Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resuma˜o de Ca´lculo 1 Everson Fernando Santos Feitosa Universidade Federal Rural de Pernambuco / Unidade Acadeˆmica de Garanhuns 1. Limites Definic¸a˜o 1 Escrevemos lim x→a f (x) = L e dizemos ”o limite de f (x), quando x tende a a, e´ igual a L”se pudermos tornar os valores de f (x) ta˜o pro´ximos de L quanto quisermos, bastando para isso tomar x suficien- temente pro´ximo de a(por ambos os lados de a) mas na˜o igual a a. Definic¸o˜es ana´logas existem para lim x→a− f (x) = L e lim x→a+ f (x) = L onde os valores de x sa˜o tomados a` esquerda e a` direita de a respectivamente. Teorema 1 lim x→a f (x) = L⇔ limx→a− f (x) = L e limx→a+ f (x) = L Definic¸a˜o 2 lim x→a f (x) = ±∞ significa que podemos fazer os valores de f (x) ficarem ta˜o grandes quanto quisermos (em valor absoluto) tomando x suficientemente pro´ximo de a mas na˜o igual a a. Definic¸a˜o 3 A reta x = a e´ dita assı´ntota vertical da curva y = f (x) se pelo menos uma das seguintes condic¸o˜es es- tiver satisfeita: lim x→a(±) f (x) = ±∞. Limites Fundamentais lim x→a c = c e limx→ax = a Leis do Limite Seja c uma constante e suponha que lim x→a f (x) = L e limx→a g(x) =M enta˜o 1. lim x→a[f (x)± g(x)] = L±M 2. lim x→a cf (x) = cL 3. lim x→a f (x)g(x) = LM 4. lim x→a f (x) g(x) = LM se M 6= 0 5. lim x→a[f (x)] n = Ln, onde n ∈ N 6. lim x→a n √ f (x) = n √ L, onde n ∈ N Teorema 2 (do Sanduı´che) Se f (x) ≤ g(x) ≤ h(x) nas proximidades de a e lim x→a f (x) = limx→ah(x) = L, enta˜o lim x→a g(x) = L. 1.1 Continuidade Definic¸a˜o 4 Uma func¸a˜o f e´ contı´nua em um nu´mero a se lim x→a f (x) = f (a). Uma func¸a˜o e´ contı´nua em um intervalo se for contı´nua em todos os nu´meros do intervalo. Teorema 3 Se f e g forem contı´nuas em a e se c for uma constante, enta˜o sa˜o contı´nuas tambe´m em a: f ± g, cf, fg e f/g, se g(a) 6= 0. Teorema 4 As func¸o˜es polinomiais, racionais, raı´zes, trigonome´tricas, exponenciais e logarı´tmicas sa˜o contı´nuas em todo o seu domı´nio. Teorema 5 Se f e´ contı´nua em b e lim x→a g(x) = b, enta˜o lim x→a f (g(x)) = f ( lim x→a g(x) ) . Teorema 6 A composic¸a˜o de func¸o˜es contı´nuas e´ uma func¸a˜o contı´nua. Teorema 7 (TVI) Seja f contı´nua em [a, b] e seja N um nu´mero qualquer tal que f (a) ≤ N ≤ f (b), com f (a) 6= f (b). Enta˜o existe um c ∈ (a, b) tal que f (c) = N. Definic¸a˜o 5 A reta y = L e´ dita assı´ntota horizontaal da curva y = f (x) se ou lim x→∞ f (x) = L ou limx→−∞ f (x) = L 2. Derivadas Definic¸a˜o 6 A derivada de uma func¸a˜o f em um nu´mero a, denotada por f ′(a), e´ f ′(a) = lim h→0 f (a + h)− f (a) h = lim x→a f (x)− f (a) x− a . A reta tangente ao gra´fico da curva y = f (x) em (a, f (a)) e´ a reta que passa em (a, f (a)) cuja inclinac¸a˜o e´ f ′(a). Sua equac¸a˜o e´ dada por y − f (a) = f ′(a)(x− a). A derivada f ′(a) e´ a taxa de variac¸a˜o instantaˆnea de y = f (x) em relac¸a˜o a x quando x = a. Seja y = f (x) uma func¸a˜o deriva´vel em todos os pontos de um intervalo aberto I, denotamos por f ′(x) a func¸a˜o derivada da func¸a˜o f. Assim f ′ : I −→ R x 7−→ f ′(x) = lim h→0 f (x+h)−f (x) h . Outras Notac¸o˜es f ′(x) = y′ = dy dx = df dx = d dx f (x) = Df (x) = Dxf (x) Teorema 8 Se f for diferencia´vel em a, enta˜o f e´ contı´nua em a. Nota A recı´proca desse teorema e´ falsa. 