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EXCMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA CIDADE DE . Processo n°... TÍCIO, já qualificado nos autos do processo em epígrafe por seu advogado regularmente constituido vêm respeitosamente, a presença de Vossa Excelência no prazo legal, apresentar: MEMORIAIS nos termos do art. 403, §3° do CPP, consoante as razões abaixoas apresentadas: FUNDAMENTOS I - ERRO DE TIPO Trata a hipótese de inegável erro de tipo qu exclui o dolo. Após a instrução probatória, por qualquer perspectiva que se analise o caso em tela, pode-se afirmar que não há consciência e vontade em praticar ato sexual com menos de 14 anos. VEJAMOS: A própria ofendida em suas declarações afirma que costumava frequentar bares de adulto. A prova testemunal de defesa no mesmo sentido, é firme em comprovar que a susposta vítima se vestia e se portava como pessoa adulta, imcompatível com menos de 14 anos. Ademais, igualmente firme informaram que qualquer pessoa acreditaria ser pessoa maior de 14 anos. Por fim, no interrogatório o acusado lembrou que não desconfiou da idade da vítima justamente porque nõ local só pode entrar maiores de 18 anos. Assim, é incontente a ausência de dolo em razão de erro que se encontrava o acusado, tudo na forma do art. 20 do CP. II- DA AUSÊNCIA DE CONCURSO DE CRIMES Não há de se falar em dupla responsabilização pelo estrupo de vulneravél. Cuida-se tal crime de tipo penal misto alternativo ou crime de ação penal multipla. Dessa forma, ainda que praticada mais de uma conduta no mesmo contexto, o que não foi o caso, o agente deve responder por um único crime. Equivocou-se a acusação na inicial acusatória ao imputar duas vezes o estrupo de vulnerável. III- DO RECONHECIMENTO DO CRIME CONTINUADO Da improvavél hipótese de ser reconhecido o concurso de crime, deve-se aplicar a regra da exasperação, diante da evidente presença da ficção jurídica do crime continuado. Cuidam-se de crimes da mesma espécie, praticados na mesma circunstância de tempo, lugar e modo de execução. Apena, caso imposta deve apenas ser majorada no máximo legal, 1/6. IV- DA AUSÊNCIA DE EMBRIAGUEZ PRÉ-ORDENADA Deve ser afastada a agravante da embriaguez pré-ordenada. Não há qualquer prova de que o réu tinha ingerido bebida alcoolica, muito menos que se embriagou com a finalidade específica de praticar crime. V- INCOSTITUCIONALIDADE DO REGIME INICIAL FECHADO Recentemente o STF já declarou a inconstitucionalidade do art. 2, § 1° da Lei n° 8072/90. Tal norma viola o princípio constitucional da indiviadualização da pena, portanto e derradeiramente caso ocorra condenação o regime inicial de pena, deve ser fixado, de acordo com o que determina o art. 33, § 2° e suas alíneas do CP. DO PEDIDO Ante tais razões espera respeitosamente de Vossa Excelência: A- Absolvição do acusado na forma do art. 386 § 3° ou § 7° do CPP. B- Caso assim não entenda Vossa Excelência, seja afastado o concurso de crimes condenando o réu a apenas uma infração, reconhecida a continuidade delititiva, afastando o agravante do regime menos gravosos para cumprimento da pena, na forma do art. 33 §2° do CP. Nestes termo, pede deferimento. Niterói, 28 de Agosto de 2017 OAB/UF.
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