Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SANDRA CAMILA SABINO DA SILVA SALTO 2018 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÃO SANDRA CAMILA SABINO DA SILVA SALTO 2018 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÃO Trabalho apresentando para compensar faltas por motivo de licença médica, ao curso de Logística no Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio – CEUNSP. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 3 2. CONCEITUAÇÃO HISTÓRICA E ESTRUTURAL DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 2.1. Histórico da Administração de Produção ........................................ 4 2.2. Conceitos da Administração de Produção ...................................... 4 2.3. Sistemas de Produção ....................................................................... 5 2.4. Papel estratégico e objetivos da produção ...................................... 7 2.5. Papel da função produção ................................................................. 7 2.6. Objetivos da produção ....................................................................... 8 2.7. Dimensões da Produção .................................................................. 10 2.8. Responsabilidade diretas e indiretas dos gerentes da produção 11 3. ESTRATÉGIAS APLICADAS A ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO PROJETOS ................................................................................................................12 3.1. Estratégias da Produção ................................................................. 12 3.2. Projeto em Gestão da Produção ..................................................... 12 3.3. Projeto de produtos e serviços ....................................................... 13 4. PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO E QUALIDADE ........................... 15 4.1. Planejamento e controle da capacidade ........................................ 15 4.2. Administração da qualidade na produção ..................................... 15 5. PROGRAMAS DE MELHORIA DA PRODUÇÃO E PREVENÇÃO DE FALHAS ....................................................................................................................17 5.1. Melhoria da produção ...................................................................... 17 5.2. Prevenção e Recuperação de falhas .............................................. 17 6. CONCLUSÃO ........................................................................................ 19 3 1. INTRODUÇÃO A Administração da Produção ou Administração de operações é a função administrativa responsável pelo estudo e pelo desenvolvimento de técnicas de gestão da produção de bens e serviços. Segundo Slack (1996, p.34) a produção é a função central das organizações já que é aquela que vai se incumbir de alcançar o objetivo principal da empresa, ou seja, sua razão de existir. A função produção se preocupa principalmente com os seguintes assuntos: Estratégia de produção: as diversas formas de organizar a produção para atender a demanda e ser competitivo. Projeto de produtos e serviços: criação e melhora de produtos e serviços. Sistemas de produção: arranjo físico e fluxos produtivos. Arranjos produtivos: produção artesanal, produção em massa e produção enxuta. Ergonomia Estudo de tempos e movimentos Planejamento da produção: planejamento de capacidade, agregado, plano mestre de produção e sequenciamento. Planejamento e controle de projetos 4 2. CONCEITUAÇÃO HISTÓRICA E ESTRUTURAL DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO 2.1. Histórico da Administração de Produção A administração da produção existe desde sempre quando nossos antepassados poliam pedra em busca de utensílios mais eficazes. Nesta época não existia o comércio, os utensílios serviam apenas para quem os produzia. Em seguida surge a primeira forma de produção organizada por meio dos artesãos, que com maiores demandas começa a contratar ajudantes e a estabelecer prazos de entrega e classificar prioridades. Com o surgimento da revolução industrial a produção artesanal entra em decadência. Com a descoberta da máquina, em 1764 começa se a substituição das pessoas pelas maquinas, surgindo as primeiras fabricas. Tempos depois nestas fabricas surge a administração da