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Avaliação ABDOMINAL

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Profa. Drª Helane Rocha
Aula cedida por profa. Thamy Braga Rodrigues
Avaliação abdominal
1
OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM
• Revisar a anátomo-fisiologia abdominal;
• Reconhecer os sistemas que estão no abdome;
• Localizar estruturas anatomicamente de acordo com a
topografia;
• Descrever a propedêutica abdominal;
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►O Trato GI é uma via de 4,9 a 5,8 m de comprimento, que se
estende desde a boca, atravessa o esôfago, estomago e
intestinos, até o ânus;
►O aparelho digestivo é responsável pela ingestão, digestão e
absorção dos nutrientes e pela eliminação dos produtos residuais
da digestão.
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ANATOMIA INTERNA
• VÍSCERAS são todos os órgãos que estão dentro da cavidade
abdominal;
• VÍSCERAS OCAS são as que o formato dependem de seu
conteúdo (estômago, vesícula, intestino delgado, cólon e bexiga);
– Esses órgãos em geral não são palpáveis, embora possa sentir o cólon
distendido por fezes ou bexiga cheia de urina;
• VÍSCERAS SÓLIDAS são as que mantém um formato
característico (fígado, pâncreas, baço, rins)
– A borda inferior do fígado e o rim direito podem ser palpáveis, sem que
isso indique anormalidades.
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ANATOMIA DO ABDOME
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Função do Sistema Digestivo –
☺Clivar as partículas alimentares na forma molecular para a
digestão;
☺Absorver as pequenas moléculas produzidas pela digestão
para dentro da corrente sanguínea;
☺Eliminar alimentos não-digeridos e não-absorvidos e outros
produtos residuais do corpo;
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Mastigação e Deglutição;
- Processo de digestão inicia com a mastigação (alimento
quebrado em partículas menores, as quais podem ser deglutidas
e misturadas com as enzimas digestivas);
- A saliva é secretada e entra em contato com o alimento. Nesta
contém enzima ptialina e amilase salivar que dá início a digestão
dos amidos. Contém também muco e água, os quais auxiliam a
lubrificar o alimento à medida que é mastigado;
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Mastigação e Deglutição;
- Quando o alimento é deglutido, a epiglote se movimenta para
cobrir a abertura da traquéia e, assim, evita a aspiração de
alimento para dentro dos pulmões;
- Deglutição - resulta na impulsão do bolo alimentar para a parte
superior do esôfago;
- O músculo liso do esôfago contrai-se em sequência ritmada, no
sentido do estômago, visando impulsionar o bolo alimentar ao
longo deste trato;
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Anatomia - TGI
Esôfago – localizado no mediastino, na cavidade torácica,
anterior a coluna vertebral e posterior a traquéia e ao coração.
Tubo que torna-se distendido quando o alimento o atravessa;
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Anatomia - TGI
Estômago – Parte superior do abdome a esquerda da linha
média, abaixo do diafragma esquerdo. Dividido em cárdia
(entrada), fundo, corpo e piloro (saída);
Intestino delgado – Segmento mais longo do TGI. Com uma
área de superfície de 7.000 cm para secreção e absorção. Dividido
em três partes anatômicas: parte superior (duodeno), média
(jejuno) e inferior (íleo);
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Anatomia - TGI
Estômago – Armazena e mistura o alimento com as secreções;
Secreta ácido clorídrico (altamente ácido) em resposta à
presença ou ingestão prevista de alimentos e tem como objetivo:
clivar o alimento em componentes mais absorvíveis e auxiliar na
destruição da maioria das bactérias ingeridas;
Secreções gástricas:
Enzima Pepsina – digestão de proteínas;
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Anatomia - TGI
Estômago – O alimento permanece no estômago durante um
período variável de tempo, desde meia hora até várias horas,
dependendo do tamanho das partículas alimentares, da
composição da refeição...;
A peristalse no estômago e as contrações do esfíncter pilórico
possibilitam que o alimento parcialmente digerido penetre no
intestino delgado em uma velocidade que permite a absorção
eficiente dos nutrientes;
Esse alimento misturado às secreções gástricas é chamado de
QUIMO;
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Anatomia - TGI
Intestino delgado –
►A digestão, nessa parte, é realizada por secreções do intestino e
pela secreção de substâncias do fígado, vesícula biliar e pâncreas
através de ductos ligados no intestino delgado;
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Anatomia - TGI
Intestino delgado –
►O fígado secreta a bile, que emulsifica as gorduras, ajudando na
sua digestão e absorção. O pâncreas libera o suco pancreático,
que contém enzimas que digerem os macronutrientes,
principalmente;
- Carboidratos – dissacarídeos (sacarose, maltose, galactose),
monossacarídeos (glicose, frutose);
- Proteínas – aminoácidos e peptídeos;
- Lipídios – monoglicerídeos e ácidos graxos;
Moléculas menores prontas para serem absorvidas;
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Anatomia - TGI
Intestino delgado –
► Pequenas projeções, vilosidades, estão presentes no intestino e
funcionam para produzir enzimas digestivas, assim como abosrver
nutrientes;
Vitaminas e minerais não são digeridos, são absorvidos
essencialmente inalterados;
Absorção começa no jejuno
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Anatomia - TGI
Intestino delgado –
►A válvula ileocecal controla a passagem do conteúdo intestinal
para dentro do intestino grosso e impede o refluxo de bactérias
para dentro do intestino delgado;
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Vesícula Biliar - localizado debaixo do fígado, armazena a bílis
[líquido amarelo-esverdeado produzido pelo fígado, até que o
aparelho digestivo dele necessite, composta de sais biliares,
eletrólitos, pigmentos biliares como a bilirrubina, colesterol e outras
gorduras (lípidos); utilizada pelo organismo para que o colesterol,
as gorduras e as vitaminas dos alimentos gordos sejam mais
solúveis e, desse modo, possam ser melhor absorvidas].
