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Aula 1 – Aspectos do envelhecimento Estatuto do idoso -> Lei n 10741 de 2003 -> penas severas para desrespeito e abandono, direito a saúde, transporte coletivo, lazer, cultura, esporte, trabalho, habitação etc. Papel do enfermeiro -> entender o envelhecimento, incentivar idosos a tomar decisões e manter autonomia. Gerontologia: estuda aspectos do envelhecimento, incluindo problemas físicas, psicológicas, sócias e econômica dos idosos. Geriatria: concentra no diagnostico e tratamento de doenças comuns do envelhecimento. Envelhecimento intrínseco: alterações causadas pelo processo normal do envelhecimento. Envelhecimento extrínseco: resultam da influência externa como doenças e meio ambiente. Alterações no sistema: Cardiovascular Enrijecimento das valvas, perda de elasticidade do musculo cardíaco e arterial, hipertensão arterial, redução do DC e FC Respiratório Aumento do volume pulmonar residual, diminuição da capacidade vital, troca de gasosa diminuída, eficiência diminuída da tosse, redução da mobilidade das costelas, aumento da rigidez pulmonar e diminuição da área alveolar. Tegumentar Diminuição de capilares e pigmentação da pele, diminuição do tecido adiposo, enrijecimento do colágeno, redução das fibras elásticas Reprodutor Perda de elasticidade vaginal, atrofia do útero, diminuição do pênis, diminuição na produção de secreção vaginal, na menopausa se cessa a produção ovariana hormonal. Musculoesquelético Perda da densidade óssea, perda da força e tamanho muscular, cartilagem articular degenerada. OBS: comum fratura óssea espontânea, ou seja, sem processo de trauma Geniturinário Perda de néfrons, diminuição na filtração e reabsorção, diminuição da capacidade vesical, hiperplasia prostática benigna. OBS: piúria maciça – pus em excesso na uretra OBS: cuidado de enfermagem -> higiene da genitália Gastrointestinal Dentição, diminuição do fluxo salivar, diminuição da peristalse, constipação, lentidão no relaxamento do esfíncter gastresofágico. OBS: a infecção relacionada a boca pode atacar as valvas cardíacas OBS: a diminuição da peristalse acaba levando a constipação. Beber liquido e fazer massagem pode ajudar. OBS: o refluxo causado pelo relaxamento do esfíncter pode resultar em broncoaspiração. Nervoso Condução nervosa com menos velocidade, circulação cerebral diminuída. OBS: o processo de raciocínio é afetado pelo envelhecimento da corrente sanguíneo (menos oxigênio). Especiais Capacidade reduzida para focalizar objetos, fotofobia, capacidade reduzida de diferenciar cores, de ouvir sons, para o paladar e olfato. Aula 2 – DPOC: Doença pulmonar obstrutiva crônica Doenças de interação genética, ambiental. Geralmente progressiva, associada a resposta inflamatória anormal dos pulmões á inalação de partículas toxicas e gases tóxicos. Ex: enfisema pulmonar, asma, bronquite crônica, pneumonia e bronquiectasia Fatores de risco externo -> tabagismo, irritantes químicos, poeira ocupacional, fumaça de lenha, infecção respiratórias graves na infância. Fatores de risco individuais -> desnutrição, prematuridade, genética, hiper responsividade brônquica. Bronquite crônica Presença de tosse produtiva, 3 meses ao ano, por 2 anos consecutivos sem outra doença que explique a tosse. Susceptibilidade a infecção recorrente. Associada: fumo e exposição à poluição Fisiopatologia: inalação da fumaça e passagem pelas vias áreas levando a hipersecreção de mucosa e hipertrofia das glândulas secretoras de muco. Depois, com o aumento do número de células caliciformes e redução da função dos cílios, há o aumento da produção de muco no local. Isso leva a formação de um tampão e ao estreitamento do brônquio. Logo, ocorre a fibrose dos alvéolos ficando mais susceptível a infecção respiratória. Manifestações clínicas: dispneia, cianose, tosse produtiva e crônica, sibilos, expectoração do moco, edema de MMII, frequente infecções respiratórias etc. Diagnóstico: histórico, gasometria arterial, exames radiográficos. Tratamento: broncodilatadores, hidratação, interromper fumo, antibioticoterapia. Asma Doença intermitente e reversível, na qual a traqueia e os brônquicos respondem de forma hiperativa a determinados estímulos. Classificada como: alérgica, idiopática ou mista. Fisiopatologia: obstrução por seguintes fatores -> contração dos