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DMINISTRAÇÃO WEB AULA 1 Unidade 2 – Administração da Qualidade Total (TQM – Total Quality Management) – Olá, alunos! Vocês sabiam que a estratégia da produção é considerada um padrão? – Padrão, professor? Sim, padrão! – Professor, explique isso em outras palavras. – Tudo bem! Então, vamos para as explicações. O fato da estratégia da produção ser considerada um padrão, é a mesma coisa que dizer que esta é, pois, um conjunto de decisões estratégicas. Portanto, a estratégia da produção não é uma única decisão, constituindo- se assim, em várias decisões que compõe a referida estratégia. – Mas, professor, se estamos tratando de Melhoramento da Produção, por que falar de estratégia da produção? – É o seguinte, caros alunos. O Melhoramento da Produção é uma decisão estratégica. Desta forma, é uma das decisões que formam a estratégia da produção. – Ah, professor, agora entendi! – Professor, se esta Unidade aborda o Melhoramento da Produção, por qual razão o título desta Web aula é sobre Administração da Qualidade Total? – É que a Administração da Qualidade Total é um dos estágios em que você pode utilizar para fazer o Melhoramento da Produção. – Ótimo, agora ficou mais fácil. – E estas letras TQM, professor? – TQM é a abreviatura de Administração da Qualidade Total, porém em inglês. As iniciais significam: Total Quality Management. – Ah, entendi! – É importante você conhecer estes termos correlatos, que parecem estar discorrendo sobre um outro assunto, contudo, na verdade, têm o mesmo significado. A Administração da Qualidade Total (TQM – Total Quality Management) pode ser vista como Como filosofia de melhoria e como processo organizacional para administrar o esforço de melhoria. Existem algumas razões para o forte impacto que a TQM exerce nos setores industriais. Primeiramente, a TQM exerce uma forte atração intuitiva sobre muitas pessoas: a maioria das pessoas deseja ser de alta qualidade. Em segundo lugar, a Administração da Qualidade Total resulta em fortes aumentos da eficácia operacional. – Professor, também já tomei conhecimento que existe o Planejamento e Controle da Qualidade. Não poderia juntar TQM e Planejamento e Controle da Qualidade? – Olha, a Administração da Qualidade Total abrange mais do que apenas qualidade, sendo a melhoria de não apenas alguns aspectos da produção, mas sim, de todas perspectivas da produção, inclusive de como essa melhoria precisa ser administrada. – Professor, como a TQM começou, porque acredito que até certo momento isto não existia. – É isso mesmo! A TQM – Total Quality Management – teve uma origem, por meio de uma pessoa chamada de Armand Feigenbaum, atribuído a ele a introdução da TQM no mundo, em 1957. Depois que a TQM foi introduzida, esta sofreu um desenvolvimento positivo, por meio de outras pessoas, as quais as denominados de gurus da qualidade. – Professor, eu gostaria de pular esta parte de origens da Administração da Qualidade Total, tudo isto é história. – Oras, caro aluno, a importância do conhecimento das origens da TQM é para que você tenha o entendimento das contribuições dos pioneiros da qualidade para o Melhoramento da produção. Continuemos, por exemplo, a conhecer um pouco mais ARMAND FEIGENBAUM, que fez Doutorado no Massachusetts Institute of Technology, nos anos 1950. Escreveu o livro Total Quality Control. Para Feigenbaum, a TQM precisa integrar forças dos vários grupos de uma organização, levando a produção e o serviço aos níveis mais econômicos da operação e atendendo plenamente a satisfação dos consumidores. Este livro foi publicado nos EUA. – Nos EUA, professor? Eu pensei que a TQM tivesse começado no Japão. – É, veja o que aconteceu. A TQM surgiu nos EUA, mas foi o Japão o primeiro a praticar em escala ampla a Administração da Qualidade Total, popularizando a abordagem e a sigla TQM. Só que, alunos, há outro guru que contribuiu muito com a Total Quality Management e o nome dele é W. EDWARDS DEMING, onde, no Japão, foi considerado o pai