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DOI: 10.4025/jphyseduc.v28i1.2803 J. Phys. Educ. v. 28, e2803, 2017. Artigo Original CONCORDÂNCIA ENTRE INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO CORPORAL, EM IDOSOS ATIVOS. AGREEMENT BETWEEN INSTRUMENTS FOR ASSESSMENT OF BODY BALANCE IN ACTIVE ELDERLY INDIVIDUALS Marcelo de Maio Nascimento1, Nayara Jéssica dos Santos Maia1, Lucas da Silva Ramos1, Hans-Joachim Appell Coriolano2 1Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina-PE, Brasil. 2Deutsche Sporthochschule Köln, Köln-NRW, Alemanha. RESUMO O objetivo do estudo foi analisar a correlação entre instrumentos utilizados à avaliação do equilíbrio corporal e a predição do risco de quedas de idosos ativos. Estudo transversal, observacional, realizado com 41 mulheres (69,24±5,24 anos) praticantes de exercícios físicos, em Petrolina-PE. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), o Índice de Marcha Dinâmica (DGI), o “Timed Up and Go” simples (TUG), o “Timed Up and Go” motor (TUGm), o “Timed Up and Go” cognitivo (TUGc) e o Teste de Equilíbrio Corporal (TEC). Foi observada correlação significativa entre TEC-DGI (r=0,469; p=0,032), EEB-DGI (r= 0,513; p=0,021), correlação significativa negativa entre DGI-TUG (r= -0,454; p˂0,017), DGI-TUGm (r= -0,516; p˂0,006), DGI-TUGc (r= -0,547; p˂0,003), MEEM-TUG (r= -,470; p=0,055), MEEM-TUGm (r= - ,470; p=0,057) e correlação significativa e moderada entre TUG-TUGm (r=0,701; p=0,000), TUG-TUGc (r=0,713; <0,000) e TUGm-TUGc (r=0,761; <0,000). Conclui-se que os instrumentos são complementares. Recomenda-se sua aplicação conjunta à avaliação do equilíbrio corporal e à predição do risco de quedas em idosos ativos. Palavras-chaves: Equilíbrio Corporal. Idosos. Avaliação do Equilíbrio. ABSTRACT The aim of this study was to analyze the correlation between the instruments used to assess body balance and prediction of the risk of falls of active seniors. Cross-sectional, observational study involving 41 women (69.24 ± 5.24 years) practitioners of physical exercises, in Petrolina-PE. The instruments used were the Berg Balance Scale (BBS), the Dynamic Gait Index (DGI), the "Timed Up and Go" simple (TUG), the "Timed Up and Go" motor (TUGm), the "Timed up and Go "cognitive (TUGc) and Body Balance Test (CET). Significant correlation was observed between TEC-DGI (r = 0.469; p = 0.032), BSE- DGI (r = 0.513; p = 0.021), a significant negative correlation between DGI-TUG (r = -0.454; ˂0,017), DGI -TUGm (r = - 0.516; p˂0,006), DGI-TUGc (r = -0.547; ˂0,003), MMSE-TUG (r = -, 470; p = 0.055), MMSE-TUGm (r = - 470; p = 0.057) and a significant and moderate correlation between TUG-TUGm (r = 0.701; p = 0.000), TUG-TUGc (r = 0.713; p = 0.000) and TUGm-TUGc (r = 0.761; p = 0.000). It is concluded that the instruments are complementary. It is recommended their joint application to the evaluation of the body balance and to predict the risk of falls in elderly active. Keywords: Body Balance. Elderly. Balance evaluation. Introdução À medida que o indivíduo envelhece, ele se depara com uma série de alterações de ordem biopsicossocial e cultural, as quais dificultarão sua adaptação ao meio em que vive1,2. Entre essas, após os 45 anos de idade, há o declínio natural de sua habilidade para controlar a postura corporal, o que é denominado como equilíbrio3. O estudo de temáticas do equilíbrio é relevante, principalmente, junto à população idosa, visto que seu déficit deixa a pessoa mais suscetível à quedas e fraturas, que podem conduzir o indivíduo, até mesmo à morte prematura4. Quedas têm consequências graves, pois influenciam a qualidade de vida (QV) tanto de quem cai, como de seus familiares. Aliado ao fato, quedas elevam os custos do atendimento ambulatorial e dos serviços de hospitalização5. Diante disso, cresce o interesse da ciência Nascimento et al. J. Phys. Educ. v. 28 e2803, 2017. Página 2 de 10 sobre fatores associados ao risco de queda de idosos6, assim como de instrumentos que qualifiquem a avaliação clínica do equilíbrio7. Considerando que o equilíbrio resulta de um conjunto de fatores de ordem endógena e exógena8, sua avaliação é uma tarefa complexa. Assim, o procedimento é realizado, geralmente, com o auxílio de diferentes testes, os quais são aplicados de forma conjunta, uma vez que cada instrumentos ajuíza um ou outro fator relacionado ao déficit postural. Conforme Shumway e Woollacott9, o equilíbrio corporal consiste na capacidade humana para sustentar o centro de gravidade na posição estática sobre os limites da base de apoio corporal. Sua regulação ocorre desapercebidamente da consciência humana, envolvendo a recepção e integração de estímulos sensoriais engajados no planejamento e execução de movimentos responsáveis por contrações musculares necessárias ao reposicionamento do centro de gravidade sobre a base de suporte10. As informações da postura corporal são captadas por receptores visuais, vestibulares e pelo sistema somatosensorial, a seguir enviadas ao sistema nervoso central (SNC) e lá processadas, retornando à região em desequilíbrio sob a forma corretiva11. Quedas sobrevém de fatores associados, relacionadas tanto às condições ambientais, como à perda da força muscular12, limitação da musculatura flexora do quadril13, deficiência à estabilização do tornozelo6, bem como da baixa do padrão da marcha14. Isso significa dizer que quedas são eventos multifatoriais. De forma geral, seus fatores de risco são conhecidos, contudo, suas inter-relações, assim como o peso de cada fator ainda carece de maior entendimento7,15,16. Sendo assim, a avaliação do déficit do equilíbrio necessita de instrumentos abrangentes e confiáveis17. Dentre os testes mais empregados na avaliação gerontológica hà a Escala de Equilíbrio de Berg (EEB)18, o Dynamic Gait Index (DGI)8, traduzido por Índice de Marcha Dinâmica e o teste “Timed Up and Go” (TUG)19, o qual apresenta duas outras versões, o TUG motor (TUGm) e o TUG cognitivo (TUGc). Outro instrumento também utilizado, contudo ainda desconhecido no Brasil é o GGT (Gleichgewichtstest). Este instrumento foi desenvolvido na Alemanha por Wydra20, tendo sido apresentado à literatura especializada de língua portuguesa por Nascimento, Coriolano Appell e Appell Coriolano21 sob a denominação de Teste de Equilíbrio Corporal (TEC). Todos esses instrumentos apresentam particularidades e bons níveis de confiabilidade, demonstrando baixo custo e praticidade. Considerando a existência de diferentes instrumentos à avaliação do déficit do equilíbrio e à predição de quedas em idosos, o presente estudo teve como objetivo investigar a correlação entre a EEB, o DGI, o TEC, o TUG, o TUGm e o TUGc, bem como apontar e discutir suas características quando aplicados em idosas praticantes regulares de exercícios físicos. Métodos Participantes Trata-se de um estudo transversal, observacional. Participaram 41 indivíduos do sexo feminino (69,24±5,24 anos), integrantes dos grupos Pilates, hidroginástica, natação, ginástica geral e tênis do Programa Vida Ativa (PVA), o qual é oferecido à comunidade idosa das cidades de Juazeiro-BA e Petrolina-PE pelo curso de Educação Física