produção que pode ser definida como a área da empresa capaz de produzir bens ou serviços por meio das melhores decisões e responsabilidades advindas de seus gerentes de produção. Estes profissionais são responsáveis por utilizar alguns ou todos os recursos disponíveis para a função produção sempre com vistas aos objetivos definidos pela organização. Esta produção se concretiza por meio das operações que compõe as atividades da empresa capaz de produzir bens ou serviços que podem alterar em função da demanda, do volume, da variedade ou contato com o consumidor. Em empresas prestadoras de serviços o principal material será a informação, já em indústrias o processo será o percurso do material desde sua entrada até sua saída já transformado utilizando sempre o trabalho desenvolvido pelos homens ou maquinas em um tempo definido. Desta forma as organizações buscam constantemente por melhores métodos de trabalho e processos capazes de obter melhores práticas de produtividade, ou seja, produzir mais com o menor custo possível. 2.2. Conceitos da Administração de Produção Os principais conceitos da administração de produção são: Administração de produção trata da maneira pela qual as organizações produzem bens ou serviços; 5 Administração de produção é o conjunto de atividades auxiliares de planejamento e controle, indispensáveis à fabricação bem sucedida dos produtos industriais; Administração de produção diz respeito àquelas atividades orientadas para a produção de um bem físico ou à prestação de serviços; Administração de produção é um termo usado para as atividades, decisões e responsabilidades dos gerentes de produção; Administração de produção é o campo de estudo dos conceitos e técnicas aplicáveis à tomada de decisões na função de produção (empresas industriais) ou operações (empresas de serviços). 2.3. Sistemas de Produção É a definição do tipo de processo utilizado em manufatura de produtos e serviços. Produção em Massa: Sistema identificado pela produção em elevadas quantidades de produtos padronizados por meio de linhas de montagem. Esse modo de produção possibilita altas taxas de produção por funcionário e ao mesmo tempo disponibiliza produtos a custos e preços baixos, pois emprega uma alta proporção de máquinas em relação ao número de funcionários. Entretanto oferta aos consumidores reduzidas opções de produtos e com pequeno grau de diferenciação. As etapas de produção ocorrem em uma sucessão prevista de um posto de trabalho para outro. Como exemplo se tem as fábricas de automóveis. Produção Contínua: Os sistemas de fluxo em linha são distinguidos por uma alta eficiência e inflexibilidade intensa. Geralmente funcionam por períodos de tempo longos, com alto volume e variedade de produtos baixíssima. São ditos “contínuos” pelo fato do processo ser em um fluxo ininterrupto. Os exemplosdesse tipo de processo são refinarias e siderúrgicas. Produção Intermitente: Caracterizada pela produção feita em lotes não existindo um único sequenciamento de procedimentos, sendo o arranjo físico dito funcional por ser definido segundo o processo de produção e disposto conforme a aptidão dos funcionários, das operações e/ou 6 equipamentos. Os equipamentos apresentam alteração frequente de trabalho, posto que existe alta variedade de produtos e tamanhos de lotes fabricados e por ter opções de produtos e variações de volume, o processo intermitente requer um Planejamento de Produção mais complexo. Cita-se como exemplos de processo em lote, manufatura de máquinas-ferramentas e a produção de roupas. Produção de Grandes Projetos: Cada grande projeto é descrito por ser um produto único que obedece às necessidades individuais dos clientes. Cada projeto tem início e fim bem definidos, e o período entre o começo e o final é relativamente longo em relação aos outros tipos de processos de produção. Os custos desse tipo de sistema são altos e as tarefas possuem pouca ou nenhuma repetitividade. Como exemplo pode-se citar a construção de aviões e projetos de construção civil em geral. Produção Cruzada: Classificação definida por duas dimensões, por “tipo de fluxo de produto”, que corresponde a classificação tradicional já citada, e por “tipo de atendimento ao consumidor”, sendo essa última dimensão subdividida em duas classes: sistemas orientados