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►Os sais biliares estimulam o intestino grosso a segregar água
e outros sais, o que ajuda a que o conteúdo intestinal avance
com maior facilidade até ao exterior do corpo;
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► A bilirrubina, um produto residual formado por restos de
glóbulos vermelhos inúteis, é excretada pela bílis; - recém-
nascidos – icterícia fisiológica (normal) - metabolismo lento da
bilirrubina;
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Anatomia - TGI
Intestino grosso – Segmentos ascendente, transverso e
descendente, porção terminal que compreende o colón sigmóide e
o reto. Este exibe continuidade com o ânus;
Principal função - reabsorver água. Suas células epiteliais
secretam muco, o qual lubrifica a massa de resíduo alimentar que
vai perdendo água; - Material não digestivo - fezes, que devem ser
eliminadas do organismo;
Orifício anal é regulado por uma rede de músculos estriados,
que fomam os esfíncteres anais interno e externo;
FÍGADO
• Preenche a maior parte do
QSD e se estende até a linha
hemiclavicular esquerda;
• A borda inferior do fígado e o
rim direito podem ser palpáveis,
sem que isso indique
anormalidades;
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FÍGADO
• Armazenamento das vitaminas A, B12, D e E, e de alguns
minerais, como o ferro;
• Destruição das hemácias velhas ou anormais;
• Emulsificação de gorduras no processo digestivo, através da
secreção da bile;
• Armazenamento e liberação de glicose;
• Síntese de proteínas do plasma;
• Síntese do colesterol;
• Produção de gorduras (Lipogênese);
• Conversão de amônia em uréia;
• Purificação e destoxificação de várias toxinas e drogas;
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PÂNCREAS
• É uma glândula mole e lobulada
situada por trás do estômago;
• Tem uma situação oblíqua,
cruzando a parede abdominal
posterior até o quadrante superior
esquerdo.
• O pâncreas secreta enzimas
digestivas ao duodeno e hormônios à
corrente sangüínea;
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PÂNCREAS
• As enzimas secretadas pelo
pâncreas digerem proteínas
(tripsina), carboidratos (amilase) e
gorduras (lipase);
• Os três hormônios produzidos
pelo pâncreas são a insulina, que
reduz o nível de açúcar (glicose) no
sangue; o glucagon, que eleva o
nível de açúcar no sangue; e a
somatostatina, que modula a
secreção da insulina e glucagon.
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BAÇO• É uma massa amolecida de tecido linfático;
• Está localizado na parede póstero-lateral da cavidade
abdominal, imediatamente abaixo do diafragma.
• Largura ocupa 9ª a 11ª costela, mede cerca de 7cm;
• Normalmente impalpável;
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BAÇO
• Este órgão age como parte integrante do sistema linfático e
vascular. Elimina microorganismos patogênicos (fabrica anticorpos)
e pode destruir hemácias anômalas, alteradas ou envelhecidas.
• Ele também funciona como um filtro e um reservatório de
sangue
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RETROPERITÔNIO - RINS
• Formato de feijão;
• São retroperitoniais, ou posteriores aos conteúdos abdominais;
• Ficam bem protegidos pelas costelas e musculaturas
posteriores;
• Rim esquerdo, situa-se na altura da 11ª a 12ª costelas;
• Em virtude do posicionamento do fígado, o rim direito tem
situação 1 a 2 cm mais baixo que o rim esquerdo, e às vezes,
pode ser palpável;
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ANATOMIA DO ABDOME
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• AORTA – situa-se imediatamente à esquerda da linha média, na
parte superior do abdome;
• Desce por trás do peritônio [membrana serosa de parede dupla
que forra a parede abdominal (peritônio parietal) e as vísceras
(peritônio visceral)] e, 2 cm abaixo do umbigo, bifurca-se nas
artérias ilíacas comuns direita e esquerda;
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AORTA –
• Palpa-se a pulsação aórtica na parte superior da parede
abdominal anterior. As artérias ilíacas direita e esquerda
transformam-se nas artérias femorais na região inguinal;
• Pulsações facilmente palpadas entre crista ilíaca ântero-superior
e a sínfise pubiana;
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Suprimentos sanguíneos do TGI
• O TGI recebe sangue das artérias que se originam ao longo da
totalidade do comprimento das Aortas torácica e abdominal;
• Artérias: gástrica (oxigênio e nutrientes são supridos para o
estômago) e mesentérica superior e inferior (intestino);
• Sangue é drenado, a partir desses órgãos por veias que se
unem, de modo a formar a veia porta;
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Divisões semiológicas
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33
CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
• LACTENTES E CRIANÇAS;
- Fígado ocupa um espaço proporcionalmente maior no abdome
ao nascer do que em anos posteriores;
- Nos recém-nascidos normais a termo, a borda hepática inferior
pode ser palpada 0,5 - 2,5cm abaixo da reborda costal direita;
- A bexiga urinária tem uma localização mais alta no abdome do
que no adulto;
- No início da infância, a parede abdominal é menos musculosa e,
portanto, torna-se mais fácil a palpação dos órgãos; 34
CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
• GESTANTE;
- Náuseas e vômitos ou “enjôo matinal” são sinais precoces de
gravidez em 50 a 75% das gestantes;
- Causa desconhecida, mas pode está relacionada a alterações
hormonais;
- “Indigestão ácida” ou “azia” (pirose), causada pelo refluxo
esofagiano;
- A motilidade gastrintestinal diminui, o que prolonga o tempo de
esvaziamento gástrico;
35
CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
• GESTANTE;
- A constipação e o aumento da pressão venosa na pelve inferior
podem provocar hemorróidas (veias dilatadas no ânus que
podem se exteriorizar, causando dor e sangramento);
- O útero aumentado desloca o intestino para cima e para trás.
