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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DE PATOLOGIAS HUMANAS CAUSADAS POR Staphylococcus aureus

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DE PATOLOGIAS HUMANAS CAUSADAS POR Staphylococcus aureus[2: Artigo científico apresentado a Faculdade de Imperatriz no Curso de Farmácia, como requisito obrigatório para a obtenção do Título em Bacharel em Farmácia. ]
Kelly Cristina Menezes Lima Saraiva [3: Acadêmica do Curso de Farmácia da Faculdade de Imperatriz – FACIMP. ]
Jeane Francisca Alves Ribeiro [4: Orientadora. Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Bacharel em Farmácia UFPA. Professora do curso de Farmácia da FACIMP/Devry. Contato para consultoria em pesquisa: (jeane.ribeiro@facimp.edu.br]
RESUMO: Staphylococcus aureus trata-se de coco Gram-positivo que pode ser encontrado na microbiota da pele e da mucosa do corpo humano, entretanto, pode apresentar patogenicidade ao colonizar tecidos. Isto pode ocorrer através de alguma fissura na barreira cutânea causada por traumas, inoculação por agulhas ou implantação de dispositivos médicos. As infecções podem ser simples ou evoluir para formas graves como pneumonia e sepse. Era possível o controle dessa bactéria através de terapia antimicrobiana simples, mas com as mudanças na sua linhagem ocasionou o desenvolvimento de uma a vários antimicrobianos antes utilizados. Os isolados resistentes à meticilina são chamados de MRSA (Staphylococcus aureus resistentes à meticilina). Nos hospitais, estes microrganismos representam um problema constante e bem conhecido. No entanto, nos últimos anos relatos de infecções de pele e tecidos moles foram descritas fora do ambiente hospitalar, em indivíduos sem os fatores de risco para aquisição deste patógeno. O objetivo deste trabalho de revisão é demonstrar as características morfológicas, estruturas antigênicas, suas manifestações, os exames clínicos bem como o tratamento e controle do S. aureus.
Palavras-chave: Staphylococcus aurues, Diagnóstico, Epidemiologia, MRSA
ABSTRACT: Staphylococcus aureus is a Gram-positive coccus that can be found in the microbiota of the skin and mucosa of the human body, however, it may present pathogenicity when colonizing tissues. This can occur through some cleft in the skin barrier caused by trauma, needle inoculation or implantation of medical devices. Infections can be simple or progress to severe forms such as pneumonia and sepsis. It was possible to control this bacterium through simple antimicrobial therapy, but with the changes in its lineage caused the development of one to several antimicrobials previously used. Methicillin-resistant isolates are called MRSA (methicillin-resistant Staphylococcus aureus). In hospitals, these microorganisms represent a constant and well-known problem. However, in recent years reports of skin and soft tissue infections have been described outside the hospital setting in individuals without the risk factors for acquiring this pathogen. The objective of this review work is to demonstrate the morphological characteristics, antigenic structures, their manifestations, clinical exams as well as the treatment and control of S. aureus.
Keywords: Staphylococcus aurues, Diagnosis, Epideomyology, MRSA 
1 INTRODUÇÃO 
Os estafilococos são cocos de 0,1 a 1 μm de diâmetro. Eles estão isolados, em diplococos, ou em grupos que percebem o aspecto característico de um cacho de uvas. Estes são germes Gram-positivos. Com pouquíssimas exceções, elas são desprovidas de cápsulas; eles não formam esporos. Eles crescem facilmente, aerobicamente ou anaerobicamente, nos ambientes mais comuns. Meios de telurito seletivo, hipersalino ou potássio facilitam o isolamento de amostras plurimicrobianas (BOOKS et. al., 2014).
Através da análise do genoma (hibridação ADN-ADN, a análise electroforética do padrão de migração dos fragmentos de restrição de ADN cromossómico que transportam os genes codificação de ARN ribossico), os constituintes da parede (ácido teicóico, peptidoglicano, proteína a), caracteres metabólicos (açúcares acidificação, a produção de enzimas e de várias proteínas) e a resistência a certos antibióticos (novobiocina) o gênero foi divido em espécies.
