase 20 anos após ter cometido o crime e faltando poucos meses para ocorrer a prescrição. 
Em virtude disso, foi criado um Projeto de Lei (PL n.4.559/04) em 2002, baseado no art.226, § 8º, da Constituição Federal, que descreve: "O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações." Em novembro de 2004 o projeto foi enviado para o Congresso Nacional, sendo a Lei nº 11.340/2006 sancionada em 7 de agosto de 2006. 
A Lei Maria da Penha é considerada uma das mais avançadas leis de toda a região iberoamericana no que diz respeito ao tema. Por meio dela criou-se um sistema integral de prevenção, proteção, assistência à mulher vítima de violência, estabelecendo competências e obrigações para o Estado em todos os níveis do poder. A partir da sua gênese teve início no Estado Brasileiro a nova era no combate a violência doméstica e intrafamiliar, o que representou uma grande conquista ao movimento de mulheres no Brasil. (SOUZA; BARACHO, 2015) 
O dispositivo legal protege as mulheres em virtude do gênero, ou seja, aquelas que exercem o papel social de mulher, seja biológica, transgênero, transexual ou homem homossexual. Segundo o Superior Tribunal de Justiça o sujeito ativo da violência doméstica contra elas também pode ser do sexo feminino, desde que fique caracterizado o vínculo de relação doméstica, familiar ou de afetividade.Observa-se assim que a lei coaduna com os princípios da igualdade sem distinção de sexo e orientação sexual, da dignidade da pessoa humana e da liberdade sexual. (RODAS, 2017)
A finalidade da Lei 11.340 é ir além da mera punição ao agressor, trazendo com ela aspectos educativos que possuem o intuito de modificar valores sociais que veem a violência doméstica como algo natural. (RODRIGUES; CAVALCANTI, 2013) 
A Lei Maria da Penha procurou detalhar as formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, que engloba a violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, prevê medidas protetivas de urgência visando garantir a segurança da vítima, como o afastamento do agressor do local de convivência e a fixação de limite mínimo de distância, permite a prisão preventiva do agressor e aumenta as penas para os casos de lesões corporais praticadas no âmbito doméstico contra a mulher. Além disso, garante a criação de Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, a construção de casas-abrigo para mulheres e dependentes menores, a inclusão das vítimas em programas sociais, a prioridade para transferência de cidade caso seja servidora pública ou a estabilidade de seis meses para afastamento do trabalho caso seja da iniciativa privada. 
Contudo, desde que a lei entrou em vigor, gerou muitas controvérsias entre os aplicadores do direito. Muitos juízes problematizaram a aplicação e constitucionalidade de alguns dispositivos da lei, como os relativos a vedação da aplicação da Lei de Juizados Especiais (Lei 9.9099/95) aos crimes de violência doméstica e à natureza da ação penal nos crimes de lesão corporal leve. 
Em virtude desse cenário a Presidência da República adentrou com uma Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC 19) perante o Supremo Tribunal Federal, no ano de 2007, a fim de afastar a insegurança jurídica sobre a constitucionalidade dos artigos 1º, 33 e 41 da Lei Maria da Penha. Três anos depois, a Procuradoria-Geral da República adentra com uma nova ação perante o Supremo, dessa vez uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4424), acrescentando nessa a necessidade de uniformizar a interpretação acerca da natureza da ação penal nos crimes de violência doméstica, pois havia uma polêmica se esta deveria ser pública condicionada a representação da vítima ou pública incondicionada (MACHADO et al., 2012) 
2-Análise da Ação Declaratória de Constitucionalidade(ADC) nº 19 
A Ação Declaratória de Constitucionalidade, instituída no ordenamento jurídico brasileiro por meio da Emenda Constitucional nº 3/93, possui como finalidade única a criação de uma atmosfera de certeza e segurança nas relações jurídicas. Sendo assim, quando o Supremo Tribunal Federal julga uma ADC, ele está exercendo o controle abstrato de constitucionalidade das normas, tendo em vista que o objeto da ação é a lei ou ato normativo federal objeto de comprovada controvérsia judicial e não a análise de um caso concreto. 
Conforme anteriormente exposto, a Lei Maria da Penha foi alvo de diversas polêmicas no que diz respeito a constitucionalidade de alguns de seus dispositivos. Sendo assim, em 2007, o Presidente da República, como um dos legitimados para propor a ação (Art. 103 CF), adentrou com uma Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC nº 19), afim de ver declarados harmônicos com a Carta Federal os seguintes artigos da Lei 11.340: 
Art.1º- Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar. 