Os ruídos intestinais diminuem;
- As alterações cutâneas no abdome, como estrias e a linha
nigra;
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CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
GESTANTE;
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CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
• IDOSO;
- Acúmulo de gordura na região suprapúbica em mulheres, em
decorrência da redução dos níveis de estrogênio;
- Homens também podem evidenciar alguns depósitos de
gordura na área abdominal
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CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
• IDOSO;
- Ao passar dos anos, o tecido adiposo é redistribuído no
sentido do abdome e dos quadris, afastando-se do rosto e
extremidades;
- A salivação diminui, o que faz com que a pessoa apresente a
boca seca e redução do sentido do paladar;
- Ocorre um retardo no esvaziamento esofagiano – o risco de
aspiração pode aumentar;
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CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
• IDOSO;
- O tamanho do fígado diminui com a idade, mas a função
permanece. O metabolismo hepático de fármacos e drogas é
prejudicado, em parte devido a uma redução de 55 a 60% do
fluxo sanguíneo hepático entre 60 e 80 anos;
- Essas alterações são clinicamente significativas, pois o
metabolismo hepático mais lento aumenta a incidência de efeitos
colaterais;
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CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
• IDOSO;
- Pessoas idosas com frequência referem constipação.
41
CONSIDERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
• IDOSO;
- Dentre os idosos realmente constipados, contata-se que dois
terços apresentam uma diminuição do trânsito no cólon distal e
um retardo no esvaziamento retal;
* Causa – redução da atividade física, consumo insuficiente de
água, dieta pobre em fibras, efeitos colaterais de
medicamentos....
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• A entrevista com o paciente, antes da realização do exame do
abdome, assim como de qualquer outro segmento corporal é de
extrema importância para a obtenção dos dados que fornecerão
subsídios a serem relacionados com os demais achados clínicos;
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INFORMAÇÕES SUBJETIVAS
• Apetite;
• Disfagia;
• Intolerância alimentar;
• Dor abdominal;
• Náuseas/vômitos;
• Hábitos intestinais;
• História abdominal pregressa;
• Medicamentos;
• Avaliação nutricional.
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• As queixas atuais do paciente devem ser investigadas de forma
minuciosa, incluindo início, duração e intensidade dos sintomas,
sendo fundamental que o entrevistador questione fatores que as
exarcebam ou inibem
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APETITE/DISFAGIA
• Alterações de apetite;
• Perda de apetite;
• Alterações de peso;
• Quantidade de quilos ganhos ou perdidos;
• Quando começou a perder peso;
• Dietas;
• Dificuldade para engolir (disfagia) e desde quando;
• Sialorréia ou ptialismo – frequência e fatores desencadeantes
da produção excessiva de saliva;
• Soluço;
• Pirose ou azia;
• Eructação;
• Dispepsia;
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• O soluço resulta de um estímulo involuntário de músculos
relacionados com a respiração, principalmente o diafragma,
levando a uma inspiração rápida e curta, não sincronizada com o
ciclo respiratório;
• Possíveis causas:
►Distensão gástrica pela ingesta de bebidas com gás
(refrigerantes), ► deglutição de ar ou alimentação em grande
volume, ► mudanças súbitas de temperatura de alimentos
ingeridos ou mesmo da pele (sauna-ducha gelada), ► ingesta de
álcool
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• Pirose ou azia – Sensação de queimação, relaciona-se a
ingestão de alimentos, refeições copiosas...; Quando persistente,
em região epigástrica, pode suspeitar de doença cardíaca;
• Eructação – regurgitação de ar
• Dispepsia – Sensação de plenitude gástrica, indigestão, relação
com a ingestão de determinado tipo ou quantidade de alimentos
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INTOLERÂNCIA ALIMENTAR
• Alimentos que não consegue comer;
• Manifestações de intolerância: reação alérgica, azia,
eructação, distensão abdominal e indigestão;
• Uso de antiácidos e em que frequência;
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DOR ABDOMINAL
• Existência e localização da dor;
• A dor se desloca ou tem um ponto fixo;
• Como e quando começou a dor;
• Dor constante ou esporádica? Quando?