O gênero Staphylococcus é constituído por mais de 40 espécies, sendo as quatro mais importantes clinicamente são Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus lugdunensis e o Staphylococcus saprophyticus. Sendo o primeiro distinto das outras espécies por ser coagulase-positivo, e possui uma grande importância para os seres humanos. Quase todos os indivíduos sofrem de algum tipo de infecção causada por ele durante alguma fase da vida (BOOKS et. al., 2014).
Apesar de algumas variações serem tratadas facilmente com as medicações antibacterianas, modificações ao longo do tempo tornaram essa bactéria mais resistente, e causando um grande problema de infecções generalizadas em hospitais em pacientes que foram submetidos algum processo cirúrgico, mostrando então o seu potencial de agravamento clínico por ter comportamentos oportunistas. 
Essa mudança da epidemiologia do Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) é constante e preocupante, pois tanto os clones circulantes como seus perfis de resistência a antibióticos variam consideravelmente, dependendo da região e do país (GUZMÁN-BLANCO et. al., 2009). Segundo Bautista et. al., (2013) rápido isolamento e identificação de o patógeno S. aureus é uma importante objetivo do diagnóstico microbiologia. 
Portanto, esta revisão bibliográfica se faz importante para estudar a morfologia, estrutura antigênica, patologia bem como suas manifestações clínicas e tratamentos mais frequentes para patologias causadas por Staphylococcus aureus. 
2 REFERENCIAL METODOLÓGICO
2.1 Tipo de Pesquisa
O presente estudo trata-se de uma pesquisa de natureza básica, de acordo com Silveira e Córdova (2009, p. 34), dado que o estudo de nível investigativo básico tenciona “gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da Ciência, sem aplicação prática aplicada. Envolve verdades e interesses universais”. Uma vez que tenta atender uma escassez de informações sobre o tema, sem gerar obrigatoriamente resultados de aplicação prática de patologias humanas causadas por staphylococcus aureus, porém é relevante, pois aqui serão encontroadas informações que podem ser úteis para o direcionamento de outras pesquisas de interesse para a área da saúde.
Com objetivo explicativo, como caracteriza Gil (2008) visto que a preocupação central é identificar os fatores que determinam ou colabora para a ocorrência dos fenômenos. Esse tipo de pesquisa observa detalhadamente a realidade situacional do objeto de estudo, em busca de uma explicação da razão e o porquê das coisas. Assim, este estudo buscou analisar e observar o Staphylococcus aureus, e este por sua vez, possui grande importância nos que se refere a infecções hospitalares.
Os dados foram obtidos por meio de pesquisa bibliográfica, de abordagem qualitativa, conforme descreve Prodanov e Freitas (2013), onde o ambiente natural é a fonte de coleta de informações, interpretação de fenômenos e atribuição de definições conceituais.
2.2 Universo e Amostra 
Para este trabalho, foram realizadas leituras de diversos textos originais, no entanto são apresentados aqui os 10 textos originais mais relevantes, variando desde o ano 1997 até o momento atual, de diferentes hierarquias científicas, entre graduações, mestrados e doutorados, além da interpretação de livros possuindo a mesma temática, para o problema investigado, sendo a principal fonte de pesquisa o livro Microbiologia Médica de Jawetz, Melnick e Adelberg.
2.3 Instrumentos de coleta de dados e Análise de dados 
O estudo foi realizado por meio de uma revisão integrativa bibliográfica de livros, artigos, de bases de dados eletrônicas Scientific Eletronic Library Online (SciElo), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Google Acadêmico e outros trabalhos científicos encontrados online. As palavras-chave usadas para a pesquisa eletrônicas 4 e online foram: “Staphylococcus aurues”, “Diagnóstico”,“Epideomiologia”, “MRSA”.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
As bactérias do gênero Staphylococcus são relativamente resistentes a ressecamento, chegando a suportar temperaturas de 50°C durante 30 minutos, no entanto, são rapidamente inibidas por algumas substâncias químicas como soluções antissépticas a base de hexaclorofeno (BOOKS et. al., 2014). Em locais secos esses microorganismos conseguem sobreviver durante períodos longos de tempo. 