[...] 
Art.33- Enquanto não estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, as varas criminais acumularão as competências cível e criminal para conhecer e julgar as causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, observadas as previsões do Título IV desta Lei, subsidiada pela legislação processual pertinente. 
[...] 
Art.41- Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995. (BRASIL. Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm>. Acesso em 01 mar. 2017.)
Ao adentrar com a ação, a parte autora discorreu sobre as questões controversas envolvendo a aplicação da lei Maria da Penha por alguns juízos singulares. Dentre os vários pontos controvertidos alegados, destacaram-se aqueles que afirmavam que a lei afrontava ao princípio da igualdade (Artigo 5°, I, CF); à competência dos juizados especiais criminais (Artigo 98, I, CF); e à competência atribuída aos Estados para fixar a organização judiciária local (Artigo 125, §1° e Artigo 96, II, “d”, CF)” (MACHADO et al., 2012) 
A ADC 19 e a ADI 4424 guardam um lapso temporal de três anos entre as suas proposições. Contudo, ambas foram julgadas simultaneamente pelo STF em fevereiro de 2012. Nessa ocasião, o ministro Marco Aurélio,relator das ações, votou pela procedência da ADC 19, a fim de declarar a constitucionalidade dos artigos 1º, 33 e 41 da Lei 11.340/2006. Em seu voto o ministro afirma que a adoção de uma legislação compensatória, promove a igualdade material sem restringir de maneira desarrazoada os direitos daqueles pertencentes ao gênero masculino, tendo em vista a realidade de discriminação social e cultural existente no país. Além disso, Marco Aurélio cita a existência de outros diplomas normativos que foram editados visando à proteção dos grupos vulneráveis, como o Estatuto do Idoso e o da Criança e Adolescente. Nesse sentido, é declarada a constitucionalidade do artigo 1º da Lei. (Notícias STF, 2012). 
O artigo 33 da lei estabelece que enquanto não estruturados os Juizados de Violência Doméstica e familiar contra a mulher, as varas criminais acumularão as competências cível e criminal para conhecer e julgar as causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher. Em relação a esse dispositivo o STF afirmou não haver ofensa ao artigo 96, inciso I, alínea "a" e ao artigo 125, parágrafo 1º da Constituição Federal, que conferem aos Estados a competência para disciplinar a organização judiciária local. Além disso, conforme exposto pelo relator, a lei federal trata de uma sugestão para a criação de órgãos jurisdicionais especializados em âmbito estadual. Sendo assim, o dispositivo não estabeleceu a obrigação, mas sim a faculdade de criação dos Juizados de Violência Doméstica contra a Mulher, fato este que não é inédito no ordenamento jurídico brasileiro. 
Ademais, ainda no tocante ao artigo 33, ao atribuir ao juiz da vara criminal a competência cumulativa das ações cíveis e criminais envolvendo violência doméstica contra mulher, buscou-se conferir tratamento uniforme e célere em todo o território nacional. 
Em relação ao artigo 41 da Lei, a controvérsia versava acerca da não aplicação da Lei dos Juizados Especiais (Lei nº 9.099/95) ao casos de violência doméstica e familiar contra a mulher. O STF declarou ser constitucional o afastamento desse dispositivo. A principal consequência desta interpretação é que não será mais possível a aplicação ao acusado, da suspensão condicional do processo, da transação penal e da composição civil dos danos. Os argumentos utilizados para pacificar esse entendimento serão expostos quando da análise da Ação Direta de Inconstitucionalidade. 
Importante ressaltar que o entendimento do relator quanto à ADC 19 foi acompanhado pelos demais ministros da Corte e a ação declaratória foi julgada procedente por votação unânime, declarando assim a constitucionalidade dos dispositivos em comento.  
 
3- Estudo da Ação Direta de Inconstitucionalidade(ADI) nº 4424 
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4424) foi julgada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro de 2012. Por maioria de votos, vencido o presidente Ministro Cezar Peluso, a ação foi declarada procedente, reconhecendo a inconstitucionalidade dos artigos 12, inciso I; 16; e 41 da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006). 