• Relação da dor com refeições e momento de pico;
• Características da dor – cólica, queimação, como uma
facada?;
• Aliviada ou piora por alimentos;
• Associadas a – estresse, cansaço, náuseas, vômitos, gases,
febre, secreção vaginal ou peniana?;
• Alternativas de alívio da dor – repouso, saco de água quente,
mudança de posição, medicamentos;
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NÁUSEAS/VÔMITOS
• Frequência, quantidade;
• Aspecto;
• Cor (hematêmese);
• Cheiro;
• Fatores associados: cólica, diarréia, febre, calafrios;
• Alimentação nas últimas 24 horas, local, mais alguém na
família que apresentou os mesmos sintomas?;
51
HÁBITOS INTESTINAIS• Frequência de evacuação;
• Cor;
• Consistência;
• Diarréia;
• Constipação;
• Frequência de alterações;
• Uso de laxantes? Investigar tipo e frequência;
• Melena (fezes escurecidas – hemorragia de porção alta do
intestino); Enterorragia (fezes avermelhadas – hemorragia de
porção final do intestino);
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HISTÓRIA ABDOMINAL PREGRESSA
• História de doença abdominal: úlcera, doença vesicular,
hepatite, icterícia, apendicite, colite, hérnia;
• Cirurgia pregressa, tipo;
• Complicações cirúrgicas;
• Exames radiológicos do abdome e resultados.
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MEDICAMENTOS
• Medicamentos;
• Etilismo – diariamente, semanalmente, última vez;
• Tabagismo – quantos? Frequência?
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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
• Descrição da dieta;
POSIÇÃO PARA EXAME ABDOMINAL
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PREPARAÇÃO
- A iluminação deve incluir uma luz forte de cima para baixo e um
foco secundário;
- Exponha o abdome, tornando-o completamente visível; cubra
genitália e as mamas femininas;
•Esvaziar a bexiga, exceto se for necessária amostra de urina;
•Mantenha o recinto aquecido, para evitar calafrios e tensão
muscular;
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PREPARAÇÃO
● Posicione a pessoa em decúbito dorsal, com a cabeça em um
travesseiro, os joelhos dobrados ou sobre um travesseiro e os
braços ao lado do corpo ou cruzados à frente do tórax;
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PREPARAÇÃO
● Para evitar tensão abdominal, o diafragma do estetoscópio deve
estar aquecido, as mãos devem estar quentes e as unhas
cortadas;
● Indague sobre regiões dolorosas. Examine essas regiões por
último, para evitar defesa muscular;
● Métodos de distração: Aumente o relaxamento muscular com
exercícios respiratórios, apelos emotivos, voz baixa e
tranquilizadora, peça ao paciente para contar história do seus
problemas abdominais enquanto estiver fazendo a palpação;
INSPEÇÃO
• Contorno abdominal – descreve o estado nutricional e,
normalmente, varia de achatado a arredondado;
• Determine o perfil desde o rebordo costal até o osso púbico;
• Simetria – lanterna iluminando perpendicularmente o abdome e,
depois, paralelamente o corpo do paciente; Observe
abaulamentos, massas visíveis ou formatos assimétricos;
•Inspecione o paciente de ambos os lados e verifique simetria;
•Hérnia – protusão das vísceras abdominais através da abertura
anormal na parede muscular;
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INSPEÇÃO
• Simetria –
-Peça a pessoa para respirar fundo, destaca ainda mais qualquer
alteração – o abdome deve manter-se liso e simétrico;
- Ou peça a pessoa para sentar-se sem utilizar as mãos - Podem
aparecer hérnia, hepatomegalia, esplenomegalia
(visceromegalias);
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INSPEÇÃO
• Umbigo – Normalmente, localiza-se na linha média e é invertido,
sem sinais de alteração de cor, inflamação ou hérnia. Pode ficar
evertido ou destacado na gravidez.
• Eversão (ascite, hérnia), profundamente deprimido na obesidade,
Coloração periumbilical azulada na hemorragia intra-abdominal
(sinal de Cullen);
60
61
INSPEÇÃO
• Pele – Superfície lisa e uniforme, com coloração homogênea;
Boa região para avaliar pigmentação, pois costuma ficar protegida
do sol;
Estrias (lineae albicantes) – marcas branco-acinzentadas – ocorre
quando as fibras eláticas da pele são rompidas após um
estiramento rápido ou prolongado – gestação, obesidade;
Estrias recentes são róseas ou azuis, passando a adquirir cor
branco-prateada;
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INSPEÇÃO
• Pele – Pode ser identificada ascite (pele distendida e brilhosa,
hérnias); icterícia;
• Áreas maculares ou papulares acastanhadas
•Cicatriz cirúrgica alerta para a possível presença de aderências e
de tecido fibrótico;
63
INSPEÇÃO
64
INSPEÇÃO
8 cm
Cicatrizes- localização- tamanho
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INSPEÇÃO
• Pele – veias em geral não são visíveis, mas uma fina rede
venosa pode ser observada em pessoas magras;
•Veias proeminentes e dilatadas são vistas na cirrose, ascite...