para estoque, o item é produzido e estocado antes da demanda confirmada do consumidor, tendo um sistema de atendimento rápido ao consumidor e a custo baixo, mas o cliente tem poucas opções de escolha; e sistemas orientados para a encomenda, os processos são relacionados a um cliente em particular e as condições do negócio são discutidas e negociadas com o próprio cliente, condições tais como prazo de entrega e preço. Produção Enxuta: Também conhecida como Sistema Toyota de Produção ou Lean Manufacturing, é um sistema produtivo que tem como objetivo principal eliminar ou minimizar atividades que não agregam valor ao produto final. Para se conseguir esse estado de excelência deve ocorrer a implantação de algumas ferramentas e sistemas de melhoramento da produção/ambiente de produção, tais como sistema Just in Time, 5S, Seis Sigma, Pokayoke, Kanban, Kaizen, TPM (Manutenção Produtiva Total), Benchmarking, TQC (Controle da Qualidade Total), entre muitas outras ferramentas. Essas ferramentas contribuem, dentre outros fatores, para a melhoria na conformidade, 7 referente a qualidade e flexibilidade a novas determinações do mercado; melhoria na confiabilidade, relativo a agilidade do sistema produtivo e de entrega ao cliente; e redução de custos, denotando uma competência produtiva. Serviços Profissionais: São denotados por serem organizações de alta convivência/contato entre cliente e produtor do serviço e os clientes passam um tempo no processamento do serviço. Esses serviços possuem alto nível de diferenciação e necessitam atender as preferências específicas de cada cliente. Consultores de gestão, advogados e arquitetos são exemplos desse serviço. Produção em Massa: Representados por muitos negócios de clientes que compreendem tempo de contato limitado e pouca customização do serviço. São serviços padronizados e pouco flexíveis. Exemplificando esse serviço cita-se supermercados, aeroportos e empresas de telecomunicação. Lojas de Serviço: é o tipo de produção intermediária entre serviços profissionais e serviços de massa, por possuir nível de contato com o cliente, customização e volumes de clientes medianos. Lojas de serviço incluem bancos, shoppings centers e hotéis. 2.4. Papel estratégico e objetivos da produção Principais papéis da função de produção: Implementar a estratégia empresarial; Apoiar a estratégia empresarial; Impulsionar a estratégia empresarial. Modelo de quatro estágios: Estágio 1 (Neutralidade Interna) Estágio 2 (Neutralidade Externa) Estágio 3 (Apoio Interno) Estágio 4 (Apoio Externo) 2.5. Papel da função produção O papel da função produção é dito como a produção de serviços e bens demandados pelos consumidores. Este conceito está intimamente ligado em como a 8 contribuição desta função pode justificar a sua existência dentro de uma empresa e consequentemente avaliar sua competitividade frente a seus concorrentes. Com isso, pode-se considerar a existência de outros três papéis, que são: de apoio, de implementação e de impulsão da estratégia empresarial. A primeira é caracterizada pelo apoio que a produção deve ter diante das estratégias que vão desenvolver os objetivos e as políticas apropriadas à organização. Já a segunda afirma que a produção deve “fazer a estratégia acontecer”, transformando as decisões estratégicas em realidade operacional. E por último, a terceira diz que, a produção é quem deve fornecer os meios para a obtenção de uma vantagem competitiva a longo prazo. 2.6. Objetivos da produção Cinco objetivos de desenvolvimento em operações produtivas fundamentais para política de estratégia: Qualidade: é um termo de origem latina (qualitate) e que vem sendo utilizado no ambiente organizacional e no mercado para designar um conjunto de atributos que se refere ao atendimento das necessidades dos clientes e ao padrão de produtos e serviços disponibilizados pelas organizações. Atributos da qualidade: O MORAL denota o estado de espírito do trabalhador, considera-se que o colaborador deve estar inserido em um clima de motivação e boa vontade. O moral é o elemento mais importante de uma organização, já que se configura como o alicerce para que os outros elementos possam existir. QUALIDADE INTRÍNSECA refere-se à qualidade dos produtos e serviços da organização. Nas tecnologias os produtos devem estar de acordo com as especificações previstas e dentro dos parâmetros prometidos. Qualidade intrínseca diz respeito às características inerentes às tecnologias e produtos e/ou serviços prometidos aos clientes que os solicitam. ENTREGA. Os clientes esperam que o produto seja entregue na hora certa, no local certo e na quantidade certa. CUSTO. As tecnologias devem propiciar ao cliente o maior custo- benefício possível. 