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FACULDADE META – FAMETA Bioquímica Prof. Me. Adem Nagibe dos Santos Geber Filho Os lipídios não são polímeros como outras biomoléculas como, por exemplo, as proteínas; o Não são poliméricos, mas se agregam. Podem se associar para dar origem a moléculas mais complexas exercendo funções biológicas; Compostos orgânicos insolúveis em água, (associados a membrana, gotas de armazenamento intracelular, transportados por proteínas específicas e formando lipoproteínas). Solubilidade Polar Apolar Sim Sim Não Não O que são? Gorduras, óleos, algumas vitaminas e hormônios, e a maioria dos componentes não-protéicos das membranas. Mistura de compostos que partilham algumas propriedades baseadas em similaridades estruturais, principalmente uma preponderância de grupamentos apolares. São bioquimicamente tratado como lipídios: Óleos, gorduras, ceras, hormônios esteroidais, colesterol, as vitaminas A, D, E e K, fosfolipídios e etc. Os lipídios são frequentemente classificados nos seguintes grupos: o Ácidos graxos e seus derivados; o Triacilgliceróis; o Ceras; o Fosfolipídios (glicerofosfolipídeos e esfingomielina); o Esfingolipídios o Isoprenóides (esteroides, vitaminas lipídicas e terpenos) A) Fonte e reserva energética – um grama de qualquer gordura produz 9 Kcal de energia em contraste, a mesma quantidade de carboidratos ou proteínas fornece 4 Kcal; B) Isolante térmico – forma o tecido adiposo dos mamíferos, útil na proteção contra perda de calor já que os lipídios são maus condutores de calor. C) Protegem contra choques mecânicos (forma a palma das mãos e planta dos pés); D) Definição das formas femininas (os hormônios ovarianos estrógeno e progesterona direcionam o depósito de lipídios para locais específicos como por exemplo cintura pélvica e seios). E) São importantes para a síntese de outras substâncias (os hormônios esteroidais testosterona, estrógenos, progesterona, aldosterona e cortisol tem o colesterol como precursor). Moléculas constituídas de um grupo carboxila (COOH) ligadas a uma cadeia carbônica; Podendo ser saturada, poliinsaturada ou monoinsaturada; O grupo COOH ioniza-se em solução (COO-) e apresenta caráter hidrofílico; Em contraste, a cauda de hidrocarbonetos é extremamente hidrofóbica. O grupo COOH tem a propriedade de reagir prontamente com grupos hidroxil ou amino de outras moléculas para formar ésteres ou amidas; Uma das funções mais importantes é atuar como constituintes das membranas plasmáticas, já que fazem parte dos fosfolipídios. São ácidos carboxílicos com grupos laterais de longas cadeias de hidrocarbonetos Os ácidos graxos com cadeias de 16 e 18 carbonos são os mais comuns em plantas e animais superiores; Cadeias menores que 14 carbonos e maiores que 20 são incomuns; A maioria possui número par de átomos de carbono Ácidos graxos predominantes tanto em animais quanto em vegetais Pode ser: o Saturada – apresenta somente ligações simples C-C; o Insaturada – apresentam ligações duplas ou triplas, C=C; o Poliinsaturados - apresentam mais de uma ligação dupla ou tripla entre os carbonos. Primeira dupla ligação ocorre entre C9 e C10; Em poliinsaturados, as duplas ligações ocorrem a cada 3 carbonos (- CH = CH – CH2 – CH = CH – ) Saturados: máximo de H suportáveis, origem animal, sólidos a temperatura ambiente Insaturados: líquidos à temperatura ambiente. o Monoinsaturados – grande parte de origem vegetal o Poliinsaturados – origem vegetal O que é - Um tipo de gordura formada por um processo químico (hidrogenação), no qual óleos vegetais líquidos são transformados em ácido graxo trans, uma gordura sólida; Onde é encontrada? - Margarina, biscoitos, batatas fritas, sorvete e salgadinhos de pacote. Nomenclatura: Exemplo: Ácido Hidrocarboneto ÓICO Nome do Ác. Graxo Hidrocarboneto Butano (C4H10) Ácido Butanóico (C4H8O2) Podem ser classificados em função da capacidade do organismo em sintetizá-los: Ácidos graxos essenciais – aqueles que não podem ser sintetizados pela maquinaria bioquímica humana. Ex.: o Ácido graxo linolênico (ω3) - está presente em grande quantidade nos peixes (especialmente o salmão); o Ácido graxo linoléico (ω6) - presente nos óleos vegetais (soja, milho, girassol). São precursores para a síntese de vários ácidos graxos insaturados. É o nome genérico de qualquer tri-ester oriundo da combinação do glicerol (triálcool) com ácidos, especialmente ácidos graxos; Na qual as três hidroxilas (do glicerol) sofreram condensação carboxílica com os ácidos (estereficação), que não precisam necessariamente serem iguais. São ésteres de ácidos graxos com o glicerol Três acgs distintos Tipos: o Simples o Misto O ser humano apresenta duas grandes fontes de reserva energética: Lipídeos – triacilgliceróis o Tecido adiposo (adipócitos) Carboidratos – glicogênio o Fígado e tecido muscular As moléculas de triacilgliceróis armazenam energia mais eficientemente que o glicogênio por várias razões: 1. São armazenados de forma não hidratada (diferentemente o glicogênio contem duas gramas de água por grama de glicogênio); 2. Sua oxidação libera mais energia que a oxidação de carboidratos. 