Ao ajuizar o pedido, a parte autora pretendia uniformizar a interpretação da Lei ao propor os seguintes pedidos: a vedação a aplicação da Lei 9.099/95 em relação aos crimes cometidos pela Lei Maria da Penha, em qualquer hipótese; a determinação da natureza da ação como pública incondicionada a representação nos crimes de lesão corporal de natureza leve cometidos no âmbito da lei; e que fosse reservada a aplicação dos Artigos 12, I, e 16 da Lei Maria da Penha (sobre a necessidade de a renúncia à representação se dar sempre diante de um juiz) aos demais crimes cujo processamento esteja condicionado à representação. Ambos os pedidos referem-se às consequências do afastamento da Lei 9.099/95 aos casos de violência doméstica contra a mulher, especialmente a modificação que esta instituiu quanto à natureza do crime de lesão corporal leve. 
Entre os argumentos utilizados para afastar a aplicação da Lei de Juizados Especiais Criminais, mencionou-se que a lei criava  um quadro de impunidade dos agressores, tendo em vista que a maior parte das ações julgadas pelo juizado especial, aproximadamente 70% dos casos, envolviam violência doméstica, e na maioria das vezes a resolução dessas ocorrências resultava em conciliações insatisfatórias para as mulheres, o que por fim ocasionava um desestímulo para as vítimas ajuizarem ação contra os seus agressores. Nesse sentido, decidiu-se pela constitucionalidade do artigo 41 da Lei Maria da Penha. (MACHADO et al., 2012) 
O ponto realmente controvertido diz respeito a natureza da ação penal, pois haviam duas posições fortes em debate, a de que a ação deveria ser pública incondicionada e a que defendia que deveria ser pública condicionada à representação da vítima.  Na descrição do pedido da ação são expostos alguns motivos que justificam a segunda posição, entre eles, assentou-se a necessidade de preservação do vínculo familiar, o fato de muitos casais se reconciliarem após momentos de crise e a possibilidade de uma eventual condenação indesejada do réu. 
Defendendo a necessidade de representação da vítima o Ministro Cesar Peluso foi o único a divergir do relator, Ministro Marco Aurélio. Segundo o Acordão do Julgamento da Ação, que descreve as palavras de Peluso, a mulher deve ter respeitado o seu direito de não apresentar queixas contra o seu marido, usufruindo do núcleo substancial da dignidade da pessoa humana, que é a responsabilidade do ser humano pelo seu destino. O ministro cita como exemplo os casos em que a ação penal tenha se iniciado e o casal, depois de reconciliado, seja surpreendido por uma condenação penal indesejada. 
Além disso, Cesar Peluso advertiu que se o caráter condicionado da ação foi inserido na lei, houve motivos justificados do legislador para isso, que deve ter levado em consideração elementos trazidos por especialistas das áreas de sociologia e das relações humanas, inclusive por meio de audiências públicas. 
Por outro lado, o ministro relator, assim como os demais, defenderam em seus votos a aplicação da ação penal pública incondicionada, ou seja, a autorização para que o Ministério Público dê início a ação penal sem necessidade de representação da vítima. 
Importante ressaltar o voto de alguns ministros na ocasião da votação no Plenário do Supremo. Para a Ministra Rosa Weber, condicionar o início da ação penal a representação da vítima seria o mesmo que privar a vítima de proteção satisfatória à sua saúde e segurança. Já o Ministro Luiz Fux, considera que não é razoável exigir da mulher que apresente queixa contra o companheiro em um momento de fragilidade emocional como o que pode ser causado devido a violência doméstica.(Notícias STF, 2012)
O Ministro Ricardo Lewandowski descreve em seu voto que nestes casos estaríamos diante de um fenômeno psicológico e jurídico conhecido como vício de vontade, tendo que vista que estatisticamente as mulheres não representam contra seus companheiros em razão da permanente coação moral e física que sofrem e que acaba por inibir a sua manifestação de vontade. De acordo com as palavras do Ministro Joaquim Barbosa, quando o legislador edita lei em benefício de certos grupos sociais vulneráveis e essa lei acaba se tornando ineficiente, é dever do Supremo rever as políticas no sentido de proteção desses grupos. (Notícias STF, 2012)
Na descrição do pedido o autor afirma que considerar a ação relativa ao crime de lesão corporal leve como pública condicionada, assim como aplicar a Lei 9.099/95 aos crimes cometidos no âmbito da Lei Maria da Penha acabariam por ferir os princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade, violar a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, além de constituir uma proteção deficiente dos direitos constitucionais.  
Segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, uma das maiores deficiências nas legislações que visam combater a violência contra a mulher é estabelecer como principal objetivo a preservação da entidade familiare não a proteção de seus integrantes viverem livres da violência e discriminação. 
Ademais, a ofensa ao princípio da igualdade pode ser observada por meio do quadro de impunidade gerado pela necessidade de representação por parte das mulheres, ideia que encontra-se em conformidade com a pesquisa feita por Estela Cavalcanti em "Violência Doméstica na Lei Maria da Penha" que aponta que a renúncia resulta em 90% de arquivamento das ações penais. (MACHADO et al., 2012) 
Em virtude dos posicionamentos acima  narrados, com a corrente majoritária da Corte acompanhando o voto do relator, Ministro Marco Aurélio, o STF julga procedente a ADI 4424, pondo fim as controvérsias judiciais sobre a Lei Maria da Penha, afastando a aplicação dos Juizados Especiais e autorizando o Ministério Público a dar início a ação penal sem necessidade de representação da vítima nos casos envolvendo violência doméstica contra a mulher. Registre-se, ainda, que essa decisão do Supremo Tribunal Federal possui efeito vinculante, não deixando espaço para novas discussões judiciais sobre a matéria.
4- Ação Pública Incondicionada: novas perspectivas para a aplicação da Lei 11.340/06. 
A natureza da ação penal no crimes tipificados na Lei Maria da Penha, principalmente no tocante aos crimes de lesão corporal leve, sempre foi alvo de controvérsias nos Tribunais brasileiros. 
Apesar das várias polêmicas e decisões tomadas, desde de 2010 vigorou o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, que considerava a representação da vítima como requisito essencial para Instauração do Inquérito e consequentemente da ação penal. A representação consiste na manifestação da vontade da vítima na fase policial, ou seja, é uma condição de procedibilidade da ação penal pública condicionada. Segundo o artigo 38 do Código de Processo Penal(Lei 3.689/41), essa representação deve ser exercida até 6(seis) meses após a data do fato.
De acordo com o artigo 16 da lei 11.340/2006 nas ações penais públicas condicionadas à representação só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público. Contudo, a obrigatoriedade dessa audiência causava grandes problemas, tendo em vista que a ofendida, mesmo intimada para o ato processual, muitas vezes não comparecia e nem justificava a sua ausência e a essa atitude era entendida por muitos como uma desistência tácita, saída que não era a mais adequada ao que prévia o artigo em comento. 
Contudo, desde fevereiro de 2012, com a posição adotada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4424, não há mais que se falar em audiência para renúncia, conforme prévia o artigo 16 da Lei Maria da Penha, tendo em vista que as ações passaram a ter natureza de pública incondicionada, ou seja, agora o Ministério Público está autorizado a dar início a ação penal sem a necessidade de representação da vítima. (RODRIGUES, 2013) 
Soma-se a isso, a pacificação da controvérsia acerca da aplicação da Lei de Juizados Especiais (Lei 9.099), que foi completamente afastada do contexto dos crimes cometidos no âmbito da Lei Maria da Penha.  
Com a decisão definitiva do STF, pacificou-se a controvérsia nos Tribunais Brasileiros. Contudo, não se pode deixar de analisar a existência de aspectos positivos e negativos com a escolha dessa natureza de ação penal. 
Entre os diversos aspectos favoráveis a determinação da natureza da ação penal como pública incondicionada, pode-se destacar a redução da impunidade dos agressores. Tendo em vista que ao estabelecer como titular da ação o Ministério Público, o Estado, como detentor do monopólio da persecução penal, adentra na esfera privada com o intuito de resguardar um bem maior, que é a vida, a segurança e dignidade de milhares de mulheres vítimas de violência. Essa necessidade se faz ainda mais perceptível quando se observa a enorme porcentagem de casos que acabam em renúncia por partes das vítimas e sem falar na quantidade de denúncias que seriam suprimidas devido as barreiras, sobretudo psicológicas, que impedem as mulheres de denunciar seus agressores. 
Contudo, não se pode negar a existência de alguns contrapontos desfavoráveis na escolha da ação penal pública incondicionada. Ao optar por esse caminho o Estado acaba adentrando na esfera de autonomia da mulher e à intimida, tendo em vista que a mesma vê-se impossibilitada de interferir no andamento da ação penal ou paralisá-la. Ademais, outro risco seria o de sobrevir sentença condenatória com consequências imprevisíveis no seio da família em casos nos quais há consolidação de convivência pacificada entre uma mulher e seu parceiro. (MACHADO et al., 2012) e nestes casos o que se deveria fazer? Ou isto não é problema do Estado?  
