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Apresentação Psicologia do Desenvolvimento História, primeiro ano de vida, gestação

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VISÃO HISTÓRICA
 DO SENTIMENTO 
DE INFÂNCIA
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VISÃO HISTÓRICA DO SENTIMENTO DE INFÂNCIA
Segundo Philippe Ariès (1986), o sentimento de infância foi construído ao longo dos séculos.
Na Idade Média não existia o sentimento da infância, a consciência da particularidade do infantil, algo que distingue a criança do adulto. 
A criança era cuidada por amas, e, quando não dependia desses cuidados básicos para a sobrevivência, ingressava no mundo dos adultos, partilhando com eles todas as facetas da vida: dos martírios às festas, os jogos, os ofícios – tornavam-se aprendizes –, o manejo das armas, etc.). 
Alta mortalidade infantil – pouca importância e pouco apego dos adultos às crianças. Só contavam com as crianças mais velhas. Tinham muitos filhos para preservar alguns.
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VISÃO HISTÓRICA DO SENTIMENTO DE INFÂNCIA
Século XVI - PAPARICAÇÃO – Primeiro sentimento da infância. Dar à criança destaque como “engraçadinha”. A criança era tratada como objeto de divertimento para os adultos.
 A partir dos sete anos a educação da criança deveria ser iniciada, com vistas à formação do adulto. Aos 13-14 anos esse “adulto” já deveria estar preparado para o casamento e para as responsabilidades civis. 
Século XVII – traz a concepção da inocência infantil. Sentimento de EXASPERAÇÃO – Segundo sentimento da infância. Sentimento este caracterizado pela irritação dos educadores frente aos abusos e aos desvios morais a que as crianças eram submetidas por adultos inadequados que com elas se divertiam, ao invés de educá-las para serem os futuros adultos.
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VISÃO HISTÓRICA DO SENTIMENTO DE INFÂNCIA
Até então, não havia, vida familiar privada. As famílias, grandes clãs, habitavam os castelos, local de trabalho e de negócios. Não havia o sentimento de privacidade.
No século XVIII observamos, portanto, o surgimento de um novo sentimento da infância: a criança passa a ser o centro da família. Com a ascensão da burguesia cria-se um espaço de privacidade para as famílias.
 A família burguesa busca inculcar em seus filhos a concepção de homem racional, disciplinado, preparado para a vida dos negócios e pronto para ser um vencedor. 
A mãe passa a ocupar o lugar de direção da educação dos filhos. Educar as crianças passou a ser de suma importância na concepção das famílias e não mais apenas na concepção dos educadores.
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VISÃO HISTÓRICA DO SENTIMENTO DE INFÂNCIA
“O sentimento da infância não significa o mesmo que afeição pelas crianças: corresponde à consciência da particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto, mesmo jovem”(Ariès, 1986, p.156)
A criança não é um adulto em miniatura. Ao contrário, apresenta características próprias de sua idade. Compreender isso é compreender a importância do estudo do desenvolvimento humano.
ARIES, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
ARIES, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
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INFLUÊNCIAS 
PRÉ–NATAIS NO DESENVOLVIMENTO
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INFLUÊNCIAS PRÉ–NATAIS NO DESENVOLVIMENTO
Crendices  antes do advento da embriologia.
	Assustada por um cão  filho – fobia por este animal
	Desejar algum alimento  filho – aspecto desse alimento
	Não conheciam as diferenças de maturidade do sistema nervoso central da mãe e do feto em formação.
Atualmente  grande número de substâncias passam através da placenta da mãe para o feto.
	Alterações na fisiologia da mãe produzem mudanças no feto.
Emocional  substâncias químicas que aparecem no sangue materno durante o stress emocional se transmitem ao feto, gerando efeitos adversos.
	Ex.: movimentos fetais aumentam por várias horas e assim crianças nascidas de mães com stress prolongado poderiam apresentar alto nível de atividade após o nascimento.
Rappaport, C. R. – A infância inicial: o bebê e sua mãe – V.2. SP: EPU, 1981.
Rappaport, C. R. – A infância inicial: o bebê e sua mãe – V.2. SP: EPU, 1981.
