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Aula 02 Mandado de Injunção

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EXMO SR. DR. DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
SINDICATO DOS SERVIDORES PUBLICOS MUNICIPAIS DO MUNICÍPIO Y, pessoa jurídica de direito privada, com incrição no CNPJ sob o nº ..., com sede à Rua ..., nº ..., Município Y, São Paulo, representado, neste ato, por seu presidente Caio, nacionalidade, Estado Civil, portador do RG de nº ..., inscrito no CPF de nº ..., com endereço residencial à Rua ..., nº ..., Bairro..., Município Y, São Paulo, vem, por seu advogado que abaixo a subcreve, procuração em anexo, com escritório à (endereço ...), razão que indicada para fins de cumprimento do art. 106, I, do CPC, vem, perante à Vossa Excelência, com fulcro no artigo 5º, LXXI, da Constituição Federal e, artigo 2º da Lei 13.300/2016, impetrar:
MANDADO DE INJUNÇÃO
em face do Sr. Prefeito do Município Y, nacionalidade, estado civil, com endereço eletrônico, com endereço domiciliar à (endereço...), que devera ser citado na pessoa de seu Procurador-Geral, com exercício da funcão na sede da Prefeitura do Município Y, Rua ..., nº ..., Município Y, CEP nº ..., pelos fatos e fundamentos que a seguir se expõe.
DA LEGITIMIDADE ATIVA 
O sindicato dos servidores publicos municipais do município Y, são legitimados para impetrar tal remédio constitucional por assegurarem direito de seus filiados, garantido-lhes o que é seu por direito.
Já contempla o o art. 3 da Lei 13.300/16 que: 
"Art. 3º São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2º e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora."
DA LEGITIMIDADE PASSIVA
O Prefeito do município Y e, o Procurador-Geral do Município são legitimados para configurarem no polo passivo da demanda, haja vista que o Presidente, e, o Procurador-Geral que representa o Prefeito nas causa jurídicas, estão lesando seu servidores, por falta omissiva da criação de norma regulamentadora dos servidores que exercem função em seu município. Art. 3 da Lei 13.300/16.
DOS FATOS
		
Teresa, que faz parte do grupo dos servidores públicos do Municipio Y labora constantemente sob a exposição de agentes nocivos à saúde, percebendo por sua vez, adicional de insalubridade.
Entretanto, em todo esse tempo de laboração, nenhuma regulamentação foi criada para que tenha direito a aposentadoria especial diante do desempenho de sua função.
Certo é que o Sr. Prefeito deixou de apresentar norma regulamentadora para aposentadoria especial dos servidores do Município Y, podendo causar grande danos futuramente.
DOS FUNDAMENTOS
O mandado de injunção é o instrumento adequado para satisfação pela ocorrência de omissão de norma regulamentora, já que o Sr. Prefeito deixou de realiza-la, razão pela qual torna inviável a requisição do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais do Município Y, que laboram submetendo-se constantemente a agentes nocivos a saúde ou integridade física. 
Por se tratar de norma constitucional de eficácia limitada, enquanto não for regulamentada, estará cerceando o direito dos funcionários públicos de requisitarem o que é seu por direito, uma vez que necessita de norma infraconstitucional para ser aplicada.
No caso em tela, O Sr. Prefeito é o responsável para criação da normal regulamentora dos direitos a aposentadoria especial dos servidores públicos do município Y, já que em própria Constituição Municipal, é lhe referida tal atribuição, pois vejamos:
"Lei orgânica do Município Y.
Art. 51 - Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que
disponham sobre:
(...)
III - regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores.
Constituição do Estado de São Paulo."
E ainda que assim não o veja, dispõe a Constituição Estadual de São Paulo que:
"Artigo 126 - Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas suas autarquias
e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
(...)
§ 4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:
I- portadores de deficiência;
II - que exerçam atividades de risco;
III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física."
Frisa-se que, todos são regimentos com amparo constitucional, já que na própria Constituição, em seu art. 40, é abordado que:
"Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo."
Ressalta-se que, por se tratar de omissão de lei, é necessário a aplicação da tutela jurisdicional aplicada por analogia e, no caso em tela, temos o art. 57 da lei 8.213/91, que versa o periodo de laboração continuo e ineterrupto de prestação de serviço.
Nesse diapassão, o referido remédio o é o instrumento adequado à satisfação do direito previsto no artigo 5º, LXXI da Constituição Federal, tendo em vista que a omissão do referido impetrado torna impraticável a propositura do direito à aposentadoria dos servidores públicos que atuam em condições insalubres, confrontando diretamente com o direito constitucional, razões pela qual requer a procedência dos pedidos deste mandado de injunção.
DOS PEDIDOS
		Diante do exposto, requer:
A) A notificação do prefeito do Município Y para que o mesmo forneça as informações necessárias, no prazo de 10 dias;
B) A notificação do órgão de representação judicial do Impetrado, para ingressar no feito, se assim desejar;
C) A intimação do Ministério Público;
D) A procedência do pedido, declarando assim a omissão normativa, estabelecendo prazo para que o impetrado realize a edição da norma regulamentadora;
E) A aplicação analógica do artigo 57, §1º da Lei 8.213/1991.
DO VALOR DA CAUSA
		Atribui-se a causa o valor de R$ 1.000,00 para efeitos judiciais.
Nestes termos,
P. deferimento.
Local, 07 de Abril de 2018.
Advogado
OAB nº

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