9 SEGURANÇA. Esse elemento deve ser entendido tanto como segurança interna, no processo produtivo, como segurança externa, traduzida como a garantia de segurança aos usuários das tecnologias, produtos e serviços. Vantagens da qualidade: Reduz custos: evita erro e consequentemente menor será o tempo dispendido em sua correção; Aumenta a confiabilidade Rapidez: é o tempo de espera do consumidor para receber o produto / serviço. A rapidez enriquece a oferta. Quanto mais rápido atendemos as necessidades dos consumidores, maiores serão as chances desse consumidor voltar a comprar o produto / serviço. A rapidez na tomada de decisões, na movimentação de materiais e no fluxo de informações é fundamental para uma resposta rápida aos consumidores. Rapidez é questão de vida ou morte: o serviço de emergência que o diga. Vantagens da rapidez: Reduz os estoques; Reduz o risco. Confiabilidade: é fazer as coisas a tempo para os consumidores receberem seus produtos/serviços de acordo com o prometido. Consiste em atender as expectativas de uso de um equipamento ou processo. Seus principais indicadores são: nível de atraso dos pedidos, tempo médio entre falhas e disponibilidade de equipamentos. Vantagens da confiabilidade: Economia de tempo: aumentar a confiabilidade implica em redução de erros e, consequentemente, o tempo gasto na reprogramação de serviços ao cliente; Economia de dinheiro: a ineficácia no uso do tempo se transforma em custo operacional extra. A reprogramação da produção força a alocação de mão-de- obra, equipamentos e peças para corrigir problemas devido à baixa confiabilidade. Logo, aumentando a confiabilidade, reduzimos custos. 10 Geração de estabilidade: se todas as partes que compõem uma operação for confiável não haverá surpresas no processo e teremos alto grau de previsibilidade. A isto damos o nome de estabilidade. Flexibilidade: é a capacidade de alterar as condições de operação em função da demanda. No processo produtivo existem quatro tipos de flexibilidade: Flexibilidade de produto/serviço: é a capacidade de produzir novos produtos e/ou serviços. Flexibilidade de composto (mix): significa a capacidade de produzir ampla gama de produtos e serviços. Flexibilidade de volumes: representa a habilidade de se produzir em diferentes quantidades em função da demanda. Flexibilidade de entrega: é a capacidade de alterar a programação da entrega do produto / serviço. Na prática, significa antecipar ou postergar a entrega para atender à solicitação do cliente. Vantagens da flexibilidade: Agiliza a resposta; Economiza tempo; Mantém confiabilidade. Custo: Produzir muito com pouco é um desafio. Para as empresas que competem em preço, a redução de custos permite oferecer aos clientes seus produtos e serviços a um menor preço. Por conseguinte, o custo mínimo é um objetivo atraente universalmente. Os principais custos de uma organização são: Custo de materiais; Custo de mão-de-obra; Custos de instalações, tecnologia, equipamentos, etc. 2.7. Dimensões da Produção As operações diferem em 4 aspectos: Volume de output: quanto maior o volume, menor o custo pra produzir. Custo unitário baixo. Denota sistematização e especialização. Se o volume for baixo, o custo unitário tende a ser maior tendo uma existência de menor sistematização. 11 Variedade de output: quanto menor for a variedade, menores serão os custos. Denotando padronização e rotinização. Por outro lado, quanto maior a variedade, maiores serão os custos. Por ser flexível, atende melhor as necessidades dos consumidores. Variação da demanda do output: quanto maior a variação da demanda, mais flexível a empresa deverá ser. Dessa forma, deve se antecipar frente as variações, o que resulta em um alto custo unitário. Quanto menor a variação de demanda, menor o custo unitário, maior a sistematização e mais estável é a organização. Grau de “visibilidade” (contato com o consumidor): quanto menor a visibilidade menores serão os custos. Tempo entre produção e consumo padronizado. Alta visibilidade pressupõe tolerância de espera limitada, satisfação pela percepção, alta variedade e alto custo unitário. 