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TCC pos educação

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FACULDADE SÃO BRAZ
JAQUELINE CRISTINE KALUZNY DE OLIVEIRA
O LÚDICO COMO RECURSO PEDAGÓGICO NO ATENDIMENTO AO ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN
MARQUINHO – PR
2014
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JAQUELINE CRISTINE KALUZNY DE OLIVEIRA
O LÚDICO COMO RECURSO PEDAGÓGICO NO ATENDIMENTO AO ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN
Trabalho entregue à Faculdade de Educação São Braz, como requisito legal para convalidação por competências, para obtenção de certificado de Especialização Lato Sensu do Curso Educação Especial Inclusiva com ênfase nas Deficiências Múltiplas, conforme Norma Regimental Interna e Art. 47, Inciso 2, da LDB 9394/96.
MARQUINHO – PR
2014
�
FOLHA DE APROVAÇÃO
Jaqueline Cristine Kaluzny de Oliveira
O lúdico como recurso pedagógico no atendimento ao aluno com Síndrome de Down
Trabalho entregue à Faculdade de Educação São Braz, como requisito legal para convalidação por competências, para obtenção de certificado de Especialização Lato Sensu do Curso Educação Especial Inclusiva com ênfase nas Deficiências Múltiplas, conforme Norma Regimental Interna e Art. 47, Inciso 2, da LDB 9394/96.
					Prof. Orientador: _______________________
Aprovadas em: ____/____/2014
Examinadores:
Prof. (Esp./Me/Dr) _______________________________________________
Instituição: ______________________ Assinatura: _____________________
Prof. (Esp./Me/Dr) _______________________________________________
Instituição: ______________________ Assinatura: _____________________
Prof. (Esp./Me/Dr) _______________________________________________
Instituição: ______________________ Assinatura: _____________________
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem Ele, nada seria possível e não estaria aqui, desfrutando, destes momentos que é tão importante.
Dedico este trabalho aos meus familiares e a todas as pessoas que estiveram ao meu lado apoiando diariamente, transmitindo fé, amor, paciência e incentivando-me sempre a batalhar pelos meus objetivos.
Dedico também aos nossos colegas de classe que proporcionaram discussões construtivas e trocas de experiências contribuindo assim para o meu aprendizado no decorrer do curso de pós-graduação em Educação Especial.
Enfim, este trabalho está dedicado a todas as pessoas que diretamente e indiretamente contribuíram para a realização do mesmo, sem o apoio, carinho e compreensão de todos essa realização não seria possível. Muito obrigada a todos!
EPÍGRAFE
“Eu não acredito em inspiração. Escrever é um trabalho, tem que ser feito todos os dias. Costumo dizer que a primeira condição para escrever é sentar. Depois de sentar, escrever”.
José Saramago
RESUMO
A presente investigação teve como objetivo geral compreender o trabalho lúdico como ferramenta para o processo de ensino e aprendizagem do aluno com síndrome de Down, mas especificamente buscou-se estudar a ludicidade, destacando conceitos relacionados e características da Síndrome, bem como identificar aspectos do processo de ensino e aprendizagem do aluno com Síndrome de Down visando estratégias teóricas e práticas para a abordagem do lúdico. Para tanto, pautou-se numa pesquisa bibliográfica, através da análise de estudos científicos como artigos, dissertações e teses, os mesmos foram pesquisados em periódicos e banco de dados no sentido de confrontar teorias diferentes para uma melhor compreensão do tema. Assim sendo, concluiu-se que as atividades lúdicas têm grande eficácia sobre a criança, principalmente, no que diz respeito à formação de sua personalidade, como a evolução de cada uma de suas funções psicológicas, intelectuais e morais.
Palavras-chave: Lúdico. Desenvolvimento. Aprendizagem. Educação Especial.