Ademais, deve-se ter em vista que a determinação desse modelo de ação penal para os crimes abrangidos pela Lei Maria da Penha, compatibiliza com o objetivo de dar uma maior rigidez à política de punição dos agressores. Contudo, esse modelo rígido não é suficiente para garantir o maior objetivo da lei, que é a devida proteção e assistência às mulheres vítimas de violência doméstica. 
 
Conclusão 
No transcorrer do artigo foi possível observar que desde a sua promulgação, a Lei Maria da Penha foi alvo de muitas controvérsias acerca da constitucionalidade de seus dispositivos, o que acabou gerando muitas polêmicas quanto à interpretação da norma nos Tribunais Brasileiros.  
Buscando pôr fim aos debates, foram impetradas duas ações de controle de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, a ADC 19 e a ADI 4424. A Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 19, adentrada pelo Presidente da República em 2007, pretendeu declarar constitucionais os artigos 1º, 33 e 41 da Lei. Entre os pontos controvertidos alegados nessa ação, destacaram-se aqueles que afirmavam que a lei afrontava ao princípio da igualdade; à competência dos juizados especiais criminais; e à competência atribuída aos Estados para fixar a organização judiciária local. 
Já a Ação Direta de Inconstitucionalidade, adentrada pelo Procurador Geral da República no ano de 2010, buscou por fim às controvérsias quanto aos artigos 12, inciso I; 16 e 41 da Lei Maria da Penha. Entre os pontos controvertidos acrescentou-se a esta demanda o debate acerca da natureza da ação penal nos crimes tipificados na lei. 
Conforme foi visto, o STF, em Sessão Plenária realizado em fevereiro de 2012, julgou ambas as ações procedentes, pacificando o entendimento nos tribunais e estendendo o efeito erga omnes. A ADC 19 foi julgada procedente por unanimidade dos votos, enquanto a ADI 4424 foi julgada por maioria dos votos, tendo em visto o voto dissidente do Ministro Cesar Peluso.
Após o julgamento das ações, as questões controversas envolvendo a constitucionalidade da Lei Maria da Penha foram pacificadas. Contudo, por meio do presente estudo foi possível observar, principalmente em relação a natureza pública incondicionada da ação penal, que no âmbito acadêmico ainda são discutidos e levantados muitos pontos contrários a essa posição.
Apesar dos diversos aspectos favoráveis a determinação da natureza da ação penal como pública incondicionada, como o aumento do rigor penal para o tratamento dos crimes envolvendo violência doméstica, o que pode acarretar uma possível redução da impunidade dos agressores, não se pode negar a existência de alguns contrapontos desfavoráveis na escolha desse tipo de ação penal. Um dos riscos seria o de sobrevir uma sentença condenatória imprevisível e indesejada, em casos onde a convivência familiar já se encontre pacificada. Além disso, ao optar por esse caminho, o Estado acaba adentrando na esfera de autonomia da mulher, tendo em vista que a mesma vê-se impossibilitada de interferir no andamento da ação penal ou paralisá-la.  
De acordo com o estudo de (MEDEIROS; MELLO, 2016), a escolha da modalidade de ação pública condicionada à representação da vítima é feita noscasos em que a satisfação e a vontade da vítima ganham maior relevância. Desse modo, há um conflito de interesses no qual o interesse da vítima se sobrepõem ao interesse público do Estado. Entre as explicações para a escolha desse modelo citam-se os casos em que o crime é de baixa potencialidade lesiva ao bem jurídico atingido e, portanto, de pouca relevância imediata ao interesse público. Outra possibilidade ocorre nos casos em os sujeitos ativo e passivo do delito são muito próximos e partilham de uma relação estreita; casos em que geralmente é aconselhada uma intervenção distinta da esfera penal. Por fim, uma última situação que leva ao condicionamento da ação penal são os casos em que a vítima necessita de proteção contra novos possíveis danos, que podem ser causados pelo proceder da ação penal, casos em que o processo penal pode provocar à vítima maiores prejuízos que os resultantes da prática do fato criminoso.
Desse modo, pode-se concluir que apesar das várias explicações que levam ao condicionamento da ação penal para os crimes em estudo, houve um choque de princípios onde fez-se necessária uma ponderação de valores no caso concreto. Na situação em análise, a necessidade e o dever do Estado de proteção da vida e da dignidade das mulheres vítimas de violência doméstica se sobrepuseram à necessidade da preservação da entidade familiar e da autonomia da mulher na escolha do seu destino. 