Dentro do gênero, o Staphylococcus aureus é uma das espécies mais comuns e com maior virulência. A maior frequência de disseminação desta bactéria acontece de forma endógena, ocasionando assim uma responsabilidade sobre muitas das infecções adquiridas em ambiente hospitalar. No entanto, o outro meio de disseminação (exógena) não é descartado, sendo as bactérias transferidas para uma pessoa vulnerável pelo contato direto ou até mesmo através de fômites. O que evidencia a utilização de técnicas adequadas de lavagem das mãos por profissionais da saúde, a fim de prevenir a transmissão deste microrganismo aos pacientes ou entre os próprios pacientes (ARANTES et. al., 2009).
3.1 Morfologia 
Os estafilococos são cocos Gram e catalase-positivos, com aproximadamente 0,5 a 1,5µm de diâmetro, imóveis, não esporulados. Seus arranjos apresentam-se de forma diversas, indo desde isolados, aos pares, em cadeias curtas, até agrupados irregularmente o que assemelha-se a cachos de uvas. Isso se deve ao fato da sua divisão celular ocorrer em vários planos (BOOKS et. al., 2014).
Uma cápsula de polissacarídeo que tem por função reverter à camada mais externa da parede celular é encontrada nessas bactérias. Segundo LIMA et. al., (2015) já foram identificados 11 sorotipos capsulares de S. aureus, os sorotipos 6 e 7 são os mais associados às infecções em seres humanos. Essa cápsula pode inibir a fagocitose bacteriana ao encobrir as opsoninas, aumentando assim a virulência e a capacidade de invasão dos tecidos e da corrente sanguínea, a partir de um foco periférico. A maioria das cepas de S. aureus contém em sua superfície externa o fator de coagulação, e este, por sua vez, se liga ao fibrinogênio e o transformando-a em fibrina insolúvel, o que aumenta a seu poder de virulência.
3.2 Estrutura Antigênica
Existem polissacarídeos, proteínas e outras substâncias na estrutura da parede celular dos estafilococos que são importantes para sua dissipação. Um exemplo é o peptioglicano, que trata-se de um polímero de polissacarídeos de subunidades ligadas, está dá a parede celular um tipo de exoesqueleto rígido (BOOKS et. al., 2014).
O ácido teicóico e o peptídoglicano também estão presentes em sua parede celular. O primeiro é um polissacarídeo espécie-específico que tem a capacidade de acionar a via alternativa do complemento e estimular a produção de citocinas. Já o segundo é um polímero de polissacarídeo que funciona como agente quimiotático para leucócitos polimorfonucleares, induzindo assim a produção de IL-1, e está, por sua vez, atua como elo entre as respostas inflamatória e imune. Outro componente é a opsoninas, que revestem a bactéria, tornando-a mais facilmente fagocitada pelo hospedeiro (ARANTES et. al., 2009). 
Esses são um dos fatores que aumentam a capacidade do S. aureus em invadir o hospedeiro, escapar de suas defesas, instalar-se e cumprir seus ciclos se multiplicando, ocasionando assim o aparecimento de doenças. 
3.3 Patogênese e Patologia 
Segundo BOOK et. al., (2014) os fatores extracelulares e toxinas aliadas às propriedades invasivas das cepas é que vão ditar a capacidade patogênica de uma cepa e S. aureus. Essas patologias podem variar desde uma intoxicação alimentar atribuída a ingestão de enterotoxina pré-formada até bacteriemia estafilocócica e abcessos disseminados em todos os órgãos, podendo levar o indivíduo a óbito. 
Ao contrário de algumas espécies de estafilococos como S. epidermidis, que são coagulase-negativos, que tendem a ser não hemolíticos e raramente causam supuração, o S. aureus patogênico e invasivo tendendo a formar um pigmento de cor amarela e apresentando características hemolíticas. 