SUMÁRIO
10INTRODUÇÃO	�
121 O CONTEXTO HISTÓRICO DA LUDICIDADE E A SÍNDROME DE DOWN	�
131.1 A evolução histórica da ludicidade	�
151.2 Síndrome de Down e suas características	�
182 O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DO ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN	�
182.1 A importância do lúdico para alunos com Síndrome de Down	�
182.1.1 DIFICULDADES DE APRENDIZAGENS E ESTIMULAÇÕES.	�
192.1.2 APRENDIZAGEM DO ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN.	�
213 O PAPEL DO PROFESSO NO TRABALHO LÚDICO - ALUNOS COM SINDROME DE DOWN	�
3.1 O DOWN POSSUI MAIORES CHANCES DE ADQUIRIR MÚLTIPLA DEFICIÊNCIA SENSORIAL...........................................................................23 
2conclusão	�4
2Referências	�5
�
	
INTRODUÇÃO
O presente trabalho está estritamente relacionado com o trabalho lúdico e a aprendizagem dos alunos com Síndrome de Down, uma vez que o trabalho lúdico é uma ferramenta pertinente e pode ser utilizado como estratégia de ensino para a aprendizagem dos alunos da educação especial, por estimular a construção do conhecimento humano.
A preocupação com a inclusão escolar de alunos com necessidades Especiais e a utilização do trabalho lúdico mais especificamente com alunos com Síndrome de Down, vem sendo alvo de pesquisas, já há algum tempo. 
 Sabedores do fato de que o brincar e o brinquedo, sempre estiveram presentes no desenvolvimento das crianças, através de brincadeiras oriundas da cultura familiar em que a esta inserida, pode-se dizer então que a primeira relação socializadora da criança é realizada após o seu nascimento e se dá, primeiramente, no convívio de seu grupo familiar e, posteriormente, se estende a outros grupos como: sociedade, escola e amigos, onde consequentemente haverá o processo de apropriação de normas, valores e representações de acordo com a cultura e sociedade vigente, o que reforça a importância das atividades lúdicas no desenvolvimento da criança.
Entretanto, cabe aos profissionais da educação especial buscar meios e estratégias que possam facilitar o desenvolvimento destas crianças de modo a serem inseridos na sociedade como indivíduos mais autônomos buscando sua realização pessoal dentro da sociedade.
Diante disto, não se pode abrir mão do compromisso com a produção de conhecimento confiáveis, pois só assim à contribuição, tanto para desenvolver o instrumental teórico no campo da educação como para favorecer tomadas de decisões mais eficazes, substituindo as improvisações e modismos que tem guiado nossa área, nossa responsabilidade como pesquisadores não podem serem minimizadas (Alves-Mazzotti, 2001).
Este trabalho surgiu com a necessidade de buscar novos conhecimentos sobre a articulação entre o “Lúdico” e a “Síndrome de Down”, tema aqui abordado como investigação. Nesse sentido, o principal problema de pesquisa: Qual a importância do trabalho lúdico no processo de ensino e aprendizagem dos alunos com Síndrome de Down?
Vygotsky (1989) afirma que o brincar é um fator importante não apenas para a infância, mas para o desenvolvimento como um todo. Assim, a criança estabelece ao brincar, regras e comportamentos que são compartilhados, nesse sentido o presente trabalho justifica-se à medida que busca aprofundar conhecimentos acerca da relevância do lúdico como abordagem pedagógica no atendimento junto aos alunos com Síndrome de Down. 
Para buscar responder o problema de pesquisa, foi traçado como objetivo geral, compreender o trabalho lúdico como ferramenta para o processo de ensino e aprendizagem do aluno com Síndrome de Down. Mais especificamente, buscou-se estudar a ludicidade, destacando conceitos relacionados e características da síndrome; Identificar aspectos de ensino e aprendizagem do aluno com Síndrome de Down, visando estratégias teórico práticas para a abordagem lúdica, e por fim pesquisar sobre o papel do professor na ludicidade.