• Bom turgor cutâneo reflete uma nutrição saudável; pince
suavemente uma prega da pele; em seguida libere-a para verificar
se há retorno imediato da pele à posição original;
•O turgor deficiente na desidratação, frequentemente acompanha
doenças gastrintestinais;
66
INSPEÇÃO
• Pulsação ou movimento – Pulsações da aorta podem ser vistas
debaixo da pele na região epigástrica, em especial em pessoas
magras com um bom relaxamento da parede abdominal;
• Os movimentos respiratórios podem ser percebidos no abdome,
principalmente nos homens;
• Podem ser perceptíveis ondas peristálticas em pessoas muito
magras;
67
INSPEÇÃO
• Pulsação ou movimento – Pulsação acentuada da aorta
(hipertensão, insuficiência aórtica...);
• Peristalse acentuada e visível associada a distensão abdominal
indica obstrução intestinal;
• Distribuição de pêlos – distribuição de pêlos pubianos
•Padrões alterados por anormalidades endócrinas ou hormonais
68
INSPEÇÃO
• Postura – Relaxada, expressão facial tranquila e respirações
lentas e regulares;
•Inquietação e mudança constante de posição para encontrar
conforto ocorre na dor em cólica da obstrução intestinal;
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INSPEÇÃO - contorno
70
GLOBOSO
71
INSPEÇÃO - contorno
PLANO
72
INSPEÇÃO - contorno
SALIENTE
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INSPEÇÃO - contorno
INSPEÇÃO
Contorno abdominal
Abdome protuberante – obesidade, gestação,
ascite ou distensão abdominal;
Abdome arredondado – pessoa com musculatura
flácida ou excesso de gordura;
74
INSPEÇÃO
Contorno abdominal
Abdome em Avental-
Obesidade grave;
75
INSPEÇÃO
Contorno abdominal
Abdome Escavado
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Cicatriz abdominal
Cicatriz cirúrgica
Hérnia umbilical
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AUSCULTA ABDOMINAL
• Ordem invertida, pois a percussão e palpação podem
aumentar a peristalse e fornecer falsa interpretação dos
ruídos intestinais;
78
AUSCULTA ABDOMINAL
• Use o diafragma do estetoscópio;
• Mantenha o estetoscópio levemente pressionado sob a pele,
comprimí-lo em demasia pode estimular ainda mais os ruídos
intestinais;
• Inicie a ausculta no QID, na região da válvula ileo-cecal –
região que sempre existem ruídos intestinais;
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RUÍDOS INTESTINAIS
• Observe características e frequência;
• Originam-se com a movimentação de ar e líquidos através do
intestino delgado;
• Dependendo do intervalo decorrido da última refeição, pode
haver uma ampla variação dos ruídos normais;
• São irregulares, com frequência entre 05 e 30 ruídos por
minuto;
• Os ruídos intestinais tem uma tonalidade aguda;
80
RUÍDOS INTESTINAIS
• Não é necessária a contagem; avalie se são normais, hipo
(acompanha cirurgias abdominais ou inflamação do peritônio) ou
hiperativos (altos, que assinala um aumento da motilidade);
• Hiperperistaltismo que você sente quando o estômago “ronca” –
Borborigmo;
• É necessário auscultar por 5 minutos, antes de ser comprovada
a ausência completa de ruídos intestinais;
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RUÍDOS VASCULARES
- Presença de ruídos ou frêmitos vasculares;
- Utilizando uma compressão mais firme, examine as regiões
sobre a aorta e as artérias renais, ilíacas e femorais,
principalmente em pessoas com hipertensão;
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RUÍDOS VASCULARES
- O sopro sistólico é um ruído pulsátil que ocorre na estenose
ou oclusão de uma artéria;
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ARTÉRIA AORTA
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PERCUSSÃO
• Timpanismo;
• Tamanho do fígado;
• Macicez esplênica;
• Hipersensibilidade do ângulo costovertebral;
• Piparote;
• Macicez de decúbito;
• Utilizamos a percussão do abdome para avaliar a densidade
relativa dos conteúdos abdominais, localizar órgãos e avaliar a
presença de possíveis líquidos ou massas anormais.
85
Sons podem ser evidenciados no 
processo de percussão abdominal
SOM INTENSIDADE ÓRGÃO PODE ESTAR 
RELACIONADO
TIMPÂNICO ALTA ESTÔMAGO GASES INTESTINAISE BOLHAS DE AR 
ESTOMACAIS
SUBMACICEZ LEVE A MODERADA FÍGADO
BAÇO
BEXIGA
ÚTERO GRAVÍDICO
EM FLANCOS,
PROTUBERÂNCIAS 
PODEM SUGERIR 
ASCITES
HIPERTIMPANISMO 
DIFUSO
ALTA EM TODA 
EXTENSÃO 
ABDOMINAL
OBSTRUÇÃO 
INTESTINAL
86
TIMPANISMO
• Percuta suavemente os quatro quadrantes, para determinar a
quantidade de timpanismo e macicez existente;
• O timpanismo deve predominar – ar intestinal sobe para a
superfície quando a pessoa está em decúbito dorsal;
• Ocorre macicez sobre a bexiga distendida, tecido adiposo,
líquido ou massas;
• O hipertimpanismo está presente na distensão gasosa.