2.8. Responsabilidade diretas e indiretas dos gerentes da produção Os gerentes de produção possuem tanto responsabilidade indireta, como responsabilidade direta por atividades da organização que contribuem para a produção. Muitas das atividades que ocorrem fora das fronteiras da função produção acarretam na responsabilidade indireta, que pode ser resumida em: informar as outras funções sobre a capacidade instalada de produção; discutir com as outras funções como o planejamento da empresa pode ser modificado para alcançarem maiores benefícios; e encorajar as outras funções a darem sugestões para a melhoria dos serviços prestados pela função produção aos demais departamentos da empresa. As atividades diretas da administração da produção podem ser divididas em várias classes. São elas: entendimento dos objetivos estratégicos de produção; definição de uma estratégia de produção; projeto (design) de produtos, serviços e processos de produção; planejamento e controle do trabalho; e melhoria de desempenho. 12 3. ESTRATÉGIAS APLICADAS A ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO PROJETOS 3.1. Estratégias da Produção A estratégia da produção diz respeito ao estabelecimento de políticas e planos amplos para utilizar os recursos de uma empresa, visando uma melhor sustentação de sua estratégia competitiva no longo prazo. Segundo Chase et al. (2004), a estratégia da produção pode ser vista como parte de um processo de planejamento que coordena os objetivos/metas operacionais com os objetivos mais amplos das organizações. Dado que os objetivos das organizações mudam com o tempo, a estratégia da produção precisa ser modelada para antecipar as necessidades futuras. 3.2. Projeto em Gestão da Produção Gestão de Produção ajuda as empresas a traçar estratégias inteligentes para satisfazer a demanda e atingir melhores resultados no processo. O projeto abrange três níveis de gestão: qualidade organizacional, layout fabril e planejamento e controle de produção. Cada um deles tem metodologias e estratégias específicas para que, combinados ou coordenados de maneira individual, deem às empresas mais fluidez em seus processos. QUALIDADEORGANIZACIONAL (5S) Definição de estratégia; Oficina de capacitação; Comunicação interna; Gerenciamento visual; Auditoria Orientada; Plano de multiplicação dos 5S. LAYOUT FABRIL Imersão; Análise de processos industriais; Mapeamento do fluxo produtivo; Definição de estratégia; Desenvolvimento do layout fabril; PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO 13 Imersão Mapeamento de processos Definição de melhorias de processos Implementação de indicadores de controle Os resultados obtidos com a implementação dessas metodologias estratégicas são: melhorias no fluxo de caixa, aumento na produtividade com redução de custos de produção, organização estratégica. A partir de pequenas ações, as oficinas colaboram para delinear objetivos e estratégias para alcançá-los. O resultado é um ambiente de trabalho mais estruturado, um processo produtivo mais eficiente e, claro, clientes mais bem atendidos e satisfeitos. 3.3. Projeto de produtos e serviços Produto: Sempre que falamos de produto, devemos entender que este pode ser encontrado na forma de um objeto tangível, com finalidades básicas para o consumidor, podendo ser consumidos a curto ou longo prazo. Serviço: São os objetos não palpáveis, intangíveis, ou seja, atividades que beneficiam e satisfazem as necessidades do consumidor quando colocadas à venda. Propósito de um projeto: Relançar Produtos / Serviços a mercados já existentes; Desenvolver novos Produtos / Serviços a novos mercados; Incorporação de Novas Tecnologias; Melhor Qualidade para os Produtos / Serviços; Reduzir Custos; Reduzir dificuldades de Processo; Padronizar Produtos / Serviços; Personalizar. O objetivo de projetar produtos e serviços é satisfazer os consumidores atendendo a sua necessidade e expectativas atuais e futuras. Isto, por sua vez, melhora a competitividade da organização. Pode-se observar, portanto, que o projeto de produto e serviço tem