Dessa forma, esse trabalho busca levantar informações em relação aos artigos publicados na área da educaçãoespecial, tendo como método de pesquisa a Análise de Conteúdo. A análise de conteúdo é um instrumento metodológico utilizado para investigar e interpretar dados de certo materiais (artigos, livros, teses) (BARDIN, 1977). A documentação de informações científicas trata-se tomar nota de todos os elementos necessários para a elaboração de um trabalho científico (SEVERINO, 1996). Foram utilizadas como fonte de dados, pesquisas científicas publicadas em periódicos on-line.
O tema enfocado nesta pesquisa está dividido em três capítulos. O primeiro capítulo explicita o contexto histórico da ludicidade e o aluno com Síndrome de Down. O segundo capítulo está relacionado com o processo de ensino e aprendizagem do educando com Síndrome de Down. Por fim, o terceiro capítulo está direcionado para o papel do professor na ludicidade.
	
	
1 O CONTEXTO HISTÓRICO DA LUDICIDADE E A SÍNDROME DE DOWN
1.1 A evolução histórica da ludicidade
	
Algumas civilizações mais antigas como, a Egípcia e a Grega ponderavam os jogos que norteavam as situações cotidianas. E os escritos de brinquedos infantis são derivados das inúmeras culturas, que retrocedem a época pré-histórica, deixando claro que é natural do indivíduo, independente de sua criação e de seu tempo, a atividade de jogos se faz constante no decorrer do processo civilizatório. 
	Mas, a educação das crianças nesse período era responsabilidade exclusiva da família, não existia instituição educacional para a mesma. Diante disso, pais e irmãos mais velhos, ensinavam as brincadeiras e trabalhos para as crianças. Gradualmente, a educação foi sendo fundada e se decompondo do núcleo familiar. 
	Entretanto, as todas as sociedades antigas as crianças não eram valorizadas, e na educação infantil, atendiam as necessidades do mundo adulto. Isso levava a maioria das crianças a fugirem das escolas, pois estas não proporcionavam momentos divertidos e agradáveis. 
Ao abordar a história do jogo, Kishimoto (2006) destaca: 
Do ponto de vista histórico, a análise do jogo é feita a partir da imagem da criança presente no cotidiano de uma determinada época. O lugar que a criança ocupa num contexto social específico, a educação a que está submetida e o conjunto das relações sociais que mantém com personagens do seu mundo [...] (KISHIMOTO, 2006, p.7). 
	Este trecho relata que a criança nasce juntamente com jogo, e tudo a sua volta faz parte da imaginação. Desde a antiguidade o lúdico esteve presente, contribuindo com o processo de expansão da humanidade, isto é, a partir do instante que o sujeito pensa, ele passa a concretizar seu raciocínio, através da sua ação e ao executar determinada atividade dá início à construção do conhecimento, de forma subentendida, fazer brincando e jogando. 
	 Devido os movimentos culturais, a partir dos séculos XVII e XVIII, a criança começa a ser vista com um ser distinto do adulto, subjugada a um desenvolvimento evolutivo complexo, conflituoso e emotivo, detentora de valores próprios. Esse novo olhar que a criança adquire deixa de lado o adulto em miniatura que era considerada. Em meados dos séculos XVIII e XIX, foi a expansão da educação infantil, que vem tratar de um sujeito diferenciado, aconteceram significativas mudanças na utilização de atividades lúdicas na educação infantil. 
	A educação Infantil ganha espaço e muda o ultrapassado conceito de ensino, buscando valorizar a criança em todas as circunstâncias, física, psíquica e social. Assim, as brincadeiras servem de suporte para a ação didática, referindo-se à aquisição do conhecimento. Atualmente, com a evolução dos meios de comunicação como a televisão e a internet, as crianças estão deixando de lado as brincadeiras, procurando ludicidade somente nos jogos de computador, vídeo-game, dentre outros brinquedos tecnológicos. 
	No entanto, as brincadeiras perdem seu real significado, devido o surgimento da sociedade tecnológica. Pois no jogo, entra em cena a fantasia e ao jogar, cria personagens, muda a realidade e inventa o seu próprio mundo. Produzindo entre as brincadeiras e o imaginário um elo, destacando estes: contar, ouvir histórias, dramatizar, jogar com regras, desenhar entre outras atividades. 
