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PORTUGUÊS PROFESSOR (2)

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REVISÃO ENEM
QUESTÃO 1 - ENEM
 Assum preto
Tudo em vorta é só beleza
Sol de abril e a mata em frô
Mas assum preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dor
Tarvez por ignorança
Ou mardade das pió
Furaro os óio do assum preto
Pra ele assim, ai, cantá mió
Assum preto veve sorto
Mas num pode avuá
Mil veiz a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá
GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Disponível em: www.luizgonzaga.mus.
br. Acesso em: 30 jul. 2012 (fragmento).
As marcas da variedade regional registradas pelos 
compositores de Assum preto resultam da aplicação 
de um conjunto de princípios ou regras gerais que al-
teram a pronúncia, a morfologia, a sintaxe ou o léxi-
co. No texto, é resultado de uma mesma regra a:
a) pronúncia das palavras “vorta” e “veve”
b) pronúncia das palavras “tarvez” e “sorto”.
c) flexão verbal encontrada em “furaro” e “cantá.
d) redundância nas expressões “cego dos óio” e “mata 
em frô”
e) pronúncia das palavras “ignorança” e “avuá”.
 
QUESTÃO 2 - ENEM
 Até quando?
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o 
mesmo). Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).
As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao 
texto
a) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da in-
ternet.
b) cunho apelativo, pela predominância de imagens 
metafóricas.
c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias.
d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
e) originalidade, pela concisão da linguagem.
QUESTÃO 3 - ENEM
 Em bom português
No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas 
secas. Não é somente pela gíria que a gente é apanha-
da (aliás, já não se usa mais a primeira pessoa, tanto 
do singular como do plural: tudo é “a gente”). A pró-
pria linguagem corrente vai-se renovando e a cada dia 
uma parte do léxico cai em desuso.
Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, 
chamou minha atenção para os que falam assim:
— Assisti a uma fita de cinema com um artista que 
representa muito bem.
Os que acharam natural essa frase, cuidado! Não sa-
berão dizer que viram um filme com um ator que tra-
balha bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à 
praia, vestido de roupa de banho em vez de biquíni, 
carregando guarda-sol em vez de barraca. Comprarão 
um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão 
um defluxo em vez de um resfriado, vão andar no pas-
seio em vez de passear na calçada. Viajarão de trem de 
ferro e apresentarão sua esposa ou sua senhora em vez 
de apresentar sua mulher.
SABINO, Folha de S. Paulo, 13 abr. 1984 (adaptado).
A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes 
classes socioculturais. O texto exemplifica essa carac-
terística da língua, evidenciando que
a) o uso de palavras novas deve ser incentivado em 
detrimento das antigas.
b) a utilização de inovações no léxico é percebida na 
comparação de gerações.
c) o emprego de palavras com sentidos diferentes ca-
racteriza diversidade geográfica
d) a pronúncia e o vocabulário são aspectos identifica-
dores da classe social a que pertence o falante.
e) o modo de falar específico de pessoas de diferentes 
faixas etárias é frequente em todas as regiões.
LÍNGUA PORTUGUESA
PRÉ-ENEM 
institutoeducarte.org.br 1 Vol. 3
QUESTÃO 4 - ENEM
 Essa pequena
Meu tempo é curto, o tempo dela sobra
Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abóbora
Temo que não dure muito a nossa novela, mas
Eu sou tão feliz com ela
Meu dia voa e ela não acorda
Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida
Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas
Não canso de contemplá-la
Feito avarento, conto os meus minutos
Cada segundo que se esvai
Cuidando dela, que anda noutro mundo
Ela que esbanja suas horas ao vento, ai
Às vezes ela pinta a boca e sai
Fique à vontade, eu digo, take your time
Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas
O blues já valeu a pena
CHICO BUARQUE. Disponível em: www.chicobuarque.com.br. Acesso 
em: 31 jun. 2012.
O texto Essa pequena registra a expressão subjetiva 
do enunciador, trabalhada em uma linguagem infor-
mal, comum na música popular. Observa-se, como 
marca da variedade coloquial da linguagem presente 
no texto, o uso de
a) palavras emprestadas de língua estrangeira, de uso 
inusitado no português.
b) expressões populares, que reforçam a proximidade 
entre o autor e o leitor.
c) palavras polissêmicas, que geram ambiguidade.
d) formas pronominais em primeira pessoa.
e) repetições sonoras no final dos versos. 
 
QUESTÃO 5 - ENEM 
 No capricho 
O Adãozinho, meu cumpade, enquanto esperava pelo 
delegado, olhava para um quadro, a pintura de uma 
senhora. Ao entrar a autoridade e percebendo que 
o cabôco admirava tal figura, perguntou: “Que tal? 
Gosta desse quadro?” E o Adãozinho, com toda a sin-
ceridade que Deus dá ao cabôco da roça: “Mas pelo 
amor de Deus, hein, dotô! Que muié feia! Parece fiote 
de cruis-credo, parente do deus-me-livre, mais horrí-
ver que briga de cego no escuro.” Ao que o delegado 
não teve como deixar de confessar, um pouco seca-
mente: “É a minha mãe.” E o cabôco, em cima da bu-
cha, não perde a linha: “Mais dotô, inté que é uma 
feiura caprichada.” 
BOLDRIN, R. Almanaque Brasil de Cultura Popular. São Paulo: Andrea-
to Comunicação e Cultura, n o 62, 2004 (adaptado).
Por suas características formais, por sua função e uso, 
o texto pertence ao gênero
a) anedota, pelo enredo e humor característicos.
b) crônica, pela abordagem literária de fatos do coti-
diano.
c) depoimento, pela apresentação de experiências 
pessoais.
d) relato, pela descrição minuciosa de fatos verídicos.
e) reportagem, pelo registro impessoal de situações 
reais.
QUESTÃO 6 - ENEM
Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécu-
la disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas an-
tes da pré-história havia a pré-história da pré-história 
e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei 
o quê, mas sei que o universo jamais começou.
[...]
Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta 
continuarei a escrever. Como começar pelo início, se 
as coisas acontecem antes de acontecer? Se antes da 
pré-pré- história já havia os monstros apocalípticos? 
Se esta história não existe, passará a existir. Pensar é 
um ato. Sentir é um fato. Os dois juntos – sou eu que 
escrevo o que estou escrevendo. [...] Felicidade? Nun-
ca vi palavra mais doida, inventada pelas nordestinas 
que andam por aí aos montes.
Como eu irei dizer agora, esta história será o resultado 
de uma visão gradual – há dois anos e meio venho aos 
poucos descobrindo os porquês. É visão da iminência 
de. De quê? Quem sabe se mais tarde saberei. Como 
que estou escrevendo na hora mesma em que sou 
lido. Só não inicio pelo fim que justificaria o começo 
– como a morte parece dizer sobre a vida – porque 
preciso registrar os fatos antecedentes.
LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998 (frag-
mento).
A elaboração de uma voz narrativa peculiar acompa-
nha a trajetória literária de Clarice Lispector, culmina-
LÍNGUA PORTUGUESA
PRÉ-ENEM 
institutoeducarte.org.br 2 Vol. 3
 da com a obra A hora da estrela, de 1977, ano da mor-
te da escritora. Nesse fragmento, nota-se essa peculia-
ridade porque o narrador
a) observa os acontecimentos que narra sob uma ótica 
distante, sendo indiferente aos fatos e às personagens. 
b) relata a história sem ter tido a preocupação de in-
vestigar os motivos que levaram aos eventos que a 
compõem.
c) revela-se um sujeito que reflete sobre questões exis-
tenciais e sobre a construção dodiscurso.
d) admite a dificuldade de escrever uma história em 
razão da complexidade para escolher as palavras exa-
tas.
e) propõe-se a discutir questões de natureza filosófica 
e metafísica, incomuns na narrativa de ficção. 
 
QUESTÃO 7 - ENEM
 O exercício da crônica
Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa como 
se faz um cronisita; não a prosa de um ficcionista, na 
qual este é levado meio a tapas pelas personagens e 
situações que, azar dele, criou porque quis. Com um 
prosador do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-
-se ele diante de sua máquina, olha através da janela 
e busca fundo em sua imaginação um fato qualquer, 
de preferência colhido no noticiário matutino, ou da 
véspera, em que, com as suas artimanhas peculiares, 
possa injetar um sangue novo. Se nada houver, resta-
-lhe o recurso de olhar em torno e esperar que, atra-
vés de um processo associativo, surja-lhe de repente a 
crônica, provinda dos fatos e feitos de sua vida emo-
cionalmente despertados pela concentração. Ou en-
tão, em última instância, recorrer ao assunto da falta 
de assunto, já bastante gasto, mas do qual, no ato de 
escrever, pode surgir o inesperado.
MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. São Paulo: 
Cia. das Letras, 1991.
Predomina nesse texto a função da linguagem que se 
constitui
a) nas diferenças entre o cronista e o ficcionista
b) nos elementos que servem de inspiração ao cronis-
ta.
c) nos assuntos que podem ser tratados em uma crô-
nica
D) no papel da vida do cronista no processo de escri- 
ta da crônica.
e) nas dificuldades de se escrever uma crônica por 
meio de uma crônica.
LÍNGUA PORTUGUESA
PRÉ-ENEM 
institutoeducarte.org.br 3 Vol. 3
GÊNEROS TEXTUAIS NO 
SISTEMA JORNALÍSTICO
 Para se entender convenientemente o alcance deste 
tópico, é necessário antes de mais nada, o estabele-
cimento de alguns conceitos que servirão, inclusive, 
para alguns dos assuntos seguintes.
 Em primeiro lugar, o texto. É comum imaginar que 
a palavra “texto” designe um conjunto de frases for-
madas por palavras, cuja reunião constitui uma men-
sagem escrita. O conceito de texto, contudo, é bem 
mais amplo. Há textos escritos, há textos orais. Mais 
que isso: há textos que não contém com a presença 
de palavra, ou que são compostos pela interação en-
tre palavra e imagem. Gráficos, fotos, pinturas, char-
ges, vídeos e filmes, por exemplo, são textos. O texto 
é todo e qualquer enunciado que comunica, que faz 
sentido.
 Os textos que apresentam um conjunto de carac-
terísticas formais semelhantes e idênticas finalida-
des configuram o que denomina de gênero textual. 
Assim, há uma infinidade de gêneros textuais, de-
finidos pela estrutura, pelo conteúdo, pelo objeti-
vo, pelo contexto em que se produzem. Um conto 
é um gênero textual, um editorial também é. Tiri-
nhas, bulas de remédios, cartazes, horóscopos, ser 
mões, sonetos, anúncios de imóveis, cartas, blogs e 
uma quantidade imensurável de gêneros compõem 
esse universo, que é, em última análise, o universo da 
comunicação.
 Dentre os diversos sistemas de comunicação, um 
dos que mais frequenta as provas do Enem é o que 
se volta para o âmbito jornalístico, que apresenta di-
versos gêneros textuais típicos dessa área, não apenas 
os referentes especificamente à função informativa, 
como as notícias (com manchetes, chamadas, lides, 
etc.), as reportagens, as entrevistas, os infográficos, as 
tabelas, as crônicas e tantos outros, como também os 
voltados para a função opinativa, como é o caso dos 
artigos de opinião, das cartas de leitor, dos editoriais, 
das resenhas de livros, das críticas de cinema, etc.
 Esse é o assunto do presente capítulo, que mereceu 
ao longo dos últimos certames do Enem, um número 
razoável de questões. A título introdutório, apresen-
ta-se a seguir um exemplo que constou da prova de 
2010, com o respectivo comentário, por meio do qual 
se põem em evidência as características do gênero 
notícia:
 QUESTÃO 1 - ENEM
 O dia em que o peixe saiu de graça 
Uma operação do Ibama para combater a pesca ile-
gal na divisa entre os Estados do Pará, Maranhão e 
Tocantins incinerou 110 quilômetros de redes usadas 
por pescadores durante o período em que os peixes se 
reproduzem. Embora tenha um impacto temporário 
na atividade econômica da região, a medida visa pre-
servá-la ao longo prazo, evitando o risco de extinção 
dos animais. Cerca de 15 toneladas de peixes foram 
apreendidas e doadas para instituições de caridade. 
Época, 23 mar. 2009 (adaptado).
A notícia, do ponto de vista de seus elementos cons-
titutivos,
a) apresenta argumentos contrários à pesca ilegal.
b) tem um título que resume o conteúdo do texto.
c) informa sobre uma ação, a finalidade que a motivou 
e o resultado dessa ação.
d) dirige-se aos órgãos governamentais dos estados 
envolvidos na referida operação do Ibama.
e) introduz um fato com a finalidade de incentivar 
movimentos sociais em defesa do meio
 OS GÊNEROS JORNALÍSTICOS
 Foi visto que a informação é o objetico principal dos 
gêneros do universos jornalístico e foram menciona-
das, na introdução, as principais características gené-
ricas desse tipo de texto, exemplificado pela notícia, 
na qual a denotação deve predominar para melhor 
viabilizar a missão de informar com clareza e corre-
ção.
 Mas também se viu que um gênero textual, a des-
peito de enquadrar-se nesse ou naquele sistema de co-
municação, guarda sua indentidade, sua especificida-
de, algo que contribui para sua caracterização. Nessa 
ótica, vale mencionar outros gêneros textuais jornalís-
ticos que se destacam nas questões do Enem.
