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Ato Administrativo Discricionário: quando a lei permite juízo de valor e o grau de liberdade é delimitado pela lei. Em regra, apenas os requisitos do motivo e o objeto são discricionários. Os requisitos de competência, finalidade e forma continuam vinculados. Ex: Permissão de uso de bem público; autorização; permissão de uso, etc. Autoexecutoriedade: atributo do ato administrativo e significa dizer que o ato administrativo é imediatamente executado, sem necessidade de intervenção de qualquer outro poder, a exemplo do Judiciário. A autoexecutoriedade não impede que a parte inconformada procure a apreciação judicial, se entender existentes irregularidades no ato. Revogação de Ato Administrativo: É a retirada de ato válido por questões de conveniência e oportunidade. Só a administração pode revogar ato administrativo, em função de ser controle relativo ao mérito administrativo. DICA 1: Empresas Públicas x Sociedades de Economia Mista TRAÇOS COMUNS – Criação e extinção autorizadas por lei. – Personalidade jurídica de direito privado. – Sujeição ao controle estatal. – Derrogação parcial do regime de direito privado por normas de direito público. – Vinculação aos fins definidos na lei instituidora. – Desempenho de atividade de natureza econômica e, em algumas ocasiões, a prestação de serviços públicos. TRAÇOS DISTINTOS – Forma de organização (EP = qualquer forma admitida em direito; SEM = sociedade anônima). – Composição do capital (EP = capital público; SEM = capital público e privado). DICA 2: Intervenção direta do Estado na atividade econômica Constituição Federal, art. 173: “Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei”. Lei 13.303/2016, art. 2º: “A exploração de atividade econômica pelo Estado será exercida por meio de empresa pública, de sociedade de economia mista e de suas subsidiárias. A constituição de empresa pública ou de sociedade de economia mista dependerá de prévia autorização legal que indique, de forma clara, relevante interesse coletivo ou imperativo de segurança nacional, nos termos do caput do art. 173 da Constituição Federal”. DICA 3: Constituição dos consórcios públicos Não pode existir consórcio público: – Constituído unicamente pela União e Municípios – deve haver participação do Estado. – Celebrado entre um Estado e Município de outro Estado. DICA 4: Consórcios públicos Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá: – Firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza; – Receber auxílios, contribuições e subvenções; – Promover desapropriações e instituir servidões administrativas. – Arrecadar tarifas. – Ser contratado mediante dispensa de licitação pela Adm. direta ou indireta dos entes consorciados. DICA 5: Poder de polícia Poder de polícia preventivo: anuência prévia para a prática de atividades privadas (licença e autorização). Formalizada por alvarás, carteiras, declarações, certificadosetc. Licença: anuência para usufruir um direito; ato administrativo vinculado e definitivo. Autorização: anuência para exercer atividade de interesse do particular; ato administrativo discricionário e precário. Poder de polícia repressivo: aplicação de sanções administrativas a particulares (ex: multas de trânsito, apreensão de mercadorias piratas etc.) DICA 6: Concurso Público – jurisprudência do STF O candidato aprovado em concurso público possui direito subjetivo à nomeação nas seguintes hipóteses: 1 – Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas previsto no edital; 2 – Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação; 3 – Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivadapor parte da administração nos termos acima. DICA 7: Responsabilidades do servidor público Civil, penal e administrativa. A regra é a independência entre as instâncias Exceções: condenação na esfera penal; ou absolvição na esfera penal por negativa de fato ou de autoria. DICA 8: Serviços públicos Em razão do princípio da continuidade, os serviços públicos não podem ser paralisados, exceto: – Em situação de emergência (ex: queda de raio na central elétrica); ou – Após prévio aviso, quando: a) motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações (ex: manutenção periódica e reparos preventivos); e b) por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade; DICA 9: Responsabilidade por danos de obras públicas Só fato da obra -> não importa o executor -> responsabilidade civil objetiva do Estado Má execução da obra – Execução a cargo da própria Administração -> responsabilidade civil objetiva do Estado – Execução a cargo de particular contratado -> responsabilidade civil subjetiva do contratado DICA 10: Desapropriação de bens públicos Exige autorização legislativa, emanada do ente que está promovendo a desapropriação; Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos Estados; Em regra, um ente federado “menor” não pode desapropriar os bens de entidades da administração indireta vinculadas a um ente federado “maior”, salvo se houver autorização do chefe do Poder Executivo do ente “maior”, mediante decreto; A mesma regra vale para bens de delegatárias de serviço público que estejam diretamente empregados na prestação do serviço. 30 DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO PARA A 1ª FASE DA OAB 04 de Julho de 2012 01- As estatais de direito privado não podem falir e seus bens são penhoráveis em regra; 02- Os bens públicos são considerados bens alodiais, ou seja, bens com domínio público; 03- O tombamento consiste numa restrição à propriedade para a proteção do bem em razão de valores de interesse público. 04- O pregão é a modalidade licitatória exclusiva para a aquisição de bens e serviços comuns de qualquer natureza e valor, sendo defeso para locação e serviços de engenharia em regra. 05- Os contratos administrativos são aqueles ajustes bilaterais de direito público realizados pela administração pública de direito público ou privado; 06- A Administração Pública em sentido objetivo consagra-se pela função administrativa, enquanto o sentido subjetivo realiza-se pela organização administrativa; 07- A Lei 12.349/10 acrescentou o Princípio Promoção do Desenvolvimento Nacional - art. 3º caput da Lei 8666/93. 08- O Controle do Poder Legislativo na Administração Pública é realizado pelo Congresso Nacional auxiliado pelo TCU. 09- Não cabe Mandado de Segurança contra atos de gestão empresarial de empresa pública e sociedade de economia mista; 10- São atributos do Ato Administrativo: DICA: LEITE: ( Legitimidade, Exigibilidade, Imperatividade, Tipicidade e Executoriedade); 11- A caducidade de ato administrativo se dá pela existência de uma nova lei. 12- A autotutela consagra a revogação e anulação de atos administrativos. 13- O Poder de Polícia consiste na prerrogativa estatal de restrição de Direitos do cidadão a favor da coletividade; 14- Motivação é indispensável para a existência, eficácia e validade de atos administrativos discricionários; 15- Servidor Público Federal ocupa cargo público efetivo e possui 24 meses de estágio probatório nos termos da Lei 8112/90. 16- A Súmula 343 do STJ obriga a presença de advogado em todas as fases do processo disciplinar.17- O STF através da ADC nº 16 julgada em 2010, consagra a constitucionalidade da irresponsabilidade da Administração Pública relativo aos encargos trabalhistas oriundos de contratos administrativos de prestação de serviço. 18- A Sumula 13 Vinculante do STF que veda o nepotismo não atinge a atividade política. 19- Improbidade Administrativa é ato ilícito civil independente da sanção penal aplicável ao agente público. 20- Permissão de Serviço Público é ato unilateral, contrato de adesão, discricionário, precário, com licitação. art. 40 da Lei 8987/95. 21- Os consórcios públicos geram uma associação pública ou pessoa jurídica de direito privado. 22- As parcerias público-privadas são concessões especiais de serviço público e obra pública com repartição objetiva dos riscos da atividade; 23- Os convênios são ajustes de repasse de recursos públicos a entidades de direito público ou de direito privado sem fins lucrativos para o desenvolvimento de um programa de governo. 24- A legitimação da posse de bem público a particupares para fins de moradia não geram usucapião; 25- O regime diferenciado de contratação é direcionado a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. 