	Segundo Almeida (1987) já na Grécia Antiga pensadores como Platão (427 – 348 a.c) defendiam atividades lúdicas com valor educativo. Platão trouxe de um modo bastante inovador para a época, uma prática lúdica de matemática, tão discutida nos dias de hoje. Ele explicava exercícios de cálculo relacionado a problemas concretos, retirados da vida e do trabalho, onde o mesmo afirma: “Todas as crianças devem estudar introduzindo desde o início atrativo em forma de jogos e brincadeiras”. 
	A história do brincar está relacionada à maior parte da vida das tribos, que eram atividades lúdicas, religiosas, artísticas etc. O próprio ofício tinha em si um caráter lúdico, até mesmo uma boa colheita era motivo para a comemoração. Tais povos trabalhavam e brincavam sem distinção de sexo, idade ou posição social, porém com a chegada da modernidade tudo se dividiu. Inclusive as crianças recebem brinquedos prontos, não utilizando seu pensamento, mas sim funções que o objeto solicita. 
	Nos povos primitivos tudo era vivido em comunidade, do nascimento até a morte, porém com o surgimento das sociedades modernas tudo se etilizou, os adultos jogavam um tipo de jogo e as crianças brincavam em outro lugar que não fosse o ambiente dos adultos. Com o decorrer do tempo as ruas e as praças deixam de serem espaços lúdicos e dão lugar à fábricas, escolas, casas dentre outras. Tudo o que anteriormente era espaço sem limites definidos, abertos, passam a serem espaços fechados. 
	Os estudos de Áries (1970), na década de 70, trouxeram valiosas contribuições sobre a infância na sociedade medieval. Conforme este autor, o sentimento de infância não existia no sentido de uma consciência particular infantil. A criança, ao adquirir um desenvolvimento físico, era posta junto aos adultos participando de seus jogos e trabalho. Por se distanciar da família, a transmissão dos valores e dos conhecimentos eram garantidas através de sua convivência com os adultos. Para a família era designada a responsabilidade de manter os bens e o sustento. 
	Somente no século XV, a infância passa a ser vista como social e intelectual tornando-se visível sob vários aspectos e com uma cultura própria, como o modo de vestir, a forma dos pais darem os nomes aos filhos, as representações nas pinturas que já não eram mais miniaturizadas, aparecendo características físicas diferenciadas dos adultos, como a linguagem infantil que passa a se distinguir da fala adulta. Segundo o pensamento de Wajskop (1995): 
Desde os primórdios da educação grego-romana, com base nas idéias de Platão e Aristóteles, utilizava-se o brinquedo na educação. Associando a idéia de estudo ao prazer, Platão sugeria ser o primeiro, ele mesmo, uma forma de brincar (WAJSKOP, 1995, p.25). 
Nos tempos modernos a brincadeira era, geralmente, considerada como fuga ou recreação e a imagem da infância não permitia a aceitação de um comportamento infantil e espontâneo.
1.2 Síndrome de Down e suas características
Síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, é uma alteração genética causada por um erro na divisão celular, durante a divisão embrionária. As pessoas com Síndrome de Down, em vez de dois cromossomos no par 21, possuem três. Não se sabe por que isso acontece.
Em alguns casos, pode ocorrer a translocação cromossômica, isto é, o braço longo excedente do 21 liga-se a um outro cromossomo qualquer Mosaicismo é uma forma rara da Síndrome de Down, em que uma das linhagens apresenta 47 cromossomos e a outra é normal. De acordo com Valera (2012), Apresentamos a seguir as alterações provocadas pelo excesso de material genético no cromossomo 21 que determinam as características típicas da síndrome:
A cabeça é um pouco que é normal. A parte posterior da cabeça é levemente achatada (braquicefalia) na maioria das crianças, o quedá uma aparência arredondada à cabeça. As moleiras (fontanela) são, muitas vezes, maiores e demoram mais para se fechar. Na linha média onde os ossos do crânio se encontram (linha de sutura), há muitas vezes, uma moleira adicional (fontanela falsa). Cabelo liso e fino, em algumas crianças, pode haver áreas com falhas de cabelo (alopecia parcial),ou, em casos raros, todo o cabelo pode ter caído (alopecia total).
