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SEMANA 8 
A Administração de certo estado da federação abre concurso para preenchimento 
de 100 (cem) cargos de professores, conforme constante do Edital. Após as 
provas e as impugnações, vindo todos os incidentes a ser resolvidos, dá-se a 
classificação final, com sua homologação. Trinta dias após a referida 
homologação, a Administração nomeia os 10 (dez) primeiros aprovados, e 
contrata, temporariamente, 90 (noventa) candidatos aprovados. Teriam os 
noventa candidatos aprovados, em observância à ordem classificatória, direito 
subjetivo à nomeação? 
O direito subjetivo à nomeação, que decorre da vinculação da Administração à 
necessidade de preenchimento das vagas que fundamentou a abertura do concurso, 
exceto se houver fato posterior que elimine essa necessidade. 
Súmula 15 do STF - Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado 
tem direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da 
classificação. 
● Concurso público: vagas previstas em edital e direito subjetivo à nomeação 
"Dentro do prazo de validade do concurso, a Administração poderá escolher o momento 
no qual se realizará a nomeação, mas não poderá dispor sobre a própria nomeação, a 
qual, de acordo com o edital, passa a constituir um direito do concursando aprovado e, 
dessa forma, um dever imposto ao poder público. Uma vez publicado o edital do 
concurso com número específico de vagas, o ato da Administração que declara os 
candidatos aprovados no certame cria um dever de nomeação para a própria 
Administração e, portanto, um direito à nomeação titularizado pelo candidato aprovado 
dentro desse número de vagas." (RE 598099, Relator Ministro Gilmar Mendes, Tribunal 
Pleno, julgamento em 10.8.2011, DJe de 3.10.2011, com repercussão geral - tema 161) 
● Situações que excepcionam o direito subjetivo à nomeação 
"Quando se afirma que a Administração Pública tem a obrigação de nomear os 
aprovados dentro do número de vagas previsto no edital, deve-se levar em consideração 
a possibilidade de situações excepcionalíssimas que justifiquem soluções diferenciadas 
, devidamente motivadas de acordo com o interesse público. Não se pode ignorar que 
determinadas situações excepcionais podem exigir a recusa da Administração Pública 
de nomear novos servidores. Para justificar o excepcionalíssimo não cumprimento do 
dever de nomeação por parte da Administração Pública, é necessário que a situação 
justificadora seja dotada das seguintes características: a) Superveniência : os eventuais 
fatos ensejadores de uma situação excepcional devem ser necessariamente posteriores 
à publicação do edital do certame público; b) Imprevisibilidade : a situação deve ser 
determinada por circunstâncias extraordinárias, imprevisíveis à época da publicação do 
edital; c) Gravidade : os acontecimentos extraordinários e imprevisíveis devem ser 
extremamente graves, implicando onerosidade excessiva, dificuldade ou mesmo 
impossibilidade de cumprimento efetivo das regras do edital; d) Necessidade : a solução 
drástica e excepcional de não cumprimento do dever de nomeação deve ser 
extremamente necessária, de forma que a Administração somente pode adotar tal 
medida quando absolutamente não existirem outros meios menos gravosos para lidar 
com a situação excepcional e imprevisível. De toda forma, a recusa de nomear 
candidato aprovado dentro do número de vagas deve ser devidamente motivada e, 
dessa forma, passível de controle pelo Poder Judiciário." (RE 598099, Relator Ministro 
Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, julgamento em 10.8.2011, DJe de 3.10.2011, com 
repercussão geral - tema 161) 
Súmula 15 
Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem direito à nomeação, 
quando o cargo for preenchido sem observância da classificação. 
Jurisprudência posterior ao enunciado 
● Concurso público: vagas previstas em edital e direito subjetivo à nomeação 
"Dentro do prazo de validade do concurso, a Administração poderá escolher o momento 
no qual se realizará a nomeação, mas não poderá dispor sobre a própria nomeação, a 
qual, de acordo com o edital, passa a constituir um direito do concursando aprovado e, 
dessa forma, um dever imposto ao poder público. Uma vez publicado o edital do 
concurso com número específico de vagas, o ato da Administração que declara os 
candidatos aprovados no certame cria um dever de nomeação para a própria 
Administração e, portanto, um direito à nomeação titularizado pelo candidato aprovado 
dentro desse número de vagas." (RE 598099, Relator Ministro Gilmar Mendes, Tribunal 
Pleno, julgamento em 10.8.2011, DJe de 3.10.2011, com repercussão geral - tema 161) 
● Situações que excepcionam o direito subjetivo à nomeação 
"Quando se afirma que a Administração Pública tem a obrigação de nomear os 
aprovados dentro do número de vagas previsto no edital, deve-se levar em consideração 
a possibilidade de situações excepcionalíssimas que justifiquem soluções diferenciadas 
, devidamente motivadas de acordo com o interesse público. Não se pode ignorar que 
determinadas situações excepcionais podem exigir a recusa da Administração Pública 
de nomear novos servidores. Para justificar o excepcionalíssimo não cumprimento do 
dever de nomeação por parte da Administração Pública, é necessário que a situação 
justificadora seja dotada das seguintes características: a) Superveniência : os eventuais 
fatos ensejadores de uma situação excepcional devem ser necessariamente posteriores 
à publicação do edital do certame público; b) Imprevisibilidade : a situação deve ser 
determinada por circunstâncias extraordinárias, imprevisíveis à época da publicação do 
edital; c) Gravidade : os acontecimentos extraordinários e imprevisíveis devem ser 
extremamente graves, implicando onerosidade excessiva, dificuldade ou mesmo 
impossibilidade de cumprimento efetivo das regras do edital; d) Necessidade : a solução 
drástica e excepcional de não cumprimento do dever de nomeação deve ser 
extremamente necessária, de forma que a Administração somente pode adotar tal 
medida quando absolutamente não existirem outros meios menos gravosos para lidar 
com a situação excepcional e imprevisível. De toda forma, a recusa de nomear 
candidato aprovado dentro do número de vagas deve ser devidamente motivada e, 
dessa forma, passível de controle pelo Poder Judiciário." (RE 598099, Relator Ministro 
Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, julgamento em 10.8.2011, DJe de 3.10.2011, com 
repercussão geral - tema 161) 
● Cadastro reserva e ausência de direito subjetivo à nomeação. 
"Este Supremo Tribunal Federal já assentou que candidato aprovado em concurso 
público para formação de cadastro reserva é mero detentor de expectativa de direito à 
nomeação." (MS 31732 ED, Relator Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, julgamento 
em 3.12.2013, DJe de 18.12.2013)

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