O mais comum de encontrar em uma lesão causada por estafilococos é um furúnculo ou outros abscessos localizados. O S. aureus quando está estabelecido em grupos em um folículo piloso provoca necrose tecidual. A coagulase produzida coagula a fibrina ao redor da lesão e no interior dos vasos linfáticos, o que resulta na formação de uma parede que limita o processo, e o acúmulo de células inflamatórias reforça ainda mais essa parede. No centro da lesão ocorre liquefação do tecido necrótico, fazendo o abscesso se mostrar na direção de menor resistência. 
A partir de qualquer foco, a infecção pode se propagar pela corrente sanguínea para outras partes do corpo. Na osteomielite, consiste no geral, em um vaso sanguíneo terminal da metáfise de um osso longo, e isso resultam na necrose do osso e supuração crônica. Além disso, o S. aureus pode causar pneumonia, meningite, empiema, endocardite entre outras. 
3.4 Manifestações Clínicas
O Staphylococcus aureus é um importante patógeno responsável por uma ampla gama de manifestações clínicas, desde infecções cutâneas relativamente benignas até condições de risco de vida, como endocardite e osteomielite.
SHAHRAM et. al., (2014) em seu estudo sobre a avaliação microbiológica de infecções causadas por S. aureus acredita que duas grandes mudanças na epidemiologia do S. aureus ocorreram desde a década de 1990: uma epidemia de infecções da pele e dos tecidos moles associadas à comunidade (em grande parte impulsionada por cepas específicas de  S. aureus resistentes à meticilina [MRSA]), e um aumento no número de cuidados de saúde infecções associadas (especialmente endocardite infecciosa e infecções por dispositivos protéticos).
S. aureus é agora a causa mais comum de Endocardite infecciosa no mundo diz estudos. Devido à sua propensão para causar doença grave e sua resistência antibiótica frequente.
O S. aureus causa doenças desde a benigna como impetigo e infecção de pele e partes moles até a imediata ameaça à vida. É o patógeno mais comum isolado de infecções do sítio cirúrgico, abscessos cutâneos e celulite purulenta. 
O impetigo é a infecção bacteriana mais comum na pele das crianças. Em geral, o impetigo apresenta-se como lesões bolhosas ou papulosas que evoluem para lesões crostas, sem acompanhar sintomas sistêmicos, em áreas expostas do corpo (geralmente a face ou extremidades).
S. aureus é o patógeno mais comum em todas as três principais classes de infecção osteoarticular, (osteomielite), artrite séptica e infecção de prótese articular. A osteomielite é uma infecção do osso, resultando em sua destruição inflamatória, necrose óssea e nova formação óssea, e o S. aureus é a causa predominante sendo identificado em 30 a 60% dos casos (MORAN et. al., 2006).
S. aureus é particularmente adepto de infectar corpos estranhos dentro do hospedeiro humano. Infecções de válvulas cardíacas protéticas e articulações protéticas como é o casa da formação de biofilmes. Um biofilme é uma comunidade de bactérias sésseis encapsuladas em uma matriz extracelular de água, células microbianas, nutrientes, polissacarídeos, DNA e proteínas. O biofilme fornece uma matriz protetora ao redor das bactérias encapsuladas e é altamente resistente a defesas imunológicas do hospedeiro e antimicrobiano. Isso se deve a deposição de fibrina fibronectina, fibrinogênio e colágeno numa bainha ao longo da superfie de um dispositivo inserido. Isso acaba impossibilitando a erradicação da infecção sem a remoção cirúrgica do dispositivo.
As toxinas estafilocócicas são responsáveis pela necrose epidérmica tóxica (síndrome da pele escaldada) e pela síndrome do choque tóxico. Os Staphylococcus também são capazes de produzir infecções alimentares devido à produção de exotoxinas durante o crescimento em alimentos contaminados (MORAN et. al., 2006).