da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Os participantes foram divididos em quatro grupos, segundo faixas etárias: G1 (60-64 anos); G2 (65-69 anos); G3 (70-74 anos); e G4 (75- 79 anos). Como critério de inclusão foi adotado a idade ≥60 anos, ser praticante regular de exercício físico (EF), com tempo mínimo de seis meses e frequência de 75% nas atividades, não apresentar lesão articular, muscular ou óssea no período da avaliação, histórico de entorce do tornozelo ou quedas, doenças neurológicas como Parkinson ou Acidente Vascular Avaliação do equilíbrio corporal J. Phys. Educ. v. 28, e2803, 2017. Página 3 de 10 Encefálico,além de ter assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram excluídos, individuos que não não completaram todas as etapas do estudo. Procedimentos Os participantes foram informados sobre os procedimentos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal do Vale do São Francisco/UNIVASF (CAAE: 44113715.3.0000.5196). A investigação compreendeu quatro etapas, com dados coletados por dois alunos devidamente treinados, no período entre setembro e novembro de 2015. Instrumentos Etapa 1: Coleta de informações sociodemográficas. Etapa 2: Aplicação do Miniexame do Estado Mental de Saúde (MEEM); O MEEM é um teste que avalia a função cognitiva. Sua aplicação requer em torno de 10 minutos. A avaliação permite o rastreamento da demência, não substituindo, contudo, a avaliação detalhada do caso. Seus sete ítens examinam os seguintes domínios: orientação espacial e temporal, memória imediata e de evocação, cálculo, linguagem-nomeação, repetição, compreensão, escrita e cópia de desenho. O teste foi traduzido e apresentado à população brasileira por Betolucci22. Seus escores de pontuação variam de zero a trinta e valores inferiores a 18 indicam a presença de uma demência leve; valores entre 10-18 indicam demência com gravidade moderada; já resultados abaixo de 10 pontos sugerem demência grave22,23. Etapa 3: Dados antropométricos: A massa coporal e a estatura foram determinadas por meio de uma balança mecânica, até 300 Kg (Welmy, Brasil), com régua antropométrica de escala até 2 m. O Índice de Massa Corporal (IMC) foi estabelecido mediante a fórmula: massa (kg)/estatura (m2). Etapa 4: Avaliação do risco de quedas foi realizada por meio dos testes EEB, DGI, TEC, TUG, TUGm e TUGc: Escala de Equilíbrio de Berg (EEB): Este instrumento é muito utilizado para avaliar a capacidade funcional da população idosa, estimando a probabilidade de queda. A EEB foi traduzida para o português e adaptada transculturalmente por Miyamoto18, possui alta confiabilidade intra e interobservadores (ICC 0,99 e 0,98). Seus itens abordam 14 situações/domínios relacionados com atividades de vida diária (AVD), como: ficar de pé, levantar-se, andar, inclinar-se à frente, transferir-se e virar-se, segundo graus de dificuldade. O sistema de avaliação das tarefas varia de zero pontos (incapaz de executar) a quatro pontos (normal), a pontuação máxima é de cinquenta e seis pontos. Seus critérios de pontuação são balizados pelo tempo de sustentação de uma posição, tempo necessitado para realizar uma tarefa e a distância que o membro superior alcança à frente do corpo. Segundo Berg24, o limite de quarenta e cinco pontos indica risco de queda. Já Shumway-Cook8 propõe a pontuação igual ou inferiores a quarenta e nove pontos como risco de queda, resultados superiores a quarenta e nove pontos indicam um equilíbrio normal. Dynamic Gait Index (DGI)/Índice de Marcha Dinâmica: A escala avalia a marcha dinâmica, predizendo a probabilidade de queda a partir de oito tarefas funcionais: caminhar em superfície plana; caminhar realizando mudanças na velocidade da marcha; caminhar realizando movimentos horizontais com a cabeça; caminhar realizando movimentos verticais com a cabeça; passar sobre um obstáculo; caminhar e contornar um cone; girar sobre o próprio eixo corporal; finalizando com a subida e descida de degraus8. A realização do DGI necessita da demarcação da superfície do solo com fita adesiva no ponto de partida, também Nascimento et al. J. Phys. Educ. v. 28 e2803, 2017. Página 4 de 10 nas extensões de 1,80 metros e 3,60 metros, onde cones serão posicionados25. O teste apresenta vinte e quatro pontos de escore máximo, cada item recebe de zero a três pontos. Em idosos (≥60 anos), a interpretação de um valor menor ou igual a dezenove pontos incide em risco de quedas, já o indicativo de marcha segura é apresentado por valores superiores a vinte e dois pontos. Teste de Equilíbrio Corporal (TEC): O teste foi desenvolvido por Wydra20, na Alemanha, sob o nome de “Gleichgewichtstest” (GGT) e apresentado à comunidade de língua portuguesa por Nascimento, Coriolano Appell e Appell Coriolano21. Em sua validação com a população alemã (n=306), o instrumento apresentou boa confiabilidade de teste-reteste (0.78), com consistência de alfa Cronbach de 0.92, seguido de correlação de r = 0.60 (<000) em radiografias posturais20. O TEC é composto por 14 itens, sete tarefas avaliam o equilíbrio estático e sete o equilíbrio dinâmico. A partir do item nove a avaliação é executada sobre uma trave de madeira com quatro (4) metros de comprimento, 10 cm de largura e 3 cm de altura, examinando estratégias de reação do tornozelo, além de giros de 180° e 360° e, o equilíbrio associado ao objeto. Seis tarefas avaliam a regulação exteroceptiva (olhos abertos) do equilíbrio estático e dinâmico, oito à regulação interoceptiva (olhos fechados). Suas tarefas estão dispostas em ordem crescente de dificuldade, a interpretação dos resultados é realizada segundo normativas de êxito, categorizadas por faixas etárias e gênero. Sua pontuação é dicotômica, atribuindo-se zero para o objetivo não atingido e um para o atingido21. Timed Up and Go (TUG): O TUG simples é utilizado à avaliação da mobilidade e do equilíbrio funcional. Ele requisita o autocontrole postural, o participante já sentado em uma cadeira de 45 cm, com apoio para os braços, deve se erguer e caminhar três (3) metros, realizar um giro de 180° em um cone, retornar até a cadeira e sentar. O cronômetro é acionado no momento em que o avaliador diz “vá” e parado quando a individuo retorna à posição inicial, colocando as costas no espaldar da cadeira. O deslocamento deve ser realizado caminhando, o mais rápido possível, contudo sem correr19. O TUG apresenta correlação (r = - 0.72) com a escala EEB. Bischoff et al.26 consideram para adultos independentes a resolução do teste em até 10 seg. como normal (sem risco de quedas). Já resultados entre 11 a 20 seg. indicam a independência parcial (baixo risco de quedas). Tempos acima de 20 seg. assinalam déficit da mobilidade física (alto risco de quedas). TUG motor (TUGm): O teste apresenta as mesmas diretrizes do TUG convencional. Todavia, o individuo transporta, com ambas as mãos, uma bandeja de papelão com 25 cm de raio, onde há um copo de plástico vazio com 12 cm de altura. A tarefa incide em transportar a bandeja sem que o copo caia. O sistema de pontuação considerou os valores normativos do TUG simples26. TUG cognitivo (TUGc): Incide no desenvolvimento da mesma tarefa e percurso