 A reportagem - Mais do que a notícia, a reportagem 
- em texto escrito ou formato radiofônico - pretende 
esgotar o fato do que ela trata, valendo-se, para tal, de 
características peculiares.
 Uma boa reportagem deve ter: objetividade com 
profundidade; predominância do narrativo, mas com 
elementos descritivos; relato humanizado e aproxima-
LÍNGUA PORTUGUESA
PRÉ-ENEM 
institutoeducarte.org.br 4 Vol. 3
ção com o leitor: presença de outros gêneros como fotos, 
entrevistas, gráficos, etc.; contextualização do fato, com 
antecedentes, fontes e testemunhas; abordagem de to-
das as versões do fato.
 A entrevista - Pressupõe a interlocução entrevista-
dor/entrevistado para sua construção.
 Uma boa entrevista deve ter: um texto introdutório 
(apresentação do tema e/ou do entrevistado), perguntas 
e respostas estilo “pingue-pongue”, linguagem variada 
(registro formal ou informal). Pode ser individual ou 
coletiva, assumindo, inclusive, o formato de “enquete”, 
nas chamadas pesquisas de opinião.
 OS TEXTOS OPINATIVOS NO CONTEXTO
 JORNALÍSTICO.
 
 Os gêneros textuais de natureza informativa, a que 
já se referiu em tópicos anteriores - as notícias, as re-
portagens, as entrevistas, etc -, estão, claramente vol-
tados para os fatos, ou seja, para a divulgação objetiva 
daquilo que acontece e que merece divulgação para o 
público. Não por outra razão, uma das características 
fundamentais desses gêneros é a denotação, evitando-
-se construções figuradas que traduzem interferências 
subjetivas ou prejudiquem a clareza.
 No mundo jornalístico, porém, cada vez mais, exis-
te, além da função básica informativa, uma outra, às 
vezes não timidamente assumiam a chamada “forma-
ção de opinião”, que consiste na submissão dos fatos 
a análises interpretativas, as quais, por isso mesmo, 
assumem um acentuado grau de subjetividade.
 Não é incomum, nos dias de hoje, reconhecer, neste 
ou naquele jornal, nesta ou naquela revista ou emis-
sora de TV, posiosamentos opinativos subjetivamentedivergentes diante de um mesmo fato objetivo.
 Assim, transcedendo o objetivo de informar a ele in-
corporando o de opinar, existem gêneros textuais que, 
na esfera jornalísticam pretendem expressar pontos 
de vistas, fugindo, às vezes, até por isso, da objetivi-
dade dos textos puramente informativos. A seguir po-
dem ser vistos alguns exemplos:
 Nos textos opinativos, não é incomum, em função da 
subjetividade que os cerca, encontrarem-se construções 
em que é preciso “ler nas entrelinhas” com elemntos im-
plícitos, pressupostos ou subentendidos.
 Artigos de opinião - São textos jornalísticos em que 
um autor identificado expõe seu ponto de vista sobre 
determinado assunto.
 Em alguns jornais, sua denominação é “matéria as-
sinada” ou “coluna”. Pode ser escrito em 1ª ou 3ª pes-
soa, tem formas verbais predominantemente do pre-
sente e, muitas vezes, traz um título que pretende ser 
polêmico. Apresentação, argumentação e conclusão 
são partes componentes de sua estrutura normal.
 Editoriais - Representam uma opinião institucional, 
ou seja, a ótica do próprio veículo de comunicação a 
respeito de um asssunto. 
 O editorial cumpre a já mencionada missão de “for-
mar opinião”. Tem autoria pessoal não identificada e, 
usualmente, volta-se para fatos polêmicos ligados ao 
cotidiano, social, político ou econômico. Nele, predo-
mina o registro formal da linguagem e, normalmente 
em destaque, a 3ª pessoa do singular. Como nos arti-
gos de opinião, os editoriais estruturam-se com ele-
mentos de apresentação, argumentação e conclusão.
 Cartas do leitor - Traduzem opiniões de um leitor, 
favoráveis ou contrárias, tendo como base algum as-
sunto anteriormente publicado no jornal ou revista.
 O leitor, no caso, pode fornecer esclarecimentos ou 
informações adicionais em relação à matéria publica-
da. O gênero tem as características normais de uma 
carta pessoal - data, vocativo, texto básico, expressão 
de despedida, assinatura, cidade de prigem -, e diri-
ge-se ao jornal ou revista, mas para ser lida também 
pelos demais leitores. Em funçaõ dos objetivos do seu 
autor ou do assunto tratado, a carta pode ser elabora-
da na 1ª ou na 3ª pessoa do singular, com linguagem 
formal ou informal.
 Resenhas críticas - São tipos de texto em que o autor 
discorre sobre livros publicados, sobre filmes ou peças 
de teatro, fornecendo sua análise pormenorizada so-
bre o produto cultural em questão.
 Normalmente, esse gênero revela uma apresentação 
sintética e um conceito sobre a obra analisada. Seu au-
tor é um especialista na área, com conhecimento e ju-
ízo crítico respeitados. A finalidade do gênero é, além 
de fornecer ao leitor -, de maneiro objetiva -, uma sín-
tese dos elementos que fundamentam o objeto cultu-
LÍNGUA PORTUGUESA
PRÉ-ENEM 
institutoeducarte.org.br 5 Vol. 3
ral, apresentar um posicionamento crítico a respeito. 
O gênero possui uma estrutura livre.
QUESTÃO 2 - ENEM
Na verdade, o que se chama genericamente de índios 
é um grupo de mais de trezentos povos que, juntos, 
falam mais de 180 línguas diferentes. Cada um desses 
povos possui diferentes histórias, lendas, tradições, 
conceitos e olhares sobre a vida, sobre a liberdade, 
sobre o tempo e sobre a natureza. Em comum, tais 
comunidades apresentam a profunda comunhão com 
o ambiente em que vivem, o respeito em relação aos 
indivíduos mais velhos, a preocupação com as futu-
ras gerações, e o senso de que a felicidade individu-
al depende do êxito do grupo. Para eles, o sucesso é 
resultado de uma construção coletiva. Estas ideias, 
partilhadas pelos povos indígenas, são indispensáveis 
para construir qualquer noção moderna de civiliza-
ção. Os verdadeiros representantes do atraso no nosso 
país não são os índios, mas aqueles que se pautam por 
visões preconceituosas e ultrapassadas de “progresso”. 
AZZI, R. As razões de ser guarani-kaiowá. Disponível em: www.outras-
palavras.net. Acesso em: 7 dez. 2012.