músculos que circundam os brônquios, edema das membranas que revestem os brônquios e repleçao dos brônquios com muco espesso. Manifestação clínica: tosse podendo conter muco ou não, dispneia e sibilos Diagnostico: histórico, ausculta, testes alérgicos, exames radiográficos, gasometria arterial e espirometria. Tratamento: betabloqueadores, corticosteroides, anticolinérgicos. Bronquiectasia Dilatação crônica dos brônquios e bronquíolos Causada por: infecção pulmonar, aspiração de corpos estranhos, pressão extrínseca por tumores, vasos sanguíneos dilatados e linfonodos aumentados. Fisiopatologia: infecção compromete a parede brônquica causando perda de sua estrutura, lesões e produzindo muco espesso que pode obstruir brônquios. Manifestação clínica: tosse crônica com expectoração (espesso e purulento), hemoptise, infecção respiratória de repetição, baqueteamento digital. Tratamento: antibioticoterapia, broncodilatadores, drenagem postural. Enfisema pulmonar Distensão anormal dos espaços aéreos distal dos bronquíolos, com destruição dos septos alveolares. Estagio final de um processo degenerativo podendo levar a Edema Agudo de Pulmão. Principal causa: fumo Fisiopatologia: a fumaça leva a hipertrofia das células destruindo a parede dos alvéolos, diminuindo a troca gasosa levando a uma hipoxemia e dificultando a eliminação de dióxido de carbono. Em consequência, ocorre a acidose respiratória. Manifestação clínica: dispneia, sibilos, tosse crônica, taquipneia, infecção respiratória, hipoxemia e hipercapnia (presença excessiva de dióxido de carbono (CO2) no plasma sanguíneo), anorexia, uso da musculatura acessória na respiração etc. Diagnostico: Histórico completo, Exame físico, Radiografias, Testes de função pulmonar e Gasometria arterial. Tratamento: melhorar a qualidade de vida aliviando os sintomas, melhorar a ventilação, prevenir e tratar infecções, broncodilatadores, antibioticoterapia e oxigênio Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar As causas podem ser agentes microbiano -> bactéria, fungo, parasita, vírus, clamídia, micobactéria e micoplasma. Classificação: adquirida na comunidade, adquirida no hospital, adquirida no hospedeiro imunocomprometido e por aspiração. OBS: mais perigosa = adquirida no hospital OBS: período de incubação = 48h a 72h Fisiopatologia: surge da flora existe quando o paciente esta com resistência diminuída. Leva a uma resposta inflamatória alveolar produzindo exsudato e/ou edema. Os leucócitos são responsáveis pelo preenchimento dos espaços alveolares. Manifestação clínica: diaforese, ortopneia, escarro purulento, perda do apetite. Tratamento: antibioticoterapia Prevenção: vigilância da infecção, interrupção a transmissão do microrganismo, modificação de risco para o hospedeiro. OBS: na ausculta -> som parecido com bolhas (estertor bolhoso). Possíveis Diagnósticos de enfermagem: Troca gasosa ineficaz Eliminação traqueobrônquica ineficaz Padrão respiratório ineficaz Intolerância a atividade Risco de infecção Desobstrução ineficaz de vias aéreas Cuidados de Enfermagem: Elevar cabeceira a 45 graus Administrar oxigênio de baixo fluxo Aspirar vias aéreas Realizar drenagem postural Realizar gasometria arterial Instalar oximetria de pulso Aumentar ingestão hídrica Orientar ao abandono do tabagismo Ensinar técnicas de respiração Orientar quanto a atividades com períodos de repouso Orientar o paciente no autocuidado Realizar nebulização com soro fisiológico Aula 3 – Distúrbios Neurológicos Guillain Barre Síndrome progressiva de etiologia desconhecida. Maioria dos casos procedidade um quadro infeccioso respiratório ou gastrointestinal Envolve os nervos cranianos, periféricos e espinhas. Pode ser causada: infecção viral, reação imune etc. Manifestação clínica: Paralisia dos músculos oculares/faciais e orofaríngeos, fraqueza muscular, parestesia (sensação de desmaio e formigamento), reflexos tendinosos diminuídos ou ausentes. OBS: não causa perda de consciência. Tratamento: plasmaferese (sangue retirado separando seus componentes), fármacos. Esclerose múltipla Doença degenerativa progressiva crônica do SNC. Entra no grupo de doenças autoimunes. Ocorrência de placas de desmielinização no cérebro e medula. Causa desconhecida podendo está relacionado a infecção viral em fase inicial da vida. Afeta mais mulheres e jovens (24 a 40 