Ademais, apesar de considerar acertada a decisão do STF, tendo em vista o valor maior da vida e dignidade humana das mulheres, é importante observar que a finalidade social maior da Lei 11.340/2006 é a proteção da vítima, que encontra-se acima da necessidade de uma punição mais severa do agressor.
Em virtude dos aspectos mencionados, é possível concluir que a Lei Maria da Penha, considerada uma das mais avançadas leis de toda a região iberoamericana no que diz respeito ao tema, representa uma das maiores conquistas feministas brasileiras na busca pela emancipação da violência de gênero. No que diz respeito à discussão sobre a constitucionalidade de seus dispositivos, constata-se que após o Julgamento do STF as polêmicas encontram-se pacificadas. Contudo, para que a lei consiga alcançar eficácia plena em nosso sistema é necessário que o enfoque principal dê-se em torno da resolução e pacificação real dos conflitos, aumentando-se os esforços para que se efetive a aplicação da lei, das medidas protetivas e de acolhimento da mulher, todas já previstas e detalhadas na Lei 11.340.
 
Referências 
BARACHO, L. F; SOUZA, M. C. A Lei Maria da Penha: égide, evolução e jurisprudência no Brasil.  Revista Eletrônica do Curso de Direito. PUC Minas Serro, n. 11. Jan./Agost.2015.ISSN 2176-977X.Disponível em: <file:///home/chronos/u-1d52c66d5389da9977b7f3c6f1d0c2dd25c3f14d/Downloads/8695-37769-1-PB.pdf.Acesso em: 01 mar. 2017. 
BRASIL. Constituição Federal, 1988. Disponível em:  <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 01 mar. 2017. 
BRASIL. Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm>.Acesso em: 01 mar. 2017. 
 
BRASIL. Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm>. Acesso em 01 mar. 2017. 
DOSSIÊ MULHER, 2016. Org. Andréia Soares Pinto; Orlinda Claudia R. Moraes. Rio de Janeiro: Instituto de Segurança Pública, 2016. ISBN 978-85-60502-49-3. 
MACHADO, M. R. A. et al. Disputando a aplicação das leis: a constitucionalidade da lei maria da penha nos tribunais brasileiros. SUR. Revista Internacional de Direitos Humanos, São Paulo, v. 9, n. 16, jun. 2012, p. 65-89. ISBN 18066445. Disponível em <http://www.compromissoeatitude.org.br/wpcontent/uploads/2013/05/MACHAD EAL_DisputandoaAplicacaodasLeisAConstitucionalidadedaLeiMariadaPenha2004.pdf.> Acesso em: 01 mar. 2017. 
MEDEIROS, C. S. I Q.; MELLO, M. M. P. Entre a "renúncia" e a intervenção penal: uma análise da ação penal no crime de violência doméstica contra a mulher. Disponível em:<http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/arquivo/2016/02/31d22c3f1cf8a05b14eb8226f0ae7cad.pdf>. Acesso em: 01 mar. 2017. 
RODAS, SÉRGIO. Lei Maria da Penha protege também mulher transgênero ou transexual e homem gay, 2017. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2017-jun-10/lei-maria-penha-protege-tambem-mulher-transgenero-homem-gay#author. Acesso em:<20 de set. 2017.
RODRIGUES, A. V. L. Da representação da vítima para início da ação penal nos crimes cometidos no âmbito da Lei Maria da Penha diante do entendimento do STF. João Pessoa, 2013. Disponível em: < http://www.fespfaculdades.com.br/painel/uploads/arquivos/Artigo%20cientifico%20Ana%20Virginia.pdf. Acesso em: 01 mar. 2017. 
1.Graduanda em Direito pela Universidade Regional do Cariri(URCA). Pesquisadora e bolsista(PIBIC/FUNCAP).Endereço eletrônico: mendonca.karen.a@gmail.com
2.Graduado em direito pela Universidade Católica de Pernambuco. Mestre em direito constitucional pela Universidade Federal do Ceará. Doutor em direito econômico e socioambiental pela PUC do Paraná. Professor efetivo da Universidade Regional do Cariri e advogado com atuação na àrea de direito civil e empresarial.Endereço eletrônico: inaldobringel@hotmail.com.

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