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ADMINISTRAÇÃO E MERCADO DE TRABALHO 1 AULA 3 Prof. André Lacerda luiz@ensp.fiocruz.br OS NÍVEIS ORGANIZACIONAIS ESTILOS DE ADMINISTRAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES CONTEÚDO • O papel das organizações; • A origem das organizações; • A complexidade das organizações. ORGANIZAÇÃO: É um grupo de pessoas que se constitui de forma organizada para atingir objetivos comuns. Incluem-se nesta definição as empresas, universidades, hospitais, escolas, creches, associações culturais, partidos políticos, sindicatos, clubes, condomínios, cooperativas, famílias, organizações não-governamentais (ONG’s), associações de classes profissionais, corporações militares, associações de moradores de bairro, entre outros. POR QUE PREFERIMOS FAZER AS COISAS ACONTECEREM POR MEIO DAS ORGANIZAÇÕES? AS ORGANIZAÇÕES E O AMBIENTE As organizações necessitam explorar e compreender o contexto no qual elas estão inseridas, na perspectiva de reduzir incertezas. O ambiente representa todo o universo que envolve externamente uma empresa, ou melhor, é tudo aquilo que está situado fora dela. É a própria sociedade maior, constituída de concorrentes, organizações, outros grupos sociais, etc. (CHIAVENATO, 2000). É o contexto ambiental mais próximo e imediato da organização, específico da empresa, estando localizadas as interfaces (área de contato entre uma empresa e seu ambiente), as entradas e saídas do sistema, isto é, os fornecedores de recursos(materiais, financeiros, humanos, clientes, consumidores, etc). Ambiente Tarefa ou Microambiente: Concorrentes Organização Entidades reguladoras Clientes Fornecedores Neste espaço estão também localizados o seu “nicho ecológico”, ou melhor, o seu domínio ou área de poder e dependência de uma organização em relação ao seu ambiente tarefa. (CHIAVENATO, 2000). Neste ambiente estão também os concorrentes, sindicatos, entidades e etc, que impõem condições, restrições e limitações atividades organizacionais. Ambiente Tarefa ou Microambiente: Ambiente Geral ou Macroambiente: Constitui-se de fatores econômicos, tecnológicos, sociais, políticos, culturais, legais, humanos, etc. que ocorrem no mundo e na sociedade em geral. O ambiente geral é influenciado por forças que escapam do controle e previsão das organizações. Ambiente Geral ou Macroambiente: . Ambiente geral Ambiente Tarefa Organização Sociais Legais Econômicos Políticos Demográficos Fornecedores Agentes reguladores Concorrentes ClientesOutras organizações Culturais Organização, ambiente tarefa e ambiente geral (CHIAVENATO, 2000) AS ORGANIZAÇÕES E O AMBIENTE Organização Fornecedores de Recursos (materiais, humanos, financeiros, etc.) Entradas Saídas Agências regulamentadoras (Outras restrições e limitações) Concorrentes (quanto a fornecedores ou a clientes) (restrições quanto a entradas e/ou saídas) Clientes, Usuários ou Consumidores DINÂMICA AMBIENTAL As organizações, como já abordamos anteriormente, estão sujeitas a diversas condições e influências originárias de suas tarefas, setor de atividade econômica e tecnologia empregada na execução de suas atividades. Podemos então observar que o ambiente organizacional nem sempre é estável, homogêneo e uniforme, possui mutabilidade e dinamismo. DINÂMICA AMBIENTAL Influências negativas Condições desfavoráveis, restrições e limitações Problemas, desafios, coações, pressões, ameaças, hostilidade ambiental Facilidade e incentivos Oportunidades e condições favoráveis Condições neutras, indefinidas, ambíguas Influências positivas Neutralidade Algumas forças podem provocar influências positivas ou negativas sobre a empresa: DINÂMICA AMBIENTAL Ambiente Tarefa Homogêneo X Ambiente