Considerando-se as informações abordadas no texto, 
ao iniciá-lo com a expressão “Na verdade”, o autor tem 
como objetivo príncipal
a) expor as características comuns entre os povos in-
dígenas no Brasil e suas ideias modernas e civilizadas.
b) trazer uma abordagem inédita sobre os povos indí-
genas no Brasil e, assim, ser reconhecido como espe-
cialista no assunto.
c) mostrar os povos indígenas vivendo em comunhão 
com a natureza, e, por isso, sugerir que se deve respei-
tar o meio ambiente e esses povos.
d) usar a conhecida oposição entre moderno e antigo 
como uma forma de respeitar a maneira ultrapassada 
como vivem os povos indígenas em diferentes regiões 
do Brasil.
e) apresentar informações pouco divulgadas a respei-
to dos indígenas no Brasil, para defender o caráter 
desses povos como civilizações, em contraposição a 
visões preconcebidas.
QUESTÃO 3 - ENEM
 Casados e independentes
Um novo levantamento do IBGE mostra que o núme-
mero de casamentos entre pessoas na faixa dos 60 
anos cresce, desde 2003, a um ritmo 60% maior que 
o observado na população brasileira como um todo...
Fontes: IBGE e Organização Internacional do Trabalho (OIT) *Com 
base no último dado disponível, de 2008 Veja, São Paulo, 21 abr. 2010 
(adaptado). (Foto: Reprodução)
Os gráficos expõem dados estatísticos por meio de 
linguagem verbal e não verbal. No texto, o uso desse 
recurso:
a)exemplifica o aumento da expectativa de vida da 
população.
b)explica o crescimento da confiança na Instituição 
do casamento.
c)mostra que a população brasileira aumentou nos úl-
timos cinco anos.
d)indica que as taxas de casamento e emprego cresce-
ram na mesma proporção.
e)sintetiza o crescente número de casamentos e de 
ocupação no mercado de trabalho.
GÊNEROS TEXTUAIS NO 
SISTEMA PUBLICITÁRIO
 Quando o objetivo do produtor de um texto é o de 
provocar a necessidade de “compra” (de coisas ou 
ideias), o sistema que integra os gêneros desse âmbito 
da comunicação é o publicitário.
 Intimamente ligados às modernas sociedades de 
consumo, tais textos frequentam o cotidiano das pes-
soas, estando presentes nos anúncios de todo dia e em 
tantas outras manifestações do gênero.
 Evidentemente, o sistema publicitário, embora seja 
bem mais antigo do que se pode supor - e manifes-
tado, ao longo dos tempos, dos modos mais diversos 
- é uma das marcas do capitalismo, cujas necessidades 
de mercado provocaram grande especialização nessa 
área, com os meios de comunicação assumindo papel
LÍNGUA PORTUGUESA
PRÉ-ENEM 
institutoeducarte.org.br 6 Vol. 3
preponderante. Nesse âmbito, sua critatividade nos 
mais diversos veículos, dos jornais e revistas ao rádio 
e à TV, dos cartazes e folders aos outdoors aprimoram 
os métodos persuasivos por meio da palavra, mas 
também incorporaram imagens visuais privilegiando 
o que se poderia denominar “estética da aparência”, 
tão cara ao mundo dos consumidores.
 Surgiram, assim, as agências de propaganda, “ven-
dendo” um produto a clientes que exigem eficientes 
matérias persuasivas, capazes de alavancar o escoa-
mento dos seus produtos. O discurso da propaganda, 
trafega, então, entre a sedução e a emoção, presentes 
em peças singulares ou nas chamadas campanhas 
publicitárias. Não se deve esquecer, nesse aspecto os 
anúncios ligados a interesses governamentais ou as 
campanhas de interesse social, como as de vacinação.
 As provas do Enem propõem com indicutível fre-
quência questões que se referem ao sistema publicitá-
rio, explorando os diversos gêneros textuais voltados 
à publicidade ou à propaganda.
 
 OS GÊNEROS PUBLICITÁRIOS
 O texto publicitário, de modo geral, como o nome 
indica, volta-se para um público determinado que os 
produtores da mensagem pretendem influenciar. Esse 
público, de caráter genérico ou específico, é o desti-
natário dos mais diversostextos voltados para a per-
suão, sejam os anúncios em jornais e revistas, as pro-
pagandas da tevê, os jingles radiofônicos, os cartazes 
e outdoors espelhados pelas cidades etc. Esses gêneros 
são, por isso, típicos exemplares da função apelatica 
de linguagem.
 Como foi visto no tópico anterios, sistemas de co-
municação diferentes tendem a utilizar recursos di-
ferentes de linguagem. Não se trata, porém, de um 
dogma, porque não é raro o intercâmbio desses re-
cursos, com ganhos para a comunicação pretendida. 
De qualquer forma, o sistema publicitário tem suas 
peculiaridades.
 São características desse sistema, de modo geral, 
a menção direta ao interlocutor na segunda pessoa 
(imperativos e vocativos), fazendo prevalecer, assim, a 
chamada função apelativa da linguagem. A linguagem 
expressiva, conotativa, também marca os gêneros do 
sistema publicitário que muitas vezes atraem o públi-
co-alvo por meio de originalidade.
 É claro, porém, que diferentes gêneros textuais re-
presentativos desse sistema apresentam suas particu-
laridades (que, inclusive, justificam sua caracterização 
como gêneros).
 Outdoor, jingle e outros gêneros - Outdoor, palavra 
inglesa, seria, em princípio, uma designação genérica 
para qualquer propaganda feita ao livre. Assim, servi-
ria para designar variadas peças de publicidade, como 
painéis, cartazes, letreiros luminosos, tabuletas, faixas 
e até o popular anúncio-sanduíche.
 Mais especificamente, porém, a palavra outdoor re-
mete a um gênero que hoje se faz presente de forma 
expressiva nas grandes e pequenas cidades, percebido 
nas vias públicas em função de suas características es-
pecíficas. De grande poder de comunicação, privile-
gia o aspecto visual, enfatizando aspectos cromáticos 
que se alam às possibilidades de leitura instantânea e 
à colocação em locais estratégicos de visibilidade, por 
onde transita um grande número de pessoas.
 Um jingle por outro lado, pede emprestado ao siste-
ma artístico a musicalização e deve possuir, na mesma 
medida, a simplicidade que permita a memorização 
pelo público e a originalidade que tipifica o sistema 
como um todo. 
 E, assim, outros gêneros textuais voltados para a 
publicidade apresentam suas especificidades. Alguns 
deles figuram no quadro a seguir.
Cartazes e pôsteres - Se constroem com elementos 
verbais e não verbais. 
Os folders possuem preucupações estéticas que os 
cartazes nem sempre têm.
Faixas e placas - Soluções publicitárias baratas, colo-
cadas em lugares estratégicos, apresentando mensa-
gens curtas e chamativas.
Folhetos e panfletos - Divulgas, em papel, ideias ou 
marcas. Facilmente manuseáveis, de baixo custo, 
atingindo públicos expressivos em rempo reduzido.
