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Reclamação Trabalhista por Rescisão Indevida

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA _ VARA DE TRABALHO DE TAGUATINGA/DF
	Maria Aparecida, brasileira, solteira, auxiliar administrativa, residente e domiciliado em Brasília/DF, '' endereço e qualificação completos'', vem diante de Vossa Excelência, por meio de seu advogado ao final subscrito, com endereço profissional sito em ..., onde recebe intimações, com fulcro no artigo 840, § 1º da CLT, propor
 RECLAMAÇÃO TRABALHISTA PELO RITO ORDINÁRIO
em face da empresa A Ltda, , ''qualificação e endereço completos'', situada em Taguatinga/DF, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
1- PRELIMINARES
1.1- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA:
	Estão presentes os requisitos para o deferimento da gratuidade de justiça, tendo em vista que a reclamante não possui condições de arcar com as despesas processuais sem prejuízo de seu sustento e de sua família. Sendo assim, ela enquadra-se nos requisitos do artigo 790 § 3º da CLT, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social tem o direito à gratuidade de justiça. 
	Ante o exposto, requer o deferimento da gratuidade de justiça.
1.2- RITO ORDINÁRIO CITAÇÃO POR EDITAL:
	A empresa A Ltda, não está mais funcionando e o seu paradeiro é desconhecido, nos termos do artigo 256 do CPC c/c 841, § 1º da CLT, quando a empresa está em lugar incerto e não sabido se faz necessário a citação por edital, mesmo que o caso dos autos o valor da causa seja inferior a 40 salários minímos, requer a tramitação do feito peo rito ordinário, tendo em vista que o artigo 852, b, II, da CLT veda a citação por edital no rito sumarissímo. 
	Ante o exposto requer a tramitação do feito pelo rito ordinário e a citação por edital da empresa.
2. DAS VERBAS RESCISÓRIAS:
	Maria Aparecida, foi contratada em 20.04.2017, e em 20.11.2017 foi dispensada sem justa causa, sendo dispensada do cumprimento do aviso prévio; recebia remuneração mensal de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais); sendo assim ela faz jus a seguintes verbas:
a) Saldo de salário:
	Saldo de salário de 20 dias trabalhados no mês de novembro, no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), liquidado, nos termos do artigo 64 da CLT.
b) Aviso Prévio proporcional:
	Aviso prévio proporcional de 30 dias, tendo em vista que a reclamante trabalhou 7 meses na empresa, no valor de R$ 1500,00 (mil e quinhentos reais), nos termos do artigo 487, § 1º, da CLT c/c a Lei 12.506/11 e artigo 7º, XXI, da CF.
c) Férias Proporcionais:
	A reclamante faz jus a férias proporcionais de 8/12 ( oito doze avos), no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), acrescidos de 1/3 constitucional, nos termos do artigo 147 da CLT.
d) 13º salário proporcional:
	A reclamante faz jus ao 13º salário na razão de 8/12 ( oito doze avos), no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), nos termos do artigo 487, § 1º, da CLT c/c artigo 3º da Lei 4090/62.
3. DO INTERVALO INTRAJORNADA:
	A reclamante trabalhava de segunda a sexta feira, das 9h às 17h, com 30 minutos de intervalo intrajornada.
	A teor do artigo 71 que dispõe a CLT, deverá a Reclamada remunerar a hora que deixou de conceder à Reclamante.
Art.71-Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 4. Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo cinqüenta por cento sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
	Intervalo que não foi respeitado, tendo em vista que a reclamannte trabalhava 8h com apenas 30 minutos de intervalo intrajornada, sendo assim, requer que seja o reclamado condenado ao pagamento integral do intervalo intra jornada suprimido, como horas extraordinárias, calculadas com acréscimos de 50%, nos termos do artigo 71, § 4º da CLT e súmula 437 do TST, no valor de R$.... .
4. DA RETIFICAÇÃO DA CTPS:
	A CTPS não foi anotada com a data de saída, ora como consta no artigo 489 da CLT, a rescisão torna-se efetiva depois da expiração do aviso prévio. Bem como, o entendimento consubstanciado na OJ nº 82 da SBDI-1, do TST, segundo o qual "a data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado." 
	Dessa forma, reconhecido o aviso prévio proporcional de 30 dias, requer a retificação da data de término da relação empregatícia na carteira profissional da reclamante, para constar como data de demissão o dia 20.12.2017.