anos). Manifestações clínicas: inicialmente fadiga, fraqueza parestesias, dificuldade de coordenação e perda de equilíbrio. Tratamento: não existe uma cura, mas é possível estagnar a doença por um tempo. Corticosteroides e imunossupressores. Doença de Parkinson Relacionado com o movimento, o mais comum a forma degenerativa de progressão lenta. Causas desconhecidas, mas pode ser: genética, aterosclerose, antipsicóticos, exposição ambiental. Incidência maior em homens, desenvolvendo os sintomas a partir dos 50 anos. OBS: ligado com o neurotransmissor dopaminérgico Fisiopatologia: destruição das células dopaminérgicas na substância negra levando a depleção das reservas de dopamina. Acontece a degeneração da via nigroestriada dopaminérgica levando ao um desiquilíbrio dos neurotransmissores acetilcolina e dopamina no corpo estriado. Com isso, há o comprometimento dos tratos extrapiramidais que controlam os movimentos corporais complexos. Manifestações clínicas: tremores (repouso e deambulação), rigidez (resistência ao movimento) e bradicinesia (movimentos anormalmente lentos) Outros: andar com os pés arrastados, fala lenta, propulsão (corpo projetado para frente). OBS: Propulsão e pés arrastados -> aumento do risco de queda OBS: efeito de engrenagem -> pessoa desaprende a andar e fica parado no mesmo lugar se mexendo. OBS: a rigidez na parte da deglutição aumenta o risco de broncodilatação Tratamento: fármacos antiparkinssonianos, antidepressivos, anticolinérgicos etc. Alzheimer Doença degenerativa que destrói as células do cérebro de forma lenta e progressiva, afetando o funcionamento mental. Caracterizado como uma forma de demência, geralmente, paciente não dura mais de 10 anos. OBS: Neurotransmissor afetado é Acetilcolina Fatores de risco -> histórico familiar de Alzheimer ou Síndrome de Down Possui 3 estágios, o leve (confusões diárias, desorientação), moderado (dificuldades diárias, ansiedade, delírios, perde de memória, pode não reconhecer algumas pessoas) e o grave (dependência de um cuidador, diminuição vocabular e grande perda de memória). OBS: na primeira etapa, os esquecimentos são relacionados a memoria recente. Fisioterapia: ocorre um entrelaçamento neurofibrilar (neurônios não funcionais) e placas senis ou neuríticas. Ocorre no cortex. Tratamento: ainda não tem cura, mas alguns medicamentos vêm dando resultados para retardar o seu progresso. Possíveis diagnósticos De Enfermagem: Mobilidade física prejudicada Intolerância à atividade Comunicação verbal prejudicada mobilidade física prejudicada Memoria prejudicada Risco de lesão Risco de queda Aula 4 – Distúrbios Cardíacos Resumo da fisiologia cardíaca: Grande circulação: VE -> O2 -> corpo -> CO2 -> AD Pequena circulação: VD -> CO2 -> pulmão -> O2 -> AE DC (debito cardíaco) = FC (frequência cardíaca) X VS (volume sistólico) PA = DC X RP (resistência periférica) Insuficiência Cardíaca Crônica – ICC Incapacidade do coração de nutrir e oxigenar os tecidos de maneira eficiente Redução das propriedades contrateis do coração (DC < que o normal) OBS: A forma do coração de compensar é aumentando a FC já que a contração diminuída atrapalha o quanto de sangue é injetado O volume depende de 3 fatores: pré-carga, contratilidade e pós-carga A insuficiência pode ser decorrente : disfunção miocárdica (doença coronariana), hipertensão (maioria) e disfunção vascular ( aumento da pressão no coração). Insuficiência cardíaca esquerda Insolada causa Edema Agudo de Pulmão Sinais e sintomas -> ortopneia, tosse úmida, escarro espumoso (as vezes com sangue), ansiedade (hipóxia) e fadiga. Edema Agudo de Pulmão: Acumulo anormal de líquidos nos pulmões, no espaço intersticial ou nos alvéolos. Ocorre como um aumento da pressão microvascular decorrente de função cardíaca anormal Sinais e sintomas -> dispneia, acrofagia, cianose de unhas e lábios, ansiedade, escarro rósea e espumoso. Tratamento: melhorar função Ventricular Insuficiência cardíaca direita Isolada causa congestão visceral e tecidual periférica Sinais e sintomas -> edema do MMII, Hepatomegalia, Distensão de jugular, ascite, anorexia, náusea, nictúria e debilidade OBS: ICC não tem cura, mas pode evitar a piora com repouso, fármacos que aumentam a contratilidade do miocárdio e eliminação de líquidos com diuréticos.
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