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Dieta do mediterrâneo Queli Caroline¹ Lívia Santos¹ Vanessa Nogueira¹ Renata Campos² CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE BACHARELADO EM NUTRIÇÃO NUTRIÇÃO BÁSICA II 1Discente do curso de Nutrição no Centro de Ciências da Saúde-UFRB. 2Docente do curso de Nutrição no Centro de Ciências da Saúde-UFRB. 1 HISTÓRICO A Dieta Mediterrânica teve a sua origem nos países banhados pelo Mar Mediterrâneo ou que por ele são influenciados(Itália, Espanha, Grécia, Egito, Líbia, Marrocos, Turquia e Líbano). Este padrão alimentar começou a ser descrito nos anos 50 e 60 do Século XX , sobretudo à luz do que se praticava em Creta, em outras regiões da Grécia e no sul de Itália. Fonte: Serra-Majem, et al. 2004. Ancel Keys Foi o investigador americano responsável pela divulgação da Dieta Mediterrânica, após realização de um estudo em diversos países do Mediterrâneo nos anos 50 (século XX), onde verificou que o aumento do aparecimento de doença coronária estava relacionado com um aumento do consumo de gorduras, sobretudo de gorduras saturadas. Verificou-se na bacia do Mediterrâneo onde, apesar do consumo elevado de gordura, o surgimento de enfartes do miocárdio era menor. Esta relação despertou o interesse do investigador, tendo concluído que se deveria ao fato de o tipo de alimentação e, entre outros aspectos, a gordura consumida nestes países ser o azeite. Fonte: Nestle, M.1995. ALIMENTAÇÃO ORIENTAL E OCIDENTAL Ocidental: Rica em gorduras; Alimentos processados; Doenças crônicas em geral. Oriental: Saudável; Rica em hortaliças, frutas; Alimentos que combatem doenças crônicas. Fonte: SU,P.2014. CARACTERÍSTICAS Fonte: Serra-Majem, et al.2004. Consumo baixo e pouco frequente de carnes vermelhas; Consumo de água e moderado consumo de vinho a acompanhar as refeições principais; Realização pratos simples e com os ingredientes nas proporções certas; Fazer as refeições em família ou entre amigos, promovendo a convivência entre as pessoas à mesa. CARACTERÍSTICAS Fonte: Serra-Majem, et al.2004. A dieta e a longevidade Baixo consumo de alimentos ricos em gordura saturada, como: Carnes vermelhas; Produtos lácteos gordurosos. Fonte: Serra-Majem, et al.2004. Baixo consumo de alimentos ricos em gordura saturada, como as carnes vermelhas e produtos lácteos gordurosos. Diminuindo assim, o risco de doenças crônicas não transmissíveis, aumentando a longevidade. 7 A DIETA Fonte: Fundação Dieta do mediterrâneo, 2010. Na base da pirâmide aparecem os alimentos de origem vegetal, que fornecem um conjunto alargado de nutrientes que ajudam a regular e proteger o organismo, proporcionando um bem-estar geral. Nos patamares superiores concentram-se os alimentos que devem ser consumidos em menor quantidade e frequência, existindo mesmo os alimentos que devem apenas aparecer na alimentação de forma ocasional ou em festividades. 9 Fonte: Bach-Faig A et al.2011 AO LONGO DO DIA Vinho tinto:Possui em sua composição uma alta quantidade de flavonóides (antioxidantes), o vinho tinto evita a formação de placas de gorduras na parte interna dos vasos sanguíneos, assim, diminui o risco de doenças cardiovasculares. 10 REFEIÇÕES PRINCIPAIS AZEITE Fonte: Bach-Faig A et al.2011 Frutas e hortaliças: Esses alimentos possuem grande quantidade de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes que iram ajudar a prevenir o câncer. Cereais:Fontes de carboidratos fornecem energia para o nosso organismo. 11 DIARIAMENTE Fonte: Bach-Faig A et al.2011 SEMANALMENTE Fonte: Bach-Faig A et al.2011 Oleaginosas: Fornecem as gorduras boas (mono e polinsaturadas), que ajudam a reduzir o colesterol. Possuem Vitamina E e Selênio, que apresentam importante ação antioxidante. Peixes:Ricos em ácidos graxos ômega – 3, proporcionados à nossa saúde diversos benefícios, como: diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral, redução da pressão arterial, ação anti-inflamatória, diminuição das taxas de triglicérides e colesterol total no sangue. 13 ASPECTOS POSITIVOS Baixo consumo de alimentos ricos em gordura saturada; Através do vinho, pode haver aumento de HDL; Alimentos com fontes de: Vitaminas; Minerais; Ácidos graxos mono e poli-insaturados; Fibras; Antioxidantes. Fonte: Bach-Faig A et al. 2011. Baixo consumo de alimentos ricos em gordura saturada, como as carnes vermelhas e produtos lácteos gordurosos. Diminuindo assim, o risco de doenças crônicas não transmissíveis, aumentando a longevidade. 