do TUG convencional, contudo o avaliado conta em ordem decrescente e voz alta, iniciando no número cem. O teste é computado no momento em que o indivíduo levantava da cadeira, sendo interrompido quando retorna e senta. Por se tratar de um teste que exige atenção e cognição, uma tentativa foi realizada para a adaptação ao teste, esta não foi computada. O sistema de pontuação dos resultados considerou os valores normativos do teste TUG simples26. Análise estatística A normalidade dos dados foi verificada por meio do teste de Shapiro Wilk, a estatística descritiva (média, frequência e desvio-padrão) foi utilizada para apresentação dos resultados. O teste de Anova de Kruskal Wallis foi utilizado para determinar a significância entre os grupos, diferenças intra-grupais para os testes de marcha e equilíbrio foram processadas pelo teste de Mann-Whitney. A correlação de Pearson foi aplicada à determinação da força e Avaliação do equilíbrio corporal J. Phys. Educ. v. 28, e2803, 2017. Página 5 de 10 direção da relação entre os instrumentos. Os dados foram tabulados e processados no programa estatístico SPSS para Windows® versão 19.0, o nível de confiança adotado foi de 5%. Resultados A Tabela1 apresenta os resultados das principais características dos participantes, segundo faixas etárias. Observa-se que idosas mais jovens demonstraram um estado nutricional (IMC) mais elevado que idosas longevas. Observou-se que o desempenho da capacidade cognitiva foi inversamente proporcional a idade: Tabela 1. Características da amostra estudada. Variável G1 (60-64 anos) (n=9) G2 (65-69 anos) (n=12) G3 (70-74 anos) (n=12) G4 (75-79 anos) (n=8) Idade (anos) Média (DP) Mín.–Máx. 61,89±1,26 60 - 63 67,08±1,62 65 – 69 72,33±1,15 70 – 74 76,13±1,12 75 - 78 IMC (kg/m2) Média (DP) Mín.–Máx. 31,17±5,54 24 - 40 28,66±4,89 25 – 40 28,28±4,46 23 – 39 26,31±3,73 19 -31 MEEM Média (DP) Mín.–Máx. 26,11±2,20 26 - 26 25,90±4,44 19 – 29 26,00±2,00 23 – 28 21,80±4,32 21 - 28 Legenda: DP = Desvio Padrão; kg = Quilograma; m = metros; IMC = Índice de Massa Corporal; MEEM = Miniexame do Estado de Mental de Saúde. Fonte: Os autores O teste de equilíbrio TEC indicou resultados significativos entre septuagenárias e sexuagenárias até 64 anos. Já a EEB demonstrou significância apenas entre as sexagenárias (Tabela 2). A avaliação da marcha associada à tarefa funcional, avaliada pelo DGI apresentou diferença significativa a partir dos 70 anos. Não foram observadas diferenças para a marcha em tarefa simples (TUG), contudo em condição motora (TUGm) e cognitiva (TUGc) existiu diferença (p≤0,050) entre sexagenárias e idosas ≥75 anos. Tabela 2. Resultados médios obtidos nos testes de marcha e equilíbrio corporal. Variável G1(60-64 anos) ( n=9) Média (DP) G2 (65-69 anos) (n=12) Média (DP) G3 (70-74 anos) (n=12) Média (DP) G4 (75-79 anos) (n=8) Média (DP) p TEC 7,86±3,71a,b 5,50±2,82 4,45±3,20a 4,43±3,04b 0,079 EEB 53,43±1,81a 50,67±1,86a 50,42±3,84 50,33±3,72 0,155 DGI 19,50±2,12 19,33±2,73 19,13±2,03a 18,00±1,51a 0,219 TUG 9,99±1,35 8,91±1,88 9,76±0,85 10,56±1,39 0,281 TUGm 8,49±043a 9,51±1,88b 10,12±1,28 10,95±1,33a,b 0,109 TUGc 9,72±0,18a 10,46±3,92b 10,62±2,12 12,21±3,56a,b 0,719 Legenda: TEC=Teste de Equilíbrio Corporal; EEB=Escala de Equilíbrio de Berg; DGI= Dynamic Gait Index; TUG= “Timed Up and Go” simples; TUGm= “Timed Up and Go” motor; TUGc= “Timed Up and Go” cognitive; a,bp≤0,050. Fonte: Os autores Nascimento et al. J. Phys. Educ. v. 28 e2803, 2017. Página 6 de 10 Os níveis de correlação entre os instrumentos aplicados no exame da marcha (TUG, TUGm e TUGc, DGI) e do equilíbrio corporal (EEB, TEC) são descritos na Tabela 3: Tabela 3. Correlações entre os testes de marcha e equilíbrio corporal. Variáveis R P TEC-EEB 0,302 0,112 TEC-DGI 0,469* 0,032 TEC-TUG -0,280 0,219 TEC-TUGm -0,278 0,222 TEC-TUGc -0,208 0,365 EEB-DGI 0,513* 0,021 EEB-TUG -0,327 0,159 EEB-TUGm -0,184 0,438 EEB-TUGc -0,296 0,204 DGI-TUG -0,454* 0,017 DGI-TUGm -0,516* 0,006 DGI-TUGc -0,547* 0,003 TUG-TUGm 0,701* <0,001 TUG-TUGc 0,713* <0,001 TUGm-TUGc 0,761* <0,001 MEEM-DGI 0,481 0,051 MEEM-TUG -0,473 0,055 MEEM-TUGm -0,470 0,057 Legenda: TEC=Teste de Equilíbrio Corporal; EEB=Escala de Equilíbrio de Berg; DGI= Dynamic Gait Index; TUG= “Timed Up and Go” simples; TUGm= “Timed Up and Go” motor; TUGc= “Timed Up and Go” cognitive, MEEM= Miniexame do Estado Mental de Saúde, *p≤0,05. Fonte: Os autores Discussão Observou-se que o instrumento EEB atestou a condição de equilíbrio funcional classificado como seguro para todos os grupos. Todavia, esta predição não foi corroborada pelo DGI, o qual indicou risco de queda para toda população avaliada. Já as normativas do TEC qualificaram o equilíbrio de todos as participantes como bom, ratificando os resultados da EEB. A diferença entre as predições do DGI, EEB e TEC podem ser explicadas pela finalidade e/ou especificidade implícita às tarefas de cada teste. O achado é substancial, pois constatou que para população testada, comprometimentos no padrão da marcha (DGI) não implicaram em baixa do desempenho nas tarefas do equilíbrio estático e dinâmico (TEC) e do equilíbrio funcional (EEB). A mobilidade das participantes foi avaliada pelos testes TUG, TUGc, TUGm e também DGI. Considerando que as idosas avaliadas eram hígidas e praticantes regulares de EF, esperavam-se médias de desempenho ≤12 seg.19. Assim, corroborando com o estudo de Carmelo e Garcia27 desenvolvido com idosas sexagenárias ativas, com excessão das longevas (75-79 anos), quando avaliadas pelo TUGc, observou-se aproveitamento ≤10 seg. pelos três testes TUG, o que significa auxência do risco de queda. Contudo quando avaliadas pelo DGI, todas ao idosas indicaram desempenhos ≤19 pontos8, atestando para o risco de queda. Uma possível explicação para a discordância entre os resultados dos testes TUG e DGI pode sobrevir da própria constituição desses instrumentos. Pois, enquanto o DGI associa oito Avaliação do equilíbrio corporal J. Phys. Educ. v. 28, e2803, 2017. Página 7 de 10 diferentes tarefas para o ajuste da marcha28, os testes TUG avaliam o caso em uma só ação, tarefa simples. Bischoff et al.26 e Carmelo e Garcia27 evidenciaram que o desempenho da mobilidade, que é medido em segundos, apresenta-se inversamente proporcional a idade. Corroborando com a literatura especializada, na comparação entre faixas etárias, observou-se diferença significativa para o G4 (75-79 anos), quando avaliado pelo TUGm e TUGc. Este grupo também apresentou o pior desempenho no Exame do Estado Mental de Saúde-MEEM22. Santos et al.29 assinalaram correlação significativa entre o avanço da idade e o déficit de atenção e memória. Isso significa dizer que idosas longevas quando submetidas à situações de dupla tarefa necessitaram de mais tempo à resolução de tarefas, uma vez que o trabalho à nível cognitivo causa interferência sobre a velocidade da marcha, tornando a pessoa mais lenta, em especial, idosos. Este achado é importante para profissionais da área da Educação Física, visto que salienta a importância do desenvolvimento de atividades que trabalham, simultâneamente, o componente motor e cognitivo de idosos, em programas de EF. Segundo