26- O Poder de Polícia se consagra pela limitação individual ou coletiva do administrado. 27- As terras devolutas são indisponíveis da União ou dos Estados-Membros; 28- A consulta licitatória é exclusiva modalidade da Anatel para aquisição de bens e serviços não comuns. 29- O regime privado de licitações e contratos das estatais de direito privado são em regra constitucionais; 30- O ato administrativo deve ser sempre motivado. DICAS TRT RJ - 2013 - LEANDRO BORTOLETO 1 - DESCONCENTRAÇÃO X DESCENTRALIZAÇÃO Em ambas, há distribuição de competências. DESCENTRALIZAÇÃO: distribuição de competências para outra pessoa jurídica; externamente (ex.: criação de autarquia, empresa pública...; ou concessão de serviço público) DESCONCENTRAÇÃO: distribuição de competências dentro da mesma pessoa jurídica; internamente (criação de órgãos; ex.: ministérios, secretarias, departamentos...). 2 - CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS 1 (parece que não cai, mas cai... FCC já perguntou em várias provas de TRT) Quanto à posição estatal ou hierarquia: independentes (previstos na CF; funções principais do Estado; ex.: Câmara dos Deputados, Presidência da República); autônomos (estão abaixo dos independentes; ex.: Ministérios, Secretarias de Estado); superiores (não têm autonomia administrativa nem financeira; ex.: gabinetes, coordenadorias); subalternos (pequeno poder de decisão; atividades de execução; ex.: seção de expediente, seção de pessoal). 3 - CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS 2 Quanto à estrutura: simples (não se subdividem em outros); compostos (subdividem-se em outros órgãos) 4 - CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS 3 Quanto à atuação funcional ou composição: singulares ou unipessoais (atuação depende da vontade de um único agente; ex.: Presidência da República); coletivos ou pluripessoais (atuação depende da vontade de vários agentes; ex.: Câmara dos Deputados, Conselho Nacional de Contribuintes). 5 - CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS 4 Quanto à esfera de atuação: centrais (atuam em toda a área territorial da pessoa jurídica); locais (atuam apenas em parte do território da pessoa que fazem parte). Ex.: Ministério da Justiça é órgão central; Superintendência da Polícia Federal em SP é órgão local 6 - ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA ADMINISTRAÇÃO DIRETA: conjunto de órgãos que compõem a pessoa política. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: conjunto das pessoas administrativas, com personalidade de direito público ou de direito privado, patrimônio próprio e autonomia administrativa, vinculadas à administração direta, criadas para o desempenho de determinada atividade administrativa. 7 - ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 1 CUIDADO COM PEGADINHA: toda pessoa da administração indireta tem personalidade jurídica, patrimônio próprio, autonomia administrativa e submete-se a controle da administração direta. O que as individualiza é: se a personalidade é de direito público ou de direito privado se a lei cria diretamente ou se a lei autoriza a criação qual a atividade desempenhada. 8 - ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 2 AUTARQUIA: lei cria; personalidade de direito público; atividade típica do Estado (agências reguladoras: estão sendo criadas como autarquia em regime especial; maior autonomia; deve ter personalidade de direito público. FUNDAÇÃO PÚBLICA: lei cria (personalidade de direito público) ou lei autoriza (personalidade de direito privado); atividade não exclusiva do Estado (interesse público). SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA e EMPRESA PÚBLICA: lei autoriza; personalidade de direito privado; prestação de serviço público ou exploração de atividade econômica. AGÊNCIA EXECUTIVA: não é uma nova pessoa; é uma qualificação dada a uma autarquia ou a uma fundação pública. 