87
88
TAMANHO DO FÍGADO
• O tamanho do fígado no adulto varia de 6 a 12 cm;
• A altura do fígado está relacionada com a altura da pessoa;
quanto mais alta a pessoa, maior é o fígado;
• Os homens têm o fígado maior do que as mulheres da mesma
altura;
• Em geral, mede 10,5 cm no homem; 7 cm nas mulheres;
– Amplitude aumentada do fígado – hepatomegalia;
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TAMANHO DO FÍGADO
• Percuta para determinar o limite de determinados órgãos;
• Para determinar o tamanho do fígado inicie na região pulmonar
baixo até o som transformar-se em maciço (linha hemiclavicular
direita – linha entre articulações acromioclavicular e
esternoclavicular);
• Assinale o local onde ocorreu esta mudança, geralmente quinto
espaço intercostal;
• Em seguida, localize o timpanismo abdominal e percuta a linha
hemiclavicular no sentido cefálico, marcar onde o som mudou de
timpânico para maciço, normalmente no rebordo costal direito;
90
91
92
TAMANHO DO FÍGADO
• Variação percebida em pessoas com enfisema crônico – fígado
é deslocado para baixo pelos pulmões insuflados;
• É possível ouvir som maciço bem abaixo do rebordo costal
direito, o tamanho global do fígado é mantido nos limites de
normalidade;
• Enfisema Pulmonar - Doença crônica - tecidos dos pulmões são
gradualmente destruídos, tornando-se hiperinsuflados (muito
distendidos) – Destruição nos alvéolos, compromete a troca
gasosa - Dispnéia para realizar tarefas ou exercitar-se;
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TAMANHO DO FÍGADO
• Percussão Direta – Golpear rapidamente a superfície corporal
com o dedo indicador, às vezes é mais sensível a modificações de
tonalidade e vibração do que o método tradicional de percussão
indireta;
• A estimativa, à beira do leito, do tamanho do fígado pelo
método de percussão direta é comprovadamente tão precisa
quando o exame ultra-sonográfico;
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• TESTE DA ARRANHADURA/ ESCARIFICAÇÕES – Definir a
borda hepática quando o abdome estiver estendido ou a
musculatura abdominal estiver tensa;
• Colocar o estetoscópio sobre o fígado – com a unha de um dos
dedos, arranhe levemente várias vezes o abdome, iniciando no
QID e subindo no sentido do fígado;
– Som amplificado – limite entre uma víscera oca e uma sólida;
• Evidencias mostraram que não existe nenhuma correlação
entre a borda do fígado determinada pela ausculta das
escarificações e a verdadeira borda do fígado determinada
pela ultrassonografia.
95
96
MACICEZ ESPLÊNICA
• Frequentemente, o baço está escondido pelos conteúdos
estomacais;
• É possível localizá-lo pela percussão da macicez entre o 9º e
o 11º espaços intercostais, por trás da linha hemiaxilar esquerda;
• Uma nota de percussão à frente da linha hemiaxilar indica
esplenomegalia (trauma, infecção);
97
MACICEZ ESPLÊNICA
• Percuta, agora, o espaço intercostal mais baixo na linha axilar
anterior esquerda – observado som timpânico;
• Peça a pessoa para respirar fundo – normalmente, o
timpanismo permanece durante toda a inspiração;
• Nessa região (linha axilar anterior) – uma modificação de
percussão timpânica para maciça na inspiração profunda
constitui sinal de percussão esplênica positivo –
esplenomegalia;
98
99
HIPERSENSIBILIDADE DO ÂNGULO 
COSTOVERTEBRAL
• A percussão indireta faz com que os tecidos vibrem;
• Para avaliar o rim coloque uma mão sobre a 12ª costela no
ângulo costovertebral nas costas;
• Golpeie esta mão com a borda ulnar do outro punho – a
pessoa normalmente sente uma pancada, porém não relata dor;
• Ocorre dor aguda na inflamação renal ou da região
paranéfrica;
100
101
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
• Eventualmente, você pode suspeitar que uma pessoa tenha
ascite (líquido na cavidade peritoneal), ao perceber distensão
abdominal, abaulamentos ou protusão do umbigo para baixo;
• Para diferenciarmos a ascite da distensão gasosa podemos
utilizar o teste de piparote e da macicez de decúbito;
• A ascite ocorre na insuficiência cardíaca congestiva,
hipertensão portal, cirrose, hepatite, pancreatite e câncer.
102
PIPAROTE
• Fique de pé à direita do paciente;
• Posicione a borda ulnar da mão de outro examinador ou do
próprio paciente firmemente sobre a linha média do abdome
(interrompe a transmissão do golpe que está por vir através da
pele);
• Coloque sua mão esquerda no flanco D do paciente;
• Com a mão direita chegue ao outro lado do abdome e dê um
golpe firme no flanco E;
103
PIPAROTE
• Observe se o golpe gerou uma onda líquida que percorre o
abdome;
• Se o abdome estiver distendido por gases, não perceberá
alteração alguma;
104
ASCITE
105
• Percussão para pesquisar macicez de decúbito;
• Pessoa em decúbito dorsal – líquido ascítico acomoda-se nos
flancos, pela ação da gravidade, deslocando-se para cima o ar;
• Escuta som timpânico ao percurtir o topo do abdome, pois as
alças intestinais estão com ar;
• Percurtir mais abaixo na parede abdominal – se houver líquido
– som muda de timpânico para maciço;
106
MACICEZ DE DECÚBITO
107
• Vire o paciente para o lado direito (em direção a você) –
líquido gravitará para baixo, deslocando-se para cima as alças
intestinais mais leves;
• Percussão de cima para baixo – som muda de timpânico para
maciço;
• MACICEZ DE DECÚBITO – positiva nos grande volumes de
ascite – não detecta menos de 500 ml de líquido;
• EXAME DIAGNÓSTICO DEFINITIVO – ULTRA-
SONOGRÁFICO;
108
MACICEZ DE DECÚBITO
109
MACICEZ DE DECÚBITO
110
PALPAÇÃO
• Avalia o tamanho, localização e consistência de determinados
órgãos e verificar massas ou sensibilidade anormais;
• Maioria dos pacientes tende naturalmente a proteger o
abdome, sendo assim, é preciso usar métodos adicionais para
garantir um relaxamento muscular completo;
111
PALPAÇÃO
• Dobre os joelhos do paciente;
• Mantenha a mão que realiza a palpação abaixada próximo ao
abdome para pessoa ficar menos tensa;
• Ensine a pessoa a respirar lentamente (inspirar pelo nariz e
expirar pela boca);
• Mantenha a voz baixa e suave – conversar relaxa;
• Tente apelos emotivos – “Imagine que está cochilando na
praia...”;
112
PALPAÇÃO
• Em pessoas que sentem muitas cócegas, mantenha a mão da
pessoa sob suas mãos com seus dedos curvados sobre os
dedos dela (a maioria das pessoas não provoca cócegas em si
mesmas);
• Realizar a palpação após a ausculta – mantenha o
estetoscópio no local e coloque os dedos em torno dele,
palpando enquanto finge auscultar - pessoas não consideram o
estetoscópio como fonte de cócegas) – pode retirar o
estestocópio quando a pessoa se acostumar a ser tocada;
113
PALPAÇÃO SUPERFICIAL
• Com os quatro primeiros dedos juntos comprima a pele em
cerca de 01 cm;
• Faça movimentos rotatórios suaves, deslizando os dedos e a
pele;
• Em seguida, levante os dedos e movimente-os no sentido
horário até o próximo ponto do abdome;
• Na palpação superficial podemos encontrar defesa muscular,
rigidez, grandes massas e hipersensibilidade.
