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Resumo Capitulo 17 – Administração participativa Administração participativa é uma filosofia ou doutrina que valoriza a participação das pessoas no processo de tomar decisões sobre a administração das organizações. A participação aproveita o potencial das pessoas, contribuindo para aumentar a qualidade das decisões e da administração, a satisfação e a motivação das pessoas. Administrar de forma participativa consiste em compartilhar as decisões que afetam a empresa, não apenas com funcionários, mas também com clientes ou usuários, fornecedores, e eventualmente distribuidores ou concessionários da organização. A meta da administração participativa é construir uma organização participativa em todas as suas interfaces. Modelos de administração: Modelo diretivo (ou mecanicista): Usa predominantemente a autoridade formal e a burocracia e seus mecanismos, para obter a obediência. Administração centralizada. Quanto mais forte a autoridade dos chefes e menor a autonomia das pessoas, mais diretivo é o modelo de administração usado pela organização. Modelo participativo (orgânico): Predominam a liderança, a disciplina e a autonomia. As pessoas são responsáveis por seu próprio comportamento e desempenho. Problemas do modelo diretivo: Ineficiência global do sistema: a divisão do trabalho, quando deixa de utilizar o recurso de autogestão dos operadores, precisa usar dirigentes e especialistas, o que aumenta os custos. Fragilidade da empresa: linha de produção fragiliza a empresa. Insatisfação e desmotivação dos trabalhadores: a divisão do trabalho, do modo como é feita, causa desmotivação. Autoritarismo: consiste na ênfase predominante e intensa na autoridade e obediência, sem que isso signifique eficiência e muito menos eficácia. Serve apenas para a valorização dos próprios chefes. Fundamentos da administração participativa: Likert fez uma comparação entre o modelo tradicional com o modelo participativo de organização. Em suas pesquisas, Likert procurou identificar as características das organizações de melhor e pior desempenho. Exemplos das empresas: Toyota: As empresas japonesas conseguiam fazer mais produtos, de melhor qualidade, usando menor número de funcionários e chefes. Esse argumento foi determinante para convencer as empresas ocidentais a implantar a administração participativa. Semco: Alterou radicalmente a estrutura organizacional e transferiu o máximo de responsabilidades e poderes de decisão para seus funcionários, instituindo até mesmo a eleição dos chefes por seus subordinados. Provavelmente, o mais importante desses princípios seja a separação entre propriedades e administração, que define quais decisões o acionista reserva para si e quais são transferidas para os empregados. Método: O estudo de caso da Método revela que a empresa já nasceu participativa, distribuindo lucros a seus empregados, e que o crescimento provocou a necessidade de sistematização de conceitos. Filosofia de Administração da Método: A administração participativa não é finalidade em si mesma; É fundamental fazer produtos e prestar serviços bem feitos desde o começo; Implantar a participação implica definir quais decisões permanecem com os acionistas e quais podem ser transferidas aos funcionários. Saturn: O resultado do trabalho desse grupo é uma fábrica com soluções inovadoras. Em todos os setores da fábrica, a estrutura organizacional é feita de grupos, que desfrutam de poderes de decisão para selecionar fornecedores, adquirir materiais, contratar novos funcionários e distribuir tarefas entre seus membros. Os grupos também são responsáveis pela manutenção do local de trabalho e dos instrumentos. A fábrica é virtualmente administrada por uma dupla, o presidente nomeado pela General Motors e o delegado sindical. Estratégias de participação: Informação: As estratégias participativas baseadas na informação procuram aprimorar os canais de comunicação com funcionários, clientes e outras pessoas que têm algum tipo de relacionamento ou interesse na organização. Comunicação com clientes: Para ouvir os clientes, há os sistemas de avaliação de produtos e serviços: formulários, serviços de atendimento do consumidor, reuniões periódicas com grupos de clientes, clínicas de novos produtos e projetos de engenharia simultânea. Comunicação com funcionários: Programas de sugestões, pesquisas de clima organizacional e reuniões de funcionários com gerentes. A administração deve procurar comunicar-se, transmitindo informações para baixo e para os lados, sobre fatos e decisões importantes. Administração visual: Colocar painéis nos locais de trabalho, com informações a respeito das operações. Redução da distancia social: Reduzir os símbolos da diferenciação entre as classes ocupacionais. Envolvimento no processo decisório: Vai além da simples comunicação. Envolver significa consultar as pessoas, individualmente ou em grupo, sobre a solução de problemas no local de trabalho. Decisões participativas: As decisões compartilhadas são aquelas em que há compromisso de acordo. Equipes autogeridas: A delegação de autoridade e o aprimoramento da comunicação dentro de um grupo de trabalho são os mecanismos para criar uma equipe autogerida. Autonomia para decidir. Responsabilidade pelos próprios resultados. Intercambio de papéis. Funções de apoio à operação embutidas no próprio grupo. Auto-organização. Participação da direção: Participar institucionalmente da estrutura de poder da organização. A co-gestão implica a divisão da própria estrutura do poder. Participação nos resultados: Os empregados podem participar do faturamento, dos incrementos nas receitas, das economias ou ganhos de produtividade, dos lucros e da propriedade da empresa. Fecha o círculo do mecanismo da recompensa: se as pessoas participaram dos problemas e decisões, também devem de alguma maneira beneficiar-se dos resultados de seu esforço. Autogestão: Quando os participantes de um empreendimento são também seus proprietários, como é o caso das cooperativas. Geralmente, a empresa estava em má situação e iria ser fechada. Implantação da administração participativa: Comportamento: A administração participativa é a substituição dos estilos tradicionais de administrar pessoas- autoritário, impositivo, indiferente, paternalista, por cooperação mútua, liderança, autonomia e responsabilidade. Informar, envolver, delegar, consultar e perguntar, ao invés de mandar. Estrutura: Além dos aspectos comportamentais, a administração participativa também implica o redesenho das estruturas. A estrutura deve estimular as pessoas à participação. Visão sistêmica: A organização procura ser um sistema participativo interno, do ponto de vista comportamental e estrutural, e também aberto para o ambiente externo, recebendo todas as informações que possam ajudar no aprimoramento de sua administração.
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