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Reclamação Trabalhista Joana

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AO JUÍZO DA _ VARA DO TRABALHO DE FORMIGA/MG
 
JOANA DARK, nacionalidade, estado civil, auxiliar administrativo, portadora do RG n° XXX, inscrita no CPF sob o n° XXXX, CTPS n° XXX, PIS n° XXX, filha de XXX, residente e domiciliada na rua XXX, São Gonçalo RJ, endereço eletrônico XXX, vem a este juízo, por meio de sua advogada que esta subscreve (procuração em anexo), com endereço profissional XXX, endereço eletrônico XXX, onde recebe intimações e notificações, com fulcro no artigo 840, § 1º da CLT c/c art. 319 do CPC, aplicado supletivo e subsidiariamente por força do art. 769 da CLT e art. 16 do CPC, apresentar 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA C/C TUTELA DE URGÊNCIA
em face de LAVANDERIA TUDO LIMPO, inscrita no CNPJ sob o nº XXXXX, com sede na rua XXX do município de Formiga/MG, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
1 - GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
Cumpre salientar que o Reclamante percebia remuneração mensal de 1 salário mínimo e hoje se encontra desempregado, não podendo pagar as custas e despejas processuais sem prejudicar o seu sustento e de sua família. 
Isso posto, requer a Vossa Excelência a concessão do benefício da gratuidade de justiça, com fulcro nos termos da lei 1060/50 e lei 7510/86. 
2 – DA SÍNTESE DO CONTRATO DE TRABALHO 
Joana Dark, ora Reclamante, foi empregada na sede da sociedade empresária Lavanderia Tudo Limpo, tendo iniciado sua prestação de serviços em 17/08/2017, exercendo a função de auxiliar de lavanderia, recebendo mensalmente o valor de R$1.100,00. 
A Reclamante informa que no dia 29/04/2019 recebeu notificação de aviso prévio. Informa ainda que no dia 13/05/2019 compareceu à sede da empresa, tendo recebido apenas os valores relativos aos 30 dias de aviso prévio (que lhe foi concedido de forma indenizada), férias simples e 13º salário proporcional. 
Cabe ressaltar que a Reclamante alega nunca ter saído de férias, bem como que o 13º dos anos de 2017 e 2018 estavam quitados. 
Foi relatado que a funcionária Shirley, também exercia a função de auxiliar de lavanderia desde 01.10.2017 e que esta recebia mensalmente o valor de R$1.350,00. 
O horário de trabalho de Joana era de segunda a sexta-feira das 8h às 18:30, com intervalo de 20 minutos para refeição, e aos sábados o labor era das 8h às 12h. 
A Parte também informa que, mensalmente, quando havia cumprimento das metas estabelecidas, ela recebia o valor de R$150,00, porém este valor não constava em seu contracheque. 
Além do exposto, a Reclamante informou que no dia 5 de maio de 2019 realizou exame médico e descobriu que estava com 8 semanas de gestação. 
 
2 - ESTABILIDADE DA GESTANTE- REINTEGRAÇÃO 
A Reclamante faz jus a reintegração, pois nos moldes do artigo 391-A da CLT, a confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 
4 - DIFERENÇA DE VERBAS RESILITÓRIAS 
Conforme anteriormente elucidado, a Reclamante, apesar de ter recebido seu aviso prévio remunerado, não recebeu o seu reflexo nas férias e 13º salário, conforme regula o artigo 487, CLT, bem como o art. 1º, Parágrafo único, da Lei nº 
12.506/2011. 
Outrossim, a parte também não recebeu devidamente as férias simples, além das férias proporcionais de 9/12, conforme regulado no art. 146, parágrafo único da CLT, in verbis: 
Art. 146. Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. 
 
Portanto, requer pelo pagamento das verbas resilitórias devidas no importe 
de R$ XXX. 
3 - FGTS 
Mediante a dispensa desmotivada, de acordo com a legislação vigente, faz a Reclamante jus aos saques dos depósitos de FGTS, bem como a multa de 40% sobre esse valor. 
Nesse sentido, o art. 18, § 1º da Lei 8.036/90, a seguir transcrito: 
“Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais. (Redação dada pela Lei nº 9.491, de 1997) 
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.” 
A Reclamante informa, conforme retro citado, que não recebeu os valores referentes ao FGTS e, por isso, faz jus a comprovação dos depósitos necessários, além do pagamento da referida multa, com base nos artigos 15 e 18, §1º, Lei 8.036/90, bem como o artigo 7º, I e III da CF/88. 
4 - MULTA DO ARTIGO 477, CLT 
O artigo 477 da CLT, § 6º, determina que a entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato. 
O 8º parágrafo do mesmo artigo nos dita que, a inobservância do disposto no §6° deste artigo sujeitará o infrator ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido. 
Sendo assim, eis que inobservado o prazo estipulado pela lei, requer seja a Reclamada condenada ao pagamento da multa prevista no artigo 477 da CLT.
 