Barbosa et. al.30, o déficit do controle postural em idosos durante à marcha sobrevêm da competição entre três naturezas: a tarefa secundária, a eficácia da resposta motora e a aferência sensorial para sustentar o equilíbrio. Santos et. al.31, ao analisarem a relação entre o desempenho cognitivo e o equilíbrio funcional de idosos institucionalizados e fisicamente ativos, constataram menor risco de queda entre praticantes regulares de EF. Por meio da Figura 1 é possível analisar, de forma comparativa, a média de resolução das tarefas dos instrumentos EEB, DGI e TEC. Percebe-se que independente da faixa etária, os os resultados atingidos para as tarefas da EEB e do DGI permaneceram altos, entre 80% e 100%. Por outro lado, mesmo que os resultados finais do TEC não tenham indicado o risco de queda (Tabela 2) para todas as faixas etárias, o exame do aproveitamento individul de suas 14 tarefas demonstrou resultados preocupantes. Isso significa dizer que a depender do tipo da regulação requerida para o equlíbrio estático e dinâmico, o desempenho das participantes ficou entre 0-80%. Este achado evidenciou o TEC como um instrumento diferenciado, já que apresentou informações detalhadas sobre o défict do equilíbrio, classificando-o entre visual (regulação exteroceptiva) ou vestibular/próprioceptivo (regulação interoceptiva): Figura 1. Médias de resolução das tarefas entre os testes EEB, DGI e TEC. Fonte: Os autores Observa-se na Figura 1 que em apenasquatro dos 14 itens do TEC, a população testada atingiu média de acerto entre 60%-80%. Uma explicação para o caso é que suas 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00% 120,00% item 1 item 2 item 3 item 4 item 5 item 6 item 7 item 8 item 9 item 10 item 11 item 12 item 13 item 14 DGI TEC EEB Nascimento et al. J. Phys. Educ. v. 28 e2803, 2017. Página 8 de 10 tarefas estão dispostas em grau crescente de dificuldade, além de que o instrumento foi validado com indivíduos hígidos20. Comparativamente, os índices de resolução da EEB foram superiores (80%-100%). Em estudo com idosos praticantes e não praticantes do EF, Santos et. al.29 combinaram os resultados da EEB com o autorrelato de quedas, constatando que a EEB não seria o melhor instrumento clínico à avaliação do equilíbrio e à predição de quedas de idosos praticantes regulares de EF. O exame das tarefas 4, 6, 7 e 8 do TEC também permitiu identificar comprometimentos da população, em especial, junto ao equilíbrio estático. De acordo com Gazzola et al.28, a avaliação do equilíbrio estático e dinâmico de idosos deve ajuizar diferentes aspectos da questão. Isso significa dizer que o exame necessita incorporar fatores como a resposta postural em superfície reduzida, a reação neuromuscular diante de perturbações externas, estratégias de reação do tornozelo, do quadril, do tronco, além da habilidade do passo para trás. Em suas 14 tarefas, o TEC ajuízou estratégias reativas do tornozelo, o apoio unipodal com olhos abertos e fechados, a marcha em surpefície reduzida, o equilíbrio após a rotação de 360°, a translação de 180° e 360°, bem como a avaliação do equilíbrio associado ao objeto. Admite-se que o TEC não substitua a avaliação clínica de distúrbios vestibulares, porém, ele pode ser útil na identificação prévia da questão, visto que é de simples aplicação, não requerendo muitos materiais. Em estudo experimental na área da Educação Física32, assim como em recente revisão sistemática, na área da Fisioterapia, foi destacada a eficiência do TEC à avalição do equilíbrio corporal da população idosa33. Em sentido à força e à direção da relação entre as escalas, o Miniexame do Estado Mental de Saúde (MEEM) apresentou correlação moderada, contudo não significativa com o TUG e TUGm, indicando que quanto melhor o desempenho do estado mental dos avaliados, menor foi o tempo requerido à realização de tarefas de marcha, o que corroborou com os achados de Santos et. al.29 Com relação ao DGI, o MEEM apresentou correlação moderada e positiva, indicando, mais uma vez, que o déficit do desempenho mental interfere sobre a marcha e funcionalidade da pessoa idosa, elevendo assim o risco de queda. Corroborando com os resultados de Gazzola et al.35, em estudo realizado com 120 idosos, o qual apontou que quanto maior a desempenho no DGI, maior é a pontuação na EEB, observou-se correlações significativas e moderadas entre esses instrumentos. Correlação moderada e significativa também foi obtida entre o DGI e o TEC, demonstrando proximidade entre os objetivo de suas tarefas. Diante desses resultados, pode-se atestar que os instrumentos EEB-DGI e DGI-TEC são complementares, sendo assim, aconselha-se sua aplicação de forma conjunta à predição do risco de queda em idosos praticantes regulares de EF. Contrariando os achados de Podsiadlo e Richardson19 e Miyamoto et al.18 os níveis de correlação encontrados entre o TUG-EEB foram fracos e não significativos. O mesmo se deu entre os testes TUG-TEC e TEC-EEB. Por outro lado, observou-se correlações significativas, moderadas e negativas entre o DGI, TUG, TUGm e TUGc. Isso significa dizer que idosas com baixo rendimento no DGI, necessitaram de um tempo maior à execução dos testes de marcha. Como possível limitação deste estudo se indica o pequeno tamanho da amostra, o que pode ter mascarado o déficit do equilíbrio corporal e o risco de queda, entre as faixas etárias. Outra questão incide em não ter existido o controle de fatores exógenos, como, por exemplo, interações medicamentosas e o medo de quedas, algo categórico à avaliação da questão. Conclusões Medidas que avaliem déficits do equilíbrio corporal e o risco de quedas junto à população idosa, de forma eficaz e confiável, são importantes para o desenvolvimento e qualificação dos serviços na área clínica e do treinamento físico e funcional. Os achados deste Avaliação do equilíbrio corporal J. Phys. Educ. v. 28, e2803, 2017. Página 9 de 10 estudo ratificaram a relação entre o avanço da idade com o agravo do déficit de atenção e memória e a lentidão da pessoa, o que determina a baixa do controle postural. A análise estatística apresentou níveis de correlação moderada entre os testes EEB, DGI, TEC, TUG, TUGc, TUGm, concluindo que são complementares. Destaca-se que para a população avaliada os instrumentos DGI, TEC e TUGc se mostraram mais sensíveis para tetectar déficits do equiíbrio. Já o TEC se mostrou eficaz para o detalhamento de distúrbios junto ao sistema de regulação do equilíbrio. Sugere-se a realização de futuros estudos com idosos praticantes de EF, incluindo os instrumentos utilizados nesta investigação, contudo com maior número de participantes e indivíduos do sexo masculino. Referências 1. Alves RV, Mota J, Costa MDC, Alves JGB. Aptidão física relacionada à saúde de idosos: influência da hidroginástica. Rev Bras Med Esporte 2004;10(1):31-37. 2. Pereira RRP, Okuma SS. O perfil dos ingressantes de um programa de educação física para idosos e os motivos da adesão inicial. Rev Bras Educ Fís Esporte 2009;23(4):319-334. 3. Ribeiro ADSB, Pereira JS. Balance improvement and reduction of likelihood of falls in older women after Cawthorne and Cooksey exercises. Braz J Otorhinolaryngol 2005;71(1):38-46. 