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5. MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS Uma organização está sujeita a diversos tipos de fatores que podem prejudicar o seu ambiente, dependendo do seu ramo de atuação ou o local onde está instalada. Essas influências afetam os colaboradores, ocasionando problemas a saúde e segurança. Devido a isso, é importante identificar o que são essas causas, no intuito de prevenir riscos e que as pessoas estejam cientes dos riscos que estão expostas. A Segurança do Trabalho possui uma ferramenta que visa cumprir este objetivo, demonstrando graficamente a classificação do espaço, através de parâmetros já estabelecidos. O método se chama Mapa de Riscos Ambientais, que de acordo com Ferreira e Peixoto (2012, p. 141): É uma representação gráfica dos pontos de riscos encontrados nos locais de trabalho, capazes de causar prejuízo à saúde dos trabalhadores. […] permite a identificação de locais perigosos localizando pontos ainda vulneráveis da empresa e ajuda a desenvolver atitudes mais cautelosas por parte daqueles que estão expostos a esses riscos. A elaboração do Mapa de Riscos tem amparo legal na Norma Regulamentadora 5.16, que teve com base a Portaria nº 25/1994. No item mencionado, a aliena “a” discorre que “A CIPA terá por atribuição: identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver”. A sua importância consiste na análise do ambiente e diagnosticar causas existentes, no intuito de prevenir acidentes e tornar o ambiente mais seguro. Os objetivos são agrupar um número de informações que possibilitem um diagnóstico da condição de saúde e segurança do trabalho, bem como estimular a participação dos colaboradores, através de troca de informações e atividades de prevenção (BRASIL, 1994). 5.1 CLASSIFICAÇÃO E REPRESENTAÇÃO GRÁFICA A classificação do Mapa de Riscos é dividida em cinco grupos, cada um com uma série de riscos, representado por uma cor. De acordo com a análise do ambiente é identificado em qual grupo o local pertence, e assim pode-se tomar as medidas cabíveis, como formas de segurança e saúde, além da conscientização dos colaboradores. A tabela a seguir demonstra a disposição dos grupos: Tabela 00: CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS EM GRUPOS, DE ACORDO COM A SUA NATUREZA E A PADRONIZAÇÃO DAS CORES CORRESPONDENTES GRUPO 1 VERDE GRUPO 2 VERMELHO GRUPO 3 MARROM GRUPO 4 AMARELO GRUPO 5 AZUL Riscos Físicos Riscos Químicos Riscos Biológicos Riscos Ergonômicos Riscos Acidentes Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico intenso Arranjo físico inadequado Vibrações Fumos Bactérias Levantamento e transporte manual de peso Máquinas e equipamento sem proteção Radiações ionizantes Névoas Protozoários Exigência de postura inadequada Ferramentas inadequadas ou defeituosas Radiações não-ionizantes Neblinas Fungos Controle rígido de produtividade Iluminação inadequada Frio Gases Parasitas Imposição de ritmos excessivos Eletricidade Calor Vapores Bacilos Trabalho em turno e noturno Probabilidade de incêndio ou explosão Pressões anormais Substâncias compostas ou produtos químicos em geral Jornadas de trabalho prolongadas Armazenamento inadequado Umidade Monotonia e repetitividade Animais peçonhentos Outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico Outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes. Fonte: NR 09 (BRASIL,1994). A classificação só serve para definir os riscos de um determinando ambiente, mas não expõe acerca do grau de gravidade. Pois dependendo do local e qual o tipo de produto ou serviço da organização, é capaz de variar. Esse tipo de definição utiliza uma representação gráfica através de círculos, numa escala de baixo para alto. O círculo deve ser pintado de acordo com o grupo que predomina no lugar e deve ser escrito o número de colaboradores que exercem atividade nesse recinto. Se por acaso, houve mais de um grupo no local, o círculo deve ser preenchido pelas as cores de ambos. Figura 00: Grau de classificação dos Riscos Fonte: Adaptado de Novello, Nunes e Marques (2011, p.9) 5.2 ETAPAS DE ELABORAÇÃO As etapas de elaboração são descritas no anexo IV Portaria n°25/1994, embora ela tenha sido atualizada pela NR 05 em vigor, que trata somente do assunto da CIPA e suas atribuições, não deixou de ser usada para fins de criação do Mapa de Riscos. A seguir são citadas as fases, conforme o Anexo IV: 01. Conhecer os processos de trabalho no ambiente examinado, com objetivo de ver os colaboradores, instrumentos utilizados no processo, as atividades realizadas e o local; 02. Detectar possíveis perigos no ambiente e especificá-los conforme a tabela de classificação; 03. Apontar medidas preventivas existentes, que podem ser de proteção coletiva, organização do trabalho, proteção individual, higiene e conforto; 04. Verificar os indicadores de saúde, que estão relacionados queixas mais frequentes, acidentes de trabalho, razões para o absenteísmo e acidentes de trabalho; 05. Analisar as observações já efetuadas no ambiente; 06. Elaborar o Mapa de Risco de acordo com o layout da organização. REFERENCIAS BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 05 – Comissão Interna de Prevenção a Acidentes – CIPA. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2011. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr5.htm> Acesso em: 22 de mar. De 2018. ______. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria de Saúde e Segurança do Trabalho. Portaria n° 25 de 29 de dezembro de 1994. Aprovar o texto da Norma Regulamentadora n.º 9 - Riscos Ambientais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 30 dez. 1994. p. 21.180 à 21.182. Republicada 15 dez. 1995. p. 1.987 à 1989. Disponível em: <https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/Portaria+n.+25+SSST+MTb+29+dezembro+1994+Aprova+a+NR+9+sobre+o+Programa+de+Prevencao+e+riscos+ambientais_000gvpl14yq02wx7ha0g934vgrnn5ero.PDF> Acesso em: 22 mar. 2018. FERREIRA, L.S.; PEIXOTO, N.H. Segurança do Trabalho I. Santa Maria: UFSM, CTISM, Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil, 2012, p. 141. Disponível em: <http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_amb_saude_seguranca/tec_seguranca/seg_trabalho/151012_seg_trab_i.pdf> Acesso em: 16 de mar. 2018. NOVELLO, R; NUNES, R.S; MARQUES, R.S.R. Análise de Processos e a Implantação do Mapa de Risco Ocupacional em Serviços de Saúde: Um Estudo no Serviço de Hemoterapia de uma Instituição Pública Federal. In: Congresso Nacional de Excelência em Gestão, 7, 2011, Rio de Janeiro, Anais…, Rio de Janeiro: [s.n.], 2011. Pág. 09. Disponível em: <http://www.inovarse.org/sites/default/files/T11_0362_2038.pdf> Acesso em: 23 mar. 2018.
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