114
PALPAÇÃO SUPERFICIAL
• Função da palpação superficial – não é pesquisar órgãos, mas
compor uma impressão global da superfície cutânea e damusculatura superficial;
• Por último, examine regiões identificadas como doloridas;
115
PALPAÇÃO PROFUNDA
• Utilize a mesma técnica da palpação superficial, porém
comprimindo o abdome em 05 a 08 cm;
• Explore todo o abdome;
• Use a técnica bimanual em abdomes obesos e muito grandes;
• Coloque uma das mãos sobre a outra;
• A mão de cima faz a compressão, a de baixo fica relaxada e
pode concentrar-se no sentido da palpação;
116
OBSERVE:
• Localização;
• Tamanho;
• Consistência;
• Mobilidade;
• Megalias;
• Hipersensibilidade;
• Massas anormais.
117
118
119
PALPAÇÃO
• Caso identifique massas abdominais, primeiro distinga-a de
estruturas normalmente palpáveis ou de uma organomegalia, em
seguida, pesquise:
1. Localização;
2. Tamanho;
3. Formato;
4. Consistência ( mole, firme, dura );
5. Superfície ( lisa, nodular)
6. Mobilidade;
7. Pulsatilidade;
8. Hipersensibilidade.
120
PALPAÇÃO DO FÍGADO
• Palpe o fígado no QSD;
• Coloque a mão esquerda sob as costas da pessoa, paralela a
11ª e 12ª e eleve-a para apoiar os conteúdos abdominais;
• Coloque a mão direita no quadrante superior direito com os
dedos paralelos à linha média;
• Empurre para dentro o abdome e a região abaixo do rebordo
costal D;
121
PALPAÇÃO DO FÍGADO
• Peça ao paciente para respirar profundamente – é normal
sentir a borda hepática sob os dedos das mãos enquanto o
diafragma profundamente é empurrado para baixo durante a
inspiração;
• Com frequência, o fígado é impalpável e não se sente
qualquer estrutura firme;
122
Salvo em situações de
depressão do diafragma, a
palpação do fígado além de 1 a 2
cm do rebordo costal D indica
Hepatomegalia – anote o n. em
cm e avalie consistência e
sensibilidade;
TÉCNICA DA MÃO EM GARRA
• Método alternativo de palpação hepática;
• Fique de pé à altura do ombro do paciente;
• Vire seu corpo para a direita, no sentido dos pés da pessoa;
• Coloque a mão por baixo do rebordo costal de baixo para
cima;
• Peça para o paciente inspirar;
• Tente palpar a borda hepática por baixo dos dedos.
123
124
125
PALPAÇÃO DO BAÇO
• O baço geralmente é impalpável;
• Coloque a mão esquerda sobre o abdome e por trás do lado
esquerdo na altura da 11ª e 12ª costelas;
• Faça força para cima para apoiar;
• Coloque a mão D obliquamente no QSE com os dedos
apontando no sentido da axila E e logo abaixo do rebordo costal;
126
PALPAÇÃO DO BAÇO
• Comprima a mão profundamente para baixo e por sob o rebordo
costal E e solicite ao paciente que inspire profundamente;
• Talvez você não sinta nenhuma estrutura firme;
• Esplenomegalia – Descreva o número de extensão do baço
abaixo do rebordo costal esquerdo;
• Baço aumentado – desliza para fora e faz contato com a ponte
dos seus dedos – crescimento do órgão chega aos quadrantes
inferiores;
127
128
PALPAÇÃO DO BAÇO
• Alternativa – virar o paciente para a direita, deslocando o baço
para a frente e para baixo – em seguida, palpe como descrito
anteriormente;
129
PALPAÇÃO DOS RINS
• Pesquisa ao rim direito – mãos juntas em posição de “bico de
pato” no flanco direito da pessoa;
• Comprima as duas mãos juntas com firmeza e peça ao paciente
para inspirar profundamente (precisa de palpação mais profunda
do que no caso do fígado ou baço);
• Na maioria das pessoas, nada será palpado;
• Ocasionalmente, percebe-se pólo esquerdo do rim D como
massa redonda e lisa, que desliza entre os dedos;
130
PALPAÇÃO DOS RINS
• O rim E não é palpável – pesquise-o colocando a mão E
atravessando o abdome e por trás do flanco E;
• Com a mão D, faça uma compressão profunda no abdome e
solicite a paciente para respirar profundamente;
• Não deve-se perceber alteração alguma com a inspiração;
131
132
133
PALPAÇÃO DA AORTA
• Palpe a pulsação aórtica na região superior do abdome, um
pouco à esquerda da linha média;
• Normalmente a aorta tem uma largura de 2,5 a 4 cm em
adultos;
• A pulsação é na direção anterior;
• A pulsação está aumentada no aneurisma.