9 - Lei 8.112/90 - POSSE E EXERCÍCIO Com a POSSE, o nomeado passa a ser servidor. Prazo: 30 dias contados do ato de provimento. Com o EXERCÍCIO, começa a, efetivamente, executar as atribuições do cargo (começa a trabalhar). Prazo: 15 dias contados da posse. Perda do prazo para posse: ato de nomeação fica sem efeito Perda do prazo para exercício: exoneração de ofício (já é servidor) 10 - Lei 8.112/90 - PROVIMENTO É o ato de se prover (preencher) o cargo público. Pode ser originário (a investidura no cargo é feita pela primeira vez) ou derivado (investidura decorrente; servidor já era ocupante de cargo). 11 - Lei 8.112/90 - FORMAS DE PROVIMENTO DERIVADO (NÃO VÃO ERRAR ISSO NA PROVA, HEIN!!!) READAPTAÇÃO: investidura em outro cargo com atribuições e responsabilidade compatíveis com as limitações do servidor APROVEITAMENTO: volta à ativa do servidor em disponibilidade REVERSÃO: volta do aposentado REINTEGRAÇÃO: volta do demitido RECONDUÇÃO: volta ao cargo anterior 12 - Lei 8.112/90 - LICENÇAS 1 A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma espécie será considerada como prorrogação (art. 82). 13 - Lei 8.112/90 - LICENÇAS 2 Licença por motivo de doença em pessoa da família (art. 83): doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto, da madastra, do enteado, ou do dependente (viva às expensas do servidor e conste do assentamento funcional); comprovado por perícia médica oficial; a assistência do servidor à pessoa doente deve ser indispensável e não pode ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário. Prazo: dentro do período de doze meses (incluindo as prorrogações), até sessenta dias (consecutivos ou não), com remuneração e até noventa dias (consecutivos ou não), sem remuneração. 14 - Lei 8.112/90 - LICENÇAS 3 Licença para atividade política (art. 86; é para fazer campanha; não confundir com o afastamento para exercício do mandato eletivo; esta é depois de eleito): dura da escolha do servidor em convenção partidária (como candidato a cargo eletivo) até o 10º dia seguinte ao término das eleições. ATENÇÃO: não é remunerada em toda a sua duração. Somente é remunerada a partir do registro na Justiça Eleitoral e até o 10º dia após as eleições (desde que não ultrapasse o período de três meses) 15 - Lei 8.112/90 - LICENÇAS 4 Ao servidor em estágio probatório não podem ser concedidas as licenças: para capacitação para tratar de interesses particulares para desempenho de mandato classista para participação em programa de pós graduação stricto sensu no País. 16 - Lei 8.112/90 - DIREITO DE PETIÇÃO O direito de petição do servidor prescreve em (art. 110): a) em CINCO ANOS, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações detrabalho; b) em CENTO E VINTE DIAS, nos demais casos, salvo se houver outro prazo fixado em lei. 17 - PODERES ADMINISTRATIVOS 1 Poder HIERÁRQUICO: -distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal" (FCC) 18 - PODERES ADMINISTRATIVOS 2 Poder REGULAMENTAR: Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, é espécie do poder normativo da Administração Pública, ou seja, é um tipo, uma das formas pela qual se expressa a função normativa da Administração Pública, e o poder regulamentar, assim entendido, é privativo do Chefe do Executivo e se materializa por meio de decreto, mas há outras formas de expressão do poder normativo como as resoluções, as portarias, as instruções, os regimentos, mas esses atos possuem alcance restrito aos limites de atuação do órgão e não têm a mesma natureza dos regulamentos expedidos pelo Chefes do Executivo 19 - PODERES ADMINISTRATIVOS 3 Poder de Polícia: "faculdade de que dispõe a administração pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado" (Hely Lopes Meirelles) ATRIBUTOS do poder de polícia: discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade. Aqui está a 2ª (e última) parte das dicas: 20 - ATO ADMINISTRATIVO 1 ELEMENTOS do ato administrativo 1) COMPETÊNCIA ou Sujeito: Quem? Conjunto de atribuições administrativas do servidor. 2) FINALIDADE: Para quê? Resultado mediato almejado com a prática do ato. 3) FORMA: Como? Exteriorização do ato. Maneira pela qual o ato se apresenta. 