LÍNGUA PORTUGUESA
PRÉ-ENEM 
institutoeducarte.org.br 7 Vol. 3
 Textos institucionais - Não se pode esquecer que o 
universo da publicidade (e propaganda) é fartamente 
ocupado por textos institucionais, por meio dos quais 
as autoridades governamentais procuram não apenas 
divulgar seus programas e projetos mas também con-
clamar as pessoas a participar dessa ou daquela cam-
panha.
 Propaganda enganosa, o lado criticável desse uni-
verso da comunicação reside no fato de que, no desejo 
de convencer o público destinatário, nem sempre as pe-
ças publicitárias exprimem a verdade sobre os produtos 
(materiais ou imateriais) que pretendem divulgar. São 
os casos de propaganda enganosa, que infelizmente, 
não são raros na sociedade de consumo.
 Intertextualidade - O recurso da intertextualidade, 
resultante do diálogo mantido entre diferentes textos 
- mesmo de jogos de palavras de finalidades lúdicas, 
que provocam a atenção do público-alvo. 
QUESTÃO 4 - ENEM
TEXTO I
A característica da oralidade radiofônica, então, seria 
aquela que propõe o diálogo com o ouvinte: a sim-
plicidade, no sentido da escolha lexical; a concisão e 
coerência, que se traduzem em um texto curto, em 
linguagem coloquial e com organização direta; e o rit-
mo, marcado pelo locutor, que deve ser o mais natu-
ral (do diálogo). É esta organização que vai “reger” a 
veiculação da mensagem, seja ela interpretada ou de 
improviso, com objetivo de dar melodia à transmissão 
oral, dar emoção, personalidade ao relato de fato.
VELHO, A. P. M. A linguagem do rádio multimídia. Disponível em: 
www.bocc.ubi.pt. Acesso em: 27 fev. 2012.
TEXTO II
A dois passos do paraíso
A Rádio Atividade leva até vocês 
Mais um programa da séria série 
“Dedique uma canção a quem você ama” 
Eu tenho aqui em minhas mãos uma carta 
Uma carta d’uma ouvinte que nos escreve 
E assina com o singelo pseudônimo de
“Mariposa Apaixonada de Guadalupe”
Ela nos conta que no dia que seria 
o dia mais feliz de sua vida 
Arlindo Orlando, seu noivo 
Um caminhoneiro conhecido da pequena e
Pacata cidade de Miracema do Norte 
Fugiu, desapareceu, escafedeu-se 
Oh! Arlindo Orlando volte 
Onde quer que você se encontre 
Volte para o seio de sua amada 
Ela espera ver aquele caminhão voltando 
De faróis baixos e para-choque duro...
BLITZ. Disponível em: http://letras.terra.com.br. Acesso em: 28 fev. 2012 
(fragmento).
Em relação ao Texto I, que analisa a linguagem do rá-
dio, o Texto II apresenta, em uma letra de canção,
a) estilo simples e marcado pela interlocução com o 
receptor, típico da comunicação radiofônica.
b) irismo na abordagem do problema, o que o afasta 
de uma possível situação real de comunicação radio-
fônica.
c) marcação rítmica dos versos, o que evidencia o fato 
de o texto pertencer a uma modalidade de comunica-
ção diferente da radiofônica.
d) direcionamento do texto a um ouvinte específico, 
divergindo da finalidade de comunicação do rádio, 
que é atingir as massas.
e) objetividade na linguagem caracterizada pela ocor-
rência rara de adjetivos, de modo a diminuir as mar-
cas de subjetividade do locutor.
QUESTÃO 5 - ENEM
A rapidez é destacada como uma das qualidades do 
serviço anunciado, funcionando como estratégia de 
persuasão em relação ao consumidor do mercado 
gráfico. O recurso da linguagem verbal que contribui
LÍNGUA PORTUGUESA
PRÉ-ENEM 
institutoeducarte.org.br 8 Vol. 3
para esse destaque é o emprego:
a) do termo “fácil” no início do anúncio, com foco no 
processo.
b) de adjetivos que valorizam a nitidez da impressão.
c) das formas verbais no futuro e no pretérito, em se-
quência.
d) da expressão intensificadora “menos do que” asso-
ciada à qualidade.
e) da locução “do mundo” associada a “melhor”, que 
quantifica a ação. 
QUESTÃO 6 - ENEM
Nas peças publicitárias, vários recursos verbais e não 
verbais são usados com o objetivo de atingir o públi-
co-alvo, influenciando seu comportamento. Conside-
rando as informações verbais e não verbais trazidas 
no texto a respeito da hepatite, verifica-se que:
a) o tom lúdico é empregado como recurso de con-
solidação do pacto de confiança entre o médico e a 
população.
b) a figura do profissional da saúde é legitimada, evo-
cando-se o discurso autorizado como estratégia argu-
mentativa.
c) o uso de construções coloquiais e específicas da 
oralidade são recursos de argumentação que simulam 
o discurso do médico.
d) a empresa anunciada deixa de se autopromover ao 
mostrar preocupação social e assumir a responsabili-
dade pelas informações.
e) o discurso evidencia uma cena de ensinamento di-
dático, projetado com subjetividade no trecho sobre 
as maneiras de prevenção.
QUESTÃO 7 - ENEM
Para atingir o objetivo de recrutar talentos, esse texto 
publicitário:
a) afirma, com a frase “Queremos seu talento exata-
mente como ele é”, que qualquer pessoa com talento 
pode fazer parte da equipe.
b) apresenta, como estratégia a formação de um perfil 
por meio de perguntas direcionadas, o que dinamiza 
a interação texto-leitor.
c) utiliza a descrição da empresa como argumento 
principal, poisatinge diretamente os interessados em 
informática.
d) usa estereótipo negativo de uma figura conhecida, 
o nerd, pessoa introspectiva e que gosta de informá-
tica.
e) recorre a imagens tecnológicas ligadas em rede, 
para simbolizar como a tecnologia é interligada.
QUESTÃO 8 - ENEM
LÍNGUA PORTUGUESA
PRÉ-ENEM 
institutoeducarte.org.br 9 Vol. 3
Essa propaganda defende a transformação social e a 
diminuição da violência por meio da palavra. Isso se 
evidencia pela
a) predominância de tons claros na composição da 
peça publicitária.
b) associação entre uma arma de fogo e um megafone.
c) grafia com inicial maiúscula da palavra “voz” no 
slogan.
d) imagem de uma mão segurando um megafone.
e) representação gráfica da propagação do som.
QUESTÃO 9 - ENEM
 
A publicidade, de uma forma geral, alia elementos 
verbais e imagéticos na constituição de seus textos. 
Nessa peça publicitária, cujo tema é a sustentabilida-
de, o autor procura convencer o leitor a
a)assumir uma atitude reflexiva diante dos fenômenos 
naturais.
b)evitar o consumo excessivo de produtos reutilizá-
veis.
c)aderir à onda sustentável, evitando o consumo ex-
cessivo.
d)abraçar a campanha, desenvolvendo projetos sus-
tentáveis.
e)consumir produtos de modo responsável e ecológi-
co.