134
135
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SINAL DE BLUMBERG
• Avalie a presença de descompressão dolorosa, quando a pessoa
referir dor abdominal (apendicite) ou quando a palpação revelar
hipersensibilidade – escolher local afastado da região dolorosa;
• Mão perpendicular (90°) ao abdome - Comprima o abdome lenta
e profundamente, em seguida libere a mão rapidamente;
• Isso ajuda com que as estruturas recuadas pela palpação sejam
descomprimidas subitamente;
137
SINAL DE BLUMBERG
• Realize esse teste ao final do exame, pois ele pode causar dor
intensa e rigidez muscular;
• Resposta normal – ausência de dor;
138
139
TESTE DE MURPHY
• Normalmente, não causa dor;
• Pessoas com inflamação na vesícula, causa dor;
• Mantenha os dedos sob o rebordo hepático;
• Peça ao paciente para inspirar profundamente;
• Quando positivo o paciente sente uma dor aguda, à medida que
o fígado empurra a vesícula para baixo no sentido da mão do
examinador;
140
TESTE DO MÚSCULO ILIOPSOAS
• Realizado em suspeita de dor abdominal aguda por apendicite
(Músculo iliopsoas está inflamado quando ocorre perfuração do
apêndice);
• Com o paciente em decúbito dorsal, eleve a perna D reta,
fletindo-a no quadril;
• Pressione para baixo a região inferior da coxa D, enquanto a
pessoa tenta manter a perna esticada e elevada;
• Teste negativo – a pessoa não sente alteração;
141
142
TESTE DO OBTURADOR
• Também realizado na suspeita de apendicite (apêndice
perfurado irrita o músculo obturador);
• Decúbito dorsal;
• Eleve a perna direita, fletindo-a na altura do quadril e em 90º
na altura do joelho;
• Segure o tornozelo e gire nos sentidos interno e externo.
143
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HÉRNIA EPIGÁSTRICA
145
HÉRNIA INGUINAL
146
HÉRNIA UMBILICAL
147
GLOSSÁRIO
• Pirose;
• Hematêmese;
• Melena;
• Enterorragia;
• Hepatomegalia;
• Esplenomegalia;
• Sinal de blumberg;
• Constipação;
• Diarréia;
• Epigastralgia;
• Ascite;
148
GLOSSÁRIO
• Icterícia;
• Hérnia;
• Atrito peritoneal;
• Ruídos hipoativos;
• Ruídos hiperativos;
• Sinal de murphy;
• Organomegalias.
149
Processo de Enfermagem
• Diarreia relacionada à oferta nutricional inadaptada/processo
infeccioso/caracterizada por aumento dos movimentos
peristálticos/volume de fezes presentes em fralda nas últimas
4h/odor forte;
• Risco de choque relacionado à perda de líquidos (volêmica);
• Nutrição desequilibrada – menos do que as necessidades
corporais relacionadas à inadequação da dietoterapia
ofertada caracterizada por inapetência/emagrecimento;
• Dor relacionada à procedimento cirúrgico/processo
patológico/doença de trato digestivo alto e/ou baixo,
caracterizada por sudorese/palidez/escalas faciais;
150
Cuidados
• Intensificar a troca de fraldas e higienizações do cliente – sempre
que houver evacuações e sempre que necessário;
• Instalar pausa em dieta (4/4h) durante as 24h;
• Monitorar resíduo gástrico;
• Acionar componente da equipe multidisciplinar – nutricionista, a
fim de orientar sobre prescrição (gotejamento) de dieta;
• Levantar os hábitos alimentares do cliente tentando promover
adequação da dieta fornecida pela instituição;
• Monitorar a dor do cliente (avaliação contínua/escalas faciais);
• Orientar e preparar o cliente sobre a realização de exames de
imagem;
• Outros cuidados.
151
Referências
• ALVARO-LEFREVE, Rosalinda. Aplicação do processo de enfermagem: promoção do
cuidado colaborativo. 5. ed. Porto Alegre: Artmed 2005.
• ANDRIS, Debora A. et al. Semiologia: bases para a prática assistencial. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan,2006. ATKINSON, L.D. e MURRAY, M.E. Fundamentos
de Enfermagem. Introdução ao Processo de Enfermagem. Rio de Janeiro,
Guanabara, 2008.
• BARROS e COLS. Anamnese e exame e exame físico. 2. ed. Porto Alegre: Artmed:
2009.
• BRAGA, Muriele Picoli et al. Inibidores da bomba de prótons: Revisão e análise
farmacoeconômica. Saúde (Santa Maria), Ahead of Print, v.37, n.2, p. 1932, 2011.
Disponível em: http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-
2.2.2/index.php/revistasaude/article/viewFile/2963/2655. Acesso em Abril, 2016.
• MORETE, Márcia Carla; MINSON, Fabíola Peixoto. Instrumentos para a avaliação da
dor em pacientes oncológicos/Tools for pain evaluation in cancer patients. Rev.
dor; 11(1) jan.-mar. 2010. Disponível em:
http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-562434 Acesso em Abril, 2016.
152

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