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Aluna: Bárbara Martins Araújo de Farias. (Arts: 259; 273; 282 à 285 CP) Art. 259 - Difundir doença ou praga que possa causar dano a floresta, plantação ou animais de utilidade econômica: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. Parágrafo único - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a seis meses, ou multa. Objetividade jurídica: A incolumidade pública. Núcleo do tipo: Difundir, espalhar. Sujeito ativo: Qualquer pessoa que pratique as condutas típicas, seja ele proprietário ou não das plantações, dos animais, etc. Sujeito passivo: A coletividade (o Estado), bem como os titulares dos bens jurídicos (vida, saúde, patrimônio) lesados ou ameaçados pela conduta do agente. Consumação e tentativa: O crime é consumado quando ocorre a efetiva propagação da doença ou da praga, desde que ela possa causar perigo para a floresta, a plantação ou os animais. É possível, quando o agente aplica meios capazes de provocar a difusão de doença ou praga, mas é impedido por circunstâncias alheias a sua vontade. Elemento subjetivo: o crime é punível se houver dolo, ou seja, a vontade livre de difundir doença ou praga e a consciência da sua nocividade e de que esta conduta provocará perigo comum, risco à incolumidade pública. Ação penal: Pública incondicionada. Modalidade Culposa: Parágrafo único. No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a seis meses, ou multa. Art. 273. Alterar substância alimentícia ou medicinal: I - modificando-lhe a qualidade ou reduzindo-lhe o valor nutritivo ou terapêutico; II - suprimindo, total ou parcialmente, qualquer elemento de sua composição normal, ou substituindo-o por outro de qualidade inferior: § 1º Na mesma pena incorre quem vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, entrega a consumo a substância alterada nos termos deste artigo. § 2º Se o crime é culposo: Art. 273 - Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais: (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) § 1º - Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) § 1º-A - Incluem-se entre os produtos a que se refere este artigo os medicamentos, as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes e os de uso em diagnóstico. (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) § 1º-B - Está sujeito às penas deste artigo quem pratica as ações previstas no § 1º em relação a produtos em qualquer das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) I - sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) II - em desacordo com a fórmula constante do registro previsto no inciso anterior; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) III - sem as características de identidade e qualidade admitidas para a sua comercialização; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) IV - com redução de seu valor terapêutico ou de sua atividade; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) V - de procedência ignorada; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) VI - adquiridos de estabelecimento sem licença da autoridade sanitária competente. (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) Modalidade culposa § 2º - Se o crime é culposo: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) Emprego de processo proibido ou de substância não permitida Objetividade jurídica: O bem juridicamente protegido é a incolumidade pública, consubstanciada, no caso, especificamente na saúde pública. Rogério Greco (2011, p. 787). Núcleo do tipo: Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto. Sujeito ativo: Pode ser qualquer pessoa que pratique uma das ações descritas no dispositivo em exame, independentemente da qualidade de produtor ou comerciante. Cezar Roberto Bitencourt (2008, p. 188). Sujeito passivo: É a coletividade cuja saúde seja lesada ou colocada em perigo pela ação do sujeito ativo. Cezar Roberto Bitencourt (2008, p. 188). Consumação e tentativa: Consuma-se o crime com a falsificação, corrupção, adulteração ou alteração do produto destinado a fins terapêuticos os medicinais (caput); ou com a efetiva importação, venda, exposição à venda, depósito, distribuição ou entrega a consumo de produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado, nas condições descritas no § 1ª-B (§ 1º-A). O perigo para a saúde pública é presumido pela lei. A tentativa é, teoricamente, admissível. Cezar Roberto Bitencourt (2008, p. 189). Elemento subjetivo: Elemento subjetivo é o dolo, representado pela vontade consciente de praticar qualquer das condutas descritas no artigo em exame. Na hipótese do caput, não há exigência de elemento subjetivo especial do tipo; nas demais hipóteses, porém, exige-se esse elemento subjetivo, consistente no especial fim de agir – “para vender” – do § 1º. Cezar Roberto Bitencourt (2008, p. 189). Ação penal: Ação penal pública incondicionada à representação. Qualificadoras: Art. 285 - Aplica-se o disposto no art. 258 aos crimes previstos neste Capítulo, salvo quanto ao definido no art. 267. Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço. Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites: Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Parágrafo único - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa. Objetividade jurídica: A incolumidade pública, em especial a saúde pública. Núcleo do tipo: Exercer. Sujeito ativo: Trata-se de crime próprio, só pode a conduta ser realizada pelo médico, dentista ou farmacêutico habilitados profissional e legalmente, que exceder o exercício de suas respectivas profissões. Sujeito passivo: Sujeito passivo é a coletividade, como também a pessoa individualmente considerada, lesada ou atendida pelo agente no exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica ou do profissional que excede suas funções. Consumação e tentativa: O delito somente se consuma com a prática reiterada e uniforme da conduta legalmente descrita no tipo penal. Não admite tentativa. Elemento subjetivo: O elemento subjetivo é dolo Ação penal: Ação penal é pública e incondicionada Qualificadoras: O parágrafo único do artigo 282 se o crime for praticado visando lucro, aplica-se cumulativamente multa. Dispõe, ainda, o artigo 285 do Código Penal que serão aplicadas ao crime estudado as formas qualificadas pelo resultado dispostas no artigo 258. Se resultar lesão corporal de natureza grave, será, a pena, majorada a metade. Se resultar em morte, será cominada em dobro. Na efetivação da conduta há o dolo e culpa na produção do resultado não almejado nem querido pelo agente. Art 283: Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível. Pena: - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. Objetividade jurídica: A incolumidade pública, em especial a saúde pública e a pessoa que esteja sendo ludibriada pelo charlatão. Núcleo do tipo: Inculcar. Sujeito ativo: Sujeito ativo poder ser qualquer pessoa leiga, ou mesmo médico habilitado que anuncia cura por meio secreto e infalível. Mas consciente de sua ineficácia, portanto crime comum. Sujeito passivo: Sujeito passivo é a coletividade, como também a pessoa individualmente considerada, lesada ou enganada pelo charlatão. Consumação e tentativa: A consumaçãoé instantânea e admite tentativa. Elemento subjetivo: O elemento subjetivo é o dolo. Ação penal: Ação penal é pública incondicionada Qualificadoras: O artigo 285 do Código Penal que serão aplicadas ao crime tipificado as formas qualificadas pelo resultado dispostas no artigo 258. Art: 284: Exercer o curandeirismo: I – prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância; II – usando gestos, palavras ou qualquer outro meio; III – fazendo diagnósticos: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. Parágrafo único. Se o crime é praticado mediante remuneração, o agente fica também sujeita à multa. Objetividade jurídica: A incolumidade pública, em especial a saúde. Núcleo do tipo: Exercer. Sujeito ativo: Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, pois se trata de crime comum. Sujeito passivo: O sujeito passivo é a coletividade e a pessoa que eventualmente submetida ao curandeiro. Consumação e tentativa: A consumação se dá pela habitualidade da conduta, o exercício regular do curandeirismo, razão pela qual é inadmissível a tentativa. O crime é formal, não necessita de uma alteração fenomênica na realidade para consumar-se, basta a reiterada pratica da conduta. Elemento subjetivo: O elemento subjetivo é o dolo. Ação penal: Ação penal é pública incondicionada. Qualificadoras: O artigo 285 do Código Penal que serão aplicadas ao crime tipificado as formas qualificadas pelo resultado dispostas no artigo 258. Art. 285 - Aplica-se o disposto no art. 258 aos crimes previstos neste Capítulo, salvo quanto ao definido no art. 267.
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