AS FIGURAS DE LINGUAGEM E OUTROS 
RECURSOS EXPRESSIVOS
 Uma palavra “em estado de dicionário” é aquela em-
pregada com seu sentido usual, corriqueiro, normal, o 
que parece em primeiro plano com seu significado é 
procurado no Aurélio ou no Houaiss. Imagine-se, as-
sim, uma palvra “em repouso”, que não se mexe mui-
to, com valor semântico fico empregado por todos. O 
emprego que não desloca a palavra para outras áreas 
semânticas é chamada de denotativo.
 O uso expressivo da língua permite, contudo (e fe-
lizmente), a possibilidade de emprego de vocábulos 
fora do seu significado rotineiro, retirando-os da 
 “zona de conforto” da denotação e fazendo com que 
assumam valores que, mesmo provocando estranha-
mento, contribuem para agregar-lhes um novo valor, 
como a afirmação da grande versatilidade do sistema 
linguístico utilizado. Esse tipo de emprego é chamado 
de conotativo, uma das marcas principais na configu-
ração do sistema poético da linguagem.
 Dentro do universo conotativo, predominam os es-
tudos das figuras de linguagem, quando palavras ou 
expressões têm o seu sentido original alterado por 
meio de empregos que se manifestam segundo varia-
dos tipos e com diversas intenções.
 A LINGUAGEM FIGURADA
 A linguagem figurada é a que utiliza figuras de lin-
guagem para expressar um sentido não literal daquilo 
que se pretende dizer. Empregá-la é utilizar recursos 
para conferir maior riqueza à expressão, por força da 
criatividade que as figuras trazem. As figuras de lin-
guagem podem ser agrupadas em diferentes tipos, se-
gundo características comuns
 Figuras de palavras - Surgem quando uma palavra 
é aproximada de outra por um processo simbólico 
que envolve associações, semelhanças, comparações, 
etc. Integra, esse grupo, principalmente, a metáfora, a 
comparação, a metonímia, a sinestesia.
Metáfora - criada por relação de semelhança.
Ex: Há, na política, um deserto de ideias.
Comparação - também criada por semelhança, com 
um elemento comparativo explícito.
Ex: O ambiente político, quando a ideias, é como um 
deserto.
LÍNGUA PORTUGUESA
PRÉ-ENEM 
institutoeducarte.org.br 10 Vol. 3
 Figuras de sintaxe ou de construção - Constroem-se 
com interferências na estrutura frasal, na busca da ex-
pressividade. Recebem destaque, entre elas, o zeugma, 
o polissíndeto, a anáfora, o pleonasmo.
Metonímia - criada a partir da relação “parte pelo 
todo” ou “todo pela parte”
Ex: Na maratona, misturavam-se pés masculinos e fe-
mininos, de todas as cores e de todas as idades.
Sinestesia - criada com a superposição de sentido.
Zeugma - um tipo de elipse (supressão de termo), pela 
omissão do termo já mencionado.
Ex: Eu vou à Bahia; e você a Pernambuco.
Polissíndeto - ocorro pela repetição enfática de um 
conectivo, propiciando maior autonomia aos elemen-
tos conectados.
Ex: Ele recebeu a bola, e parou, e pensou, e chutou para 
fora.
Anáfora - construída com a repetição expressiva de 
palavra ou expressão no início de período, frase, ver-
so.
Ex: Um homem correto correto não mente, um homem 
correto não rouba, um homem correto não trai.
Pleonasmo - é a repetição enfática de uma ideia ex-
pressa imediatamente antes.
Antítese: forma-se por meio do contraste, buscando 
maior expressividade, entre palavras ou expressões 
opostas.
Ex: Contra a serenidade dos sábios, opunha-se a agita-
ção dos ignorantes.
Paradoxo: ideias contraditórias em um único pensa-
mento. Um aparente absurdo voltado para a ênfase 
por meio de contraste.
Ex: Anúnio em uma empresa: “Contratam-se pessoas 
especializadas em dispensa de funcionário”.
Eufemismo: abrandamento de uma ideia tida como 
desagradável ou chocante.
Ex: O seu último suspiro aconteceu ontem à noite.
Ironia: constitui-se quando se afirma o que se quer 
negar, e vice-versa. 
Ex: Que ótimo, hein? ! Mais ma vez reprovado...
 Figueras de pensamento - São as que ajudam a ex-
pressar ideias, intenções que o emissor pretende ver 
absorvidas pelos interlocutores. As principais são: an-
títese, paradoxo, eufenismo, ironia, hipérbole, personifi-
cação, gardação.
Hipérbole: construção voltada para o exagero, com 
objetivos expressivos.
Ex: Há mil séculos procuro por você...
Personificação- é a atribuição, a seres inanimados, de 
características próprias dos animados.
Ex: As praias recebem com carinho os afetuosos raios 
do sol.
Gradação - é a disposição de ideias em ordem crescen-
te ou decrescente.
Ex: Achava-se o melhor do grupo, da escola como um 
todo, da cidade, do mundo!
 OUTROS RECURSOS EXPRESSIVOS
 Independentemente das chamadas fuguras de lin-
guagem, dispõem os que falam ou escreve, de outros 
recursos para conferir expressividade ao seu discur-
so. Trata-se de uma gama de instrumentos estilísticos 
que contribuem para conferir ao texto ou a momentos 
do texto ênfases ou destaques que poderiam não ser 
percebidos sem o uso desses recursos. Sem qualquer 
preocupação de esgotar as possibilidades que a língua 
oferece nesse nível.
QUESTÃO 10 - ENEM
Talvez pareça excessivo o escrúpulo do Cotrim, a 
quem não souber que ele possuía um caráter feroz-
mente honrado. Eu mesmo fui injusto com ele durante 
os anos que se seguiram ao inventário de meu pai. Re-
conheço que era um modelo. Arguíam-no de avareza, 
e cuido que tinham razão; mas a avareza é apenas a 
exageração de uma virtude, e as virtudes devem ser 
como os orçamentos: melhor é o saldo que o déficit. 
Como era muito seco de maneiras, tinha inimigos que 
chegavam a acusá-lo de bárbaro. O único fato alega-
do neste particular era o de mandar com frequência 
escravos ao calabouço, donde eles desciam a escorrer 
sangue; mas, além de que ele só mandava os perver-
sos e os fujões, ocorre que, tendo longamente contra-
bandeado em escravos, habituara-se de certo modo ao 
trato um pouco mais duro que esse gênero de negócio 
requeria, e não se pode honestamente atribuir à índole 
original de um homem o que é puro efeito de relações 
sociais. A prova de que o Cotrim tinha sentimentos 
pios encontrava-se no seu amor aos filhos, e na dor 
que padeceu quando morreu Sara, dali a alguns me-
ses; prova irrefutável, acho eu, e não única. Era tesou-
reiro de uma confraria, e irmão de várias irmandades
LÍNGUA PORTUGUESA
PRÉ-ENEM 
institutoeducarte.org.br 11 Vol. 3
reiro de uma confraria, e irmão de várias irmanda-
des, e até irmão remido de uma destas, o que não se 
coaduna muito com a reputação da avareza; verdade 
é que o benefício não caíra no chão: a irmandade (de 
que ele fora juiz) mandara-lhetirar o retrato a óleo.