5. DA ESTABILIDADE PROVISÓRIA:
	Em 20.10.2017, a reclamante descobriu que estava grávida de dois meses, e ao ser dispensada sem justa causa, no dia 20.11.2017, informou ao seu superior hierárquico que estava grávida, contudo ele informou que ela não teria mais nenhum direito, pois na data da demissão ele não tinha conhecimento do seu estado gravídico.
	Diante dos fatos descritos acima, nota-se claramente a ilegalidade que cometeu a reclamada ao dispensar imotivadamente sua funcionária no período em que esta detinha estabilidade provisória.
	O desconhecimento da gravidez pelo empregador não obsta que se reconheça à empregada a proteção constitucional. Isto porque a aquisição da estabilidade provisória, tem como pressuposto que a concepção se dê ao tempo do vínculo empregatício, situação que findou comprovada nos autos.
	Discorre a Constituição Federal de 1988, em seu art. 10, inciso II, alínea b, do ADCT c/c artigo 391-A da CLT, veda a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez, até cinco meses após o parto. 
	Consoante a Orientação Jurisprudencial nº 88/SBDI-1, o desconhecimento da gravidez pelo empregador não afasta o direito à indenização decorrente da estabilidade. Na ocasião, a própria gestante pode ignorar o seu estado, não podendo esse fato acarretar a perda de direito que visa principalmente à proteção do nascituro.
	Comprovada a gravidez durante o contrato de trabalho, mesmo sem a anuência do empregador, é devida à autora a estabilidade perseguida. É assim o entendimento do C. TST, consubstanciado na Súmula nº 244, a qual está assim redigida:
“SÚMULA Nº 244 GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 88 e 196 da SBDI-1) 
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade .
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. 
	Deste modo, requer que a reclamada arque com as verbas trabalhistas da reclamante da data da confirmação da gravidez até cinco meses após o parto conforme artigo 10, I, b da ADCT.
6. DO PAGAMENTO DAS VERBAS INCONTROVERSAS:
	Em 20.11.2017, a reclamante foi dispensada sem justa causa, sendo dispensada do cumprimento do aviso prévio e não recebeu nenhuma verba rescisória correspondente.
	Portanto, requer a condenação da reclamada ao pagamento destas verbas, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, por possuírem natureza incontroversa sob pena de pagá-las acrescidas de 50%, como manda o artigo 467 da CLT, no valor de R$ ... .
	Ademais, na data de 20.11.2017, a reclamante foi demitida sem justa causa. Entretanto, é notório o pagamento das verbas rescisórias devidas no prazo de 10 dias, contados do término do contrato de trabalho, ou seja, dia 20.12.2017, não foi observado, nos termos do artigo 477, §6º da CLT.
	Assim, tendo em vista a inobservância do artigo 477, § 6º, da CLT, é necessário o pagamento de multa a favor da reclamante, em valor igual ao salário, conforme artigo 477, §8º, da CLT.
	Requer o pagamento de multa, no valor de R$..., nos termos da lei.
7. DOS PEDIDOS:
Ante o exposto, requer:
a) Que seja deferidoos benefícios da gratuidade de justiça;
b) A notificação do reclamado por edital;
c) A condenação da reclamada ao pagamento do saldo de salário;
d) A condenação da reclamada ao pagamento do aviso prévio proporcional;
e) A condenação da reclamada ao pagamento de férias e 13º proporcionais;
f) A condenação da reclamada ao pagamento de horas extras, referentes ao período minímo de intervalo intrajornada não respeitado pela empresa;
g) A condenação à correção da anotação da data de rescisão do contrato de trabalho, com a devida projeção do aviso prévio proporcional;
h) Seja reconhecido o vínculo empregatício conforme exposto nos fatos, bem como a estabilidade provisória da reclamante;
i) A condenação da reclamada ao pagamento das verbas como incontroversas no dia de seu coparecimento à Justiça do Trabalho sob pena de pagá-las acrescidas de multa de 50% sobre o valor devido;
j) A condenação da reclamada ao pagamento em honorários.
8. DOS REQUERIMENTOS FINAIS:
a) Requer a notificação da reclamada para comparecer e audiência inaugural a ser designada e apresentar defesa sob pena de revelia e confissão quanto a matéria de fato;
b) Requer a produção de todos os meios de prova admitidos em direito, em especial o depoimento pessoal do representante legal da reclamada, a oitiva de testemunhas e juntada de novos documentos;
c) Requer a condenação da reclamada ao paamento de honórários sucumbênciais na razão de 15%, nos termos do artio 791-A, da CLT;
d) Requer a procedência dos pedidos formulados nesta inicial.
Dá à causa o valor de R$...
Local/Data
Advogado/OAB

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