do controle da qualidade. Para Deming, a qualidade começa na alta administração, ou seja, é uma atividade estratégica. O sucesso da indústria japonesa, em termos de qualidade, é atribuído a ele. Inclusive, para Deming, a qualidade e produtividade aumentam à medida que a variabilidade (imprevisibilidade) do processo diminui. Há outro expoente que veio trazer sua contribuição para a Administração da Qualidade Total, o nome dele é J.M. JURAN (JOSEPH M. JURAN). Juran tentou mover as organizações da visão fabril tradicional de qualidade (atendimento às especificações) para a abordagem do usuário, criando uma expressão: “adequação ao uso”. Para o universo da Administração da Qualidade Total, consideramos também Kaoro Ishikawa, o qual criou o conceito de “Círculos de Qualidade”. Também Ishikawa criou o Diagrama de Causa-e-Efeito. Kaoro Ishikawa percebeu que, no Japão, o controle estatístico era tido como excessivo, em consequência, as pessoas não gostavam do controle de qualidade. O controle de qualidade era desagradável, complexo, difícil, ao invés de simples; os padrões eram uma carga que dificultavam as mudanças; as pessoas ficavam amarradas pelas regulamentações. Então, Ishikawa teve a ideia de proporcionar a participação do trabalhador, esta como chave para o sucesso da TQM, por meio dos Círculos de Qualidade. Para você ver, sempre há um aperfeiçoamento a ser realizado nos conhecimentos de Administração da Qualidade Total. Nesse sentido, Genichi Taguchi soma-se ao elenco dos famosos gurus da qualidade. Para Taguchi, o qual era diretor da academia japonesa de qualidade, era relevante a qualidade da engenharia, por meio da otimização do design do produto, combinado com métodos estatísticos de controle da qualidade. Taguchi também estimula reuniões de operários com gerentes para criticar e desenvolver o design do produto. Um outro guru na Administração da Qualidade Total é PHILLIP B. CROSBY. Para Crosby, as organizações dizem que custos que gastam em qualidade é de 10% a 30% do valor das vendas. Crosby, outrossim, lançou um Programa denominado de “Zero Defeito”. – Professor, corrija-me se eu estiver errado. Então quer dizer que todas estas abordagens retro mencionadas, dos gurus da qualidade, são perfeitas? – Não, caros alunos, as abordagens dos gurus da qualidade não são perfeitas, elas possuem suas forças, seus pontos positivos, suas vantagens, contudo, por outro lado, para cada abordagem é possível identificar algumas fraquezas, alguns pontos negativos, algumas desvantagens. – Ah, agora ficou mais claro para mim! – Que bom, então podemos continuar com este assunto estratégico. TQM – CONCEITO: Administração da Qualidade Total (ou TQM – Total Quality Management) é a extensão lógica da maneira em que a prática da qualidade tem progredido, sendo: uma filosofia de como abordar a administração da qualidade e um modo de agir e pensar a produção. – Professor, somente com o conceito parece que é pouco para entender completamente o que vem a ser TQM. – Bem, então, para facilitar você formar a compreensão da Administração da Qualidade Total, podemos mencionar os assuntos com os quais ela se preocupa, aí você tem um esclarecimento melhor do conceito de TQM já citado. Prossigamos, pois, relatando os assuntos com os quais a TQM se preocupa. TQM – ASSUNTOS QUE SE PREOCUPA: 1) Atendimento das necessidades e expectativas dos consumidores; 2) Inclusão de todas as partes da organização, bem como de todas as pessoas também; Quando se fala de inclusão de todas as partes da organização, bem como de todas as pessoas, também está implícito que se está trabalhando com o conceito de consumidor e fornecedor interno. Ébarato corrigir um erro no estágio conceito do produto, porquanto, se deixar para efetuar a correção de um erro no estágio de projeto, o erro é 10 vezes mais caro para ser corrigido. No estágio protótipo, o erro é 100 vezes mais caro para ser corrigido. No estágio produção, o erro é 1000 vezes para ser corrigido. Quando está em uso no mercado, custa 10.000 vezes ou mais para corrigir erro, em termos de custo. 