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova 
Aguilar, 1992.
Obra que inaugura o Realismo na literatura brasileira, 
Memórias póstumas de Brás Cubas condensa numa 
expressividade que caracterizaria o estilo machadia-
no: a ironia. Descrevendo a moral de seu cunhado, 
Cotrim, o narrador-personagem Brás Cubas refina a 
percepção irônica ao:
a) acusar o cunhado de ser avarento para confessar-se 
injustiçado na divisão da herança paterna.
b) atribuir a “efeito de relações sociais” a naturalidade 
com que Cotrim prendia e torturava os escravos.
c) considerar os “sentimentos pios” demonstrados 
pelo personagem quando da perda da filha Sara.
d) menosprezar Cotrim por ser tesoureiro de uma 
confraria e membro remido de várias irmandades.
e) insinuar que o cunhado era um homem vaidoso e 
egocêntrico, contemplado com um retrato a óleo.
QUESTÃO 11 - ENEM
 Cidade grande
Que beleza, Montes Claros.
Como cresceu Montes Claros.
Quanta indústria em Montes Claros.
Montes Claros cresceu tanto,
ficou urbe tão notória,
prima-rica do Rio de Janeiro,
que já tem cinco favelas
por enquanto, e mais promete.
(Carlos Drummond de Andrade)
Entre os recursos expressivos empregados no texto, 
destaca-se a
a) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem 
referir-se à própria linguagem.
b) intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabo-
ra outros textos.
c) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que 
se pensa, com intenção crítica.
d) denotação, caracterizada pelo uso das palavras em 
seu sentido próprio e objetivo.
e) prosopopéia, que consiste em personificar coisas 
inanimadas, atribuindo-lhes vida.
QUESTÃO 12 - ENEM
Na criação do texto, o chargista Iotti usa criativamen-
te um intertexto: os traços reconstroem uma cena de 
Guernica, painel de Pablo Picasso que retrata os hor-
rores e a destruição provocados pelo bombardeio a 
uma pequena cidade da Espanha. 
Na charge, publicada no período de carnaval, recebe 
destaque a figura do carro, elemento introduzido por 
lotti no intertexto. Além dessa figura, a linguagem ver-
bal contribui para estabelecer um diálogo entre a obra 
de Picasso e a charge, ao explorar:
a) uma referência ao contexto, “trânsito no feriadão”, 
esclarecendo-se o referente tanto do texto de Iotti 
quanto da obra de Picasso.
b) uma referência ao tempo presente, com o empre-
go da forma verbal “é”, evidenciando-se a atualidade 
do tema abordado tanto pelo pintor espanhol quanto 
pelo chargista brasileiro.
c) um termo pejorativo, “trânsito”, reforçando-se a 
imagem negativa de mundo caótico presente tanto em 
Guernica quanto na charge.
d) uma referência temporal, “sempre”, referindo-se à 
permanência de tragédias retratadas tanto em Guer-
nica quanto na charge.
e) uma expressão polissêmica, “quadro dramático”, re-
metendo-se tanto à obra pictórica quanto ao contexto 
do trânsito brasileiro.
LÍNGUA PORTUGUESA
PRÉ-ENEM 
institutoeducarte.org.br 12 Vol. 3
 QUESTÃO 13 - ENEM 
 
O argumento presente na charge consiste em uma 
metáfora relativa à teoria evolucionista e ao desenvol-
vimento tecnológico. Considerando o contexto apre-
sentado, verifica-se que o impacto tecnológico pode 
ocasionar:
a)o surgimento de um homem dependente de um 
novo modelo tecnológico.
b)a mudança do homem em razão dos novos inventos 
que destroem sua realidade.
c)a problemática social de grande exclusão digital a 
partir da interferência da máquina.
d)a invenção de equipamentos que dificultam o tra-
balho do homem, em sua esfera social.
e)a invenção de equipamentos que dificultam o traba-
lho do homem, em sua esfera social.
QUESTÃO 14 - ENEM
Esse texto é uma propaganda veiculada nacional-
mente. Esse gênero textual utiliza-se da persusão com 
uma intencionalidade específica. O principal objetivo 
desse texto é:
a) demonstrar que a propaganda tem um caráter ins-
titucional e, por essa razão, não pretender vender pro-
dutos.
b)sugerir que a sociedade combata a doença, obser-
vando os sintomas apresentados e procurando auxílio 
médico.
c)informar à população que a dengue é uma doença 
que mata e que, por essa razão, deve ser combatida.
d)convencer as pessoas a se mobilizarem, com o intui-
to de eliminar os agentes causadores da doença.
e)comprovar que o avanço da dengue no país está 
relacionado ao fato de a população desconhecer os 
agentes causadores.
QUESTÃO 15 - ENEM
 Logia e mitologia
Meu coração
de mil e novecentos e setenta e dois
já não palpita fagueiro
sabe que há morcegos de pesadas olheiras
que há cabras malignas que há
cardumes de hienas infiltradas
no vão da unha na alma
um porco belicoso de radar
e que sangra e ri
e que sangra e ri
a vida anoitece provisória
centuriões sentinelas
do Oiapoque ao Chuí.
CACASO. Lero-lero. Rio de Janeiro: 7Letras; São Paulo: Cosac & Naify, 
2002
O título do poema explora a expressividade de termos 
que representam o conflito do momento histórico vi-
vido pelo poeta na década de 1970. Nesse contexto, é 
correto afirmar que:
a)o poeta utiliza uma série de metáforas zoológicas 
com significado impreciso.
b)“morcegos”, “cabras” e “hienas” metaforizam as víti-
mas do regime militar vigente.
c)o “porco”, animal difícil de domesticar, representa os 
movimentos de resistência.
d)o poeta caracteriza o momento de opressão através 
de alegorias de forte poder de impacto.
e)“centuriões” e “sentinelas” simbolizam os agentes 
que garantem a paz social experimentada.
LÍNGUA PORTUGUESA
PRÉ-ENEM 
institutoeducarte.org.br 13 Vol. 3
GABARITO - REVISÃO ENEM
QUESTÃO 1:Resposta B
Comentário:Tarvez e sorto são pronunciadas a partir de taLvez e 
soLto.