Tarefa Heterogêneo Homogêneo: Quando clientes, concorrentes, fornecedores e agentes reguladores apresentam pouca diferenciação entre si, podendo portanto serem tratados com certa uniformidade de critérios por parte da empresa. Geralmente são empresas que concentram-se em apenas um único produto ou serviço. Heterogêneo: Impõe maior variedade à organização, apresentam uma estrutura complexa, com várias divisões funcionais. Geralmente são empresas com diversos produtos e serviços, que relacionam-se com diversos clientes, fornecedores e concorrentes. DINÂMICA AMBIENTAL Estabilidade X Instabilidade Estabilidade: O ambiente tarefa pode ser considerado estável quando não há mudanças relevantes no comportamento de seus fornecedores, clientes, concorrentes ou agentes reguladores. Ambiente tarefa dinâmico/mutável: Apresenta instabilidade no comportamento dos clientes, fornecedores, concorrentes e grupos reguladores, portanto provoca incerteza nas organizações que lidam com ele. DINÂMICA AMBIENTAL Análise Ambiental “É o estudo das diversas forças do ambiente, as relações entre elas no tempo e seus efeitos ou potenciais sobre a organização”. (CHIAVENATO, 2000) O primeiro passo para a realização da Análise Ambiental de uma organização, é efetuarmos o reconhecimento do ambiente tarefa: 1- Quem são os clientes reais / potenciais da empresa? 2- Quais os fornecedores reais / potenciais de seus recursos? 3- Quem são os seus concorrentes? 4- Quais são os agentes regulamentadores? DINÂMICA AMBIENTAL A influência do ambiente sobre as organizações Alguns autores, como Lawrence e Lorch – Teoria da Contingência, afirmam que as características organizacionais das empresas dependem das características ambientais. Não existe portanto uma única e melhor maneira de administrar uma empresa; em vez disso, necessitam ser sistematicamente ajustadas às condições ambientais . Burns e Stalker, em estudos realizados em indústrias inglesas, procuraram verificar a relação entre procedimentos e práticas administrativas utilizadas internamente, relacionando-os com os aspectos externos dessas indústrias. Concluíram que estas poderiam ser classificadas como: Organizações mecanísticas e Orgânicas. DINÂMICA AMBIENTAL Gestão Modifica Estrutura Organizacional Tecnologia Pessoas Melhora Eficiência Da organização Resulta Eficácia Organizacional A Relação entre Eficiência, Eficácia e Efetividade da Gestão Organizacional DINÂMICA AMBIENTAL Organização Educacionais Culturais Sociais Políticos legais Recursos naturais Tecnologias Econômicos Forças Externas de Mudnça DINÂMICA AMBIENTAL Forças Internas de Mudnça Estrutura Organizacional Objetivos Diretrizes Tecnologias / recursos Atividades / habilidades / atitudes dos empregados O que é Estratégia? Estratégia é a corrida para a “posição ideal”, a criação de um posicionamento único e exclusivo. Atenção não confundir com o planejamento estratégico Estratégia Henry Mintzberg define estratégia como sendo: Uma forma de pensar no futuro; Integrada no processo decisório; Um procedimento formalizado e articulador de resultados; Uma programação. A CRISE QUE VIVEMOS HOJE NÃO É A DA MORTE E DO FIM! ESTE FENÔMENO É A CRISE DO NASCIMENTO. Vivemos Hoje a Fase Pré-natal de Uma Grande Revolução de Ambiente As Mudanças no Mundo Há um mundo que está acabando... E nós, para o bem e para o mal, estamos exatamente aqui Evolução da história recente das Empresas ... e um mundo que está começando As Mudanças no Mundo Há um mundo que está acabando... E nós, para o bem e para o mal, estamos exatamente aqui Evolução da história recente das Empresas ... e um mundo queestá começando • Esta descontinuidade gera espaço para o novo, para aquilo que ainda não é