2.1 Regras de Derivac¸a˜o d dx(c) = 0 d dx(x) = 1 d dx(x n) = nxn−1, ∀n ∈ R (cf )′ = cf ′, onde c e´ constante (f ± g)′ = f ′ ± g′ ddx(ex) = ex (fg)′ = fg′ + gf ′ ( f g )′ = gf ′−fg′ g2 2.2 Derivadas das Func¸o˜es Trigonome´tricas (sen x)′ = cos x (cos x)′ = −sen x (tg x)′ = sec2 x (cossec x)′ = −cossec x cotg x (sec x)′ = sec x tg x (cotg x)′ = −cossec2 x 2.3 A Regra de Cadeia Teorema 9 (Regra da Cadeia) Se a func¸a˜o g for deriva´vel em x e a func¸a˜o f for diferencia´vel em g(x), enta˜o a func¸a˜o composta f ◦g sera´ deriva´vel em x, e (f ◦g)′ = f ′(g(x))g′(x). Em particular, temos ddx(a x) = ax ln a. Usando Diferenciac¸a˜o Implı´cita, provamos que d dx (loga x) = 1 x ln a em particular d dx (lnx) = 1 x . Passos na Diferenciac¸a˜o Logarı´tmica 1. Tome o ln em ambos os lados de y = f (x) e use as Leis dos Logarı´tmos para simplificar. 2. Diferencie implicitamente em relac¸a˜o a x. 3. Resolva a equac¸a˜o resultante para y′. 2.4 Taxas Relacionada Estrate´gias 1. Leia cuidadosamente o problema, e se possı´vel fac¸a um diagrama. 2. Introduza uma notac¸a˜o. 3. Expresse a informac¸a˜o dada e taxa requerida em termos das derivadas. 4. Escreva uma equac¸a˜o que relacione as va´rias grandezas do problema. 5. Use a Regra da Cadeia para diferenciar ambos os lados da equac¸a˜o em relac¸a˜o a t. 6. Substitua a informac¸a˜o dada dentro da equac¸a˜o resul- tante e resolva-a para a taxa desconhecida. 2.5 Aplicac¸o˜es da Diferenciac¸a˜o Definic¸a˜o 7 A func¸a˜of tem ma´ximo absoluto em c se f (c) ≥ f (x) ∀x ∈ D{f}. Se f (c) ≤ f (x) ∀x ∈ D{f}, f tem um mı´nimo absoluto. Definic¸a˜o 8 A func¸a˜of tem ma´ximo local em c se f (c) ≥ f (x) quando x estiver nas proxmidades de c. Analoga- mente, se f (c) ≤ f (x) nas proxmidades de c, f tem um mı´nimo local. Definic¸a˜o 9 Um nu´mero crı´tico de uma func¸a˜o f e´ um nu´mero c ∈ D{f} onde f ′(c) = 0 ou f ′(c) na˜o existe. Teorema 10 Se f tiver um ma´ximo ou mı´nimo local em c, enta˜o c e´ um nu´mero crı´tico de f. O Me´todo do Intervalo Fechado 1. Encontre os valores de f nos seus nu´meros crı´ticos; 2. Encontre os valores de f nos extremos do intervalo; 3. O maior desses valores e´ o ma´x. absol. e o menor deles e´ o mı´n. absol. Teorema 11 (TVM) Se f e´ contı´nua em [a, b] e diferencia´vel em (a, b). Enta˜o ∃c ∈ (a, b); f (b)− f (a) = f ′(c)(b− a). Teorema 12 f ′(x) = 0 ∀x ∈ (a, b)⇒ f e´ constante em(a, b). Teste Crescente/Decrescente (a) Se f ′(x) > 0 ∀x ∈ (a, b)⇒ f e´ crescente em(a, b). (b) Se f ′(x) < 0 ∀x ∈ (a, b)⇒ f e´ decrescente em(a, b). Teste da Derivada Primeira Seja c um nro crı´tico de f. (i) Se o sinal de f ′ mudar de positivo para negativo em c, enta˜o f tem ma´x. local em c. (ii) Se o sinal de f ′ mudar de negativo para positivo em c, enta˜o f tem mı´n. local em c. (iii) Se f ′ na˜o mudar de sinal c, enta˜o f na˜o tem ma´x. nem mı´n. locais em c. Teste da Concavidade (a) Se f ′′(x) > 0 ∀x ∈ I enta˜o o gra´fico de f e´ coˆncavo para cima em I. (b) Se f ′′(x) < 0 ∀x ∈ I enta˜o o gra´fico de f e´ coˆncavo para baixo em I. Definic¸a˜o 10 Um ponto P na curva y = f (x) e´ chamado de ponto de inflexa˜o se f e´ contı´nua no ponto e a curva mudar de concavidade em P. Teste da Derivada Segunda Suponha que f ′′ seja contı´nua nas proximidades de c. (a) Se f ′(c) = 0 e f ′′(c) > 0 enta˜o f tem mı´n. local em c. (b) Se f ′(c) = 0 e f ′′(c) < 0 enta˜o f tem ma´x. local em c. Regra de L’Hoˆpital Suponha que f e g sejam difer- encia´veis e g′(x) 6= 0 pro´ximo a a(exceto possivelmente em a.) Suponha que lim x→a f (x) = limx→a g(x) = 0 ou que lim x→a f (x) = ±∞ e limx→a g(x) = ±∞. Enta˜o limx→a f (x) g(x) = lim x→a f ′(x) g′(x) . 3. Integrais 3.1 Antiderivadas Definic¸a˜o 11 Uma func¸a˜o F e´ uma antiderivada de f so- bre um intervalo I se F ′(x) = f (x) ∀ x ∈ I. Teorema 13 Se F e´ uma antiderivada de f em I, enta˜o a antiderivada mais geral de f em I e´ F (x)+C onde C e´ uma constante arbitra´ria. 3.2 Propriedades da Integral Definida (1) ∫ a b f (x)dx = − ∫ b a f (x)dx (2) ∫ a a f (x)dx = 0 (3) ∫ b a cdx = c(b− a), onde c e´ uma constante (4) ∫ b a [f (x)± g(x)]dx = ∫ b a f (x)dx± ∫ b a g(x)dx (5) ∫ b a cf (x)dx = c ∫ b a f (x)dx (6) ∫ b a f (x)dx = ∫ k a f (x)dx + ∫ b k f (x)dx se k ∈ (a, b). Teorema 14 (TFC) Seja f e´ contı´nua em [a, b]. 1. Se g(x) = ∫ x a f(t)dt, enta˜o g ′(x) = f (x). 2. ∫ b a f (x)dx = F (b)−F (a) onde F e´ uma antiderivada de f. 3.3 Te´cnicas de Integrac¸a˜o Teorema 15 (Regra da Substituic¸a˜o) Se u = g(x) e´ uma func¸a˜o diferencia´vel cuja imagem e´ um intervalo I e f for contı´nua em I, enta˜o ∫ f (g(x))g′(x)dx = ∫ f (u)du. Teorema 16 (Integrac¸a˜o por Partes) Se u = f (x) e v = g(x) enta˜o ∫ udv = uv − ∫ vdu. Estrate´gia para avaliar ∫ senm xcosn xdx 1. Se n e´ ı´mpar (n = 2k + 1)∫ senm xcos2k+1 xdx = ∫ senm x(cos2 x)kcos xdx = ∫ senm x(1− sen2 x)kcos xdx Nesse caso, substitua u = sen x. 2. Se m e´ ı´mpar (m = 2k + 1). O procedimento e´ ana´logo, mas nesse caso fazemos u = cos x. 3. Se ambas sa˜o pares, utilizamos as identidades sen2 x = 1− cos 2x 2 ou cos2 x = 1 + cos 2x 2 Substituic¸o˜es Trigonome´tricas Espressa˜o Substituic¸a˜o Identidade√ a2 − x2 x = asen θ, −pi/2 ≤ θ ≤ pi/2 1− sen2 θ = cos2 θ√ a2 + x2 x = atg θ, −pi/2 < θ < pi/2 1− tg2 θ = sec2 θ√ x2 − a2 x = asec θ, θ ∈ [0, pi2) ou θ ∈ [pi, 3pi2 ) 1− tg2 θ = sec2 θ Refereˆncias [1] Ca´lculo Volume 1, James Stewart. -5. ed.- Sa˜o Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006 [2] O Ca´lculo com Geometria Analı´tica - volume1 - 3. ed. Sa˜o Paulo: Editora HARBRA ltda, 1994. UAG/UFRPE eversonfeitosa@gmail.com
Compartilhar