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SEMANA 3 - PRATICA I

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XX VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE SALVADOR – BA. 
 
 
 
 
 
 
GERSON, brasileiro, solteiro, médico, portador do RG nº XXX, expedido 
pelo XXX, inscrito no CPF sob o nº XXX, e endereço eletrônico XXX, residente 
e domiciliado na Rua XXX, Vitória – ES, CEP XXX, vem por meio de seu 
advogado, com endereço profissional na Rua XXX nº XXX, no bairro de XXX, 
cidade/UF, CEP XXX, endereço eletrônico XXX, vem perante Vossa 
Excelência, propor: 
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO 
Pelo rito comum em face de BERNARDO, viúvo, profissão, portador do 
RG nº XXX, inscrito no CPF sob o nº XXX, e endereço eletrônico XXX, 
residente e domiciliado na Rua XXX, bairro XXX, Salvador - BA, Cep XXX e 
Janaina, menor impúbere, possuidora do endereço eletrônico XXX, residente 
na Rua XXX, bairro XXX, Macaé/RJ, pelos fatos e fundamentos a seguir 
expostos. 
I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
A requerente não possui condições financeiras para arcar com as 
custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e 
de sua família. Nesse sentido, junta-se declaração de hipossuficiência (Doc. 
X). Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, 
assegurados pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 
13.105/2015 (CPC), artigo 98 e seguintes. 
II- A AUTORA MANIFESTA SUA VONTADE PELA REALIZAÇÃO DA 
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO. 
 
III. DOS FATOS 
Ocorre que o autor é credor do réu, conforme nota promissória no valor 
de R$80.000,00 (oitenta mil reais), já vencida desde 10/10/2016. 
Destaca-se que o réu, dias após o vencimento da dívida e o não 
pagamento da mesma, fez doação, de seus dois imóveis, um localizado na 
cidade de Aracruz e o outro localizado em Linhares , ambos no Espírito Santo, 
no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), para sua filha Janaina, ora 
segura ré, com cláusula de usufruto vitalício em seu favor, além da cláusula de 
incomunicabilidade, conforme Certidão de Ônus Reais. 
Cumpre salientar que as dívidas do réu ultrapassam a soma de R$ 
400.000,00 (quatrocentos mil reais), sendo certo que o imóvel doado para sua 
filha está alugado para terceiros. 
IV. DOS FUNDAMENTOS 
O negócio jurídico do caso ora sob análise , não deixa dúvidas sobre 
passividade de anulação , visto tratar-se de patente meio ilícito utilizado pelo 
devedor com o fito de resguardar os imóveis de uma possível execução 
judicial, proveniente, pois, das inúmeras dividas que o Réu possui . Tanto é que 
as doações se deram, de modo impudico, acrescente-se, logo após o 
vencimento da dívida contraída , tornando -se insolvente. Restando em nítida 
fraude contra os credores, sujeitando-se, assim, a anulação das transações, 
em consonância ao que dita o artigo 158 do código civil. Nesse sentido: 
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita 
de bens ou remissão de dívida, se os praticar 
o devedor já insolvente, ou por eles reduzido 
à insolvência, ainda quando o ignore, poderão 
ser anulados pelos credores quirografários, 
com o lesivos dos seus direitos. (CC ) 
Como é de sobejo conhecimento, o Código Civil não define dolo, mas para 
compreendê-lo, traz-se definição de Clóvis Beviláqua: “Dolo é artifício ou 
expediente astucioso, empregado para induzir alguém à prática de um ato 
jurídico, que o prejudica, aproveitando ao autor do dolo ou a terceiro”. Pode-se 
dizer que dolo é qualquer meio utilizado intencionalmente para induzir ou 
manter alguém em erro na prática de um ato jurídico, amoldando-se ao caso 
sub judice. 
A jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado do RJ também é 
pacífica ao determinar: 
AÇÃO PAULIANA. FRAUDE CONTRA 
CREDORES. Alienação de automóvel a ente 
da família. Nulidade. Caso concreto. Matéria 
de fato. Presença dos pressupostos para a 
ação. Anterioridade do crédito. Consilium 
Fraudis. Vínculos familiares que apontam para 
o conhecimento acerca da existência da 
dívida e circunstâncias da alienação. 
Insolvência perante os credores. Nulidade da 
compra e venda. Apelo provido em parte".Diz 
o Relator, Des. Vicente Barroco e 
Vasconcellos, que, em suas razões (fls. 157-
165), que: "sustentam os apelantes que: a) 
restou demonstrado o consilium fraudis, eis 
que a venda do bem se deu entre sogro e 
nora; b) houve simulação na venda do veículo 
para o efeito de frustrar o seu crédito; c) deve 
ser anulado o negócio realizado em fraude e 
desconstituídos os seus efeitos, determinando 
a constrição do veículo. Sem preparo, ante a 
concessão do benefício da assistência 
judiciária gratuita, e com contra-razões, 
subiram os autos. Registro, por fim, que foi 
observado o previsto nos arts. 549, 551 e 552 
do CPC, tendo em vista a adoção do sistema 
informatizado. É o relatório". 
V. DOS PEDIDOS: 
Diante do exposto requer a Vossa Excelência: 
1 - A citação do réu para comparecer a audiência de conciliação, não havendo 
acordo iniciará o prazo para contestação na forma da lei. 
2 – Seja concedida a Gratuidade de Justiça. 
3 - Sejam julgados procedentes todos os pedidos formulados pela autora e 
declarados por sentença, anulando o negócio jurídico. 
4- condenar o réu ao pagamentos no valor integral de sua dívida, corrigido e 
atualizado. 
5 - condenação do réu ao pagamento de custas judiciais e honorários 
advocatícios na base de 20% sobre o valor da causa. 
 
Dar-se o valor da causa R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais) 
 
Nestes termos, 
pede deferimento 
local data 
 
ADVOGADO 
OAB

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