4. Melzer I, Benjuya N, Kaplanski J. Postural stability in the elderly: A comparison between fallers and non- fallers. Age Ageing 2004;33(6):602-607. 5. 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Original Article AGREEMENT BETWEEN INSTRUMENTS FOR ASSESSMENT OF BODY BALANCE IN ACTIVE ELDERLY INDIVIDUALS CONCORDÂNCIA ENTRE INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO CORPORAL, EM IDOSOS ATIVOS. Marcelo de Maio Nascimento1, Nayara Jéssica dos Santos Maia1, Lucas da Silva Ramos1, Hans-Joachim Appell Coriolano2 1Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina-PE, Brasil. 2Deutsche Sporthochschule Köln, Köln-NRW, Alemanha. RESUMO O objetivo do estudo foi analisar a correlação entre instrumentos utilizados à avaliação do equilíbrio corporal e a predição do risco de quedas de idosos ativos. Estudo transversal, observacional, realizado com 41 mulheres (69,24±5,24 anos) praticantes de exercícios físicos, em Petrolina-PE. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), o Índice de Marcha Dinâmica (DGI), o “Timed Up and Go” simples (TUG), o “Timed Up and Go” motor (TUGm), o “Timed Up and Go” cognitivo (TUGc) e o Teste de Equilíbrio Corporal (TEC). Foi observada correlação significativa entre TEC-DGI (r=0,469; p=0,032), EEB-DGI (r= 0,513; p=0,021), correlação significativa negativa entre DGI-TUG (r= -0,454; p˂0,017), DGI-TUGm (r= -0,516; p˂0,006), DGI-TUGc (r= -0,547; p˂0,003), MEEM-TUG (r= -,470; p=0,055), MEEM-TUGm (r= - ,470; p=0,057) e correlação significativa e moderada entre TUG-TUGm (r=0,701; p=0,000), TUG-TUGc (r=0,713; <0,000) e TUGm-TUGc (r=0,761; <0,000). Conclui-se que os instrumentos são complementares. Recomenda-se sua aplicação conjunta à avaliação do equilíbrio corporal e à predição do risco de quedas em idosos ativos. Palavras-chaves: Equilíbrio Corporal. Idosos. Avaliação do Equilíbrio. ABSTRACT The aim of this study was to analyze the correlation between the instruments used to assess body balance and prediction of the risk of falls of active seniors. Cross-sectional, observational study involving 41 women (69.24 ± 5.24 years) practitioners of physical exercises, in Petrolina-PE. The instruments used were the Berg Balance Scale (BBS), the Dynamic Gait Index (DGI), the "Timed Up and Go" simple (TUG), the "Timed Up and Go" motor (TUGm), the "Timed up and Go "cognitive (TUGc) and Body Balance Test (CET). Significant correlation was observed between TEC-DGI (r = 0.469; p = 0.032), BSE- DGI (r = 0.513; p = 0.021), a significant negative correlation between DGI-TUG (r = -0.454; ˂0,017), DGI -TUGm (r = - 0.516; p˂0,006), DGI-TUGc (r = -0.547; ˂0,003), MMSE-TUG (r = -, 470; p = 0.055), MMSE-TUGm (r = - 470; p = 0.057) and a significant and moderate correlation between TUG-TUGm (r = 0.701; p = 0.000), TUG-TUGc (r = 0.713; p = 0.000) and TUGm-TUGc (r = 0.761; p = 0.000). It is concluded that the instruments are complementary. It is recommended their joint application to the evaluation of the body balance and to predict the risk of falls in elderly active. Keywords: Body Balance. Elderly. Balance evaluation. Introduction As people age, they go through a series of changes of biopsychosocial and cultural order, which will stand as barriers to their adaptation to the environment where they live1,2. Said changes, after 45 years of age, include a natural decline of their ability to control body posture, which is called balance3. The study of themes addressing balance is relevant, especially when it comes to the elderly population, since this deficit leaves people more prone to falls and fractures, which may lead individuals to even premature death4. Falls have serious consequences as they influence the quality of life (QL) of both those who fall and their family members. Additionally, falls raise outpatient care and hospitalization service costs5. Face that, science has beenincreasingly interested in factors associated with risk of falls among seniors6, as well as in instruments that qualify the clinical assessment of balance7. Nascimento et al. J. Phys. Educ. v. 28 e2803, 2017. Page 2 of 10 Considering that balance results from a set of endogenous and exogenous factors8, assessing it is a complex task. Thus, procedures are usually performed with the aid of different tests, which are applied jointly, since each instrument assess one or other factor related to postural deficit. According to Shumway and Woollacott9, body balance is the human capacity to maintain the center of gravity in the stationary position on the limits of body support base. Human consciousness is oblivious of this regulation, which involves reception and integration of sensorial stimuli engaged in the planning and execution of movements responsible for muscle contractions necessary to the repositioning of the center of gravity on the support base10. Body posture information is captured by visual and vestibular receptors and by the somatosensory system, then sent to the central nervous system (CNS), where it is processed before returning to the unbalance region in the corrective form11. Falls result from associated factors related to both environmental conditions and loss of muscle strength12, limitations in hip flexor muscles13, deficient ankle stabilization6, as well as gait pattern losses14. This means to say that falls are multifactorial events. In general, their risk factors are known; however, their inter-relations, as well as the weight of each factor still lacks greater understanding7,15,16. Thus, balance deficit assessment requires comprehensive and reliable instruments17. The most frequently employed instruments in gerontological assessment include the Berg Balance Scale (BBS)18, the Dynamic Gait Index (DGI)8, and the “Timed Up and Go” test (TUG)19, which has two other versions, the TUG-motor (TUGm) and the TUG-cognitive (TUGc). Another instrument that was also used, but which is still not known in Brazil, is the GGT (Gleichgewichtstest). This instrument was developed in Germany by Wydra20, having been introduced to the specialized literature in Portuguese by Nascimento, Coriolano Appell and Appell Coriolano21 as Teste de Equilíbrio Corporal [Balance Body Tes) (TEC). All these instruments present similarities, good reliability levels, low costs and convenience. Considering the existence of different instruments for assessment of balance deficit and prediction of falls among seniors, the present study aimed to investigate correlations between the BBS, the DGI, the TEC, the TUG, the TUGm and the TUGc, in addition to pointing at and discuss its characteristics when applied to elderly women that exercise regularly. Methods Participants This is a cross-sectional, observational study. It involved 41 female seniors (69.24±5.24 years old), members of Pilates, water aerobics, swimming, general gymnastics and tennis groups of the Active Life Program [Programa Vida Ativa] (PVA), which is offered to the elderly community of the cities of Juazeiro, BA, and Petrolina, PE, by the undergraduate Physical Education course of the Federal University of Vale do São Francisco (UNIVASF). The