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INFLUÊNCIAS PRÉ–NATAIS NO DESENVOLVIMENTO
Outros fatores que influenciam:
Idade da Mãe – muito jovem ou mais idosa
Drogas – deformações físicas e mentais, conforme a quantidade ingerida e a etapa da gravidez. Ex.: anfetaminas, cocaína, sedativos (talidomida – anos 60), cigarros e bebidas
Radiações – Rio X – deformações no cérebro
Doenças Infecciosas – Sífilis, rubéola e caxumba – abortos ou anormalidades físicas (cegueira, surdez, deformidades nos membros) ou mentais
Fator Rh – incompatibilidade entre os tipos sangüíneos da mãe e do feto
Dieta – uma dieta pobre predispõe a maiores complicações durante a gestação e o parto, prematuridade, maior vulnerabilidade a certas doenças e mesmo atraso no desenvolvimento físico e mental
Rappaport, C. R. – A infância inicial: o bebê e sua mãe – V.2. SP: EPU, 1981.
Rappaport, C. R. – A infância inicial: o bebê e sua mãe – V.2. SP: EPU, 1981.
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PSICOLOGIA
 DA 
GESTAÇÃO
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PSICOLOGIA DA GESTAÇÃO
Significado psicológico específico da gravidez para a mãe e o pai. A vida psíquica da criança não parte de um marco zero com o nascimento. 
As estruturas psíquicas do pai e da mãe já reservam para a criança um lugar pré–determinado. 
Mãe  ambivalência básica: de um lado o desejo de ter a criança, ou seja, sua aceitação; de outro a rejeição à gravidez, ou seja, o temor da gestante pela gestação. (Inconsciente)
Identificação  a criança é como que sentida como uma extensão da mãe. Este nivelamento através de uma afetividade infantil é um ponto fundamental da maternagem.
Rappaport, C. R. – A infância inicial: o bebê e sua mãe – V.2. SP: EPU, 1981.
Rappaport, C. R. – A infância inicial: o bebê e sua mãe – V.2. SP: EPU, 1981.
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PSICOLOGIA DA GESTAÇÃO
Origem → foi idealizado pelos pais
		 → experiência que os pais tiveram como filho		 → foi desejado?
O filho inaugura a mãe – nem toda mulher consegue ser mãe.
O pai deve também sentir a gestação como sua, assumindo portanto o filho como seu e desenvolvendo o sentido de paternidade.
Não se nasce humano – precisa se constituir como humano na relação com o outro. Nessa relação o desejo é necessário.
É o outro que marca o indivíduo. Essas marcas que constituem o indivíduo a imagem e semelhança do outro – ele vai ser como os pais olham para ele.
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PSICOLOGIA DA GESTAÇÃO
Também os conflitos evolutivos não resolvidos de cada um (pai e mãe) serão atualizados durante a gestação e terão importância fundamental nas expectativas ou fantasias parentais. 
Ao nascer, a criança não está livre para se desenvolver. Ela crescerá com o amor e fantasias positivas que os pais nela depositam, mas também reagirá e sofrerá as crises decorrentes do lugar persecutório que ocupa nas fantasias parentais. 
Só podemos compreender a patologia infantil se tivermos a compreensão das fantasias familiares ligadas a esta criança. 
Rappaport, C. R. – A infância inicial: o bebê e sua mãe – V.2. SP: EPU, 1981.
Rappaport, C. R. – A infância inicial: o bebê e sua mãe – V.2. SP: EPU, 1981.
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MÉTODOS DE PESQUISA
	As observações do cientista devem, tanto quanto possível, estar isentas de contaminações subjetivas. Ao avaliá-las, ele deve empregar unidades padronizadas de medida ou, caso isto não seja possível, unidades que possam ser compreendidas e aplicadas por outros.
Estudos longitudinais - estudo dos mesmos sujeitos através de várias fases de sua evolução. Estudar um ou vários aspectos. Dispendioso e difícil de generalizar.
Estudos Transversais - corte em determinada faixa etária da qual se estuda um no representativo de indivíduos com vistas à observação de certo tipo de comportamento. Estabelece-se, então, a norma para cada tipo de comportamento. Uma vez estabelecida a norma para cada faixa etária, podemos ter uma visão geral do comportamento típico de um indivíduo através das várias fases de vida. Restrições: momento histórico - diferentes realidades sociais.