14 ASPECTO NEGATIVO Ingestão do vinho, que, embora possuindo alta quantidade de flavonoides, evitando a formação de placas de gorduras nos vasos sanguíneos, não deve ultrapassar uma taça por dia. Fonte: Bach-Faig A et al. 2011. ASPÉCTOS FISIOLÓGICOS As frutas e hortaliças possuem muita quantidade de vitaminas e minerais, além de fibras e antioxidantes que ajudam a prevenir o câncer. Os cereais, por seu lado, são boas fontes de carboidratos, fornecendo energia ao organismo e, consumidos em sua forma integral, também são fontes de fibras, que auxiliam no trato intestinal. As leguminosas são excelente fonte de proteínas vegetais, diminuindo o nível de colesterol e prevenindo o surgimento de doenças cardiovasculares, enquanto que as oleaginosas fornecem gorduras boas e possuem vitamina E e selênio, com ação antioxidante. Fonte: Bach-Faig A et al. 2011. O baixo consumo de alimentos que possuem gordura saturada, como carnes vermelhas e gorduras, reduz o risco de doenças crônicas, aumentando a longevidade. Azeite de oliva: É rico em ácido graxo monoinsaturado, que auxilia no aumento do HDL, favorecendo nosso coração. ASPÉCTOS FISIOLÓGICOS Fonte: Bach-Faig A et al. 2011. O leite e seus derivados são fontes de cálcio, contribuindo para prevenir a osteoporose As carnes, principalmente de peixes, são ricas em ômega 3, que diminuem os problemas cardiovasculares, reduzem a pressão arterial e possuem ação anti-inflamatória, diminuindo a taxa de triglicérides e o colesterol do sangue. ASPÉCTOS FISIOLÓGICOS Fonte: Bach-Faig A et al. 2011. DIETA DASH(Abordagens dietéticas para aparar a hipertensão) Preconiza o consumo de frutas, verduras, produtos lácteos com baixo teor de gordura, cereais integrais, peixe, aves e nozes, ao mesmo tempo que incentiva um menor consumo de carne vermelha, doces e açúcares; Seu consumo resulta em aumento na ingestão de potássio, magnésio, cálcio e fibras, reduz tanto a pressão sistólica quanto a diastolica entre hipertensos e normotensos. Além disso, a dieta DASH está associada a menor risco de doenças cardiovasculares e SM. Fonte: BRESSAN e VIDIGAL, 2014 DIETA DASH: Benefícios Fonte: BRESSAN e VIDIGAL, 2014 20 CRÍTICAS E POLÊMICAS SCHERR, Carlos; RIBEIRO, Jorge Pinto. Gorduras em laticínios, ovos, margarinas e óleos: implicações para a aterosclerose. Arq Bras Cardiol, v. 95, n. 1, p. 55-60, 2010. Piper, Vanessa Alves; et al. Dieta DASH na redução dos níveis de pressão arterial e prevenção de acidente vascular cerebral. Scientia Medica (Porto Alegre) 2012; volume 22, número 2, p. 113-118 CONSIDERAÇÕES FINAIS A dieta do mediterrâneo é tida como a mais saudável das dietas, pois, pode trazer inúmeros benefícios a saúde pela ingestão de nutrientes essenciais para manter a homeostase, prevenindo e podendo tratar diversas patologias apenas com a alimentação. Portanto, deve-se apenas atentar-se ao consumo de álcool(vinho), pra não exceder a quantidade, o que pode trazer malefícios. Curiosidade! RECEITA REFERÊNCIAS Bach-Faig A et al. Mediterranean Diet Foundation Expert Group Mediterranean diet pyramid today. Science and cultural updates. Public Health Nutr. 2011 Dec;14(12A):2274-84 SU, Paula. A alimentação nas relações entre ocidente e oriente: Identidade e reflexos da relação entre Portugal e China em Macau. Contextos da Alimentação–Revista de Comportamento, Cultura e Sociedade, v. 2, n. 2, 2014. Serra-Majem, et al. Does the definition of the Mediterranean diet need to be updated? Public Health Nutrition,2004, 7 (7): 927-929 Nestle, M.. Mediterranean diets: historical and research overview. Am J Clin Nutr.1995, 61(Suppl), 1313S-1320S DIETA MEDITERRÂNICA:A DIETA QUE PROTEGE? MEDITERRANEANDIET:A DIETTHAT PROTECTS? Estruch R, Ros E, Salas-Salvadó J, Covas MI, Corella D, Arós F, et al.; PREDIMED Study Investigators. Primary prevention of cardiovascular disease with a mediterranean diet. N Engl J Med 2013 Apr 4; 368 (14): 1279-90. Serra-Majem, et al. Does the definition of the Mediterranean diet need to be updated? Public Health Nutrition, 2004, 7 (7): 927-929 BRESSAN e VIDIGAL, Dieta na abordagem terapêutica da síndrome metabólica. Revista da Associação Brasileira de Nutrição. São Paulo, SP, Ano 6, n.1,p.55-‐60,Jan-‐Jun.556 6 2014-‐ISSN2177-‐7527