seu início com o consumidor e nele termina. Primeiro, a tarefa de marketing é reunir informações dos clientes (e, às vezes, de não-clientes) para compreender e identificar suas necessidades e expectativas e também para procurar possíveis oportunidades de mercado. Seguindo isto, a tarefa dos projetos de 14 produtos e serviços é analisar essas necessidade e expectativas, como interpretadas por marketing, e criar uma especificação para produto ou serviço.Esta é uma tarefa complexa, que envolve a combinação de muitos aspectos diferentes dos objetivos de uma empresa. A especificação é então usada como a entrada para a operação, que produz e fornece o produto ou serviços a seus clientes. 15 4. PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO E QUALIDADE 4.1. Planejamento e controle da capacidade Os objetivos do planejamento e controle da capacidade é o equilíbrio entre a demanda e a capacidade, já que um equilíbrio adequado entre capacidade e demanda pode gerar altos lucros e clientes satisfeitos e o desequilíbrio pode gerar custos, perda de receita, financiamento para capital de giro, perda de qualidade, engessamento do processo com perda de velocidade, flexibilidade e a perda de confiabilidade. O planejamento e controle da capacidade é executado por etapas, a primeira é medir a demanda e a capacidade agregada, que deve ser a mais exata possível, estar em termos adequados para o processo, dar indicações de incertezas, detalhar possíveis sazonalidades e flutuações diárias e semanais da demanda. A segunda etapa é identificar as políticas alternativas de capacidade, ou seja, métodos alternativos de responder a flutuação da demanda que podem sem implantas puras ou misturas de acordo com a situação. Existem três opções alternativas: políticas de capacidade constante, a qual a flutuação da demanda é ignorada e o nível de atividade se mantem constante. A política de acompanhamento da demanda que ajusta a capacidade para refletir a demanda e a gestão de demanda, que tenta influencia a curva da demanda. Como terceira etapa deve-se escolher as políticas de capacidade mais adequadas consciente das consequências dessa escolha. Existem dois fatores que ajudam nessa escolha, a representação acumulada da demanda e capacidade e a teoria das filas. A representação da demanda e produção na forma de gráficos cumulativos possibilita a avaliação da viabilidade das políticas de capacidade, em outros casos pode-se usar a teoria das filas para a análise, principalmente para operações de serviços e operações especificas como abastecimento de suprimentos e distribuição de produção. 4.2. Administração da qualidade na produção Gestão de qualidade e produtividade é uma estratégia de administração que consiste em manter a qualidade dos processos organizacionais, para a manutenção da máxima economia para as empresas e plena satisfação para os consumidores. A “qualidade” que conhecemos hoje se destacou na Segunda Guerra Mundial, partindo da preocupação de que os produtos deveriam ser padronizados, para que o percentual de defeito fosse mínimo e não gerasse riscos a quem fosse utilizá-los. 16 Os princípios básicos da qualidade total: Foco no Cliente: o sucesso de uma organização depende de seus clientes e, portanto, é necessário compreender as suas necessidades atuais e futuras com foco não apenas em supri-las, mas em exceder às expectativas. Liderança: a missão do líder é estimular um ambiente colaborativo, no qual todos se sintam envolvidos e motivados em contribuir com os propósitos e objetivos da organização. Envolvimento das pessoas: empresas são resultados de pessoas, ou seja, a essência de uma organização é formada por seu capital humano. Portanto, as ações de gestão devem envolver todos os integrantes que fazem parte dela, em todos os níveis de atuação, possibilitando a utilização de suas habilidades em benefício da organização. Abordagem por Processo: resultados esperados são alcançados com mais eficiência a partir da abordagem das atividades da empresa divididas por processos. Abordagem sistêmica de gestão: identificar, compreender, gerenciar e inter- relacionar os diferentes processos da organização para atender os objetivos determinados. Melhoria contínua: o objetivo permanente de uma organização deve ser a melhoria contínua, em prol de si, de seus colaboradores e de seus clientes. Abordagem factual para tomada decisões: todas as decisões devem ser tomadas e ponderadas a partir da análise de dados e informações. Relações mutuamente benéficas com fornecedores: considerando que empresa e fornecedores são interdependentes, sua relação deve ser sustentável e uma parceria que agregue valor para ambas as partes e consequentemente ao consumidor final. 