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A Importância da Motivação no Ambiente Corporativo

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Motivação
Em “Aprendizagem: Teoria e Prática” de Nelson Piletti, o autor define o ato de motivar como “predispor o indivíduo para certo comportamento desejável naquele momento” (Piletti, 2013). O autor dedica um capítulo de sua obra para discorrer sobre o tema e suas principais teorias e utilização dentro do ambiente escolar. A aplicação dentro de ambientes corporativos, não se difere. 
Durante o período que acompanhamos a empresa, foi observado comportamentos que evidenciavam uma boa motivação intrínseca, e pouca motivação extrínseca. 
Como então sublimar essa pulsão em uma ação desejada para a empresa? Um estudo realizado por Estelle M. Morin e posteriormente transformado em um artigo “Os sentidos do trabalho”, coloca em pauta como principal desafio aos administradores entender o que o trabalho significa para o sujeito que o realiza; “É importante que a organização das tarefas e das atividades torne-se favorável à eficiência e que os objetivos visados e os resultados esperados sejam claros e significativos para as pessoas que o realizam” (Morin, 2001).
É nítida a importância que a pesquisadora projeta no fator motivacional.
A unidade que acompanhamos, não apresenta um plano de bonificações sobre as atividades realizadas por seus funcionários, o que contribui para o processo de mecanização – uma atividade automática, cronométrica –, e perca de sentido da atividade laboral – como em alguns comentários onde o desejo de deixar a empresa, mostrava-se latente.
Não foi apresentado um plano de ação para fomentar o tíquete médio de faturamento (comissão, premiação), sobre o oferecimento de produtos, considerados pela franqueadora, de “alto valor agregado”, isto é; serviços que apresentam um capital. Os assim chamados Vendedores, tem como “tarefa” vender. Essa postura mostra-se ineficiente, teorias da Psicologia como o behaviorismo radical de Skinner e a psicanálise de Freud – mesmo ambas operando em polos peculiares –, aprontam para importância da gratificação, a nível de comportamentos observáveis e inconscientes, respectivamente. 
Referenciando Piletti, novamente, “se não houver motivação, não haverá aprendizagem” (Piletti, 2013). Se não houver um bom investimento em um pacote de gestão de pessoas, não haverá resultados, tornando a atividade infrutífera, esgotadora e desinteressante. 
Entre os funcionários, as motivações são difusas o que evoca a presença da Psicologia nessa unidade, conforme Bock, “Na empresa ou na indústria, as relações de trabalho e o processo produtivo colocar-se-ão com a realidade principal do psicólogo” (Bock, 1994). Uma boa gestão de pessoas envolve a atuação da psicologia em parceria com a administração. 
Bibliografia
Piletti, N., Aprendizagem: teoria e prática, São Paulo: Contexto, 2013
Morin, E. M.; “Os sentidos do trabalho”, RAE-Revista de Administração de Empresas, v.14, nº03, Jul./Set. 2001.
Bock, A. M. B., Furtado, O., Teixeira, M. D. L. T., Psicologias: Uma introdução ao estudo da psicologia, São Paulo: Saraiva, 1994.

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