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PROTOZOÁRIOS MALÁRIA PARASITOLOGIA 27 Descrição Malária ou impaludismo doença infecciosa, não contagiosa, de evolução crônica, com manifestações episódicas de caráter agudo e períodos de latência que podem simular a cura Causada por protozoários do gênero Plasmodium Agente etiológico Cerca de 150 espécies causadoras de malária em diferentes hospedeiros vertebrados quatro parasitam o homem Plasmodium vivax, P. falciparum, P.malariae e P. ovale (África) Formas evolutivas Extracelulares esporozoítos, merozoítos Esporozoítos migram por diversas células sem multiplicar Merozoitos invade somente hemácias Intracelulares trofozoítos, merozoitos e gametócitos Trofozoítas se multiplicam Vetores Fêmeas do gênero Anopheles (mosquito-prego) hematófagas Hábitos alimentares Ao entardecer e amanhecer Algumas regiões hábitos noturnos Habitat natural prefere águas limpas, não poluídas Extra-domicílio Peridomicílio e ocasionalmente domicílio 1: eritrócito normal 2-18: Trofozoítas 2-10: fase de anel 19-26: esquizonte 26: ruptura 27, 28: macrogametócitos (feminino) 29, 30: microgametócitos (masculino). PROTOZOÁRIOS MALÁRIA PARASITOLOGIA 28 Ciclo Biológico ciclo assexuado hosp. vertebrado hosp. intermediário Fase exo-eritrocítica, pré-eritrocítica ou tissular Repasto sanguíneo inoculação de esporozoítos sob a pele do hospedeiro corrente sanguínea chega ao fígado no hepatócito se diferenciam em trofozoíta multiplicam por esquizogonia (fissão múltipla) merozoitos tissulares corrente sanguínea Não é patogênico e não determina sintomas Ciclo eritrocítico Merozoítos tissulares invadem os eritrócitos diferenciam em trofozoíta multiplicação por esquizogonia eritrócito rompe merozoítos sanguíneo novos eritrócitos algumas gerações diferenciação em gametócitos não se dividem mosquito vetor Alimentam-se de hemoglobina formação do pigmento malárico liberado quando hemácia se rompe fagocitado pelas células de Kupffer no fígado ou macrófagos do baço ou outros tecidos Responsável pelas manifestações clínicas e patologia da malária Ciclo Biológico ciclo sexuado hosp. invertebrado hosp. definitivo Durante o repasto sanguíneo ingere gametócitos no intestino médio gametogênese transformam em gametas extracelulares fecundação ovo ou zigoto encista na camada epitelial do intestino médio oocisto esporogonia ruptura da parede do oocisto libera os esporozoítos hemolinfa todo corpo do inseto células das glândulas salivares ducto salivar injetados no hospedeiro vertebrado, juntamente com a saliva, durante o repasto sanguíneo PROTOZOÁRIOS MALÁRIA PARASITOLOGIA 29 Transmissão Principal inoculação de esporozoítos pela fêmea vetor contaminada Raramente transfusão sanguínea, compartilhamento de seringas contaminadas, acidentes em laboratório e congênita Tipos de Plasmodium Plasmodium vivax febre terçã benigna (intervalo de 48h) Período de incubação 8 a 14 dias Plasmodium falciparum febre terçã maligna (intervalo de 36/48/36h) Período de incubação 7 a 14 dias Plasmodium malariae febre quartã benigna (intervalo de 72h) Período de incubação 7 a 30 P. falciparum forma mais grave Pode evoluir para distúrbios da coagulação sangüínea, choque, insuficiência renal ou hepática, encefalopatia aguda, edema pulmonar Se não diagnosticada e tratada precocemente pode evoluir rapidamente óbito 10% dos casos A malária "benigna" das outras espécies pode resultar em debilitação crônica, mas mais raramente em morte Diagnóstico Clínico Sintomas sugestivos de malária Associado ao histórico de residência ou procedência de áreas endêmica Laboratorial específico Demonstração de parasito gota espessa e esfregaço sanguíneo Pesquisa de DNA Imunodiagnóstico Terapêutica Os fármacos usados aumentam essas concentrações de radicais livres e substâncias oxidantes parasitas morrem concentrações inferiores a capaz de causar danos no hospedeiro Cloroquina (mais usado) e mefloquina ou doxiciclina (em casos de resistência para o P. falciparum) Quinina (retirado por ter toxicidade hepática, mas retomada por casos de resistência) Frequente utiliza-se associações de vários fármacos parasitas resistentes PROTOZOÁRIOS MALÁRIA PARASITOLOGIA 30 Epidemiologia Profilaxia Diagnóstico imediato e tratamento dos casos Medidas anti-vetoriais seletivas Saneamento ambiental eliminação de criadouros de anofelinos (drenagem, retificação de cursos d’água, pequenos aterros) Incidência Predomina nos países de clima tropical Aumento na incidência global Resistência dos protozoários e vetores Mudanças climáticas e ecológicas Aumento de viagens para áreas endêmicas É a mais antiga, a mais distribuída e a mais conhecida das doenças produzidas por parasitas animais OMS (2005) 3,2 bilhões de pessoas vivem em áreas de transmissão Estima-se que a doença afeta cerca de 300 milhões de pessoas nas área subtropicais e tropicais do planeta, resultando em mais de um milhão de mortes a cada ano, na grande maioria, crianças Brasil 400.000 a 700.000 casos/ano Maioria Amazônia legal
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