participants were divided into four groups by age: G1 (60-64 years old); G2 (65-69 years old); G3 (70-74 years old); and G4 (75-79 years old). Inclusion criteria comprehended being aged ≥60 years old, exercising regularly – with minimum time of six months and 25% attendance to activities –, not having joint, muscle or bone injuries during the assessment period, history of ankle twisting or falls, neurological diseases such as Parkinson’s or strokes, in addition to having signed an informed consent form. Individuals that did not complete all study phases were excluded. Agreement between instruments for assessment of body balance in active elderly individuals J. Phys. Educ. v. 28, e2803, 2017. Page 3 of 10 Procedures The participants were informed about the procedures. The study was approved by the Ethics Committee on Research Involving Humans of the Federal University of Vale do São Francisco /UNIVASF (CAAE: 44113715.3.0000.5196). The investigation comprehended four phases, with data collected by two duly trained students between September and November of 2015. Instruments Phase 1: Collection of sociodemographic information. Phase 2: Application of the Mini-Mental State Examination (MMSE). The MMSE is a test that assess cognitive function. Its application takes around 10 minutes. The assessment allows tracking down dementia, without, however, substituting a detailed assessment of the case. Its seven items examine the following domains: spatial and temporal orientation, short- term and retrieval memory, calculation, language-naming, repetition, comprehension, writing and copying drawings. The test was translated and presented to the Brazilian population by Betolucci22. Its scores varied from zero to thirty and values lower than 18 indicated presence of light dementia; values between 10 and 18 meant moderate dementia; results inferior to 10 points, in turn, suggested serious dementia22,23. Phase 3: Anthropometric data: Body mass and height were determined with the aid of a mechanical scale, up to 300Kg (Welmy, Brazil), with a 2-meter anthropometric rule. Body Mass Index (BMI) was established through the formula: weight (Kg)/height(m2). Phase 4: Risk of falls was assessed by means of the BBS, DGI, TEC, TUG, TUGm and TUGc tests. Berg Balance Scale (BBS): This instrument is widely used to assess the functional capacity of seniors, estimating the likelihood of falls. The BBS was translated into Portuguese and adapted transculturally by Miyamoto18, possessing high intra and inter-observer reliability (0.99 and 0.98 ICC). Its items approach 14 situations/domains related to activities of daily living (ADL) such as: standing on one’s feet, rising, walking, bending forward, transferring oneself and turning around, by level of difficulty. The system for task assessment ranges from zero points (incapable of performing it) to four points (normal); the highest score is six points. Its scoring criteria are based on the time a position is maintained, time necessary to perform a task and the distance the upper limb reaches ahead of the body. According to Berg24, the limit of forty-five points indicates risk of fall. Shumway-Cook8, in turn, proposes scores equal or inferior to fourth-nine points as risk of fall; results higher than forty-nine indicate normal balance. Dynamic Gait Index (DGI): The scale assesses dynamic gait, predicting the likelihood of falls from eight functional tasks: walking on a flat surface, walking while changing gait speed, walking while performing horizontal movements with the head, walking while performing vertical movements with the head, overcoming an obstacle, walking and moving around a cone, turning around one’s own body axis and, finally, climbing up and down stairs8. The execution of the DGI requires the demarcation of the floor surface with a tape on the starting point and 1.80 meters and 3.60 meters ahead, where the cones will be placed25. The test presents twenty-four points as maximum score and each is given from zero to three points. In seniors (≥60 years old), the interpretation of a value that is higher than or equal to nineteen points mean risk of falls; the safe gait indicative, in its turn, is presented by values greater than twenty-two points. Body Balance Test (TEC): It was developed by Wydra20, in Germany, named “Gleichgewichtstest” (GGT) and introduced to the Portuguese-speaking community by Nascimento, Coriolano Appell and Appell Coriolano21. In its validation with the German Nascimento et al. J. Phys. Educ. v. 28 e2803,2017. Page 4 of 10 population (n=306), the instrument showed test-retest reliability (0.78), with a 0.92 Cronbach’s alpha consistency, followed by a correlation of r=0.60 (<000) in postural radiography20. The TEEC is composed of 14 items; seven tasks assess static balance and, the other seven, dynamic balance. From item nine, the assessment is carried out on a wooden beam measuring (4) meters in length, 10 cm in width and 3 cm in height, with the examination of ankle reaction strategies, in addition to 180° and 360° turns and balance associated with the object. Six tasks assess the exteroceptive regulation (open eyes) of the static and dynamic balance, while eight assess interoceptive regulation (closed eyes). Its tasks are arranged in increasing level of difficulty. Results are interpreted according to success normatives categorized by age groups and gender. Its scoring is dichotomic, with the attribution of zero to goal unachieved and one to goal achieved21. Timed Up and Go (TUG): TUG-simple is used to assess mobility and functional balance. It requests postural self-control. The participant, sitting in a 45-centimeter arm chair, must rise and walk for (3) meters, performing a 180° turn around a cone, returning to the chair and sitting. The chronometer is activated the moment when the examiner says “go” and stopped when the individual returns to the starting position, with his or her back rested on the backrest. The displacement must be performed by walking as fast as possible, but without running19. The TUG correlates (r=-0.72) to the BBS. Bischoff et al.26 consider, for independent adults, the completion of the test within up to 10 seconds as normal (without risk of falls). Results between 11 and 20 seconds, in turn, indicate partial independence (low risk of falls). Times above 20 seconds signal deficient physical mobility (high risk of fall). TUG-motor (TUGm): It presents the very same guidelines of the conventional TUG. However, the individual carries with both hands a cardboard tray, with a 25-centimeter ray, on which there is an empty plastic glass measuring 12 cm in height. The tasks consist of carrying the tray without letting the glass fall. The scoring system considered the normative values of the TUG-simple26. TUG-cognitive (TUGc): it consists of performing the very same tasks and path of the conventional TUG but now with the examiner starting a countdown from 100 out loud. The test started the moment when the individual stood up from the chair and interrupted when the latter returned and sat down. For being a test that requires attention and cognition, an attempt was