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O PRIMEIRO ANO 
DE VIDA
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O PRIMEIRO ANO DE VIDA
Estágio Pré-Objetal ou “Sem Objeto”
1ª relaçãoda percepção por contato e percepção à distância > o bebê fixa o olhar na face da mãe durante a amamentação. – É o afeto que abre o caminho do desenvolvimento tanto da percepção quanto de todas as outras funções.
Reciprocidade mãe-filho – fator mais importante para tornar a criança capaz de construir uma imagem coerente de seu mundo. - Relação assimétrica.
Demoras na satisfação do bebê – papel primordial no desenvolvimento adaptativo (frustração).
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O PRIMEIRO ANO DE VIDA
Estágio Pré-Objetal ou “Sem Objeto”
Ausência de objeto ou “sem objeto”.
O mundo exterior inexiste para a criança.
Só percebe estímulos externos quando estes destroem a quietude do recém-nascido. – A contrapartida da manifestação de desprazer é a quietude.
“Percebe” o seio materno como parte de si mesmo. – Não distingue algo externo de seu próprio corpo.
Todo estímulo deverá ser primeiro transformado em uma experiência significativa.
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O PRIMEIRO ANO DE VIDA
Estágio do Precursor do Objeto
O bebê passa por um estágio de exploração contínua através de constantes trocas e interações com o pré-objeto.
Percepção à distância – movimento e luminosidade.
2º mês de vida – é capaz de isolar a face humana e distingui-la do plano de fundo. Não percebe um parceiro humano, apenas um sinal.
3º mês de vida – O SORRISO – manifestação comportamental ativa, dirigida e intencional – começo das relações sociais.
Ao provocar respostas que satisfazem suas necessidades, a criança torna-se capaz de apreender a relação entre o que faz e a resposta dos outros. “Apelo”.
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O PRIMEIRO ANO DE VIDA
O Estabelecimento do Objeto Libidinal
Entre o 6º e 8º mês a criança fixou a face da mãe e lhe confere um lugar único entre as outras faces humanas.
Estabeleceu uma verdadeira relação objetal – adquiriu a função de julgamento, de decisão.
Ansiedade dos 8 meses – recusa contato com estranhos, uma rejeição com tom de ansiedade – frustrado em seu desejo de ter a mãe.
Pode selecionar o brinquedo favorito.
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O PRIMEIRO ANO DE VIDA
O Estabelecimento do Objeto Libidinal
MEDO – percepção de experiência de desprazer – reação diante de uma ameaça real.
LOCOMOÇÃO – Autonomia. – A intervenção materna terá que se basear no gesto e na palavra. – Distância entre a criança e a mãe.
O “NÃO”, em gesto e em palavra, é a expressão semântica de negação e de julgamento; é a 1ª abstração, o 1º conceito abstrato – recusa, negação.
Início das trocas recíprocas de mensagens, intencionais, dirigidas – origem da comunicação verbal.
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O PRIMEIRO ANO DE VIDA 
Patologia das Relações Objetais
Privação afetiva Parcial – Depressão Anaclítica.
Privadas da mãe entre o sexto e oitavo mês de vida, por um período ininterrupto de três meses.
1o mês – chorosas, exigentes e tendem a apegar-se ao observador. 
2o mês – choro transforma-se em gemido. Começa a perda de peso. Há parada no quociente de desenvolvimento.
3o mês – recusam contato. Permanecem de bruços nas suas camas a maior parte do tempo. Insônia, perda de peso continua. Há tendência para contrair moléstias. Atraso motor generalizado. Início da rigidez facial.
Após 3o mês – rigidez facial consolida-se. O choro e substituído por lamúria. O atraso motor cessa e é substituído por letargia. O quociente de desenvolvimento começa a diminuir.
Se a mãe retorna entre o 2o e 3o mês a maioria das crianças se recuperam.
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O PRIMEIRO ANO DE VIDA 
Patologia das Relações Objetais
Privação afetiva total (hospitalismo) (sem cuidados maternos)
Quando a separação ultrapassa 5 meses. 
As crianças apresentaram um declínio progressivo do quociente de desenvolvimento.
Ao fim do 2o ano, a média do QD ficava em torno de 45% do normal – nível Idiota.
Até a idade de 4 anos – as crianças não conseguem sentar-se, ficar de pé, andar ou falar.
A mortalidade é grande.

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