5 - INTERVALO INTRAJORNADA 
Nos termos do art. 71 da CLT, em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 horas, é obrigatória a concessão de um intervalo de, no mínimo, 1 hora. Todavia, informa a Reclamante que gozava de apenas 20 minutos. 
Por isso, requer o pagamento com acréscimo de 50% dos 40 minutos diários suprimidos da pausa alimentar. 
 
6 - HORAS EXTRAS 
O horário de trabalho da Reclamante era de segunda a sexta-feira das 8h às 18:30, com intervalo de 20 minutos para refeição, e aos sábados o labor era das 8h às 12h. 
Observa-se que a parte laborou horas extras, excedendo o estabelecido na legislação, especificamente o art. 58 da CLT, aqui colacionado: 
“Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.” 
Portanto, requer o pagamento de horas extras com adicional de 50% pelo inobservado. 
8 - EQUIPARAÇÃO SALARIAL 
O artigo 461 da CLT determina que, sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário. 
Entretanto, como fora relatado, a funcionária Shirley, também exercia a função de auxiliar de lavanderia e, esta, recebia mensalmente o valor de R$1.350,00, enquanto a Reclamada percebia um salário de R$1.100,00. 
Por essas razões, requer seja determinada a equiparação salarial. 
9 - INTEGRAÇÃO DO SALÁRIO 
A CLT em seu artigo 457, §1º, regula que as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador integram ao salário. 
A Parte também informa que, mensalmente, quando havia cumprimento das metas estabelecidas, ela recebia o valor de R$150,00, porém este valor não constava em seu contracheque, o que está em desacordo com o estabelecido em lei. 
Desse modo, requer seja retificada a CTPS para que passe a constar o correto valor e os seus reflexos legais.
 
10 - RETIFICAÇÃO DA CTPS 
Em face do que fora exposto, requer a Reclamante seja retificada a anotação em sua CTPS, sob a luz do artigo 29 da CLT, para que passe a constar todas asalterações aqui postuladas. 
 
11 - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
O reclamante encontra-se assistido por advogado regularmente constituído por meio de procuração, e, nos termos do art. 791-A da CLT são devidos honorários sucumbenciais:
“Art. 791 – Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5 % (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa”
Assim, nos termos da lei vigente requer a condenação da reclamada ao pagamento de 15%, conforme determina o texto legal.
12 - TUTELA DE URGÊNCIA – REINTEGRAÇÃO AO EMPREGO 
Considerando o artigo 10, inciso II, alínea “b” dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias e a Súmula 244 do TST, a autora é detentora de garantia no emprego, vedada a sua dispensa arbitrária ou sem justa causa. 
Desta forma, tem-se presentes os requisitos previstos no artigo 300 do CPC/2015, qual seja, a probabilidade do direito e o risco de dano, requer a Reclamante seja deferido o pedido de reintegração ao emprego, em caráter de antecipação de tutela. 
 
12 - DOS PEDIDOS 
Ante todo o exposto, requer:
 
a) A isenção de eventuais custas, tendo em vista que a Reclamante, neste momento, declara ao juízo que é juridicamente pobre, informação esta que independe de prova (lei 7.115. de 29/08/83); 
b) Seja concedida a tutela antecipada, determinando a reintegração da reclamante; 
c) Seja condenada a Reclamada ao pagamento da diferença existente quanto às verbas resilitórias, esta no importe de R$ XXX; 
d) A comprovação dos depósitos que deveriam ser realizados à título de FGTS, além do pagamento da multa de 40% sobre este valor, no importe de R$ XXX; 
e) Seja condenada a Reclamada ao pagamento da multa prevista no artigo 477 da 
CLT, no valor de R$ XXX; 
f) O pagamento dos valores devidos do intervalo intrajornada, no importe de R$ 
XXX; 
g) O pagamento dos valores devidos à título de horas extras em seu período não gozado pelo Reclamante, estes no importe de R$ XXX; 
h) Seja determinada a equiparação salarial para todos os fins, conforme já fundamentado, no valor de R$ XXX; 
i) Seja integrado o valor recebido a título de comissão ao salário, este no importe de R$ XXX; 
j) A retificação da CTPS nos moldes aqui traçados; 
k) A condenação do Consignatário ao pagamento de Honorários Advocatícios no importe de 15%, conforme estabelece o artigo 791-A da CLT. 
Os subscritores da presente declaram que são autênticas todas as cópias anexas, nos termos do artigo 830 da CLT. 
Face ao exposto, requer o Reclamante, a notificação da Reclamada no endereço acima descrito, para que conteste a presente, se quiser, sob pena e revelia, devendo ao final, seus pedidos serem julgados PROCEDENTES, nos termos acima, sendo condenada a Reclamada ao pagamento dos itens postulados, acrescidos da devida atualização monetárias, custas de demais despejas processuais.
Os subscritores da presente declaram que são autênticas todas as cópias anexas, nos termos do artigo 830 da CLT. 
Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial documental, testemunhal e depoimento pessoal da Reclamada sob pena de confesso.
Dá-se a causa, o valor de R$ XXX.
Termos em que,
Pede Deferimento.
Local, data.
Assinatura.
 
 
PÚBLICA 
 
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