Rosto tem uma contorna achatado, devido principalmente, aos ossos faciais pouco desenvolvidos e nariz pequeno. Osso nasal geralmente afundado. Em muitas crianças passagens estreitadas.
Olhos tem uma inclinação lateral para cima e a prega epicântica (uma prega na qual a parte superior é deslocada para o canto interno), semelhantes aos orientais. Pálpebras estreitas e levemente oblíquas.
Orelhas pequenas e de implantação baixa, a borda superior da orelha (hélix) é muitas vezes dobrada. A estrutura da orelha é ocasionalmente alterada. Os canais do ouvido são estreitos.
A boca é pequena. Algumas crianças mantêm a boca aberta e a língua pode projetar-se um pouco. A medida que a criança com Síndrome de Down fica mais velha, a língua vai ficando com estrias. No inverno os lábios tornam-se rachados. O céu da boca (palato) é mais estreito no que na criança dita normal. A erupção dos dentes de leite é geralmente atrasada. Às vezes um ou mais dentes estão ausentes e alguns dentes podem ter um formato um pouco diferente. Mandíbulas pequenas, o que leva, muitas vezes, a sobreposição dos dentes.
Pescoço de aparência larga e grossa com pele redundante na nuca, no bebê, dobras soltas de pele são observadas, podendo desaparecer, à medida que a criança cresce.
O abdômen costuma ser saliente e o tecido adiposo é abundante, a criança pode apresentar um osso peitoral afundado (tórax afunilado) ou o osso peitoral pode estar projetado (peito de pomba). Na criança cujo coração é aumentado devido à doença cardíaca congênita, o peito pode parecer mais globoso do lado do coração. 
As mãos e os pés tendem a ser pequenos e grossos , dedos dos pés geralmente curtos e o quinto dedo muitas vezes levemente curvado para dentro, falta de uma falange no dedo mínimo. Prega única nas palmas (prega simiesca). Na maioria das crianças há um espaço grande entre o dedão e o segundo dedo, com uma dobra entre eles na sola do pé, enfraquecimento geral dos ligamentos articulares.
Genitália desenvolvida, nos homens o pênis é pequeno e há criptorquidismo, nas mulheres os lábios e o clitóris são pouco desenvolvidos. Os meninos são estéreis, e as meninas ovulam, embora os períodos não sejam regulares.
É preciso enfatizar que nem toda a criança com Down exibe todas as características citadas. E algumas características são mais acentuadas em algumas crianças do que em outras.
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2 O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DO ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN
2.1 A importância do lúdico para alunos com Síndrome de Down
	O brincar para a criança está diretamente ligado ao prazer. Desse modo, quanto mais estimulo forem oferecidos à criança com síndrome de down, mais ela pode responder positivamente a programas de atividades motoras, seja na vida social, bem como desenvolver seu potencial criativo e na expressão de seus sentimentos.
2.1.1 Dificuldades de aprendizagens e estimulações.
	São várias dificuldades que afetam a criança Down como o desenvolvimento da aprendizagem: alterações auditivas e visuais, incapacidade de organizar atos cognitivos e condutas, debilidades de associar e programar seqüências.
	Estas dificuldades ocorrem, principalmente, porque a imaturidade nervosa e não mielinização das fibras pode dificultar funções mentais como: habilidades para usar conceitos abstratos, memória, percepção geral, habilidades que incluam imaginação, relação espacial, esquema corporal, habilidade no raciocínio.
	A criança com síndrome de Down tem o seu desenvolvimento em um ritmo mais lento, mas isso não impede que ela participe da vida social com a estimulação, precoce ela será capaz de fazer muita coisa, terá autonomia para realizar a suas tarefas diárias sem a ajuda de outras pessoas.