4) MOTIVO ou Causa: Por quê? Pressuposto de fato e de direito cuja ocorrência autoriza ou determina a prática do ato. 5) OBJETO ou Conteúdo: O quê? Resultado imediato pretendido com a prática do ato 21 - ATO ADMINISTRATIVO 2 ATRIBUTOS do ato administrativo (PIA) PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE: presunção de que todo ato administrativo praticado está de acordo com a lei; pode ser praticado imediatamente; produz efeitos até que seja anulado IMPERATIVIDADE: ato administrativo é imposto ao destinatário; não está presente em todos os atos administrativos AUTOEXECUTORIEDADE: Administração executa o ato por seus próprios meios; não existe em todos os atos administrativos: só em casos de urgência ou se previsto em lei 22 - ATO ADMINISTRATIVO 3 REVOGAÇÃO: extinção de ato administrativo válido por razões de conveniência e oportunidade em face do interesse público. Só a própria Administração pode revogar (Judiciário, na função jurisdicional, não pode). Atos irrevogáveis: atos vinculados, atos que integram um procedimento administrativo, atos que já exauriram seus efeitos, meros atos administrativos, atos que geraram direitos adquiridos. Efeitos "ex nunc". ANULAÇÃO: extinção do ato administrativo por razões de ilegalidade. A competência para anular é da própria Administração, de ofício ou a pedido e a anulação pode ser feita em qualquer tipo de ato administrativo (discricionário, vinculado, etc.). Poder Judiciário também pode. Efeitos: em regra, "ex tunc". 23 - Lei 9.784/99 - PRINCÍPIOS PRINCÍPIOS EXPRESSOS do processo administrativo (art. 2º): legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público, eficiência. PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS do processo administrativo (doutrina): oficialidade, informalidade (ou obediência à forma), verdade material, gratuidade, pluralidade de instâncias. 24 - Lei 9.784/99 - CRITÉRIOS Importante ler os incisos do parágrafo único do art. 2º. Cai bastante... Alguns critérios: - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades; - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei; - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei; 25 - Lei 9.784/99 - DIREITOS DOS ADMINISTRADOS (art. 3º) I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei. 26 - Lei 9.784/99 - DEVERES DOS ADMINISTRADOS (art. 4º) CUIDADO: são deveres, SEM PREJUÍZO de outros previstos em ato normativo: I - expor os fatos conforme a verdade; II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; III - não agir de modo temerário; IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. 27 - LICITAÇÃO 1 PRINCÍPIOS da licitação (art. 3º, Lei nº 8.666/93): legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, igualdade, probidade administrativa, vinculação ao instrumento convocatório, julgamento objetivo. 28 - LICITAÇÃO 2 DISPENSA é uma opção legal, pois os interessados poderiam competir. As hipóteses de dispensa são taxativas (arts. 17 e 24). INEXIGIBILIDADE é a inviabilidade da licitação; disputa não seria possível. Hipóteses são exemplificativas (art. 25) 29 - LICITAÇÃO 3 DISPENSA EM RAZÃO DO PEQUENO VALOR: a) Administração direta, autarquia e fundação pública: até R$ 8.000,00 para compras e serviços e até R$ 15.000,00 para obras e serviços de engenharia. b) Autarquia qualificada como agência executiva, fundação pública qualificada como agência executiva, empresa pública, sociedade de economia mista, consórcio público: até R$ 16.000,00 para compras e serviços e até R$ 30.000,00 para obras e serviços de engenharia. 30 - CONTRATO ADMINISTRATIVO ALTERAÇÃO UNILATERAL do contrato administrativo (art. 65, I): a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos (modificação qualitativa); b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos seguintes limites (modificação quantitativa): até 25% do valor inicial atualizado do contrato para acréscimos e supressões feitas nas obras, serviços ou compras; até 50% do valor inicial atualizado do contrato para acréscimos no caso de reforma de edifício ou equipamento (se for supressão, o limite é de 25%). CUIDADO: Por acordo entre as partes, é possível a redução do valor contratual além do limite de 25%, mas não é possível o acréscimo. 