Buscar

Aula 8 ADC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

EXMO SR. DR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PARTIDO POLITICO PXY, com representação no Congresso Nacional, inscrito no CNPJ de nº ..., com sede à ...., com representação pelo presidente do partido, vem, através de seu advogado que abaixo a subscreve, conforme procuração em anexo, com endereço profissional à ..., razão que indica para cumprimento do art. 77, V, do CPC, local onde deverá receber suas intimações e, ou, notificações, perante Vossa Excelencia, com fulcro no art. 102, I, a da Constituição Federal e, art 1º da lei 9868/99, propor
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
da Lei 135/2010, pelo fatos e fundamentos que a seguir se expõe:
DA COMPETÊNCIA
O Art. 102, I, A, da Constituição Federativa do Brasil dispõe que compete originalmente ao Supremo Tribunal Federal, julgar e processar as causas de Ação Declaratória de Constitucionalidade de Lei, ou ato normativo.
LEGITIMADE ATIVA
O Art. 103 da Constituição Federal, em seus incisos, demonstra quem são os legitimados para propor a Ação Declatória de Constitucionalidade, sendo que dentre estes, encontramos o partido politico com representação no congresso nacional.
Assim sendo, nos moldes do Art. 103, VIII, da CF, e Art. 2, VIII, da Lei 9868/99, o Partido Politico PXY é legitimado para propor a presente demanda.
Certo é que pelo legitimado constituir como parte especial para propor a presente demanda, deverá ser demonstrado a pertinência temática para o caso, onde este pode ser evidenciado por consequencia da Lei 135/2010 causar muita controversias interpretativas, exaurindo qualquer capacidade da parte em adotar um posicionamento evidentemente legal, tendo em vista que o partido PPXY está temeroso de que surjam questionamentos dos candidatos que vierem a ser impugnados nas eleições de 20xx, sobre a consittucionalidade da aplicação da referida lei, já que a indefenição da questão pode causar grave insegurança jurídica nas eleições vindouras.
DA TUTELA DE URGENCIA
Torna-se imprescindível, in casu, a concessão de medida cautelar inaudita altera pars (com fulcro no artigo 21, da Lei Federal nº 9.868/99), para que seja declarada a aplicabilidade das hipóteses de inelegibilidade pr evistas na lei objeto da presente ação. O fumus boni iuri s reside nas razões ex pendidas, que demonstram a discussão acerca da Lei Complementar. O pericu lum in mora surge em perfunctória an álise. Trata -se de aplicação de norma que diz respeito a cidadania, sendo que sua aplicação ex ige segurança e certeza, deforma a evitar divergências e descredito a Lei Complementar 135/2010.
DOS FATOS
A Lei complementar 135, de junho de 2010 versa sobre a questão de inelegibilidades infraconstitucionais, na forma do disposto no art. 14, § 9º da CRFB/88, sendo prevista sua aplicação até mesmo quando se estiver diante de fatos ocorridos antes do advento do referido diploma legal, sem que isso cause qualquer prejuízo ao principio da irretroatividade das leis e da segurança jurídica. 
Ocorre que a criação desta lei tem gerado controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da citada lei, apresentando-se divergência nos Tribuanis Eleitorais sobre a aplicação dos dispositivos trazidos pela Lei Complementar 135/2010 a fatos que tenham ocorrido antes do advento do novel diploma de inelegibilidades.
"Lei Complementar nº 135, de 04 de junho de 2010. Altera a Lei Complementar nº 064, de 18 de maio de 1990, que estabelece, de acordo com o § 9º do artigo 14 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato." 
Esclarece-se que o TRE de Sergipe, adotou entendimento segundo o qual a lei consitui ofensa aos principios da irretroatividade da lei mais gravosa e da segurança jurídica, conforme julgados. 
Já o TRE de Minas Gerais optou por adotar o entendimento do TSE, segundo o qual a Lei Complementar se aplica às condenações anteriores.
Como há controvérsia sobre a possibilidade de aplicação das hipoteses de inelegibilidade instituidas pela Lei Complementar 135/2010, a atos jurídicos que tenham ocorrido antes do advento do diploma legal.
Por esta razão, propõe a presente ação, para que assim haja pronunciamento sobre o tema, e para tanto pretende demonstrar que a aplicação dos dispositivos da lei a situações ocorridas antes da existência desta não ofende o dispositivo nos incisos XXXVI e XL, do artigo 5º, da CRFB.