made for adaptation to the test, which was not taken into account. The scoring system for results considered the normative values of the TUG-simple26. Statistical analysis Data normality was verified by means of the Shapiro Wilk test. Descriptive statistics (mean, frequency and standard deviation) was used for presentation of results. Kruskal Wallis’ Anova test was adopted to determine significance between groups. Intra-group differences for gait and balance tests were processed by the Mann-Whitney test. Pearson’s correlation was applied to the determination of the strength and direction of correlations between instruments. Data were tabulated and processed on SPSS, statistical program, for Windows®, version 19.0, and the confidence level adopted was 5%. Results Table 1 displays results of the participants’ main characteristics by age group. It is possible to observe that younger elderly women show higher nutritional state (BMI) than older ones do. Physical capacity performance was inversely proportional to age: Agreement between instruments for assessment of body balance in active elderly individuals J. Phys. Educ. v. 28, e2803, 2017. Page 5 of 10 Table 1. Study sample characteristics. Variable G1 (60-64 years old) (n=9) G2 (65-69 years old) (n=12) G3 (70-74 years old) (n=12) G4 (75-79 years old) (n=8) Age (years) Mean (SD) Min.–Max. 61.89±1.26 60 – 63 67.08±1.62 65 – 69 72.33±1.15 70 – 74 76.13±1.12 75 – 78 BMI (kg/m2) Mean (SD) Min.–Max. 31.17±5.54 24 – 40 28.66±4.89 25 – 40 28.28±4.46 23 – 39 26.31±3.73 19 -31 MMSE Mean (SD) Min.–Max. 26.11±2.20 26 - 26 25.90±4.44 19 – 29 26.00±2.00 23 – 28 21.80±4.32 21 - 28 Legend: SD = Standard Deviation; kg = Kilogram; m = meters; BMI = Body Mass Index; MMSE = Mini-Mental State Examination Source: The authors The TEC indicated significant results between septuagenarians and sexagenarians aged up to 64 years old. The BBS showed significance only among sexagenarians (Table 2). The assessment of gait associated to functional task, assessed by the DGI, showed significant difference from 70 years old. No differences were found for gait in simple task (TUG); however, about motor condition (TUGm) and cognitive condition (TUGc) there was difference (p≤0.050) between sexagenarians and elderly women aged ≥75 years old. Table 2. Mean results obtained in gait and body balance tests. Variable G1 (60-64 years old) ( n=9) Mean (SD) G2 (65-69 years old) (n=12) Mean (SD) G3 (70-74 years old) (n=12) Mean (SD) G4 (75-79 years old) (n=8) Mean (SD) p TEC 7.86±3.71a,b 5.50±2.82 4.45±3.20a 4.43±3.04b 0.079 BBS 53.43±1.81a 50.67±1.86a 50.42±3.84 50.33±3.72 0.155 DGI 19.50±2.12 19.33±2.73 19.13±2.03a 18.00±1.51a 0.219 TUG 9.99±1.35 8.91±1.88 9.76±0.85 10.56±1.39 0.281 TUGm 8.49±043a 9.51±1.88b 10.12±1.28 10.95±1.33a,b 0.109 TUGc 9.72±0.18a 10.46±3.92b 10.62±2.12 12.21±3.56a,b 0.719 Legend: TEC=Body Balance Test; BBS=Berg Balance Scale; DGI= Dynamic Gait Index; TUG= Timed Up and Go-simple; TUGm= Timed Up and Go- motor; TUGc= Timed Up and Go-cognitive; a,bp≤0.050. Source: The authors Correlation levels between the instruments applied to the gait exam (TUG, TUGm and TUGc, DGI) and the body balance test (BBS, TEC) are described in Table 3: Nascimento et al. J. Phys. Educ. v. 28 e2803, 2017. Page 6 of 10 Table 3. Correlations between gait and body balance tests. Variables R P TEC-BBS 0.302 0.112 TEC-DGI 0.469* 0.032 TEC-TUG -0.280 0.219 TEC-TUGm -0.278 0.222 TEC-TUGc -0.208 0.365 BBS-DGI 0.513* 0.021 BBS-TUG -0.327 0.159 BBS-TUGm -0.184 0.438 BBS-TUGc -0.296 0.204 DGI-TUG -0.454* 0.017 DGI-TUGm -0.516* 0.006 DGI-TUGc -0.547* 0.003 TUG-TUGm 0.701* <0.001 TUG-TUGc 0.713* <0.001 TUGm-TUGc 0.761* <0.001 MMSE-DGI 0.481 0.051 MMSE-TUG -0.473 0.055 MMSE-TUGm -0.470 0.057 Legend: TEC=Body Balance Test; BBS=Berg Balance Scale; DGI= Dynamic Gait Index; TUG= Timed Up and Go-simple; TUGm= Timed Up and Go-motor; TUGc= Timed Up and Go-cognitive, MMSE= Mini-Mental State Examination, *p≤0.05. Source: The authors Discussion The BBS instrument classified the condition of functional balance as safe for all groups. However, this prediction was not corroborated by the DGI, which indicated risk of fall for the entire population assessed. The TEC normatives qualified the balance of all participants as good, ratifying the BBS results. The difference between the DGI, the BBS and the TEC predictions can be explained by the purpose and/or specificity of the tasks in each test. The finding is substantial as it verified that, in the population tested, gait pattern losses (DGI) did not mean impaired performance of static and dynamic balance tasks (TEC) and functional balance tests (BBS). The participants’ mobility was assessed by the TUG, TUGc, TUGm tests and the DGI aswell. Considering that the elderly women assessed were healthy and exercised regularly, performance means ≤12 sec.19 were expected. Thus, corroborating with a study by Carmelo and Garcia27 conducted with active sexagenarian women, it was possible to observe a performance ≤10 sec. with the three TUG tests, which means no risk of fall. However, when assessed by the DGI, all the elderly women showed performances ≤19 points, which represents risk of fall. A possible explanation to the lack of agreement between the TUG and the DGI results may be due to the very constitution of these instruments because, while the DGI associates eight different tasks for gait adjustment28, TUG tests assess the case in a single action, simples task. Bischoff et al.26 and Carmelo & Garcia27 evidenced that mobility performance, which is measured in seconds, is inversely proportional to age. Corroborating with the specialized literature, in a comparison between age groups, significant difference was found for G4 (75- 79 years old), when assessed by TUGm and TUGc. That group also showed the worst Agreement between instruments for assessment of body balance in active elderly individuals J. Phys. Educ. v. 28, e2803, 2017. Page 7 of 10 performance in the Mini-Mental State Examination – MMSE22. Santos et al.29 found significant correlation between aging and attention and memory deficits. This means to say that older seniors, when subjected to dual-task situations need more time to complete tasks, since cognitive-level work interferes with gait speed, slowing people down, especially seniors. This finding is important for Physical Education professionals, since it highlights the importance of developing activities that put into operation an elderly individual’s motor and cognitive components, simultaneously, in PE programs. According to Barbosa et. al.30, postural control deficit in seniors during gait derives from a contest between three natures: the secondary task, motor response efficacy and sensory afference to maintain balance. Santos et. al.31, analyzing correlations between the cognitive performance and functional balance of institutionalized and physically-active seniors, found higher risk of fall among regular practitioners of PE. Figure 1 allows analyzing, comparatively, the mean of completion of the BBS, DGI and TEC tasks. It is possible to observe that, regardless of age group, the results achieved