3.5 Exames Diagnósticos
De acordo com a pesquisa de HIRAMATSU et. al., (1997) que trabalhou com diferentestipos de resistência de Staphylococcus aureus. Para o diagnóstico, um primeiro passo importante é o isolamento das bactérias dos espécimes apropriados. Isto é seguido pela identificação de toxinas de S. aureus ou medição de anticorpos em casos especiais, tais como infecções profundas ou intoxicação alimentar.
3.5.1 Coleta de Espécimes
Isso depende da área do corpo afetada. Por exemplo, aqueles com infecções de pele ou garganta, narinas e infecções de feridas precisam ser esfregados para pus e outras secreções com as bactérias. Os cotonetes consistem em palitos de algodão estéreis e absorventes. Aqueles com uma infecção do trato urinário precisam fornecer amostras de urina em recipientes estéreis e aqueles com uma infecção sanguínea generalizada precisam fornecer amostras de sangue. As amostras de sangue são então transferidas para o frasco de hemocultura (ARANTES et. al., 2009).
3.5.2 Confirmação do Diagnóstico
Para confirmar um diagnóstico, a amostra do paciente é colocada em um meio de cultura. Pode ser um líquido ou gel que fornece fontes de nutrição, carbono, energia e nitrogênio para as bactérias crescerem. Para S. aureus , o meio utilizado é preenchido com sangue e lactose. Também é comumente usado o ágar sal manitol, que é um meio seletivo com 7-9% de sal ou cloreto de sódio que permite que S. aureus cresça seletivamente. Estes meios são colocados em placas de petri e esfregados com a amostra. As placas são então incubadas durante a noite. Após um determinado período de tempo, as típicas colônias de ouro de S. aureus são vistas. Estes são então corados com coloração de Gram para confirmação e também passam por testes característicos específicos, como o teste da catalase ou o teste da coagulase para o diagnóstico (MORAN et. al., 2006).
3. 6 Tratamento 
Segundo BOOK et. al., (2014), para infecções cutâneas como acne e furúnculo, o tratamento pode ser feito com medicamentos a base de tetraciclinas. Já para abscessos e outras lesões supurativas fechadas, o tratamento indicado é a drenagem, e terapia com antimicrobianos. A osteomelite também responde satisfatoriamente aos antimicrobianos. No entanto, para casos crônicos e recidivante deve ser feito drenagem cirúrgica e remoção do osso morto, acompanhado de administração prolongada de fármacos apropriados. A bacteriemia, a endocardite, pneumonia e outras infecções causadas por S. aureus deve ser tratamos com intravenosos prolongados com penicilina resistente â β – Lactamase. 
No entanto, deve–se salientar que é frequente o encontro de cepas do S. aureus resistentes aos fármacos comuns. Por isso, é importante fazer antibiogramas com estafilococos isolados para auxiliar na escolha dos fármacos sistêmicos. 
Dados do National Nosocomical Infections Surveillance (NNIS), do Center for Diseases Control and Prevention (CDC), nos Estados Unidos da América (EUA), mostraram que, desde 1999, a proporção de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) ultrapassa 50% entre os pacientes em UTI. No Brasil, os índices de cepas MRSA são também bastante elevados (40% a 80%), principalmente em UTIs.
4 CONCLUSÃO
O gênero Staphylococcus são habitantes comuns da pele e mucosas humanas e de alguns animais e tem grande importância clínica em todas as partes do mundo, sendo agente causador de diversos tipos de infecções, que vão desde acne e furúnculo até casos mais graves como osteomelites e pneumonia. 
Esse gênero responde bem a tratamentos com antimicrobianos, porém é comum que eles adquiram resistência de forma rápida, e isso pode trazer problemas de infecções clínicas. Por esse motivo, a espécie mais importante trata-se de S. aureus, devido ao seu potencial de infecções invasivas e oportunista complicando tratamento de pacientes e podendo até levar a óbitos. Por isso, é importante estudar os mecanismos de ações dessa espécie, seus tratamentos a fim de salientar a importância desta espécie como o presente estudo mostrou.
REFERÊNCIAS
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