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GOTA patologia

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO RENE BARBOUR
FACULDADE DE ARQUITETURA E ENGENHARIAS
CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
DISCIPLINA: FNH
DOCENTE: DR. FABIO BROOD
GOTA
BARRA DO BUGRES-MT
JANEIRO/2018
Sumário
1. INTRODUÇÃO O4
2. EPEDIMIOLOGIA E FATORES DE RISCO 5
3. PATOGÊNESE 6
4. DIAGNÒSTICO 6
5. TRATAMENTO 7
6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 27
 
RESUMO
 Gota é uma artrite inflamatória que atinge predominantemente à população, em especial homens de meia-idade. Diversos fatores favorecem o ataque de gota: trauma, excesso alimentar rico em purinas, medicamentos tiazídicos (diuréticos), bebidas alcoólicas, intervenções cirúrgicas. Medidas coadjuvantes terão que ser prescritas como dieta, redução de peso e controle permanente de litíase renal ou insuficiência, caso se instale.
 
INTRODUÇÃO
A gota é uma doença caracterizada pelo acúmulo de cristais de urato monossódico (UM) no tecido sinovial, em articulações e nos tecidos periarticulares, que leva a um processo inflamatório independentemente da presença ou ausência de manifestações clínicas. Está associada à hiperuricemia. Os cristais de (UM) são a forma sólida do acido úrico ao qual é o produto final do metabolismo das purinas. O metabolismo de purinas dá origem ao acido úrico, composto orgânico cuja formula química é C5H4N4O3 muito encontrada na urina. As purinas são resultado da repartição de mononucleotideos, derivados das bases nitrogenadas que compõem o ADN e o ARN. O ácido úrico circulante na corrente sanguínea mantém seus níveis fisiológicos em concentrações próximas de 6,0 mg/dL, o excedente é eliminado pelos rins (AZEVEDO et al 2017); (FERNANDES, 2016)
As manifestações de gota podem ocorrer em três fases: crises agudas; período Inter crítico, que é assintomático e de duração variada; artropatia crônica, que é o estágio mais avançado que é definido por crises múltiplas e/ ou continuas. Muitos fatores podem provocar as crises agudas de gota, inclusive a ingestão de álcool, estresse metabólico. Uma crise é iniciada quando os macrófagos, presentes no liquido sinovial, fagocitam cristais, iniciam ao processo inflamatório (AZEVEDO et al 2017). 
EPIDEMIOLOGIA E FATORES DE RISCO
De acordo com (NOVAES, 2008), a gota é uma doença predominante na população e que apresenta um continuo aumento de sua incidência. É mais frequente em homens de todas as idades, e aumenta com o envelhecimento e na população negra. Entre os fatores de riscos estão a idade; sexo masculino; etnia negra com maior incidência de gota (talvez pela maior presença de hipertensão arterial); hiperuricemia; obesidade; dieta rica em purinas; resistência à insulina; diabetes; ingestão alcoólica; medicamentos (diuréticos) e doenças associadas (comorbidades), como síndrome metabólica, hipertensão arterial, cálculos renais, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
PATOGÊNESE 
O acido úrico é um ácido fraco (pKa 5,8) que existe largamente como urato, a forma ionizada, em pH fisiológico. A quantidade de urato no organismo é a conseqüência do balanço entre a ingesta dietética, a síntese endógena e a taxa de excreção. A causa da gota está ligada tanto a fatores genéticos quanto ambientais, mas tem sido observado que também está relacionado com os hábitos de vida e com a dieta rica em gorduras, tomate e extrato de tomate, caldo de carnes, leguminosas como: feijão, soja, grão de bico, lentilha, ervilha, espinafre, cogumelos, aspargo, couve-flor, amendoim, castanhas miúdos como: fígado, coração, língua, rim, frutos do mar, bebidas alcoólicas (PINHEIRO, 2008).
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico em pacientes com quadro suspeito de gota aguda, deve ser feito com base em exames laboratoriais, incluindo artrocentese, com contagem celular, Gram e cultura, e exame de cristais sob luz polarizada. A gota pode ser vinculada com outra doença articular, sendo assim necessária a avaliação do liquido sinovial (SANTOS 2016).
O liquido sinovial de pacientes com a gota é distinguido pela presença de cristais de acido úrico intra e extracelular, o liquido tende a ser inflamatório. Os exames laboratoriais podem demonstrar elevação da proteína C- reativa. Nos exames de imagem podem apresentar varias alterações: a radiografia tem sido usada para constatar a suspeita de gota. A tomografia computadorizada com dupla energia pode ser útil na identificação da concentração de acido úrico em diferentes locais, tais como os rins e as articulações (SANTOS 2016).
TRATAMENTO
De acordo com (AZEVEDO, 2017), o tratamento consiste no controle da crise aguda e terapia de longo prazo. Na crise aguda busca- se aliviar a dor, diminuir a inflamação e a incapacitação articular com agentes anti-inflamatórios não esteroidais, corticosteróides e na terapia a longo prazo o propósito é diminuir as concentrações de acido úrico circulantes e prevenir a formação de novos cristais de urato.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
AZEVEDO, Valderilio Feijó et al. Revisão crítica do tratamento medicamentoso da gota no Brasil. Revista Brasileira de Reumatologia Volume 57, Issue 4, July–August 2017, Pages 346-355. 
FERNANDES, Eloy De Avila et al. Aspectos relevantes do diagnóstico e seguimento por imagem na gota. Revista Brasileira de Reumatologia (English Edition), Volume 57, Issue 1, January–February 2017, Pages 64-72. 
NOVAES, Gilberto dos Santos. Gota. Rev. Fac. Ciênc.Méd. Sorocaba, v. 10, n. 2, p. 1 - 6, 2008. 
Pinheiro, Geraldo da Rocha Castelar. Revendo a Orientação Dietética na Gota. Rev Bras Reumatol, v. 48, n.3, p. 157-161, mai/jun, 2008. 
SANTOS, Felipe Dunin dos. Gota: uma revisão. Rev. Med. UFPR 3(1): 25-31, 2016.

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