for BBS and DGI tasks remain high, between 80% and 100%. On the other hand, even though TEC results have not indicate risk of fall (Table 2) for all age groups, the individual performance examination relating to the 14 tasks revealed worrisome results. This means to say that depending on the type of regulation required for static and dynamic balance, the participants’ performance stood between 0 and 80%. This finding evidence the TEC as a differentiated instrument, as it provided detailed information on balance deficit, classifying it between visual (exteroceptive regulation) or vestibular/proprioceptive (interoceptive regulation): Figure 1. Means of completion of BBS, DGI and TEC tasks. Source: The authors Figure 1 shows that in only four of the 14 TEC items the population tested scored on average between 60% and 80%. An explanation to the case is that its tasks are arranged in a decreasing level of difficulty, in addition to the instrument having being validated with healthy individuals20. Comparatively, BBS completion rates were higher (80%-100%). In a study with seniors that practiced and did not practice PE, Santos et. at. 29 combined BBS results with self-report of falls, finding that the BBS would not be the best clinical instruments for balance assessment and fall prediction among seniors who exercised regularly. The examination of TEC tasks 4,6,7 and 8 also allowed identifying deficits within this population, especially when it comes to static balance. 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00% 120,00% item 1 item 2 item 3 item 4 item 5 item 6 item 7 item 8 item 9 item 10 item 11 item 12 item 13 item 14 DGI TEC EEB Nascimento et al. J. Phys. Educ. v. 28 e2803, 2017. Page 8 of 10 According to Gazzola et. al.28, the assessment of static and dynamic balance in the elderly population should examine different aspects in this matter. This means to say that the test has to incorporate factors such as postural response on reduced surface, neuromuscular reaction face external disturbances, ankle, hip, trunk reaction strategies, in addition to backward step ability. In its 14 tasks, the TEC assessed ankle reaction strategies, unipedal support with open and closed eyes, gait on reduced surface, balance after a 360° rotation, 180° and 360° translations, as well as the assessment of balance associated with the object. It is admitted that the TEC should not substitute clinical assessment of vestibular disorders but it can be useful in identifying the matter beforehand, since it is simple to apply, without need for many materials. In an experimental study in the Physical Education field32, as well as in a recent systematic review in the Physiotherapy field, the efficiency of the TEC in relation to the assessment of the elderly’s population balance was highlighted33. About the strength and direction of the correlation between the scales, the Mini- Mental State Examination (MMSE) showed moderate, but not significant, correlation with the TUG and the TUGm, indicating that the better the assessed individuals’ mental state performance, the shorter the time required for the execution of gait tasks, which corroborated with the findings of Santos et. al.29. In relation to the DGI, the MMSE showed moderate and positive correlation, indicating, once more, that mental performance deficit interferes with a senior’s gait and functionality, raising the risk of fall. Corroborating with results of Gazzola et al.35, in a study conducted with 20 seniors and which pointed that the greater the performance in the DGI, the higher the BBS score, there were significant and moderate correlations between these instruments. Moderate and significant correlation was also obtained between the DGI and the TEC, showing similarities between the goals of their tasks. Face these results, it can be stated that the BBS-DGI and DGI- TEC instruments are complementary. Thus, they should be applied together with the prediction of risk of falls in seniors who practice PE regularly. Opposing to the findings of Podsiadlo and Richardson19 and Miyamoto et. al. 18, the correlation levels found between the TUG-BBS were weak and not significant. The same happened between the TUG- TEC and the TEC-BBS tests. On the other hand, significant, moderate and negative correlations were found between DGI, TUG, TUGm and TUGc. This means to say that elderly women with poor DGI performance needed more time to execute the gait tests. A possible limitation of this study is the reduced size of the sample, which might have masked the body balance deficit and risk of fall between age group. Another issue is that exogenous factors were not controlled such as drug interactions and fear of falls, something categorical to this theme. Conclusions Measures that assess body balance deficits and risk of falls with the elderly population, in an efficient and reliable manner, are important to the development and qualification of services in the clinical area, as well as of physical and functional training. The findings of this study ratify the correlation between aging and worse attention and memory deficit and a person’s slowness, which determines losses in postural control. The statistical analysis presented moderate correlation levels betweenthe BBS, DGI, TEC, TUG, TUGc, TUGm tests, concluding that they are not complementary. It is worth stressing that, in the population assessed, the DGI, TEC and TUGc instruments proved more sensitive to detect balance deficits. The TEC, in turn, proved efficient for the detailing of disorders together with the balance regulation system. New Agreement between instruments for assessment of body balance in active elderly individuals J. Phys. Educ. v. 28, e2803, 2017. Page 9 of 10 studies should be conducted with seniors who practice PE, including the instruments used in this investigation, but with a larger number of participants and male individuals. References 1. Alves RV, Mota J, Costa MDC, Alves JGB. Aptidão física relacionada à saúde de idosos: influência da hidroginástica. Rev Bras Med Esporte 2004;10(1):31-37. 2. Pereira RRP, Okuma SS. O perfil dos ingressantes de um programa de educação física para idosos e os motivos da adesão inicial. Rev Bras Educ Fís Esporte 2009;23(4):319-334. 3. Ribeiro ADSB, Pereira JS. Balance improvement and reduction of likelihood of falls in older women after Cawthorne and Cooksey exercises. Braz J Otorhinolaryngol 2005;71(1):38-46. 4. Melzer I, Benjuya N, Kaplanski J. Postural stability in the elderly: A comparison between fallers and non- fallers. Age Ageing 2004;33(6):602-607. 5. Maia BC, Viana PS, Arantes PMM, Alencar MA. Consequências das quedas em idosos vivendo na comunidade. 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E- mail: marcelo.nascime Copyright of Revista da Educação Física/UEM is the property of Universidade Estadual de Maringa and its content may not be copied or emailed to multiple sites or posted to a listserv without the copyright holder's express written permission. However, users may print, download, or email articles for individual use.
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