DOS FUNDAMENTOS
Trata-se de caso de controvérias judiciais sobre a aplicação da mesma lei, que dificultam um posicionamento claro, já que a indefenição da questão causa grave grande insegurança jurídica para as eleições vindouras.
Frisa-se que a Ação de Declaração de Constitucionalidade é o instrumento processual destinado a eliminar eventuais controvérsias decorrentes das interpretações judiciais em torno da questão constitucional. Em razão disso, determina o art. 14, inciso III, da lei nº 9.868/1999 que o autor da ação declaratória de constitucionalidade deve demonstrar, na petição inicial, a existência de controvérsia judicial quanto à legitimidade da lei ou ato normativo questionado.
Conforme já aludido acima, a presente Lei 135/2010, tem entendimentos diferenciados, já que o TRE de Sergipe, e o TRE de Minas Gerais, adotam posicionamentos difentes quanto a forma de aplicação da Lei vigente.
Neste sentido, cabe esclarecer que o Art.14§9 da CRFB/88 aduz que:
"Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta."
Ou seja, nos casos de inegibilidade, deverá existir uma ponderação no quesito da razoabilidade para auferir a expectativa de um caditado concorrer a cargo público, já que do texto, extraimos: "a moralidade para exercício do mandado considerada vida pregressa do candidato", onde constará afastada sua candidatura por condenação prolatada em segunda instância, ou por um colegiado no exercício da competência de fo ro por prerrogativa de função, d a rejeição d e contas públicas, da perda de cargo público ou do impedimento do exercício de profissão por violação de dever ético -profissional.
Neste sentido, o TSE de Sergipe, ao afirmar que tal Lei condiz com uma ofensa a segurança jurídica do candidato, o faz de maneira errônea, já que todo e, qualquer pedido para candidatura, deverá passar pelo critério da moralidade da justiça, designando ao canditado, o seu direito ou não de exercer sua capacidade eleitoral no bojo do seu objetivo.
Em que pese, a candidatura é possível de ser restringida pela lei, nas hipóteses que, não sendo arbitrárias, mas sim, se adequam à exigência constitucional da razoabilidade. No caso em tela, o princípio da proporcionalidade resta prestigiado pela Lei Complementar nº 135/10, na medida em que atende aos fins moralizadores a que se destina; estabelece requisitos qualificados de inelegibilidade e, por fim, impõe sacrifício à liberdade individual de candidatar-se a cargo público eletivo que não supera os benefícios socialmente desejados em termos de moralidade e probidade para o exercício de referido munus publico.
Certo é que a referida Lei 135/2010 não fere nenhuma conduta normativa quanto a ingrssão a candidatura política, na medida em que apenas estabele restrições temporárias aos direitos políticos, pois vejamos:
"...estabelece, de acordo com o § 9º do artigo 14 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade,prazos de cessação e determina outras providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato." 
Deste modo, conforme as considerações discorridas, a Lei Complementar nº 135/10 é totalmente constitucional, vez que adota medidas adequadas e proporcionais, atendendo aos fins moralizadores a que se destina.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer: 
 1) a DA TUTELA DE URGENCIA para, liminarmente, suspender os efeitos de quaisquer decisões que, direta ou indiretamente, neguem vigência à lei Complem entar 135/2010 por considerá-la inconstitucional, até o julgamento em definitivo da presente ação; 
2) a oitiva do Procurador-Geral da República; 
3) que sejam solicitadas informações as autoridades competentes; 
4) a procedência do pedido com a declaração de constitucionalidade da Lei Complementar 135/2010, no que tange a sua aplicação à fatos ocorridos anteriores a sua existência, com efeitos ex tunc, erga omnes e vinculante. 
DAS PROVAS
Requerer a produção de todos os meios de provas admitidas em direito na forma do artig o 14º, parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial as documentais. 
DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$1.000,00 (mil reais) para fins processuais. 
Nestes termos, 
pede deferimento. 
Local..., data... 
Advogado... 
OAB/n.º...

Continue navegando