conhecido! • Gera profundas (e sutis) mudanças na cultura das organizações. Estruturas hierárquicas Relações formais Vinculo burocrático Fazer o que for mandado Informação centralizada Resultado da unidade Venda em local físico Antigos modelos mentais Estruturas matriciais Relações informais Vinculo empreendedor Fazer o que for preciso Informação pulverizada Resultado da empresa Venda em local virtual Novos modelos mentais ORGANIZAÇÕES AMERICANAS? NÍVEL ESTRATÉGICO E TÁTICO; INDIVIDUALISMO; PRAGMATISMO; EMPREENDEDORISMO; COMPETIVIDADE; ORGANIZAÇÕES JAPONÊSAS? NÍVEL ESTRATÉGICO; COLETIVIDADE; CONSENSO; COMPETIVIDADE; COMPETIVIDADE; ORGANIZAÇÕES BRASILEIRAS? NÍVEL TÁTICO E OPERACIONAL; DESVALORIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO; ADOÇÃO DE SISTEMAS DE TOMADAS DE DECISÃO CENTRALIZADOS E AUTOCRÁTICOS; ADAPTABILIDADE; VISÃO IMEDIALISTA, COM PRIORIZAÇÃO À CURTO PRAZO; SISTEMA DE CONTROLE RÍGIDO E PUNITIVO; ETC. Estilo brasileiro de Administrar: a) Concentração de Poder: Representa o lado institucional da relação líder-liderado e reflete a tendência das organizações para centralizar o poder e a autoridade no líder, ou seja: decisões unilaterais; b) Personalismo: Representa o lado pessoal da relação líder e liderado e reflete a tendência para cultivar a proximidade e o afeto nas relações interpessoais, ou seja: se a concentração de poder reforça a hierarquia, o personalismo atenua. A principal implicação do personalismo na administração é o PODER; c) Postura de Espectador: Reflete a passividade e a conformação dos liderados perante o líder, ou seja: o liderado aguardar a orientação de como deve agir, sem questionar as ordens do líder; d) Aversão ao Conflitos: Tendência a evitar conflitos, pois o poder está centralizado; Estilo brasileiro de Administrar: e) Formalismo: Por meios de Leis, Regulamentos, etc, preveem e impedem desvios comportamentais; f) Lealdade às Pessoas: Permite que o “sistema” flua por meio das redes de relacionamento pessoais, evitando a rigidez do formalismo institucional; g) Paternalismo: É o traço cultural que permite a articulação entre o PODER e o PERSONALISMO, perante aos liderados, assumindo o “papel de protetor, de pai” atendendo às necessidades do grupo. A principal consequência para a administração desse traço cultural, reflete-se na influência das relações pessoais e de confiança nas nomeações para posições e cargos, em detrimento do mérito individual; h) Flexibilidade: É um dos traços mais marcantes da cultura brasileira e caracteriza-se pela facilidade de adaptação a novas situações “o jeitinho brasileiro” permite portanto em contextos empresariais, decisões rápidas, adaptadas a um ambiente em permanente mudanças. i) Impunidade: Deve ser considerada no contexto da complexa rede de relações pessoais e institucionais que caracterizam o sistema cultural brasileiro, ou seja, resulta na permissividade à transgressão de normas para proteger as redes e os grupos aos quais o indivíduo pertencem ( lealdade às pessoas ) e na aceitação de outras para evitar o confronto ( aversão ao conflito ). Conclusão: As fragilidades e limitações apontadas no modelo de gestão brasileiro, como: a impunidade, o paternalismo, modelos autocráticos de liderança, focos imediatistas da gestão, etc, podem induzir uma ideia ERRÔNEA de que a ADMINISTRAÇÃO BRASILEIRA será sempre “refém” desses condicionantes culturais e, portanto fadada à mera réplica e sustentação do status quo. Mas a verdade é que em contextos de adversidades culturais, existem administradores aptos a guiar suas organizações com eficiência e eficácia, e os brasileiros demonstram isso. Filme: Barão de Mauá. Obrigado!
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