O desenvolvimento da criança dependera muito do ambiente em ela vive, este devera ser estimulado e tranqüilo. Os brinquedos devem ser coloridos e sonoros para que estimulem a audição, visão e coordenação dos movimentos. A grande importância da estimulação se da pela grande necessidade da criança de vivenciar experiências que permitem seu desenvolvimento destas crianças.
	Por meio de atividades lúdicas, a criança reproduz muitas situações vividas em seu cotidiano, as quais, pela imaginação e faz de conta, são reelaboradas. O lúdico é um instrumento de estimulação pratico, utilizado em qualquer criança, é uma forma global de expressão que envolve todos os domínios da natureza.
	De acordo com Piaget (1971), a atividade lúdica é berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo por isso indispensável á pratica educativa. Pensar em ensinar uma criança, que possua síndrome de Down ou não, sem levar em consideração estratégias que possam envolvê-la, que a levem a uma melhor significativa em termos de aquisição de conhecimento e de suas relações sócio-afetivas tornando importante quanto o desenvolvimento social, e a atividade recreativa e o brincar constituem uma ferramenta pedagógica que promove ao mesmo tempo desenvolvimento social.
	Brincar, portanto, é mais que simples satisfação de desejos, é uma necessidade para a saúde, porque facilita o crescimento, conduz aos relacionamentos grupais, podendo ser uma forma de comunicação consigo e com os outros. No caso da criança com síndrome de Down, este desenvolvimento sequencial não se aplica, necessariamente, porque ela pode apresentar um atraso no desenvolvimento da motricidade grossa devido à fraqueza muscular, doença cardíaca congênita ou outros defeitos físicos. Assim esta criança pode estar motricidade grossa.
2.1.2 Aprendizagem do aluno com Síndrome de Down.
	Para Bastos (2013), o portador da síndrome de Down é capaz de compreender suas limitações e conviver com suas dificuldades, “73% deles tem autonomia para tomar iniciativas, não precisando que os pais digam a todo momento o que deve ser feito”. Isso demonstra a necessidade/possibilidade desses indivíduos de participar e interferir com certa autonomia em um mundo onde “normais” e “deficientes” são semelhantes em suas inúmeras diferenças.
	O aluno com síndrome tem somente um ritmo de aprendizagem mais lento, cujas etapas precisam ser respeitadas. Inteligência, memórias e capacidade de aprender podem serem desenvolvidas com estímulos adequados. Como a Síndrome de Down apresenta seus níveis de desenvolvimento mais lento, quando comparados as criança “normais”, cabe aos pais e educadores dessas crianças a função de estimulá-los para a aprendizagem de habilidades mais complexas. As crianças com Síndrome de Down são capazes de atuar em níveis mais elevados do que se acreditava anteriormente. 
	A educação da criança com síndrome deve começar a partir do nascimento, com uma estimulação capaz de integrá-la progressivamente ao meio ambiente e a vida social. Algumas experiências têm demonstrado que o progresso dos alunos que foram estimulados desde bebes é mais acelerado do que os que receberam tardiamente. A criança com síndrome tem idade cronológica diferente da idade funcional, desta forma, não devemos esperar uma resposta idêntica a resposta da “normal” que não apresenta alterações de aprendizagem. A prontidão para a aprendizagem depende da complexa integração dos processos neurológicos e da harmoniosa evolução de funções especificas como linguagem.
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3 O PAPEL DO PROFESSO NO TRABALHO LÚDICO - ALUNOS COM SINDROME DE DOWN
"A esperança de uma criança, ao caminhar para a escola é encontrar um amigo, um guia, um animador, um líder - alguém muito consciente e que se preocupe com ela e que a faça pensar, tomar consciência de si de do mundo e que seja capaz de dar-lhe as mãos para construircom ela uma nova história e uma sociedade melhor". (ALMEIDA,1987,p.195) 
	Considerando o objetivo específico de pesquisar sobre o papel do professor para a aplicabilidade do trabalho lúdico com alunos com Síndrome de Down e a questão problema do estudo, a saber: Qual a importância do lúdico para os alunos com Síndrome de Down? Esse capítulo propõe-se uma reflexão sobre o papel do professor frente ao trabalho lúdico realizado com alunos com Síndrome de Down. 
