Buscar

Sexualidade Feminina

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 14 – Ginecologia– Sexualidade Feminina 
**Cada vez mais abordado, mas ainda é um tabu. É um aspecto da saúde.
“O prazer ou a anedonia sexual produzem impacto considerável sobre a qualidade de vida”.
Tripé: Função Sexual, Identidade Sexual e Relacionamentos Sexuais. 
Ciclo Biológico 
A: Excitação -> Platô -> Orgasmo -> Resolução *Homem. Estímulo simples e primário. 
B: Intimidade -> Estímulo Sexual -> Excitação -> Desejo Sexual -> Aumento da Intimidade *Mulher tem duas fases de ciclo biológico para chegar na possibilidade de ter alguma relação e quem sabe ser prazerosa. Contato inicial é importante para estimular alguma excitação (aumento de lubrificação e estímulos nervosos) que proporcione desejo e estimular o ciclo vicioso.
Impulso/Desejo (Libido)
- Interação entre múltiplos neurotransmissores (fundamental para que exista libido), hormônios sexuais e ambiente.
- Libido: componente cerebral da sexualidade. 
- Fatores ligados a libido e satisfação sexual: saúde mental, bem estar emocional, autoimagem positiva, experiências sexuais passadas gratificantes *hx de abuso sexual tem menos libido, quanto pior a vida sexual, pior vai ser, sentimentos positivos para com o parceiro, expectativas positivas em relação ao relacionamento.
**Fatores ligados são iguais no homem e na mulher, mas esses dois últimos, mais intensos na mulher. 
Excitação *No ciclo mais simples
- Correlação intima e positiva entre estimulo sexual e emocional 
Sistemas motivacionais primários (Fisher 1998)
1º: Androgênios –influencia sobre o desejo. *Nível de testosterona é importante. ACO combinado é comum ter menos libido pois diminui o testosterona livre. Mulher com hipertricose tem maior libido.
2º: Dopamina – influencia sobre a atração (romance).
3º: Ocitocina – influencia sobre a ligação com o parceiro. *Chamado de hormônio do amor. 
Sinais Subjetivos:
- Congestão Vaginal e Vulvar (aumento de temperatura)
- Aumento da lubrificação vaginal (pelo maior aporte sanguineo)
- Aumento da freqüência cardíaca, temperatura e tônus muscular
Alterações no clitóris:
Relaxamento da artéria cavernosa -> Intumescimento clitoridiano -> Extrusão da glande do clitóris -> Aumento da sensibilidade *Pelo aumento de circulação sanguínea. 
*Clitóris tem estrutura muito semelhante a um pênis. *Intumescimento não é o mesmo que ereção.
Alterações vaginais e vulvares:
Neurotransmissores modulam o relaxamento da musculatura lisa vascular e não vascular vaginal -> Aumento do diâmetro e lúmen vaginal -> Produção de transudato vaginal (lubrificação)
**Sem excitação a relação não é nada prazerosa, é desagradável e dolorosa; vagina é completamente diferente. 
Liberação Orgásmica
- Ocorre quando um platô de excitamento é atingido ou excitado.
- Marcado por indicadores fisiológicos variados e contrações rítmicas do útero, tubo vaginal e esfíncter anal.
- As mulheres são únicas na sua capacidade multiorgásmica. 
**Platôs diferentes entre homens e mulheres, na excitação conseguem ficar mais semelhantes. Ao conseguir exceder o platô, por um estímulo “elétrico”, ocorre a liberação (não controlada). 
*Apenas a mulher consegue ter múltiplos orgasmos, homem não tem essa capacidade. Mulher pode atingir o platô e ter várias liberações pequenas, podendo voltar para o platô várias vezes, dependendo de todos os fatores anteriores. 
*Liberação no homem é rápida, na mulher é mais lenta, ainda permanece tendo um grau de prazer. 
Resolução
- Retorno aos padrões fisiológicos prévios
- Relaxamento psicológico e físico concomitantes. 
Fatores Relacionados a Sexualidade:
Gravidez e Sexualidade:
- Redução no desejo sexual e freqüência é normal.
- Após o parto a retomada dos padrões sexuais prévios é variada
Sexualidade na transição para a Menopausa:
- Poucas alterações no inicio da transição
- Retardo no tempo de reação do clitóris
- Retardo ou ausência de lubrificação vaginal
- Melhores padrões em mulheres que fazem TRH
Sexualidade na Terceira Idade:
- Continua tendo papel importante na manutenção da saúde física e mental.
- Aumento no desejo e interesse. 
**Muito comum prolapso vaginal nessa idade, e muitas pacientes querem que seja mantido ou melhorado a função sexual com tratamento cirúrgico.
Transtornos Sexuais:
- Transtorno de desejo sexual hipoativo: passado sexual, experiências, relacionamento conjugal, aceitação da paciente quanta sua própria imagem, doenças mentais, transtornos emocionais e hx abuso. TTO: abordar a sexualidade e descobrir causa do desejo para conseguir fazer o tratamento *Algumas vezes pode ser o ACO que está usando.
- Transtorno de aversão sexual: muito diferente de desejo hipoativo, pois na maioria das vezes é transitório e a paciente sabe que deve ser prazerosa; já na aversão, a relação de prazer com sexo não é nada prazerosa e a paciente acredita que aquilo é ruim. TTO com psicoterapia associada (multidisciplinar)
- Transtorno da excitação sexual feminina: fracasso para adquirir ou manter resposta a excitação sexual *Transtorno que não permitem. Procurar causa para TTO. 
- Transtorno orgásmico feminino: vem diminuindo ao longo dos anos, mas ainda existem muitas mulheres que passam a vida sem ter. Maioria das causas tem relação emocional, mas também pode ter alterações anatômicas (não ter lubrificação) ou hormonais que impeçam de atingir o platô.
- Dispareunia: mais discutida nos dias atuais. Dor na relação sexual -> 3 Tipos: Superficial (dor no inicio da penetração); Profundidade (não tem dor no inicio, mas tem dor no fundo, quando toca em algo que desencadeie dor); Mista. 
- Vaginismo: espasmos involuntários da musculatura do terço inferior da vagina. Muito comum. Pode ser uma evolução da dispareunia. *Involuntariamente os espasmos ocorrem, muitas vezes pela dor. Pode ser primária: dispareunia já começar com vaginismo Ex: Hx abuso, e começa a ter dor involuntária. Pode ser secundária: outras causas de dispareunia e por estímulos negativos inicia o vaginismo. TTO multidisciplinar: ginecologista, cx ginecológico (Ex: endometriose), psicoterapia, sexólogo, fisioterapia (estímulo local).

Outros materiais