31 - SERVIÇOS PÚBLICOS 1 PRINCÍPIOS: a) continuidade do serviço público: serviço público não pode parar; b) modicidade das tarifas: tarifas módicas, razoáveis; c) generalidade: usuários devem receber o mesmo tratamento; d) mutabilidade: Administração pode alterar, unilateralmente, regime de execução do serviço público 32 - SERVIÇOS PÚBLICOS 2 CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado (art. 2º, II, Lei 8.987/95); PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: a delegação,a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco (art. 2º, IV, Lei 8.987/95) 33 - SERVIÇOS PÚBLICOS 3 DIFERENÇAS legais entre concessão e permissão (art. 2º, Lei 8.987/95): a) a concessão deve adotar a modalidade concorrência, e a permissão pode adotar outra modalidade licitatória; b) a concessão somente pode ser feita com pessoa jurídica ou com consórcio de empresas, e a permissão pode ser realizada com pessoa jurídica e com pessoa física. 34 - SERVIÇOS PÚBLICOS 4 EXTINÇÃO DA CONCESSÃO (art. 35): a) advento do termo contratual; b) encampação ou resgate (o poder concedente retoma o serviço da concessionária, durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento de indenização); c) caducidade ou decadência (o poder concedente retoma o serviço da concessionária, durante o prazo da concessão, em razão da inadimplência da concessionária); d) rescisão; e) anulação; f) falência ou extinção da concessionária de serviço público. CUIDADO: a Medida Provisória 577/12 (publicada 30/8/12) alterou o inciso VII da Lei 8.987/95 (antes era ?condenada por sonegação de tributos...?) e, agora é hipótese de caducidade: ?a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento e oitenta) dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da concessão, na forma do art. 29 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993?. 35 - IMPROBIDADE 1 SUJEITO ATIVO do ato de improbidade (artigos 1º e 3º): a) agente público: aquele que exerce mandato, cargo, emprego ou função, com ou sem remuneração, mesmo que transitoriamente, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo em qualquer uma das entidades que podem ser sujeito passivo; b) terceiro que induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie. 36 - IMPROBIDADE 2 MODALIDADES de atos de improbidade (NÃO VÁ PARA A PROVA SEM LER OS ARTS. 9, 10, 11 E 12 DA LEI 8.429/92): a) ATOS QUE IMPORTAM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (art. 9º): o agente aufere vantagem indevida em razão do cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1º da lei; b) ATOS QUE CAUSAM PREJUÍZO AO ERÁRIO (art. 10): ?qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades? mencionadas no art. 1º da lei; c) ATOS QUE ATENTAM CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: ?qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições?. 37 - IMPROBIDADE 3 SANÇÕES 1 ATOS QUE IMPORTAM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (art. 9º): PERDA dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, RESSARCIMENTO integral do dano, quando houver, PERDA DA FUNÇÃO pública, SUSPENSÃO dos direitos políticos de OITO A DEZ ANOS, pagamento de MULTA civil de ATÉ TRÊS VEZES o valor do acréscimo patrimonial e PROIBIÇÃO DE CONTRATAR com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de DEZ ANOS; 38 - IMPROBIDADE 4 SANÇÕES 2 atos que causam prejuízo ao erário (art. 10): RESSARCIMENTO integral do dano, PERDA dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, PERDA DA FUNÇÃO pública, SUSPENSÃO dos direitos políticos de CINCO A OITO ANOS, pagamento de MULTA civil de ATÉ DUAS VEZES o valor do dano e PROIBIÇÃO DE CONTRATAR com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de CINCO ANOS; 39 - IMPROBIDADE 5 SANÇÕES 3 ATOS QUE ATENTAM CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: RESSARCIMENTO integral do dano, se houver, PERDA DA FUNÇÃO pública, SUSPENSÃO dos direitos políticos de TRÊS A CINCO ANOS, pagamento de MULTA civil de ATÉ CEM VEZES o valor da remuneração percebida pelo agente e PROIBIÇÃO DE CONTRATAR com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de TRÊS ANOS. 40 - IMPROBIDADE 6 SANÇÕES 4 CUIDADO: a aplicação das penas não depende da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, exceto quanto à pena de ressarcimento.
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