	Ao se falar em inclusão escolar, seja de alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação atribui-se como responsabilidade pelo processo educacional desses alunos toda a comunidade escolar, em especial o professor que estará acompanhando diretamente cada aluno. Essa tarefa demanda profissionais capacitados, adequações curriculares, adaptações metodológicas e adaptações organizacionais, dessa maneira requerendo um professor com perfil versátil.
	O aluno com Síndrome de Down, por muito tempo foi considerado com retardado e incapaz de possuir condições básicas para o processo de aprendizagem. Após muitos estudos e pesquisas hoje esses alunos são considerados capazes de aprenderem, mas requerem um Atendimento Educacional Especializado, devido às suas restrições decorrentes da Síndrome (SCHWARTZMAN, 1999).
	O aluno com essa síndrome se caracteriza como um indivíduo calmo, afetivo, bem humorado e com prejuízos intelectuais, porém podem apresentar grandes variações no que se refere ao comportamento destes alunos. A personalidade varia de indivíduo para indivíduo e estes podem apresentar distúrbios do comportamento, desordens de conduta e ainda seu comportamento podem variar quanto ao potencial genético e características culturais, que serão determinantes no comportamento (SILVA, 2002).
	Referente ao processo de aprendizagem, os alunos com Síndrome de Down possuem uma um ritmo de aprendizagem mais lento, cujas etapas precisam ser respeitadas. Inteligência, memória e capacidade de aprender podem ser desenvolvidas com estímulos adequados, esse estímulos podem serem proporcionados pelos professores por meio de atividades lúdicas. 
	O trabalho lúdico está intimamente relacionado com o brincar e através das brincadeiras a criança relaciona e associa diferentes significados do lúdico com o seu contexto real. De maneira geral, o brincar é uma forma privilegiada das crianças com Síndrome de Down conhecerem, compreenderem, aprenderem e se expressarem com o mundo de uma forma mais divertida.
	Autores como Vygotsky (1991) e Leontiev (1989), através de suas pesquisas verificaram que o jogo e a brincadeira são atividades essenciais para o processo de formação das crianças, exercendo influência no desenvolvimento da personalidade, da moralidade e das funções psicológica superiores, destaque, para o pensamento, a imaginação, a atenção, a concentração, a memória e a linguagem. 
	O professor frente às atividades lúdicas ainda enfrenta um grande desafio, superar a visão de que os jogos e brincadeiras são vistos como atividades secundárias de menor importância, pois o sentido da educação, de modo geral, está voltado para a aprendizagem da leitura e da escrita (SOUZA; LIMA, 2001).
	O professor tem o papel de apresentar as atividades lúdicas às crianças, bem como, intermediá-las proporcionando momentos de reflexão frente às atividades lúdicas realizadas. Para Souza e Lima (2001), o professor desempenha um papel de enriquecedor da cultura lúdica e sua atuação consiste na observação do brincar, na escuta, na sugestão e na intervenção coerente e contextualizada. 
	Nós professores podemos através das experiências lúdicas infantis obtermos informações importantes no brincar espontâneo ou no brincar orientado. Vale ressaltar que utilizar o jogo e a brincadeira como recurso pedagógico não é uma tarefa fácil, visto que, é indispensável ter uma fundamentação teórica que possam orientar a prática.
	 Se o professor tiver consciência do seu real papel na intermediação das atividades lúdicas e no processo de aprendizagem dos alunos com Síndrome de Down, as atividades lúdicas se transformam em conteúdo principal de sua prática docente, a qual irá valorizar as condições espaciais, materiais e temporais para que seus alunos vivenciem o processo de aprendizagem e desenvolvimento por meio das atividades lúdicas.