17 5. PROGRAMAS DE MELHORIA DA PRODUÇÃO E PREVENÇÃO DE FALHAS 5.1. Melhoria da produção O processo de melhoria está relacionado tanto a implantação de pequenos projetos, como também a projetos estratégicos complexos que precisam ser avaliados e gerenciados por processos organizacionais, pois seus aspectos poderão refletir nos produtos, processos e até mesmo no próprio sistema de gestão da qualidade. Ferramentas de Melhoria Contínua: Ação corretiva: tem como objetivo eliminar ou diminuir as causas de uma não conformidade ocorrida ou de uma situação indesejável, devendo ser direcionada aos efeitos da não conformidade encontrada, ou seja, a ação corretiva somente deverá ser aberta se o impacto da não conformidade for relevante. Ação preventiva: visa prevenir o acontecimento da não conformidade, eliminando a recorrência de problemas. Determina e elimina a causa das não conformidades em potencial para prevenir a sua ocorrência. 5.2. Prevenção e Recuperação de falhas Sempre há uma probabilidade de falha ao fabricar um produto ou prestar serviço, portanto deve-se minimizar as falhas. Nem todas as falhas são serias, outras podem não ser percebidas, inversamente a falha de um componente do sistema pode prejudicar todo o sistema. As falhas na produção podem ocorrer por razões muito diferentes, podemos classificá-las como: Falhas causadas por ações dos clientes. Falhas causadas por falha no material ou informações fornecidas a operação. Falhas internas à produção, tais como: falha de projeto, falha de instalações (maquinas, equipamentos e infraestrutura), falhas humanas. Há três formas de medirem falhas; Taxa da falhas: mede com que frequência uma falha ocorre. Confiabilidade: mede a probabilidade de uma falha ocorrer. Disponibilidade: mede o período de tempo disponível para a operação. Dado que as falhas ocorrem os gerentes de produção tem métodos que perceba rapidamente que uma falha ocorreu, e procedimentos que analisam a falha. 18 Mecanismos de Detecção de Falhas: Verificação de Processos: Os empregados verificam que o serviço é aceitável durante o próprio processo. Diagnósticos de Máquinas: Uma máquina é testada fazendo-se ela passar através de uma sequência prescrita de atividades planejadas para revelar quaisquer falhas. Exemplo: Assistência técnica de computadores. Pesquisa Telefônica: Solicitam-se informações sobre produtos ou serviços. Exemplos: grupos focalizados, grupos de clientes consultados sobre o produto Fichas de Reclamação ou folhas feedback. Questionários. Analise de Falhas: Quando uma falha ocorre é entender por que ocorreu. Investigação de acidentes; Confiabilidade de produtos; Analise de Queixas; Analise crítica de incidentes. Eliminando as Falhas: Conhecidas as causas e efeitos das falhas deve-se prevenir sua ocorrência, das seguintes formas: No projeto eliminar as falhas na operação; Utilizar um diagrama de fluxo de processos para a operação; Ter sistemas ou componentes de reserva para casos de falhas; Tornar a prova de falhas as atividades da operação; Na produção falhas porfalta de atenção elimina-se utilizando sensores/interruptores, gabaritos, contadores digitais, lista de verificação, feixe de luz para ativar alarme, etc; Manter as instalações físicas da operação; Utilizar a manutenção preditiva e preventiva evitando a corretivo; Construir redundâncias nos pontos críticos da operação. 19 6. CONCLUSÃO A administração de produção é importante em uma empresa, pois auxilia para que os objetivos de uma organização possam ser alcançados a tempo e com qualidade de seus produtos. Dessa forma fica mais fácil garantir que os recursos produtivos estejam disponíveis na quantidade, tempo e nível de qualidade adequado, garantindo assim um alto índice de produtividade e menor índice de falhas e erros. Como consequência ocorre a diminuição do custo de produção e aumento da lucratividade.
Compartilhar