QUESTÃO 2: Resposta D
Comentário: Para responder a esta questão, é possível ficar em dú-
vida entre três alternativas. A opção B está incorreta porque, ape-
sar de existirem imagens metafóricas na letra, não são elas as res-
ponsáveis pelo cunho apelativo (e sim o uso da interlocução). Já a 
letra C está incorreta porque, apesar de termos um tom de diálogo 
(também causado pela interlocução), não há tantas gírias. Logo, a 
alternativa correta é a D, já que se trata de um rap, escrito em lin-
guagem informal.
QUESTÃO 3: Resposta B
Comentário: A constante mudança da língua é evidenciada no tex-
to na comparação de gerações, pois mostra parte do léxico que caiu 
em desuso ao longo do tempo, ou seja, as palavras que usavam há 
anos atrás já não são faladas pois foram substituídas por outras, 
como “fita de cinema” e “filme”.
QUESTÃO 4: Resposta: B
Comentário: O aspecto coloquial é verificado pela montagem do 
texto de na escolha das palavras que rimam entre si.
QUESTÃO 5: Resposta: A
Comentário: Ronaldo Boldrin escreve sobre a reação espontânea de 
um “cabôco” e sua falta de sensibilidade diante de uma pintura de 
uma mulher no escritório de um delegado. Trata-se de um fato pau-
tado no humor, com enredo simples e breve, voltado para divertir o 
leitor/ouvinte. Como mostra a opção A, o texto pertence ao gênero 
anedota (ou piada), por apresentar em formato de uma breve nar-
rativa (parágrafos e personagens) um fato engraçado, baseado no 
real ou no imaginário, que objetiva divertir o leitor.
QUESTÃO 6: Resposta: C
Comentário: A peculiaridade da voz narrativa de Clarice Lispector 
aparece neste fragmento de “A hora da estrela” em um sujeito que, 
com a visão crítica da linguagem, ao invés de narrar, tece reflexões 
sobre questões existenciais (como se estivesse em crise), quando diz 
“Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas, continuarei 
a escrever.” e sobre a própria construção do discurso, como texto, 
quando diz “como eu irei dizer agora, esta história...”.
QUESTÃO 6: Resposta: E
Comentário: O narrador-personagem Brás Cubas refina a percep-
ção irônica quando fala da maneira como Cotrim tratava osescra-
vos, que eram mantidos no calabouço, justamente para mostrar que 
sua ele não “possuía um caráter ferozmente honrado”.
GABARITO
QUESTÃO 1:Resposta C
Comentário: A notícia informa ao leitor sobre uma operação do 
Ibama, cuja finalidade é reprimir a pesca ilegal. A operação resul-
tou na incineração de redes e na distribuição de peixes apreendidos 
para instituições de caridade. Assim, esse texto é constituído de uma 
informação de ação, a finalidade que a motivou e o resultado dessa 
ação.
QUESTÃO 2: Resposta E
Comentário: O objetivo principal do autor, enfatizado pela expres-
são “Na verdade” no início do texto, é defender o caráter civilizado 
dos povos indígenas, através da apresentação de informações pouco 
divulgadas a respeito do que se conhece desse povo, ao contrário do 
que se pensa sobre eles.
QUESTÃO 3: Resposta E
Os gráficos utilizados no texto apresentam dados que demonstram 
o crescimento tanto do número de casamentos entre 2003 e 2008 de 
pessoas acima de 60 anos (que foi de 44%), como também do in-
gresso dessas pessoas no mercado de trabalho (que foi de 7%), como 
pontua a opção E.
QUESTÃO 4: Resposta: A
Comentário: Uma das características da oralidade radiofônica é 
estabelecer um diálogo simples com o ouvinte. Nessa questão, faz-se 
uso de um segundo texto (texto II) para confirmar essa intenção. A 
opção A é a única que afirma essa característica.
QUESTÃO 5: Resposta: C
Comentário: Vai ser bom e não foi são, respectivamente, uma locu-
ção no futuro e uma forma verbal no presente
QUESTÃO 6: Resposta: B
Comentário: A figura da médica aparece para legitimar o texto es-
crito, aumentando as chances de adesão do público leitor.
QUESTÃO 7: Resposta B
QUESTÃO 8: Resposta B
Comentário: A associação entre uma arma de fogo e um megafone 
mostra que a transformação social depende da voz do povo, da co-
munidade, pois esta atua como uma “arma”, uma forma capaz de 
diminuir a violência por meio da palavra.
QUESTÃO 9: Resposta: E
Comentário: O cartaz publicitário faz uso de textos verbal e não ver-
bal na intenção de convencer o interlocutor a adotar um comporta-
mento responsável e ecológico no momento de consumir. A opção E 
confirma esse propósito do autor e do cartaz.
QUESTÃO 10: Resposta B
Comentário: O narrador-personagem Brás Cubas refina a percep-
ção irônica quando fala da maneira como Cotrim tratava os escra-
vos, que eram mantidos no calabouço, justamente para mostrar que 
sua ele não “possuía um caráter ferozmente honrado”.
QUESTÃO 11: Resposta: C 
Comentário: Em uma primeira leitura, temos a impressão de que o 
poeta faz elogios ao progresso da cidade mineira de Montes Claros. 
Contudo, observando certos elementos presentes no texto, é possível 
verificar que Drummond usou como principal figura de linguagem 
a ironia, sobretudo quando sinaliza que a riqueza e o progresso de 
Montes Claros indicam a expansão da miséria e da degradação so-
cial, situação encontrada nas favelas cariocas. 
LÍNGUA PORTUGUESA
PRÉ-ENEM 
institutoeducarte.org.br 14 Vol. 3
Dessa forma, nota-se que o elogio é, na verdade, uma nítida crítica 
construída por meio da ironia.
QUESTÃO 12:Resposta E
Comentário: A expressão “quadro dramático” é polissêmica pois 
refere-se tanto aos horrores e à destruição provocados pelo bom-
bardeio a uma pequena cidade da Espanha quanto ao conges-
tionamento nas estradas brasileiras devido ao intenso fluxo de 
veículos no Carnaval.
QUESTÃO 13: Resposta A
Comentário: Para cada novo instrumento de trabalho que o ho-
mem conquista, ele adota uma postura diferente. Assim, quando se 
chega ao impacto tecnológico causado pelo computador, percebe-se 
que o homem aproxima-se fisicamente de seus ancestrais, deixando 
explicita a dependência à tecnologia.
QUESTÃO 14: Resposta B
QUESTÃO 15: Resposta: D
Comentário: Para expressar o conflito do momento histórico vivi-
do, o poeta faz uso no poema de alegorias de forte poder de impac-
to: “...há cobras malignas que há; cardumes de hienas infiltradas; 
no vão da unha na alma...”. A opção D confirma essa intenção do 
poeta em caracterizar o momento de opressão.
LÍNGUA PORTUGUESA
PRÉ-ENEM 
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