3) Exame de todos os custos relacionados com a qualidade 3.1. Custos de produção: Os custos de produção são os incorridos na prevenção de problemas, falhas e erros, tais como: Identificação de problemas potenciais e correção do processo antes da ocorrência da má qualidade; Design e melhoria do design de produtos, serviços e processos para reduzir os problemas de qualidade; Treinamento e desenvolvimento para pessoal desenvolver seu trabalho da melhor maneira; Controle do processo por meio do Controle Estatístico do processo (CEP). 3.2. Custos de avaliação: Os custos de avaliação são os associados ao controle de qualidade, que visam a checar se ocorreram problemas ou erros durante e após a criação do produto ou serviço. Veja alguns exemplos de custos de avaliação: Adoção de programas de controle estatístico do processo e planos de amostragem; Tempo e esforço exigidos para inspecionar inputs, processos e outputs; Inspeção de processo e teste de dados; Investigação de problemas de qualidade e elaboração de relatórios de qualidade; Condução de pesquisas com consumidores e de auditoria de qualidade. 3.3. Custos de falhas internas: Já os custos de falhas internas referem-se aos erros que são detectados na operação interna. Podemos ilustrar para você estes custos de falhas internas, conforme a seguir mencionados: Custos de peças, materiais refugados ou retrabalhados; Tempo de produção perdido em razão de erros; Falta de concentração decorrente de tempo gasto na correção de erros. 3.4. Custos de falhas externas: Também existem os custos de falhas externas, correspondentes àqueles custos detectados fora da operação, pelo consumidor. Para você entender na prática quais são estes custos de falhas externas, observe os seguintes exemplos: Perda de confiança do consumidor, o que afetará futuros negócios; Consumidores aborrecidos; Litígio (ou pagamento de indenização para evitá-lo); Custos de garantia; Custos para empresa de fornecer em excesso (café a mais num pacote ou informação a mais que necessário para um cliente). ) Fazer as coisas certo da primeira vez, ao invés de inspecionar; 5) Desenvolvimento de sistemas e procedimentos que apoiem a qualidade e melhoria contínua. Desenvolvimento de sistemas e procedimentos que apoiem a qualidade e melhoria contínua é outro assunto que se preocupa a TQM. E este assunto usa a palavra “sistema”. Então vamos definir sistema de qualidade como sendo: a estrutura organizacional, responsabilidades, procedimentos, processos e recursos para implementar a administração da qualidade. Níveis da documentação do sistema de qualidade 1 Manual de qualidade da empresa: • Resumo da política de administração da qualidade e do sistema acompanhado dos objetivos da empresa e sua organização. 2 Manual de procedimentos: • Descreve as funções do sistema, a estrutura e as responsabilidad departamento. 3 Instruções de trabalho, especificações e métodos detalhados para o de minúcias das atividades. 4 Banco do dados: • Contém demais documentos de referência (formulários, modelo informações). SISTEMAS DE QUALIDADE – ISO 9000 Como visto, sistema de qualidade se refere à estrutura organizacional, responsabilidades, procedimentos, processos e recursos para implementar a administração da qualidade. Nos Sistemas de Qualidade ISO 9000, a avaliação é externa. Sistemas de Qualidade ISO 9000 é um conjunto de padrões mundiais que estabelece exigências para os sistemas de administração de qualidade. Também é importante frisar que os Sistemas de Qualidade ISO 9000 possui Auditorias regulares. Contudo, não existe a apenas o padrão ISO. Há países que criaram seus próprios padrões de qualidade. É o que você pode conferir por meio do demonstrativo abaixo: TEM PAÍS QUE POSSUI SEUS PRÓPRIOS PADRÕES Austrália AS3900 Bélgica NBN X 50 Dinamarca DS/EM 29000 Malásia MS985 Holanda NEN-9000 África do Sul SABS 0157 Suécia SS-ISO 9000 Reino Unido BS5750 Alemanha DIN ISO 9000
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