3.1 O DOWN POSSUI MAIORES CHANCES DE ADQUIRIR MÚLTIPLA DEFICIÊNCIA SENSORIAL. 
Como já vimos anteriormente a Síndrome de Down é caracterizada por combinações de diferenças maiores e menores na estrutura corporal. Geralmente a Síndrome de Down está associada a alguma dificuldades de habilidades cognitivas e desenvolvimento físico, assim como de aparência facial. A Síndrome de Down é geralmente identificada no nascimento. Pessoas com Síndrome de Down podem ter uma habilidade cognitiva abaixo da média, geralmente variando do retardo mental leve a moderado. Um pequeno número de afetados possui retardo mental profundo.
 Pesquisas mostram que entre oitenta a noventa por cento das pessoas com Síndrome de Down tem algum tipo de perda auditiva, geralmente do tipo de condução. Tais alterações auditivas nestas crianças ocorrem devido a otites serosas crônicas e os defeitos da condução neurossensorial, caracterizando- se assim Múltipla Deficiência Sensorial que é a deficiência auditiva ou deficiência visual associada a outras deficiência ( mental e / ou física), como também a distúrbios ( neurológico, emocional, linguagem e desenvolvimento global) que causam atraso no desenvolvimento educacional, vocacional, social e emocional, dificultando sua alto suficiência. Reforçando ainda mais a importância do lúdico para o desenvolvimento educacional, de maneira criativa e sem que o aluno tenha como obrigação tal atividade. Desta forma, acreditamos que a relação do brincar e o desenvolvimento da criança permite que se conheça com mais clareza importantes funções mentais, com o desenvolvimento do raciocínio da linguagem. 
considerações finais
Com esta pesquisa, constatou-se que a atividade lúdica e o jogo intervêm no desenvolvimento do aprendizado de diversas habilidades e também ajudando no desenvolvimento mental, cognitivo e no raciocínio do aluno com Síndrome de Down. Por isso, a ludicidade precisa ser realizada por todos os educadores, dentro e fora da sala de aula.
Concluiu-se também que as atividades lúdicas têm grande eficácia sobre a criança com ou sem Síndrome de Down, principalmente, no que diz respeito a formação de sua personalidade, como a evolução de cada uma de suas funções psicológicas, intelectuais e morais.
Identificamos que a atividade lúdica é uma medida que renova e inova o trabalho na educação infantil e que trabalhar a partir do lúdico requer entender o que a criança necessita para se desenvolver.
As medidas são simples, basta que o professor assuma um compromisso com o desenvolvimento integral da criança dentro de seu processo de aprendizagem. 
É importante salientar nesse momento os benefícios que o jogo fornece à aprendizagem das crianças no que diz respeito ao desenvolvimento físico–motor envolvendo as características de sociabilidade, como trocas, as atitudes, reações e emoções que envolvem as crianças e os objetivos utilizados.
Finalmente, pode-se concluir que o ato de brincar é extremo e prazeroso, esse último ponto é a essência do equilíbrio humano e há neste uma aprendizagem significativa. Afirma-se que a ludicidade é uma necessidade interna, tanto da criança quanto do adulto. Portanto, o brincar é indispensável ao desenvolvimento humano como um todo, isto é, para os pequenos brincar é o mesmo que viver.
Referências 
ALMEIDA, P.N.A. Educação Lúdica - técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Edições Loyola, 1987.
BARDIN, L.B. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
CEBALOS. et al. A importância do universo lúdico para crianças com Síndrome de Down. Buenos Aires, Revista Digital, Maio 2012, expressão disponível em:http://www.efdeportes.com/efd168/universo-ludico-para-criancas-com-sindrome-de-down.htm,Acessoem:,(17 jun 2014).
 LEONTIEV, A.N.L. Linguagem e desenvolvimento e aprendizagem. 4ª ed. São Paulo: Ícone, EDUSP, 1989. 
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