38,9 KJ.g-1 (gorduras) e 17,2 KJ.g-1 (carboidratos). Calor Tecido Muscular Tecido Adiposo Ambiente Isolante térmico contra baixas temperaturas Pobre condutora de calor Camada subcutânea previne a perda de calor Mistura complexa de lipídeos que funcionam como um revestimento em folhas, caules, frutos e pele de animais; o Ex.: Cera de carnaúba e de abelha. Impermeabilizante. Principais componentes estruturais da membrana; Além disso, vários são emulsificantes (promove dispersão coloidal de um líquido em outro) e agentes surfactantes (reduz a tensão superficial); São substâncias anfipáticas ou anfifílicas; “caudas” apolares (ácidos graxos) e “cabeças” polares grupos fosfatos e outros grupos polares; Existem dois tipos: Glicerofosfolipídeos e as esfingomielinas. Glicerofosfolipídeos – moléculas que contém glicerol, ácidos graxos, fosfato e um álcool. Esfingomielina – diferem dos glicerofosfolipídeos por possuírem esfingosina em vez de glicerol; Encontrada em grande quantidade na bainha de mielina que reveste e isola alguns neurônios. Segunda maior classe de lipídeos da membrana de animais e vegetais. Tipos: Enfingomielinas e glicoesfingolipídeo. o Glicoesfingolipídeo – também chamado de glicolipideo, Grupo de moléculas que contém unidades estruturais repetidas de cinco carbonos – isoprenos; Tipos: Terpenos e esteroides Esteroides – composto de quatro anéis não-planares fusionados. Ex.: Colesterol. Componente das membranas celulares Precursor da biossíntese dos hormônios esteroides, vitamina D e sais minerais; Maior parte dos lipídeos da nossa dieta está na forma de triacilglicerois. São quebrados em seus constituintes mais simples, durante o processo digestivo, para podermos absorvê-los, para passarem do nosso intestino delgado para a corrente sanguínea. Lipoproteínas A digestão é um processo enzimático, catalisado por enzimas, presentes no intestino delgado, que recebem o nome genérico de lipases. Para que as lipases possam atuar é preciso tornar os lipídeos solúveis no ambiente aquoso do intestino. Isso é feito por meio dos saisbiliares, sintetizados no fígado a partir do colesterol e estocados na vesícula biliar, na forma de uma secreção chamada bile. Como são moléculas insolúveis em água e o plasma sanguíneo é um ambiente aquoso, o transporte de lipídeos torna-se difícil; Para resolver este problema os lipídeos associam-se com outras moléculas formando um complexo solúvel em água; LIPOPROTEÍNA São classificados de acordo com sua densidade Quilomícrons - são as lipoproteínas responsáveis pelo transporte de lipídeos da dieta (lipídeos exógenos), para o resto do corpo ; são compostos, majoritariamente, de triacilglicerois. Estão presentes no sangue após uma refeição. Os quilomícrons remanescentes são captados pelo fígado por endocitose. VLDL – lipoproteínas de densidade muito baixa, sintetizadas no fígado (endógenos). Os triacilglicerois gerados no fígado são distribuídos para outros tecidos do corpo (principalmente músculo e tecido adiposo) pelas VLDLs. Transportam colesterol e triacilglicerois Os ácidos graxos são liberados dos triacilgliceróis por ação de uma lipoproteína lipase como acontecia com os quilomícrons. A ação da LPL retira ácidos graxos da VLDL e faz com que sua densidade aumente, convertendo-a em uma lipoproteína de densidade intermediária (IDL). Essas lipoproteínas, (IDL) assim que formadas, são direcionadas da corrente sanguínea para o fígado. LDL – lipoproteínas de densidade baixa; formadas a partir do VLDL – IDL – até formar LDL. Colesterol é essencial para a formação de membrana celulares em vários organismos, além de ser, também, precursor de outros esteroides; Pode ser externo como é o caso da dieta – ou pela síntese de novo de colesterol, que é feita, principalmente, pelas células hepáticas; Em qualquer dos casos, o colesterol precisa ser distribuído para outras células, que necessitam desse composto. Essa distribuição é feita pela LDL. As LDLs são então as lipoproteínas responsáveis pelo transporte (carreadoras primárias) de colesterol para os diferentes tecidos extra-hepáticos. LDLs são internalizadas pelas células dos diferentes tecidos através de seu receptor específico (receptor de LDL), por endocitose. ocorre predominantemente no fígado (75%), tecido adiposo e nos rins. Curiosidade: hipercolesterolemia familiar. HDL – lipoproteínas de alta densidade. “colesterol bom”. O fígado e o intestino delgado sintetizam e HDL que são, inicialmente pobres em colesterol; Qualquer colesterol livre presente no quilomícron remanescente ou na VLDL remanescente (IDL), pode ser esterificado, ou seja, transformado em éster de colesterol, lecitina-colesterol acil transferase (LCAT). HDL sai do intestino e do fígado pobre em colesterol vai adquirindo essa molécula enquanto está na circulação Função de capturar moléculas de colesterol que estejam livres na circulação HDLs, ricas em colesterol, retornam ao fígado onde são endocitadas Processo chamado de transporte reverso de colesterol Acúmulo de placas de gordura, colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias, o que restringe o fluxo sanguíneo e pode levar a graves complicações de saúde; Ex. Infarto.
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